2 Crônicas 18:12-13
Introdução
O livro de 1º e 2º Crônicas no Antigo
Testamento Hebraico fazia parte originalmente de um único Livro. Em nossas
Bíblias atuais, esses livros encontram-se separados. 2º Crônicas apresenta com
detalhes o reinado de Salomão (971-931 a.C.) e como sua fama se espalhou por
vários países, despertando a curiosidade de outros reis e nações,
principalmente da rainha de Sabá:
1º Reis 10: 4,6-7:
“Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que
edificara, (...). E disse ao rei: Foi verdade a palavra que ouvi na minha
terra, das tuas coisas e da tua sabedoria. E eu não cria naquelas palavras, até
que vim, e os meus olhos o viram; eis que me não disseram a metade;
sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi”.
Registra ainda esse livro, a morte de
Salomão e a divisão de todo o seu reino por seus filhos (930-586 a.C.). Durante
os 20 primeiros anos do reinado de Salomão (1º Reis; Cap. 1-10), ele teve um governo exemplar, devido a sua
obediência em relação às ordenanças de Deus, chegando ao apogeu de seu reinado.
Com isso, conquistou paz, prosperidade, poder, muita glória e riqueza para si e
para o povo de Israel. Entretanto, nos 20 anos seguintes de seu reinado, houve uma
mudança total em sua forma de governar, onde procurou fazer alianças políticas
com povos pagãos, assim, trouxe muita idolatria, sensualidade, poligamia e
decadência moral e espiritual para si e para o povo israelita (1º Reis; cap. 11).
Logo após a morte do rei Salomão, todo o seu
reino foi dividido em duas partes, ficando assim representado: Reino do Norte –
Israel, com sua capital em Samaria,
tendo como rei Jeroboão (10 Tribos; 19 Reis e 9 Dinastias[1])
e o Reino do Sul - Judá, com sua
capital em Jerusalém, tendo como rei Roboão (2 tribos; 20 Reis e 1 Dinastia).
O livro de 2º Crônicas, de uma forma específica,
focaliza a narrativa sobre o destino de Judá.
O autor do livro considera Judá, como sendo o fluxo principal da “história da
redenção” de Israel, tudo isso baseado em três fatores principais:
1º - O templo de Jerusalém permaneceu como
o centro da verdadeira adoração a Deus;
2º - Seus reis eram descendentes de Davi,
ou seja, sucederam de apenas 1 Dinastia (mesma linhagem);
3º - Judá, a tribo predominante entre os
judeus, voltou e reconstruíram a cidade de Jerusalém e o Templo de adoração a
Deus.
Há várias passagens Bíblicas contendo
advertências para que os Cristãos (Santos) não se misturassem ou se envolvessem
em relacionamentos íntimos e sérios com os ímpios (Profanos). Isto se deve, ao
fato de sabermos que caso essa aproximação venha a acontecer e perdure por
muito tempo, é bem provável que as pessoas que não querem ouvir e dar crédito a
Palavra de Deus (que vivem na incredulidade e nas trevas), acabem influenciando
aqueles que buscam a todo tempo andar nos caminhos do Senhor (cristãos) e, com
isso, praticarem atos pecaminosos.
O Livro de Salmos apresenta de forma transparente
para todos os seguidores do Cristianismo, como o Cristão deve proceder em
nossos dias: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos
ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita
de dia e de noite” (Salmo 1:1-2).
O texto descrito em 2º Crônicas,
principalmente em seu capítulo 18, faz alusão ao que está registrado neste
Salmo, dando ênfase a dois personagens principais: o primeiro, diz respeito à
pessoa do Rei Jeosafá (rei de Judá); e o segundo, ao Rei Acabe (rei de Israel).
Na sequência expositiva da Palavra de Deus, serão apresentados maiores detalhes
sobre a conduta desses dois personagens e o resultado desta aliança entre o
santo e o profano.
Desenvolvimento
O primeiro personagem da narrativa é o rei
Jeosafá (Josafá = Jeová julga), que era filho do terceiro rei de Judá - Asa, que reinou durante 41 anos
em Jerusalém, mas, após sua morte seu filho ascendeu ao trono (1 Reis 15:9). Pode-se dizer que Jeosafá foi um bom rei, principalmente
em seus primeiros anos de reinado (da
mesma forma que o rei Salomão), esforçando-se para ensinar ao povo a Palavra de
Deus e como ser fiel ao Senhor.
