Radio do Bloguer do capitão.

terça-feira, 31 de março de 2020

O FENÔMENO CORONAVIRUS

          Desde que tomamos conhecimento deste vírus, passamos a ler artigos ou textos, além de assistir vários videos e ouvir inúmeros áudios abordando o assunto. Dentro de aproximadamente 20 a 30 dias, artistas, empresários, apresentadores de programas de televisão e rádio, médicos de todo tipo de especialidades, cidadãos comuns (como eu) e tantos outros, parecem terem feito um Curso de Mestrado ou Doutorado no assunto. 
           Entretanto, cada informação dada por essas pessoas, acabavam uma contradizendo a outra. Na verdade, tudo indica que ninguém sabe realmente do que se está falando (embora eu e muitas pessoas, temos nossas suspeitas). Sendo assim, conversava com uma pessoa muito próxima, quando colocou-me diante dum questionamento: será que este vírus não foi criado (e disseminado), com o propósito de se reduzir o número de idosos no mundo (ou no país de sua criação)? 
         Pergunta esta que acabou me deixando intrigado por alguns dias. É sabido por todos nós, que o grupo dos idosos, acaba consumindo boa parte das verbas ou receitas estatais (Federal, Estadual ou Municipal), com os gastos no tratamento e manutenção de sua saúde. Somente para podermos avaliar e refletirmos sobre o assunto, vejam o ranking populacional de alguns países, como também aqueles que possuem o maior percentual de idosos (de 65 anos ou mais). No Mundo atual, chegamos ao número de 7,7 bilhões de Habitantes:
          1. China - 1,4 bilhão de habitantes;
          2. Índia - 1,3 bilhão ...,
          3. EUA - 325 milhões ...;
          4. Indonésia - 270,6 ...;
          5. Paquistão - 216, 5 ...;
          6. Brasil - 211,3 milhões de habitantes;
          7. Nigéria - 200,9 ...;
          8. Bangladesh - 170,3 ...;
          9. Rússia - 144,5 ...;
         10. Japão - 126,8 milhões de habitantes.

        De acordo com uma pesquisa feita recentemente, os 5 Países com maior percentual de idosos (65 anos ou mais) são:

           1. Japão - 27,8 % de idosos;
           2. Itália - 60,4 milhoēs de habitantes e 22,5 % de idosos;
           3. Grécia - 10,7 milhoēs de habitantes e 20,8 % de idosos;
           4. Finlândia - 5,5 milhoēs de habitantes e 20,6 % de idosos;
           5. Portugal - 10,2 milhoēs de habitantes e 20,7 % de idosos.
              Não sou matemático, nem sociólogo, economista ou cientista político, mas algumas pessoas podem concordar comigo. Se realmente esse vírus foi criado por um país (tem sido chamado de vírus chinês) em conluio com outro (s) país (es) objetivando este propósito, ele tem sido bastante eficaz, haja vista que tem sido divulgado em todos os jornais (de vários países) que 87% (oitenta e sete por cento) das vítimas fatais, tinham mais de 60 anos de idade. Pare e pense sobre isso!!

segunda-feira, 30 de março de 2020

DICAS E ORIENTAÇÕES PARA NAMORADOS

Introdução:

