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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

PEQUENAS ATITUDES COM BONS RESULTADOS



          Muito me alegra sair para fazer minha atividade física e constatar que aumenta a cada dia o numero de pessoas que estão se exercitando. Em contrapartida, me preocupa o fato de que muitas delas estão praticando essas atividades, sem terem ido a uma consulta médica e sem a orientação de um profissional qualificado.
         Outro ponto a ser observado, diz respeito ao conceito errado que as pessoas têm sobre a prática esportiva. Elas só se preocupam em cuidar melhor do corpo, quando está se aproximando o verão, ou seja, querem se apresentar “saradas” nas praias e piscinas.
           O propósito ao escrever esse artigo, visa alertar a esses esportistas “temporais” que suas atitudes podem trazer benefícios físico, mental e espiritual, mas também sérios riscos à saúde. Por isso, vamos relevar alguns pontos a ser considerados, para quem quer adquirir um bom preparo físico e bem-estar, sem correr riscos.
         Se você é uma pessoa que durante anos praticou algum tipo de esporte, mas que atualmente encontra-se parado, menos mal. Nesse caso, na maioria das vezes, sua parte óssea e muscular possui boa constituição, o que pode ter ocorrido é a presença de obesidade e flacidez muscular. Basta fazer alguns exames clínicos, depois procurar uma academia e/ou profissional especializado (personal training) e, após os exames e a avaliação biométrica, preparar o planejamento e reiniciar as atividades.
           Agora para aqueles que nunca praticaram qualquer atividade física, primeiramente é preciso marcar uma consulta com o cardiologista, para ver como anda seu coração. Após isso, escolha uma atividade compatível com seu estado físico e de saúde. Se você possui algum problema físico, tais como; artrite, artrose, tendinite, problemas ósseo, pulmonar ou cardíaco, entre outros, o médico irá indicar quais as atividades que você poderá fazer, com o proposito de melhorar seu quadro clinico. 
           Para isso, existem hoje vários lugares e formas diversificadas para exercitar o corpo, entre eles, os clubes com piscinas (hidroginásticas), as academias (atividades aeróbicas, localizadas, etc.), centros esportivos e as áreas livres, como as ruas e o calçadão das praias. O que não faltam são alternativas, inclusive com vários profissionais de educação física que estão presentes nesses lugares. 
      Se sua escolha foi por academia, procure uma que possua em seu quadro de funcionários, um professor de educação física para preparar seu plano de treinamento e orientá-lo na execução da atividade. Nesse caso, oriento-lhe que seja feita entre três a cinco vezes por semana. Sugiro que trabalhe de forma a intercalar os grupos musculares; um dia detenha-se aos membros superiores; noutro dia, com os membros inferiores; em outro dia, com a parte do tórax e exercícios abdominais. O profissional irá orientá-lo muito bem nesse sentido.
          Alguns requisitos são necessários para se obter  os resultados esperados por  você, entre eles: Assiduidade – você precisa ter uma regularidade nessa atividade e não somente praticá-la quando lhe convier. Disciplina – para a execução da atividade e obtenção de bons resultados, se faz necessário seguir rigorosamente as orientações dos profissionais; tais como, postura corporal, respiração, atenção e concentração ao executar o movimento. Envolvimento – você precisa se dedicar ao fazer a atividade física e sentir prazer com essa pratica. Ela não pode ser um fardo. Perseverança – não adianta começar bem a atividade física por alguns meses e depois relaxar (ou parar de fazer). É necessário entender que ela precisa fazer parte de sua vida; assim como é o alimento, a água, o descanso, o trabalho, o sexo, o lazer e o entretenimento.
       Dependendo da atividade, ela pode ser praticada todos os dias da semana; por exemplo, a caminhada. Nesse caso, recomendo fazer entre quarenta a sessenta minutos. Se for corrida, pode ser feita em dias intercalados (segunda, quarta e sexta). Nos outros dias, pode ser feito trabalho de sprint (maior velocidade em pequenas distâncias), um bom trabalho de fortalecimento muscular e alongamentos (para aliviar dores e evitar lesões).
          Quem já pratica atividades físicas regularmente (no mínimo, três vezes por semana), já deve se beneficiar com melhoras significativas em sua saúde; como: diminuição e controle do peso (perda de calorias);  diminuição do risco de adquirir doenças cardíacas; melhora dos níveis de  colesterol; aumento da resistência muscular; tendões e ligamentos mais flexíveis; melhora do humor e da atividade mental; alivio de tensões, estresse e melhora da depressão; como também, no combate da insônia.
         O bom resultado virá se houver dedicação, disciplina e persistência em sua execução. Mas, se não houver uma mudança de hábitos em sua forma de se alimentar, tudo pode ir de agua abaixo. Por isso, recomendo aos futuros esportistas, procurarem também um nutricionista.


