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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

PECADOS DO PASSADO, MAS VIVOS E PRATICADOS NA ATUALIDADE

Introdução


       Gostaríamos de iniciar este texto, fazendo menção de um assunto que muito tem preocupado a população brasileira. Trata-se do retorno de algumas doenças que já haviam sido erradicadas no Brasil, mas que estão ressurgindo e, inclusive, com a comprovação e confirmação de vitimas fatais.
Não sabemos precisar se esse retorno tem alguma contribuição promovida por parte do homem, isto é, se houve alguma negligência ou falta de observância acerca dos cuidados preventivos ou por outro motivo qualquer, que não dependa de nenhuma participação humana. 
Independente dos motivos que estão fazendo ressurgir tais doenças, o que mais nos preocupa e importa, é que elas podem atingir um grande número de pessoas, aumentando em  muito o risco da ocorrência de mais óbitos. No caso do sarampo, por exemplo, uma das formas de sua propagação se dá por gotículas respiratórias no ar, através da tosse ou espirro.
Imagine se uma pessoa contaminada estiver dentro dum espaço fisico fechado, como por exemplo, salas de aula, local de trabalho ou em qualquer outro ambiente social, em que se agrupem muitas pessoas.  Outras formas de contágio, pode ocorrer pelo contato com a pele e por meio da saliva, ou seja, através de aperto de mão, abraços ou beijos, entre outras maneiras.
Por isso, além da vacina que deve ser tomada por pessoas com alto grau do risco de contágio, outras medidas preventivas são orientadas e necessárias, para que se possa evitar este contágio e, também, mais mortes.

1. Pecados Praticados No Passado:

            A introdução acima, embora trate de uma assunto aparentemente distinto do que ora iremos abordar, teve como propósito enfatizar acerca do ressurgimento de certas doenças que já fizeram muitas vítimas no passado, que haviam sido erradicadas no Brasil, mas que, em nossos dias, estão ressurgindo e fazendo novas vítimas fatais, entre elas, o Sarampo.
Após esta ênfase, iremos apresentar uma abordagem histórica sobre o povo de Israel ou os Hebreus, que foram dizimados e impedidos de entrar e possuir a “Terra Prometida” – a Terra de Canaã (cf. Êxodo 33:1,3), por terem cometido violações á Lei Mosaica, ditadas por Deus á Moisés. Este povo foi escolhido por Jeová para ser Seu.
Sobre eles, vale ressaltar acerca de cinco pecados que cometeram de forma deliberada, demonstrando total desobediência á Lei e como verdadeiro ato de rebeldia. Que pecados seriam estes? A cobiça, a idolatria, a fornicação, a murmuração e Pôr  o Senhor á Prova. Eles, em sua grande maioria, com essa conduta e atitude, ficaram prostrados no deserto, isto é, morreram por causa desses pecados praticados, ignorando totalmente os Mandamentos do Senhor: “Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto” (1 Coríntios 10:5).
Sendo asssim, gostariamos de detalhar melhor sobre essas cinco condutas que foram de encontro á Ordenança do Senhor, ou seja, foram praticadas de forma contrária aos seus Estatutos:  

        . Cobiça: podemos defini-la como sendo uma busca constante ou obstinada pela satisfação de nosso “ego”, á custa de Deus ou de qualquer outra pessoa. A etimologia da palavra ego, pode ser apresentada filosoficamente como sendo o “eu de cada um”. Ele está mais voltado para a personalidade de cada indivíduo.

Êxodo 20:17. Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
(...)
Provérbios 21:25-26. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam-se a trabalhar. Todo o dia avidamente (ardentemente) cobiça, mas o justo dá e nada retém.
(...)
Gálatas 5:19-20. Digo, porém: Andai em Espirito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espirito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que façais o que quereis.

            Trata-se de uma extrema preocupação com aquilo que o nosso “eu” deseja, a busca da satisfação e dos desejos da nossa carne.  No caso dos Hebreus ou Israelitas, enquanto peregrinavam pelo deserto rumo a cidade de Canaã, eles cobiçavam aquilo que haviam deixado para trás no Egito. Em outras palavras, eles estavam sentindo saudades da convivência no Egito, e enquanto caminhavam  no deserto, estavam fisicamente ali, mas suas mentes e seus corações estavam ainda presos no Egito.
Eles foram libertos duma escravidão de muitos anos, sendo sustentados durante toda a peregrinação no deserto. Tiveram o privilégio duma verdadeira comunhão com Javé, estando protegidos do calor do deserto, por nuvens que os acompanhavam durante o dia. Como também, foram protegidos do frio excessivo da noite, quando ele enviava uma nuvem de fogo para iluminar seus caminhos e os aquecerem do frio.
Eles, infelizmente, não reconheceram ou não entenderam que o povo (ou ás pessoas) que tem o Senhor, como sendo o Seu Líder e Regente, não precisa nem do Egito e nem de qualquer outra nação, pois Ele é o nosso Tudo e a nossa verdadeira Riqueza.