As dicas ou orientações que serão dadas aqui, fazem parte de um dos tópicos duma aula ministrada na manhã de domingo (22/03/20), pelo Pastor Eliezer, na Assembleia de Deus Nova Vida (Sede), no município de Vila Velha/ES. Lição esta, transmitida ao vivo pela internet, trazendo uma abordagem importante acerca da constituição familiar: o início do namoro, com o propósito dum futuro casamento.
Destacamos alguns textos Bíblicos, citados e lidos pelo professor, para que pudesse consubstanciar sua fala; são eles: Gênesis 24:58-67; 2 Coríntios 6:14; levítico 19:19 e Deuteronômio 22:10. No Livro de Gênesis, especificamente nesta passagem, registra a ida de Isaque até a região da Mesopotâmia, para que pudesse escolher uma mulher, entre a sua parentela, para ser a sua esposa.
Nesta narrativa, você encontrará o nome duma jovem chamada Rebeca: “Chamaram Rebeca e lhe perguntaram: Você está disposta a ir com este homem (Isaque)? E ela respondeu: Sim, estou (verso 58). A preocupação dos pais de Isaque, prendia-se à época, de que ele não viesse a escolher para sua esposa, uma mulher duma nação ímpia (pagã), que professam outro (s) deus (es).
Outro texto citado, foi a II Epístola aos Coríntios, cuja autoria é atribuída ao apóstolo Paulo. Nele, o autor descreve esta mesma preocupação paternal, denominando-a de “jugo desigual”.   

2 Co 6:14-15. Não se ponham em jugo desigual com os descrentes (incrédulos ou ímpios). Como pode a justiça (servos e seguidores de Cristo) ser parceira (estar aliada) da maldade (dos injustos)? Como pode a luz conviver com as trevas? Que harmonia pode haver entre Cristo e o diabo (ou belial)? Como alguém que crê pode se ligar (aliar-se) a quem não crê? (acréscimo nosso)

O apóstolo afirma que caso isso venha a ocorrer, isto é, a união de pessoas cristãs com pessoas que professam outra fé, muitos problemas poderão surgir desta desigualdade religiosa. E ela pode ocorrer por várias razões, entre elas: a própria religiosidade, aspectos da sexualidade, a idade entre eles, o fator econômico e, ainda, a questão cultural (nível de escolaridade etc.). Para melhor entendimento do leitor, detalharemos resumidamente cada uma delas:

. Religiosidade: um dos cônjuges professa a Cristo como seu Senhor e Salvador, frequentando assiduamente os cultos oficiais de uma congregação cristã. O outro é ateu ou professa outra divindade, sendo também frequentador assíduo de suas reuniões. Lembre-se do que disse o próprio Jesus: “Todo o reino dividido contra si mesmo é destruído; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (cf. Mateus 12:25). Portanto, dificilmente este relacionamento conjugal perdurará. E, caso perdure, provavelmente vivem em constantes conflitos.

. Sexualidade: gostaríamos de apresentar hipoteticamente uma situação comprometedora do relacionamento conjugal. Imaginem que um dos cônjuges é evangélico (a) e o outro incrédulo, isto é, totalmente avesso a questão religiosa. Logo, poderá surgir problemas sérios durante a relação sexual do casal. Em outras palavras, aquilo que é entendido por um, como sendo permitido fazer entre quatro paredes, mas que, pelo entendimento do outro não é. Esta questão irá gerar um problema muito sério entre o casal (inclusive, uma indução para a infidelidade).

. Idade: Se houver uma diferença gritante entre as idades dos cônjuges, pode ser levantada uma grande barreira no relacionamento conjugal. Principalmente, se forem de gerações muito distantes. Vamos supor uma diferença entre 20/30 anos de idade (p.ex., Ele com 25, ela com 45/55, ou vice-versa). Provavelmente, os desejos e vontades serão bem diferentes um do outro. O vestuário, os ambientes sociais que gostam de frequentar, as músicas que gostam de ouvir, o ciclo de suas amizades, entre outras coisas. Além do mais, com o passar dos anos não tem para onde correr, o envelhecimento virá para todos nós, mais afetará de forma mais rápida e “digamos” prejudicial, daquele (a) que tem mais idade. Com isso, poderá vir a comprometer também na relação sexual (por exemplo, diminuição da libido, virilidade, ereção, etc.).

. Fator Econômico: vamos supor que um dos cônjuges pertence a uma família abastada da sociedade. Enquanto o outro, de uma família muito simples e pobre. É bem possível que irá surgir problemas constantes em relação a este fato, pois a pressão social e familiar será muito forte, inclusive dos parentes próximos do cônjuge rico. Muitas pessoas irão discriminar o mais pobre, podendo alegar como argumento, o seu interesse meramente financeiro para a realização do matrimônio.