EDUARDO VERONESE DA SILVA
Professor de Educação Física
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Militar

Militar da Reserva Remunerada

CÂMARA DE CARIACICA/ES - COMENDA DE DIREITOS HUMANOS - PADRE GABRIEL MAIRE



CÂMARA DE CARIACICA - COMENDA DE DIREITOS HUMANOS - PADRE GABRIEL MAIRE



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

COMO ANDA A INVEJA EM SEU CORAÇÃO?

                                                         Salmo 73

Introdução

Este Salmo foi escrito por Asafe, que era um dos principais músicos do rei Davi. Pode-se dizer, sem medo de errar, que Asafe atuava como um regente ou um ministro de música perante a Arca do Senhor (e também, no Templo do Senhor).

1 Crônicas 16:5-7. Era Asafe, o Chefe (Ministro), e Zacarias o segundo (Regente) depois dele; Jeiel e Semiramote, e Jeiel, e Matitias, e Eliabe, e Benaia, e Obede-Edom, e Jeiel, com alaúdes e com harpas; e Asafe se fazia ouvir com címbalos. Também Benaia, e Jaaziel, os sacerdotes, continuamente tocavam trombetas, perante a arca da aliança de Deus. Então naquele mesmo dia Davi, em primeiro lugar, deu o seguinte salmo para que, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos, louvassem ao Senhor.
   
Ele também foi autor e compositor dos Salmos 50 e 83 de nossa coletânea de hinos de louvores a Deus. No Salmo 50, ele dá ênfase sobre a questão de Deus ter mais prazer na obediência do que no ato de sacrificar. E, de forma específica, dos versículos 16 ao 22, deixa uma exortação para as pessoas que se dizem cristãs, mas que em suas condutas diárias portam-se como verdadeiros ímpios.

Salmo 50:16-17,22.  Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca?  Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. (...). Ouvi, pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que eu vos não faça em pedaços.

Enquanto que no Salmo 83, ele aborda acerca de uma conspiração formada por várias nações - Edomitas, Ismaelitas, Moabitas, Agarenos, Amonitas, Amalequitas, entre outros; com o propósito de destruírem o povo de Israel. Nesse sentido, ele suplica o favor de Deus para que venha ao seu socorro.

Salmo 83:1,3,5. Ó Deus, não estejas em silêncio, não te cales, nem te inquietes, ó Deus. (...). Tomaram astuto conselho contra o teu povo, e consultaram contra os teus escondidos. (...). Porque consultaram juntos e unânimes; eles se unem contra ti.

Interessante que em outras narrativas Bíblicas, escritas por outros autores inspirados por Deus, houve também, o pedido de súplica para que o Senhor viesse a socorrê-los, haja vista que sofriam grande opressão de povos ímpios (pagãos).  Entre eles, destaca-se o caso do Profeta Habacuque.

Habacuque 1:2-3. Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação[1]? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

            O texto acima, diferentemente do contexto escrito por Asafe (Salmo 83), apresenta um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava na cidade de Judá.  A resposta dada por Deus, não agradou o profeta, deixando-o ainda mais confuso, pois viria juízo sobre Judá por meio dos Babilônicos. E, sem entender, ele continua a questionar Deus: “Por que castigar seu povo, usando uma nação mais ímpia do que ele” (Habacuque 1:4).
            No transcorrer da narrativa deste livro, Deus continua a dialogar com o profeta. Depois de muita conversa, Ele o faz entender o motivo pelo qual tudo aquilo estava acontecendo contra seu próprio povo (Judá).
           