       . Idolatria: de uma forma bem simples, pode-se dizer que significa uma adoração á idolos. Entretanto, é uma conduta que agrega valores que criamos, momento em que damos mais importância a qualquer outra coisa do que a Deus. Dito de outra forma, seria o idolatrar qualquer outra coisa, objetos, imagens, bens, etc., colocando-os como primazia em suas vidas, esquecendo-se de Deus.

1 Samuel 32:1-5.  Vendo o povo que Moisés não desceu logo da montanha, foi ter com Arão e disse-lhe: Olha, faz-nos ídolos, para que tenhamos deuses que nos guiem, pois não sabemos o que foi feito desse Moisés que nos tirou do Egito. Deem-me os vossos brincos de ouro, respondeu-lhes Aarão. Assim fizeram todos; as mulheres e os seus filhos e filhas. Arão fundiu o ouro e moldou-o, dando-lhe a forma de um bezerro. E o povo exclamou: Ó Israel, aqui tens os teus deuses que te fizeram sair do Egito! Quando Arão constatou o quanto o povo tinha ficado feliz com aquilo, construiu um altar defronte do bezerro e proclamou: Amanhã haverá uma celebração dedicada ao Senhor!

Deus já tinha demonstrado a seu povo, por meio da atuação de seu servo Moisés, principalmente no tocante ao envio das dez pragas aos egipcios, que Ele se fazia presente com eles. Mas, bastou Moisés ir ter um momento particular e a sós com Jeová, ou seja, se ausentar por quarenta dias, para que este mesmo povo desobedecesse a Lei de Jeová. O pior de tudo acerca deste episódio, foi ter a total aprovação e participação do sumo sacerdote, Arão, irmão mais velho de Moisés.

Atos 17:18. E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo vendo a cidade tão entregue a idolatria.

No primeiro texto, o patriarca Moisés, irou-se com seus irmãos Hebreus, vindo a quebrar as duas Tábuas da Lei. Depois, ele teve de voltar e subir novamente o Monte Sinai: “Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai (...). E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás á casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel” (cf. Êxodo 19:1-3).
Em Atos dos Apóstolos, Paulo se incomodou com a tamanha idolatria do povo que residia na cidade de Atenas, na Grécia. Ele ficou mais ainda contristado em seu espírito, vendo um grande número de pessoas perdidas e totalmente carente da salvação. Com esta atitude, ele deixou bem claro de que o Cristão deve amar a justiça, mas tambem que deve aborrecer ou odiar o mal.
    
     . Fornicação: esse termo é de origem latina – fornicare, que significa “relação sexual de pessoa não casada, com outra pessoa, seja ela casada ou não”. Também pode ser entendida como “toda e qualquer tipo de imoralidade ou pecado sexual”. O mundo já não vê nenhuma maldade ou imoralidade neste tipo de conduta social.
Para nós, Cristãos e, de acordo com a Palavra de Deus, qualquer violação ás Ordenanças Divinas são denominadas de pecado:”Toda iniquidade (perversidade ou transgressão) é pecado” (1 João 5:17). Como também todo e qualquer relacionamento sexual é imoralidade (sem o casamento formal).
Lembre-se: é por meio da Palavra de Deus que nos é revelado o Seu caratér, estabelecendo para o homem o padrão de Fé e as Regras de Conduta Cristã. Vários personagens Bíblicos se deixaram levar por este pecado terrível da imoralidade sexual, entre eles, Ruben, Sansão e Davi.
Ruben, o primogênito de Jacó e Lia (ou Léia), acabou perdendo o seu direito á primogenitura, tendo em vista ter se deitado com a concubina de seu pai, de nome Bila (cf. Gênesis 35:21-22). Vale lembrar, que o primogênito se tornaria o cabeça da familia, assim que seu pai morresse. Tinha uma porção dobrada em tudo que fosse dado aos demais filhos. Além de outros direitos que lhe eram assegurados por lei e tradição.
Sansão, o homem mais forte de toda aquela terra, preferiu envolver-se com mulheres impuras e de outras nações. Em outras palavras, resolveu desobedecer a ordem de seu pai e a desrespeitar sua autoridade. Com isso, lhe sobreveio serias consequencias dessa sua atitude.