. Escolaridade (Educação e Cultura): Quando existe a diferença do nível escolar e cultural entre os cônjuges, também pode surgir comprometimentos no relacionamento conjugal diário. Mesmo por que, quem tem uma posição acadêmica elevada, provavelmente ocupa cargos importantes na sociedade e, teoricamente, tem um teto salarial, bem maior daquele que não possui boa formação acadêmica. E além disso, costuma frequentar lugares muito chiques na sociedade.
No Brasil, infelizmente, se for a mulher que detém esta titularidade e recebe um alto salário mensal, ela tem que amar muito seu cônjuge, para não jogar todo este peso diariamente sobre ele. E ele, o homem, como tendo “que ser” o provedor do lar (da casa, da família), terá muita dificuldade em lidar com esta situação, para obter uma convivência harmoniosa. 

Conclusão:

          Em momento algum, durante o transcorrer da escrita, estamos afirmando que será impossível um casal ter uma boa convivência conjugal, inclusive de viver juntos por muitos anos, diante das situações assinaladas neste texto. Sim, nós sabemos que é possível a convivência conjugal. No entanto, quando olhamos para a atualidade e o momento em que estamos vivendo, onde a cada dia surge uma nova forma de constituição familiar e conjugal, principalmente se foram formados ou constituídos em alguma das situações citadas acima, penso que poucos são os relacionamentos que perduraram (ou ainda perduram).
Realmente é possível acontecer, isto é, mesmo havendo o “jugo desigual”, duas pessoas se amarem e viverem juntas por muitos e muitos anos. Mas, em nossa humilde interpretação, será visto ou apontado como sendo uma verdadeira exceção.

quinta-feira, 19 de março de 2020

O MODERNISMO GRASSOU NAS IGREJAS EVANGÉLICAS


Texto Bíblico: Tiago 1:27
Introdução

       Em nossos dias, está cada vez mais difícil encontrarmos um agrupamento de pessoas, que procuram se reunir com o único propósito de apresentar uma adoração verdadeira e fiel a Deus e que esteja de acordo com a sua Sagrada Escritura. Certa vez, alguém disse: “Procurei a igreja no mundo e não a encontrei. Achei o mundo e, nele, encontrei a igreja”.
      As diversas reuniões que são realizadas em ambientes fechados (edificações ou casas) ou ao ar livre (nas ruas e praças), em que se intitulam como sendo a “Igreja do Senhor”, estão muito aquém de apresentarem a genuína adoração que o nosso Pai Celestial merece. Em sua época, o profeta Isaias escreveu sobre o povo que dizia adorar a Deus, mas que somente o faziam de forma verbalizada, como diz um jargão popular “só de boca para fora”, pois os seus corações estavam totalmente distantes do Senhor e cheios de perversidades:
          
Isaias 29:13. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído.
          
       O texto destacado acima faz referência à cidade de Judá, onde a população que se dizia povo de Deus (em nosso tempo, Igreja do Senhor), diante d’Ele orava, adorava, cantava e louvava, mas os seus corações não estavam na mesma sintonia, pois não obedeciam ao que estava escrito em Sua Palavra.
   Mas afinal de contas, qual o significado de Igreja do Senhor? Não estamos nos referindo aqui, irmãos e leitores, simplesmente as edificações construídas por mãos humanas, onde as pessoas alugam, compram ou escolhem para se reunirem semanalmente. Também não estamos falando apenas de uma unidade organizacional, com certa denominação que se diz religiosa.
     A palavra Igreja é uma expressão ligada totalmente à área Cristã. Em seu idioma original grego, a sua grafia é Ekklesia, que significa “chamados para fora”. Podemos dizer que este termo foi usado entre os judeus, para identificar ou designar a Assembleia Geral do “povo do deserto – os Hebreus”, que foi reunida por Moisés. Logo, podemos afirmar de que a edificação ou o prédio onde as pessoas se reúnem para adorar a Deus, não é a igreja de Cristo, mas sim, o local onde ela escolheu para cultuar a Deus.
    Quando este local está fechado e vazio, não passa apenas de uma construção comum (um estabelecimento comercial ou uma casa). E também, nenhuma pessoa que nasceu numa família cristã ou se converteu ao Cristianismo; sozinha, é ou representa a Igreja do Senhor. Ela faz parte da Igreja (é membro do corpo) cuja liderança (a cabeça) é Cristo:  