O segundo personagem da história é o rei Acabe,
que era filho de Onri. Ele foi o sétimo rei de Israel, registra-se que desde a
assunção de seu reinado, fez coisas abomináveis perante aos olhos do Senhor.
Merece destaque, entre várias de suas ações, quando mandou matar a Nabote porque
não quis vender sua vinha para ele (1 Rs
21). Para piorar a situação, casou-se com Jezabel, mulher que adorava ao
deus Baal (1 Rs 16:31), que era o
supremo deus dos Cananeus.
Verso 1: O Perigo do Cristão aparentar-se com o Mundo: “(...) Tinha, pois, Jeosafá riquezas e
glória em abundância, e aparentou-se com Acabe”.
O rei Jeosafá obteve muitas vitórias em
seu reinado, adquirindo fama, ostentação e muita riqueza. Com isso, resolveu aproximar-se
do rei Acabe, que governava a cidade de Israel. O verbo aparentar apresentado
neste versículo, pode apresentar dois significados: o primeiro, tem o sentido
de que a pessoa tem a vontade de se tornar parente doutra pessoa. O segundo, já
apresenta o sentido de querer se aproximar e fazer amizade ou aliança política com
outras pessoas.
Tiago 4:4. “Adúlteros
e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?
Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
Salomão promoveu sua própria decadência
moral e espiritual (como também de seu povo), quando resolveu fazer alianças
politicas com povos pagãos (ímpios). Tem uma frase escrita por Steve
Beckman, que diz assim: “Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem
você”. Embora Salomão fosse um homem de Deus, acabou escolhendo aliar-se com
povos pagãos.
Verso 2: A Aproximação do Cristão com o Ímpio pode levá-lo ao
Afastamento de Deus: “(...), e Acabe
matou ovelhas e bois em abundância para ele, (...), e o persuadiu a subir com
ele a Ramote-Gileade”.
O Rei Jeosafá (Judá), depois de conquistar
muita riqueza e fama, resolveu por conta própria ir ao encontro do Rei Acabe
(Israel), na cidade de Samaria. Nesta ocasião, o rei Acabe aproveitou a
oportunidade e o persuadiu a juntar-se a ele numa guerra contra um de seus
inimigos. A expressão persuadir tem como significado, levar a crer ou a aceitar.
Neste versículo ela pode ser traduzida por
“convencimento”. Sendo assim, quando
o Cristão (Santo) não quer mudar de atitude e permanece com amizades mundanas
(incrédulos, profanos), essas pessoas que não tem nenhum compromisso com Cristo,
nem tampouco com a Sua Palavra, podem convencê-lo a praticar condutas desviantes
(atos de rebeldia, masturbação, fornicação, adultério, mentir, fumar, etc.) ou,
até mesmo, cometer alguns delitos, tais como; usar e abusar de drogas ilícitas,
pequenos furtos, roubos, estupros, homicídios entre outros. Há um ditado
popular antigo que se encaixa perfeitamente neste caso: “Quem se mistura com porcos, farelo come”.
Verso 3: O Cristão pode nutrir uma vontade de se parecer com
o Ímpio: “Como tu és, serei eu; e o meu
povo, como o teu povo (...)”.
Pode acontecer de ter algum Santo aqui
nesta noite, que inveje algum Profano por ter uma vida mais regalada, isto é,
ter prosperidade financeira, com fartura de bens e riqueza, sem nenhum limite e
nem ter que dar obediência e satisfação a ninguém. Pode ainda, o jovem Cristão
(homem ou mulher), ficar com vontade de aparentar-se com a vida “deliberada”
dos jovens mundanos (uso extravagante de roupas, joias, bijuterias) que
frequentam boates, prostíbulos, shows diversos e manter relacionamentos imorais
(homossexualidade, lesbianismo, fornicação, adultério, etc.). Infelizmente, nos
dias atuais, fica cada vez mais difícil distinguir quem é servo do Senhor e
quem é servo do Diabo.