Juizes 13:5. Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre e ele começará a livrar a Israel da mão dos Filisteus. (...). 14:1-2. E desceu Sansão a Timna; e, vendo em Timna a uma mulher das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher.

Ele foi separado para o Senhor, não podendo cortar os cabelos, não tomar bebida forte (com teor alcoólico) e ter relações sexuais imorais (sem a realização do casamento). Ele era um Nazireu de Deus, ou seja, um homem separado (santo e puro) para ser usado por Jeová. Entretanto, ele tomou a decisão de envolver-se com mulheres de outras nações e impuras.
Davi, ainda bem jovem, era pastor das ovelhas de seu pai, Jessé. Ele foi escolhido e ungido entre seus irmãos (eram sete), para ser o rei de Israel. Ele tornou-se num guerreiro de excelência. No entanto, falhou quanto a sua responsabilidade de pai em relação aos seus filhos. Além disso, ele adulterou com a mulher de seu capitão, Urias. Depois disso, tentou encobrir o seu pecado, tentando fazer com que Urias se deitasse com Bate-Seba, sua esposa, para que não se descobrisse que ela estava gravida, desta relação adúltera.

1 Samuel 16:13. Então, Samuel tomou o vado do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espirito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
(...)
2 Samuel 11:2,4. E aconteceu, á hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa á vista. (...). Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa.

Não tendo êxito nesta tentativa, mandou uma carta para Joabe, indo pelas  próprias mãos de Urias, sem que ele soubesse do que se tratava. Seu texto deteminava que Joabe o enviasse para a frente de batalha e abandonasse diante de seus inimigos. Tudo isso, com o propósito de que fosse morto por eles, o que realmente aconteceu.
Na igreja de Corinto, estava ocorrendo o pecado de fornicação entre membros da congregação. O pior é que os envolvidos eram a esposa (madrasta) e o filho de seu marido. Esta imoralidade sexual era tão grande, que nem mesmo os pagãos (impios) seriam capazes de praticar este pecado. Os dirigentes da igreja de Corinto sabiam do ocorrido, mas não tinham tomado nenhuma atitude para aplicar a disciplina no culpado.

. Murmuração: pode ser entendido como a queixa de algo ou de alguém, feita de forma discreta ou em voz baixa. Também pode ser interpretada como falar mal de alguém ou fazer uma “confissão negativa”. Queixar-se da vida, criticar pessoas, achar erro em tudo, falar mal ou espalhar boatos de alguma pessoa, são algumas formas de murmuração.

Números 12:1-3. E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita (etíope) que tomara; porquanto tinha tomado a mulher cuxita. E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.

         Miriã e Arão, usaram como  desculpa, o fato de Moisés ter envolvimento com uma mulher etíope, para murmurarem e falar mal dele. Deus não se agradou desta atitude tomada por Miriã, vindo a irar-se. A consequencia deste pecado, levou-a a contrair a lepra: “ Assim, a ira do Senhor contra eles se acendeu; e foi-se. E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como a neve;e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa” (Números 12:9-10).

. Pôr o Senhor á Prova:  logo que Jesus foi crucificado, as pessoas passavam próximo á cruz e diziam para que Ele descesse dela. Colocá-lo á prova, pode ser entendido para que Ele faça algo que é contrário á Sua vontade, á Sua Doutrina ou ao Seu caráter. Tem pessoas, inclusive seguidores de Cristo, que vivem uma vida totalmente “torta”, mas querem que o Senhor os atenda em suas orações.
Para melhor entendimento, vamos ver um simples exemplo: os seus negócios são feitos de forma ilícita (funcionários sem a Carteira de Trabalho assinada); sonegam os impostos fiscais (sem a emissão de nota), entre outras formas de tentar burlar ou fraudar a fiscalização.
Mesmo agindo desta forma, eles acreditam que Deus tem a obrigação de fazê-los prosperar em seus negócios comerciais ou empresariais. Portanto, estão colocando-O á prova, pedindo para que faça uma coisa totalmente contrária aos seus Princípios e Doutrina. Não tem como Ele os abençoar.

Números 22:19. Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?