1 Coríntios 12:11-25. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.
O apóstolo Paulo, neste texto, faz uma analogia maravilhosa entre os membros dum corpo humano e a importância de sua funcionalidade, com os membros duma comunidade cristã (ou evangélica) e a importância da atuação de todos, para a boa funcionalidade da igreja de Cristo. Quando saímos de nossas residências ou vamos direto do trabalho, para nos dirigirmos ao culto que é realizado no local escolhido para adorarmos o Deus, nos tornamos a Igreja Visível do Senhor. Neste momento, ocorre a Assembleia (a reunião, o ajuntamento) do Senhor. Sobre esse assunto João Calvino escreveu que: “Onde quer que vejamos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos os sacramentos (ato religioso de instituição divina para a santificação da alma) serem administrados segundo a prescrição de Cristo, aí de modo nenhum se há de contestar estar presente uma igreja de Deus” (Mark Dever, 2007, p.23).  Ainda de acordo com a Palavra de Deus, podemos definir a igreja como sendo: 
1) Um grupo (ou corpo) de pessoas que confessam seus pecados e dão evidência de que foram salvas pela graça de Deus. 2) O ajuntamento de pessoas comprometidas (totalmente envolvidas) com Cristo e com a sua Palavra e; 3) Um corpo do qual você pode ser incluído ou, também, pode ser excluído.

1 Coríntios 12:12,26. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros deste corpo, sendo muitos são um só corpo, assim é Cristo Também. (...). De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

No capítulo 12 de 1 Coríntios, de acordo com o texto citado, o apostolo Paulo trata especificamente sobre a diversidade de dons espirituais. Do versículo 12 em diante, ele apresenta uma analogia entre a Igreja (primitiva) e Cristo. Esses dons espirituais são concedidos ao corpo de Cristo (pessoas e membros), que é sua Igreja visível na terra. Eles são partes indispensáveis para a vida e ministério da igreja até a volta de Cristo: “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (CF. 1 Coríntios 1:7).

Desenvolvimento

       No capítulo 1, do livro de Tiago, que é uma Epístola Universal (Geral), mas que, inicialmente foi escrita aos cristãos judeus da diáspora (dispersão, devido a perseguição), ou seja, que viviam fora da Palestina, aborda sobre a religiosidade que deveria ser praticada por eles, caso quisessem obedecer ao ordenamento de Cristo.

Tiago 1:27. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se incontaminado do mundo.

(...): visitar os órfãos: - Diz-se daquele (a) que perdeu os pais. Desde o início, Jesus Cristo teve uma preocupação muito grande para com esta classe de pessoas; mas não somente com os órfãos, mas também as viúvas e todos os desamparados da sociedade.

Salmo 68:5. Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo. (...). 146:9. O Senhor guarda (ampara) os estrangeiros, sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios. (...). João 14:18. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.

Há quem diga e a Palavra de Deus confirma isso, que Ele veio para os pobres e necessitados (miseráveis) desse mundo.

(...): visitar as viúvas: - Diz-se da mulher a quem morreu o marido e que ainda não contraiu novas núpcias. O nosso Deus tinha e tem um carinho muito grande por essas pessoas.

Deuteronômio 10:17-18. Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas. Que faz justiça ao órfão e a viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.  (...).  1 Timóteo 5:3,5. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas. (...). Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em rogos e orações.