Desenvolvimento

            No Salmo 73, ao qual nos deteremos a partir de agora, Asafe suplica o favor de Deus, por estar desanimado de sua caminhada com o Senhor, por testemunhar a felicidade e a prosperidade dos povos ímpios, enquanto ele e o povo de Deus sofriam cada vez mais.
                       
Verso 1: Verdadeiramente bom é Deus para com Israel (...).

Ele inicia este Salmo, com uma afirmação conclusiva de que “bom é Deus para com Israel” (seu povo), mas também “para os limpos de coração”. O Salmo 24, escrito por Davi, descreve quem é digno de adentrar no Santuário do Altíssimo.

Salmo 24:3-4. Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

De acordo com esta afirmativa de Asafe, pode-se inferir que o nosso Deus não é somente “Amor”, como é pregado comumente nos púlpitos das igrejas. Ele também é “Juiz e fogo consumidor”. Logo, a sua benignidade é voltada para as pessoas que buscam ter pureza no coração e procuram ardentemente cumprir a sua Lei (Mandamentos).  

Verso 2:  Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram, pouco faltou para que escorregassem os meus passos.

            Neste versículo, ele declara abertamente que não estava concordando com a situação em que estava vivendo e que se encontrava tentado a desviar-se dos caminhos do Senhor. Ele tinha total conhecimento de que Deus é soberano e justo, mas não conseguia entender porque os ímpios continuavam a prosperar, enquanto ele e seu povo padeciam grande sofrimento. Ele parecia estar angustiado e indignado com aquela situação.

Salmo 37:1.  Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade.
(...)
Provérbios 3:31. Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.

            Pode ser observado que estava brotando em seu coração, um sentimento maligno de inveja. Será que você, em algum momento de sua vida, também já não alimentou (ou ainda alimenta) esse sentimento?
E o que é a Inveja? É um sentimento que reúne desgosto (aborrecimento) e ódio (raiva ou rancor) ao mesmo tempo, provocado pela prosperidade ou a felicidade de outra pessoa; neste caso, os ímpios (pagãos).      

Provérbios  23:17. O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia.
(...)
Provérbio 24:1. Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.

No entanto, esse sentimento tem um grande agravante: o invejoso além de desejar o bem do próximo (sua riqueza ou seu sucesso), quer também, que ele não o possua, isto é, que ele não prospere e venha a fracassar.
Veja o caso do filho mais velho, da narrativa sobre o Filho Pródigo, descrita no Livro do Evangelista Lucas, em seu capitulo 15, dos versos 25-32. Ele deveria estar muito contente, ao saber que seu irmão não havia morrido e que estava de volta a sua casa, mas não. Cresceu em seu coração uma grande indignação contra a atitude de seu pai.

Lucas 15:28-29. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o seu pai, rogava-lhe que entrasse com ele. Mas, respondendo ele disse ao pai: Eis que te sirvo a tantos anos, sem nunca  transgredir o teu mandamento e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.

Pode ser que você (e eu), em alguns momentos de sua vida, tenha adotado o mesmo tipo de comportamento desse rapaz, achando-se injustiçado por não ter tido o mesmo tratamento que foi dispensado à outra pessoa (leia também a narrativa sobre Caim e Abel).

Verso 3: Pois eu tinha inveja dos néscios (ignorantes), quando via a prosperidade dos ímpios.

            Até então, Asafe e o restante do povo de Deus, (hebreus, judeus ou israelitas) só conseguiam enxergar as coisas que estavam patentes diante de seus olhos, isto é, não tinham um olhar para o porvir.
Eles se esqueceram de que todo o controle está nas mãos de Deus. E que os seus planos são bem maiores e diferentes do que o nosso entendimento pode alcançar.

Verso 5: Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como os outros homens.