Muitas pessoas que levam uma vida de promiscuidade, estando totalmente conscientes de que estão em pecado, mas, mesmo assim, querem que Deus os ajude para que prosperem. Outros, querem viver uma vida dupla, ou seja, querem gozar dos benefícios da salvação eterna e, ao mesmo tempo, usufruir dos prazeres oferecidos pelo mundo (estando em pecado). Sem terem nenhum tipo de admoestação ou confrontamento acerca de suas condutas.
Nos dias atuais, ainda existem muitas pessoas que pensam da mesma forma do povo de Israel, acreditando que mesmo estando em pecado ou levando uma vida de duplicidade, o Senhor irá socorrê-los. Eles acham que, pelo fato de que “Deus é amor” (cf.1 João 4:16), irá tolerar todo tipo de conduta adotada por eles. Vale lembrar, que tudo em nossa vida tem limites, inclusive para o nosso Deus. Ele realmente é amor; mas não se esqueçam de que Ele também é “fogo consumidor” (cf. Hebreus 12:29).

2. Os Mesmos Pecados Praticados no Presente:

      Depois de terem saído do Monte Sinai, o povo de Israel, sob a liderança do Patriarca Moisés, vez ou outra, durante a peregrinação em direção a terra de Canaã, murmurava contra á sua pessoa, pelo fato de terem saído do Egito, onde, mesmo sendo escravizados, não lhes faltavam casa e comida. Em diversas ocasiões, pressionaram o Patriarca com esta alegação, inclusive acrescentavam a seguinte fala: “Nos tirastes do Egito, para morrermos aqui no deserto”.

Êxodo 14:11-12. E reclamaram (murmuraram) a Moisés: Não havia número suficiente de sepulturas no Egito, e por isso nos tiraste de lá para morrermos no deserto? Por que nos fizeste isto, tirando-nos do Egito? Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egipcios? Pois que melhor nos fora servir aos egipcios, do que morrermos no deserto.

            Deus não se agradou dessa atitude, quando reclamaram de seu representante legal; pois quando o faziam, estavam a murmurar contra o próprio Deus. Com isso, sofreram graves consequencias acerca desta conduta: “Quando a ira de Deus desceu sobre eles, e matou os mais robustos deles, e feriu os escolhidos de Israel. Com tudo isso ainda pecaram, e não deram crédito ás suas maravilhas” (Salmo 78:31-32).
Em nosso tempo, as coisas não mudaram tanto assim. Costumamos praticar os mesmos erros e pecados do povo Hebreu naquela ocasião. Talvez, o que pode ter mudado em relação á eles, são as circunstancias, a forma como nós os praticamos e a quem praticamos. Vamos detalhar melhor, para refletirmos acerca do que queremos apresentar.

         . Cobiça: o significado da palavra é o mesmo do praticado no passado. Presume-se que atualmente desejamos de forma imoderada ou obstinada, o cargo, a posição, o carro, a casa, os bens materiais, a fama e o sucesso de outrem, entre outras coisas. Vemos pessoas próximas a nós, com tantos privilégios e tantos bens materiais, enquanto a maioria tem ou possui bem pouco. O pior de tudo isso, é que, ás vezes, muitas dessas pessoas até se arriscam a “fazer” coisas ilícitas para terem o mesmo.

Tiago 4:2. Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.   
        
            Esse tipo de comportamento desagrada e entristece á Deus, principalmente quando ele invade o coração e a mente de pessoas Cristãs. Por isso, temos que estar vigilantes o tempo todo. Sabemos que não é facil. Asafe (cf. Salmo 73), Habacuque (Hc 1:4,13) e tantos outros personagens Bíblicos, questionaram o Senhor acerca da prosperidade dos ímpios, enquanto seus sofrimentos aumentavam a cada dia.

         . Idolatria: com os Hebreus ou Israelitas, bastava a ausencia de sua Liderança (Moisés) ou uma atitude tomada por ele que lhes desagradava, para se desviarem dos caminhos do Senhor: “Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se o povo de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhes sucedeu” (Êxodo 32:1). Naquela época e região, os povos circunvizinhos eram politeistas, isto é, eles reverenciavam vários deuses. Geralmente, cada um deles era representado pela figura de animais.
                       