(...): ajudar aos pobres: - Diz-se da pessoa desprovida ou precariamente provida do que lhe é necessário para seu sustento e sobrevivência. Vários textos Bíblicos enfatizam sobre o cuidado que devemos ter com esta classe de pessoas.

Êxodo 23:6. Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda. (...). Provérbios 17:5. O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não ficará impune. (...). Lucas 4:18-19. O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os contritos de coração. A proclamar liberdade aos cativos, e restaurar da vista aos cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.

Chama-se a atenção para o trecho do Evangelho de Lucas, em que o próprio Jesus Cristo estava pregando na cidade de Nazaré e advertia aos seus seguidores a quem deveriam levar as Boas Novas. Se as igrejas que se intitulam como evangélicas, se apegassem somente a este versículo do livro de Tiago e aos demais dos outros livros da Escritura, que foram colocados em relevo, e colocassem em prática o que Deus determinou há muitos anos, estariam dando um grande passo para se tornarem a verdadeira Igreja de Cristo na terra.
          
(...): guardar-se incontaminado do mundo. - Mas, o que temos presenciado em muitas dessas igrejas, é a apresentação de uma religiosidade falsa e totalmente contaminada (adulterada), principalmente por estarem permitindo a entrada de filosofias vãs, modismos mundanos e demoníacas em seus cultos diários. Parece que as pessoas (Líderes e Membros da Igreja) perderam totalmente o temor a Deus e ao que diz a Sua Palavra e, por isso, estão pagando ou ainda pagarão um preço muito alto pela sua negligência e desobediência.
       Em Cristo ou com Cristo, não existe a possibilidade de você querer servir a dois senhores. O livro de Jesus Cristo, segundo escreveu o evangelista Mateus 6:24, diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (representação do deus da riqueza)”.
Muito tempo atrás e por causa disso, o povo de Deus que vivia na cidade de Samaria, foi levado cativo para Assíria, ou seja, foram arrancados de sua pátria. E o rei da Assíria loteou a cidade de Samaria com estrangeiros de todas as nações e línguas:

2 Reis 17:24. E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades.

Esses povos edificaram seus deuses pagãos nessa cidade e passaram a adorá-los. Cidade esta que antes pertencia ao povo de Deus. E é isso que está acontecendo dentro de nossas igrejas, isto é, outros deuses ou outras formas de adoração a “Deus”, estão sendo trazidas para os cultos diários. Entre elas, destacam-se: coreografias diversas, danças folclóricas, músicas sertanejas (entre outras), teatros, shows culturais etc. Inclusive, estão colocando globo com luzes de várias tonalidades de cor, que são usados em casas noturnas (Boates ou Prostíbulos).
Na verdade, eles estão desonrando a pessoa Bendita e Excelsa de nosso Deus. E, assim, desonram também a sua Palavra, que é imutável, infalível e inerrante. Neste texto (artigo ou sermão), queremos dar ênfase acerca de duas dessas doutrinas de homens ou filosofias demoníacas que grassaram nas igrejas evangélicas atuais: o Pragmatismo e a Teologia da Prosperidade.