Salmo 37:1.
Não te indignes por causa dos malfeitores (ímpios, criminosos), nem tenhas
inveja dos que praticam a iniquidade (perversidade, pecado). Acréscimo entre
parênteses nosso.
O Salmista nos ensina que não devemos ter
inveja da prosperidade dos profanos (ímpios), pois caso não se arrependam e
mudem de vida, serão abatidos e perderão tudo o que conquistaram aqui na terra.
Em contrapartida, os justos (santos) que continuarem leais a Deus, gozarão da
sua presença, ajuda e direção na terra e, ainda, terão garantido a salvação eterna
no céu (Apocalipse 21:1-2).
Verso 4: O Cristão verdadeiro não se esquece dos Ensinamentos de Deus: “(...): Peço-te, consulta hoje a palavra do
Senhor”.
Muitos Evangélicos estão tristes hoje,
porque seus filhos, mesmo tendo nascido e crescido em lares cristãos, encontram-se
em amizade com o mundo (afastados do caminho que leva a Deus). No entanto, a
Palavra de Deus é viva e eficaz, e irá se cumprir conforme está escrito em Provérbios 22:6. “Instrui o menino no
caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele”.
Portanto, Pai (e Mãe), se você ensinou a
Palavra de Deus aos seus filhos e demonstrou com sua conduta diária aquilo que pregou
para eles, pode ter a certeza que no tempo de Deus ele voltará para os braços
do Senhor. Cabe a nós, igualmente a Jó, dedicarmos momentos de orações a Deus,
pedindo para que os proteja e guarde-os onde quer que estejam. O rei Jeosafá, embora estivesse em aliança
com um rei mundano, não se esqueceu dos ensinamentos que aprendeu com seus
pais, ou seja, ainda havia temor em seu coração.
Verso 5-6: O Incrédulo costuma consultar e seguir vários conselhos:
“Então o rei de Israel reuniu os
profetas (...), e disse-lhes: Iremos à guerra contra Ramote de Gileade? Sobe,
porque Deus a dará nas mãos do rei”.
Em atendimento ao pedido de Jeosafá, o rei
Acabe mandou reunir quatrocentos homens de sua cidade, pedindo-lhes conselhos
se deveria subir a guerra contra seus inimigos. Esses homens, disseram aquilo
que o rei gostaria de ouvir, não se preocupando em dizer-lhe a verdade e, muito
menos, com o resultado que poderia vir por acreditar nesta mentira.
Muitas pessoas que visitam Igrejas
Evangélicas sérias, ou seja, aquela que expõe a Palavra de Deus como ela
realmente é, saem horrorizadas, pois não ouviram o que gostariam de ouvir. E o
pior, é que muitos membros dessas igrejas, também se escandalizam com esse tipo
de pregação. Jeosafá, como tendo sido criado na presença do Senhor, identificou
que aqueles homens mentiam para o rei (falsos profetas), provavelmente para se
aproveitar das mordomias reais: E diz a Acabe: “Não há ainda aqui algum profeta do Senhor, para que o consultemos?”.
Mesmo em meio a tanta idolatria,
corrupção e prostituição, havia um homem de Deus que não transigia com estas
coisas, mantendo-se fiel e leal ao Senhor – Micaías.
Verso 7: O Cristão Verdadeiro atrairá para si inimizades: “Então, o rei de Israel disse a Jeosafá:
Ainda um homem por quem podemos consultar ao Senhor, porém eu o odeio (...)”.
Quando a pessoa é realmente convertida ao
Cristianismo, não se preocupará em dizer aquilo que a pessoa não gostaria de
ouvir, mas falará à verdade que lhe for revelada pelo Senhor (Sua Palavra),
mesmo que a pessoa fique aborrecida. Assim são muitas pessoas em nossa
sociedade, não gostam de ouvir falar de Cristãos e, também, sobre a Palavra de
Deus, pois ela é transparente quanto ao transmitir a pura verdade. Como há um
antigo ditado popular: “a verdade dói”. Precisamos entender que Amar a Deus e a
sua Palavra significa ser odiado pelo mundo (incrédulos, ímpios). No entanto, o
contrário também é verdadeiro: “Aquele que amar o mundo, se torna inimigo
(odiado) de Deus”.