No Egito, por exemplo, o deus Àpis (Mênfis), Hator ou Nut, era representado pela figura de animais, principalmente bois ou vacas. Assim, Deus enviou a praga da peste nos animais dos egipcios, matando-os em grande número. Outro exemplo, foi o envio da chuva de saraiva, para mostrar para os egipcios que o Deus de Israel tem o controle sobre todos os elementos da natureza (cf. Êxodo 9:18-21). Eles acreditavam que este controle pertencia ao deus Iris, controlando as águas (o deus das águas) e que o deus Osíris – tinha o controle sobre o fogo (o deus do fogo).
Em nossos dias não é tão diferente assim, pois costumamos idolatrar o carro, a casa, o trabalho, a faculdade, a esposa (ou marido), os filhos, os netos, a si mesmo, os aparelhos tecnológicos, as redes sociais, o dinheiro, a riqueza, e outros tantos deuses.

Mateus 6:19-21. Não ajunteis tesouros (riquezas) na terra, onde a traça e a ferrugem, tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.

Portanto, temos que refletir acerca de onde estamos colocando o foco de nossa adoração ou de nossa reverencia. Será que não estamos agindo igualmente ao povo Hebreu, no passado? Temos que estar vigilantes quanto a isso!

. Fornicação: falamos muito acerca dos habitantes das cidades de Sodoma e Gomorra, principalmente sobre a sua conduta lasciva, promiscua e imoral (cf. Gênesis 19:1-5). Entretanto, em nosso tempo as coisas não estão tão diferentes assim. A sexualidade está a cada dia mais transparente em nossa sociedade. A sensualidade é mais explorada e apresentada, tanto  por pessoas do sexo feminino quanto masculino.
Recentemente, vi uma foto duma jovem menina grávida (adolescente) ao lado de seu Pai e, ao mesmo tempo, o pai de seu filho (pai e avô). O que achei intrigante foi a sua fala, dizendo que não via nada de errado nesta situação. Na cidade de Corintos, o apóstolo Paulo repreendeu severamente sobre um membro da igreja local, que estava tendo relações sexuais com a mulher de seu pai (cf. 1 Coríntios 5:1-5).
O que deixara Paulo perplexo, era que quase todos da igreja sabiam do cometimento deste pecado, mas não tomaram nenhuma atitude acerca do fato. Atualmente, as coisas de outrora que eram tidas como “imorais” ou “ilícitas”, parece que se tornaram comuns.  

. Murmuração: esse pecado é visível e testemunhado por nós diariamente. A todo instante reclamamos de alguma situação, de alguém, duma empresa ou de instituição social: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1 João 1:8). Costumo dizer que somos “eternos” insatisfeitos e, por isso, reclamamos de tudo e de todos.

1 João 1:10. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, nós o fazemos mentiroso, e a sua palavra não está em nós (Bíblia King James).    

Tendo consciência do cometimento de qualquer tipo de pecado, devemos nos render aos pés de Cristo e pedir-lhe perdão. Esta é a atitude correta para que a Sua palavra esteja verdadeiramente em nós. Outra coisa importante, é que precisamos ser gratos por tudo o que o Senhor tem nos proporcionado.

. Pôr o Senhor á Prova: acredito que você já tenha ouvido e testemunhado algum Cristão dizer assim: “Eu não aceito isso, Senhor!”. A questão nem está afeta a essa fala: “que não aceita” a situação pela qual está passando e vivendo. Mas, ás vezes, esta mesma pessoa acaba colocando o Senhor na “parede”. Querendo e impondo que faça aquilo ao qual está pedindo.
Tem orações e pedidos que fazemos (Eu e Você) que Deus jamais irá atender. Principalmente quando invertemos os pólos, isto é, nos posicionamos no lugar de Deus. Enquanto O colocamos como sendo o nosso serviçal, exigindo que atenda imediatamente o nosso pedido. Muitos de nossos pedidos, já foram rejeitados ou negados pelo Senhor. Mas, infelizmente continuamos a insistir e querer que nos atenda. O mais importante é que Ele tem prazer em responder as nossas orações, mais ainda quando pedimos aquilo que lhe agrada. Aquilo que Ele tem “sonhado” e desejado para nós.

Conclusão

Vimos que uma nação do passado foi dizimada, ficando prostrada no deserto. Principalmente por ter adotado essas cinco condutas pecaminosas, de acordo com a abordagem apresentado neste texto. Muitos e muitos anos se passaram, mas esses mesmos pecados continuam vivos e sendo praticados na atualidade.
       Temos que tomar muito cuidado, pois estamos numa caminhada muito parecida com a do povo Hebreu no passado. Estamos caminhando em direção a cidade de Canaã, para tomarmos posse de nossa morada, mas com a grande diferença de que ela é “Celestial e Eterna”. Se formos diligentes, seremos aprovados e estaremos em definitivo com o Senhor, lá nas Mansões Celestiais.