1ª O Pragmatismo: é uma doutrina filosófica que se apega nas ideias como sendo instrumentos de ação, que só valem ou são aceitos se produzirem efeitos ou resultados práticos. Dito em outras palavras, os lideres dessas igrejas, estão adotando todo o tipo de entretenimento e estratégias em suas igrejas, usando como argumento de que assim irão atrair pessoas, principalmente os jovens para Cristo. Na verdade, esses “Pastores” ou “Lideres” estão apenas preocupados em lotearem suas igrejas de pessoas e, como resultado prático, aumentar sua receita com o recebimento de mais ofertas e dízimos.
Por isso, precisam usar essas artimanhas ou estratégias, pois deve faltar-lhes, no mínimo duas coisas: coragem para expor a Palavra de Deus e confrontar os pecados do povo e; a segunda, o conhecimento teológico para expor a Sola Escriptura, somente a Palavra de Deus como verdadeiramente ela é. Essa pratica está mais próxima de uma religiosidade tida como “Liberal”, isto é, eles planejam repensar e rever o evangelho e o culto realizado na igreja de Cristo em termos contemporâneos, isto é, para parecer o mais próximo possível com o modismo do mundo. Eles estão ajustando os cultos (liturgia, visual, louvores e vestimentas) de acordo com a preferência de seus ouvintes. Com isso, lotam as construções e edificações.
     Na verdade, eles conseguem atrair um grande número de pessoas, mas, para mais uma reunião semanal naquele lugar. Muitas delas, estão indo pela comodidade e conforto, e por não serem confrontadas em seus pecados e nem orientadas de acordo com a Palavra de Deus, para que mudem de vida e de atitudes, caso contrário, poderão receber o juízo do Justo Juiz. Sendo assim, essa “igreja” passou a ser apenas mais um lugar de encontro, de promoção e de entretenimento social, mas dificilmente entre seus membros há alguém que se converteu ou que experimentou verdadeiramente o novo nascimento. (João 3:3).

João 3:3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Nesta passagem, um doutor da lei e membro do Sinédrio [1], de nome Nicodemos, foi encontrar-se com Jesus a noite, pois ficou preocupado com sua reputação. E esse homem tão culto, teve dificuldade para aprender o que Jesus quis dizer com a necessidade de “nascer de novo”. De forma simplória, podemos dizer que Jesus estava falando sobre a necessidade de uma mudança completa em sua vida e em seu comportamento (a nível mental e intelectual) para que pudesse ser um cristão verdadeiro.

2ª A Teologia da Prosperidade: é um movimento de origem inglesa, com enorme receptividade no Brasil, a partir do ano de 1980. Ao contrário do que se imagina essa doutrina ou filosofia não surgiu no meio pentecostal, mas sim de algumas seitas sincréticas [2] da Nova Inglaterra. No entanto foi exatamente nesse meio que essa teologia mais conseguiu se firmar.
Nos últimos anos, essa teologia demoníaca tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo, trazendo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo seu ensinamento, todo crente tem que ser rico, não pode morar em casa alugada, tem que ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Se não for assim, este cristão está em pecado ou enfraqueceu na fé. Colocaremos em destaque, textos Bíblicos para contrapor este tipo de ensinamento:

2 Reis 13:14. E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros!  (...). 2 Crônicas 32:24. Naqueles dias Ezequias adoeceu mortalmente; e orou ao Senhor, o qual lhe falou, e lhe deu um sinal.
(...)
Daniel 8:27. E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; então levantei-me e tratei do negócio do rei. E espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse.  (...).  Filipenses 2:25,27. Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover as minhas necessidades. (...). E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. (...).  1 Timóteo 5:23. Não bebas mais água só, mais usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades.

Neste último texto, Paulo recomenda a Timóteo que misturasse um pouco de vinho a água, pois iria melhorar de sua enfermidade estomacal. Poderíamos elencar outras passagens Bíblicas, envolvendo nomes de homens (e mulheres) de Deus que não somente adoeceram, mas também vieram a óbito devido à gravidade de sua enfermidade, para refutar (desmentir e contestar) esta doutrina satânica que prega que o cristão não pode adoecer.
Portanto, irmãos e leitores, esta teologia filosófica barata e fajuta cai por terra diante da Sagrada Escritura, haja vista, que a nossa maior prosperidade esta diretamente relacionada ao tesouro incomparável que nos está reservado nos Céus. Tudo que ajuntarmos aqui na terra, quando partirmos, ficará. Não levaremos nada para a Morada Celestial: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (cf. 1 Timóteo 6:7).  Lá já temos tudo do quanto nos será necessário. O que nos está reservado, nenhuma traça, nem ferrugem ou ladrão poderá nos tirar. A nossa primeira e maior prosperidade é espiritual, ela vem do Alto.

Mateus 6:19-21. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.