            “Não se acham em trabalhos”. Fica visível neste versículo, a comparação que o salmista faz em relação aos ímpios. Enquanto o povo de Deus se mata de trabalhar honestamente, para ganhar o pão de cada dia, com o suor de seu rosto. Eles não se esforçam tanto, mas mesmo assim, conseguem obter grandes posses.
            “Nem são afligidos (...)”. Embora pudessem surgir grandes adversidades, eles parecem que não eram atingidos. Em nossos dias não é muito diferente. Estamos vivendo um momento de crise politica e econômica, mas os ímpios continuam com suas noitadas, regados de bebidas alcoólicas, trocando de carro a cada dois anos (ou menos) e em suas viagens com a família. Vivem como se nada tivesse mudado.

Verso 8: São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente.

            O povo de Deus se corrompeu ao se deixar levar pelos atrativos do mundo. Neste caso, eles estavam declarando abertamente a sua rebeldia contra o próprio Deus. Hoje não é diferente, as pessoas cometem o mesmo pecado.
Elas estão se apegando as suas realizações acadêmicas e profissionais, por meio da aquisição de bens materiais e de uma entrega total aos prazeres sexuais mundanos. Na verdade, eles estão buscando uma realização baseada na doutrina filosófica do Hedonismo, isto é, que faz do prazer o objetivo maior da vida.

Verso 13: Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência.

            O povo judeu, ou grande parte dele, acreditavam que a adoração externa seria suficiente para se merecer a benção de Deus, mas estavam redondamente enganados. Por isso alegavam que não valia a pena servi-lo. Eles não conseguiam entender que o seu coração não era reto diante do Senhor.

Malaquias 3:14-15. Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam.

Parece que nesta fala de Asafe, além de concordar com o texto acima (de Malaquias), ele demonstra tristeza e descontentamento, por entender que está perdendo tempo em ficar se purificando (abster-se de muitas coisas), para não se contaminar com as coisas do mundo, enquanto os ímpios se esbaldam e, mesmo assim, prosperam (escapam do juízo de Deus).  

Verso 14: Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã.

            As provações pelas quais ele estava passando, estavam minando suas forças, demonstrando em sua argumentação, estar bastante desanimado. Ele parece não ter conhecido o que foi escrito por Davi no Salmo 30:5. “Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.

Versos 16: Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso.

            Até aqui, estava sendo muito difícil entrar no coração e na mente de Asafe quais eram os propósitos de Deus para o seu povo, sendo que a cada dia aumentava o seu sofrimento e as suas provações. Mas, enfim, Deus revela a ele qual será o fim dos ímpios.

Verso 17: Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles.

Neste ponto, com o transcorrer do dialogo, começa haver uma maior intimidade entre o Salmista e Deus, ao ponto dele entrar no Santuário do Senhor (uma referência similar ao sumo Sacerdote, que entrava uma vez por ano para apresentar o pecado do povo e o seu).
Com isso, Deus mostra para ele, qual seria o fim (e continua sendo até hoje) daquelas pessoas que viviam regaladamente e não se preocupavam em obedecer a Lei do Senhor: “Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti” (verso 27).

Verso 28: Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as suas obras.

            Agora ele entendeu que não precisamos nos preocupar e nem se importar com a prosperidade dos ímpios, haja vista que a nossa prosperidade e riqueza é celestial, isto é, o nosso maior tesouro e vida é Cristo Jesus.
            Nesta vida temos muitos problemas, mas tanto o Salmista quanto Nós, temos que entender que nossa intimidade com o Senhor é o nosso maior bem e patrimônio. O Deus conosco estará nos guiando por Sua Palavra e Seu Espírito, sustentando-nos com o Seu Poder e Glória.
 . 
Conclusão  

Mesmo que inicialmente não venhamos a entender o que está acontecendo conosco, devido as provações pelas quais estamos passando, que possamos dialogar com nosso Senhor Deus diariamente, para que Ele possa nos revelar quais são seus planos em relação a condução de nossas vidas.
Se assim procedermos, naquele dia Ele nos receberá na Glória Celestial. E, assim, quem sabe poderemos dizer igual ao Apóstolo Paulo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1:21).


EDUARDO VERONESE DA SILVA
Membro e Obreiro da AD Ministério IX Marcas
Campo Grande, Cariacica/ES.



[1] Vexação. Ato ou efeito de oprimir ou afligir alguém.