Infelizmente, muitas pessoas desavisadas ou ignorantes, ou seja, sem o conhecimento do Verdadeiro Evangelho, está sendo ludibriada por falsos pastores e falsos profetas. O dia deles (Liderança) já está agendado e reservado com o Senhor. Com esse evangelho “diluído, reduzido ou moderninho”, em que esses ditos “homens de Deus” procuram moldá-lo às pessoas para agradar-lhes, quando na verdade, deveria ser o contrario. Nós, como pecadores convictos, é quem devemos nos adequar a Palavra de Deus, pois segundo o Evangelho de Jesus Cristo, escrito pelo Evangelista Mateus 24:35: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.
Charles H. Spurgeon (1834-1892), escreveu sobre algumas práticas utilizadas por esses homens nos púlpitos de nossas igrejas: “Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que a casa de oração se assemelhe a teatros; transformam o culto em shows musicais ou em ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro, e os servos de Deus em atores, cujo objetivo é entreter os homens” (sublinhamos).
Essas e outras doutrinas de homens (ou de demônios) têm levado seus seguidores a praticarem uma religiosidade contaminada e corrompida, de forma a insultar a pessoa majestosa de Jesus Cristo e a Sua Palavra. Esses homens estão agindo igualmente a Manassés, ao induzir o povo ao erro e a violarem a adoração a Deus.

2 Reis 21:9,14. Porém não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar (induzir), que fizeram pior do que as nações, que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel. (...). E desampararei os restantes da minha herança, entregá-los-ei na mão de seus inimigos; e servirão de presa e despojo para todos os seus inimigos.

O texto acima relata o que ocorreu com muitas pessoas do povo de Judá, quando passaram a adorar deuses falsos, rejeitando a salvação que Deus lhes preparara e, assim, Deus veio com o seu juízo sobre eles (cf. 2 Reis 24:1-4). Assim também será em nossos dias, somente aqueles que perseverarem na Fé Genuína, terão a garantia de fazerem parte do povo de Deus e o acesso livre para a subida ao céu. Eles estão invertendo e adulterando as doutrinas de Cristo. Está havendo uma inversão total do que está escrito e o que está sendo falado nos púlpitos dessas igrejas. Diversas são as inversões promovidas por eles, mas gostaríamos de destacar três delas:

1ª – A Inversão dos Papéis:

No Evangelho genuíno, Deus é o Senhor de nossas vidas. Nele impera o Teocentrismo. Deus é o centro de tudo e de todos (o Senhor e Dono), inclusive do homem. Ele é quem rege a vida humana em todas as suas esferas. Aqui se diz: “Tudo posso naquele que me fortalece” (cf. Filipenses 4:13) e, também; “(...): Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (cf. Mateus 6:9).
No cristianismo apresentado por eles, nós somos os senhores de nossas vidas. Nele impera o Antropocentrismo. O homem passa a ser o “Senhor” e o centro das atenções, enquanto que Jesus Cristo passa a ser seu “Servo” (escravo, empregado e serviçal). Essa doutrina surgiu com o humanismo no século XVI, em que visavam um homem mais racional, que passou a ser o centro do conhecimento. Aqui se diz: Eu determino isso ou aquilo; por exemplo: Que sejas curado!

2ª – A Inversão de Valores:

     No Evangelho genuíno, devemos priorizar e buscar a todo o tempo e o tempo todo as “coisas” que são do alto (Espirituais), pois se assim procedermos, as coisas que nos são necessárias enquanto estivermos aqui na terra, virão no momento certo. Aqui se prega: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (cf. Mateus 6:33).
       No cristianismo apregoado por eles, a mensagem está focada o tempo todo na prosperidade econômica e financeira (nos bens materiais). Aqui se fala: “Eu plantei ofertas na casa do Senhor e vou receber bênçãos materiais na minha vida. Você tem que ofertar ao Senhor, com a expectativa de que vai ser recompensado” (fala dum renomado pastor, pertencente a denominação Assembleia de Deus).
Ou também assim: “Se você ofertar com X valor, Deus te restituirá cem vezes mais”. Acrescentado de outra fala, dita por um líder conhecido nacionalmente, pertencente a denominação Mundial: “Eu não creio que alguém vai pedir a Deus para ganhar mil reais. Esse negócio de salário-mínimo, Deus me livre. Agora, se você der um salário-mínimo de dízimo, vai ter uma renda mensal acima de seis mil reais”.
          
3ª - A Inversão do Significado e Ação da Fé:

        No Evangelho genuíno, é exposto que por meio da fé Deus opera em nós a Sua Graça, Sua Misericórdia e Seu infinito Amor. Aqui é dito que a fé “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1). Deve ser lembrado que, juntamente com a fé, deve estar presente as obras. Na verdade, elas devem andar juntas.
O Cristão verdadeiro faz as obras porque tem fé, e porque tem fé, realiza as obras. Fé e obras não podem ser separadas, uma vez que as obras procedem naturalmente da fé: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver obras? (...); mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (cf. Tiago 2:14,18).
O termo grego usado para significar obras é “ergon”. Entretanto, Tiago emprega sentido diferente a essa palavra. Para ele, “obras” se referem as nossas obrigações para com Deus e com os homens (amor, respeito, generosidade, compaixão etc.), as quais são ordenadas nas Escrituras, e provém de uma fé sincera e de um coração puro. No cristianismo propagado por eles, é dada maior ênfase as obras que são realizadas pelos homens.
Eles se comportam como os Fariseus que foram censurados pelo próprio Jesus: “E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos amuletos, e alargam as franjas das suas vestes” (cf. Mateus 23:5). Se eles desejam com isso, receberem elogios e aplausos humanos (glórias), obterão grande sucesso. Mas da parte de Deus, naquele dia, ouvirão: “(...): Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (cf. Mateus 7:23).
Eles parecem acreditar que somente com as obras, lhes serão garantidas a salvação eterna. No livro de Romanos 3:28, está escrito assim: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei”. Nesta passagem, Paulo usa significado diferente ao que foi usado pelo apóstolo Tiago (2:14-18). Para ele, as “obras” aqui, se referem ao desejo humano (egoísta) de obter mérito e salvação pela obediência á lei, mediante seu próprio esforço e não através do arrependimento e da fé em Cristo.
Embora os dois escritores usem significados diferentes para a expressão grega “ergon”, ambos declaram enfaticamente que a verdadeira fé salvífica, produzirá infalivelmente obras de amor. Em suma, nós somos justificados pela Fé em Cristo Jesus. A realização das obras, são consequências naturais na vida daqueles que exercitam diariamente essa fé.
A teologia da prosperidade defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para todos os cristãos. Impera no discurso desses líderes, de que as doações para os ministérios cristãos, irão sempre aumentar a riqueza material do crente fiel. 

Conclusão

Amados e queridos irmãos, não estamos querendo dizer com isso, que o Cristão não possa vir a enriquecer ou ter prosperidade financeira. Mesmo porque, não há qualquer condenação na Bíblia quanto a isso. 
O grande problema reside quando isso se torna uma obsessão (sua prioridade), e ele (a) quer a qualquer preço e sacrifício, se tornar uma pessoa próspera financeiramente (rica). E, quando isso acontece, existem advertências na Sagrada Escritura, na tentativa de nos alertar acerca do grande perigo.

1 Timóteo 6:9-10. Mas aos que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

O texto nos afirma de forma bem clara, de que o problema reside em se depositar o nosso amor “ao dinheiro”. Sendo assim, que possamos estar Orando e Jejuando por essas pessoas, com o propósito maior, de que Deus pela sua infinita misericórdia faça com que seja aberto “o entendimento e a compreensão” sobre o que é o verdadeiro Evangelho de Cristo. E, assim, possam: “se converter dos seus maus caminhos, para que Deus venha e sare a sua Terra, ou seja, os seus corações” (cf. 2 Crônicas 7:14).