Verso 8: Em meio a Idolatria e Depravação Moral e Sexual, há
um remanescente do Senhor: “(...): Traze
aqui depressa a Micaías, filho de Inlá”.
Na época
em que Deus enviou o dilúvio, havia Noé e sua Família que agradavam a Deus,
enquanto toda a população era corrupta. Quando o Senhor mandou destruir as
cidades de Sodoma e Gomorra, havia Ló e suas duas Filhas que agradavam a Deus,
enquanto todos os demais moradores faziam coisas abomináveis em rejeição a
Palavra de Deus. Em Samaria, havia um homem que era reto aos olhos do Senhor –
Micaías.
Portanto,
irmãos, o fato de vivermos em meio a uma comunidade corrupta e depravada, não
pode ser usado como desculpa para procedermos da mesma forma. Nós só estamos
aqui de passagem, esta terra não é nossa morada, a nossa casa está preparada lá
nos céus.
Verso 9: Os Falsos Profetas gostam de chamar a atenção das
pessoas: “E o rei de Israel e Jeosafá,
rei de Judá, (...), estavam assentados na praça à entrada da porta de Samaria,
e todos os profetas profetizavam na sua presença”.
Era costume naquela época e sociedade, que
os reis se assentassem à porta da cidade para julgar as demandas de seu povo. Esta
passagem nos remete às pessoas que só são Cristãos dentro da Igreja ou quando
estão juntos de outros Cristãos. Quando estão na rua, no ambiente de trabalho
ou em qualquer outro lugar da sociedade, não aparentam ser Cristãos, inclusive,
existem aqueles que omitem que são crentes e quando são descobertos,
escandalizam até mesmo os incrédulos.
Verso 12: Os Profanos querem persuadir os Santos: “E o mensageiro que foi chamar a Micaías,
falou-lhe dizendo: Eis que as palavras dos profetas, a uma boca, são boas para
com o rei, seja, pois, também a tua palavra como a um deles, e fala o que é
bom”.
Os mensageiros que foram chamar Micaías fizeram uma pressão e ameaça, para que ele
dissesse o mesmo que fora dito pelos homens da cidade de Samaria, isto é, que
ele confirmasse para o rei Acabe que ele poderia subir à guerra que sairia
vencedor.
Em nossos dias não é diferente, pessoas e
mais pessoas, se aproximam e falam coisas para nos agradar (elogios), mas, por
dentro, mentem e intentam o mal sobre nossas vidas.
Verso 13: O Santo do Senhor não transige com a Mentira e nem com
o Pecado: “Porém Micaías disse: Vive o
Senhor, que o que meu Deus disser, isso farei”.
As pessoas que andam nas trevas e na
devassidão de pecados, irão fazer muita pressão para que o Cristão (Santo)
venha a cometer algum deslize, pois, assim, se igualará a eles e será motivo de
chacotas (zombaria, escarnecimento). O verdadeiro Cristão não negocia e nem faz
acordo com o incrédulo (profano), mesmo que corra perigo de morte. Ele tem a
responsabilidade e o dever de dizer à verdade que está inscrita na Palavra de
Deus. O apóstolo Paulo chegou a dizer: “Porque para mim o viver é Cristo, e o
morrer é ganho” (Filipenses 1:21).
Verso 23: Por falar a verdade, o Cristão sofre agressões: “Então Zedequias, filho de Quenaaná,
chegando-se, feriu a Micaías no queixo,(...)”.
Micaías
foi ferido por não se render a pressão dos incrédulos. Muitos cristãos do
passado foram também feridos e, muitos outros, perderam a sua vida (terrena,
física) por defenderam a Palavra de Cristo, no entanto, aguardam o grande dia
para ir em definitivo Morar no Céu. Entre eles, destacam-se:
Estevão: Foi o primeiro
mártir a morrer pela causa de Cristo. Eles o arrastaram para fora da cidade e o
apedrejaram até a morte (Atos 7:51-58).
Tiago, o Maior:
O irmão mais velho de João e parente de Jesus Cristo, foi decapitado a mando de
Herodes Agripa, por volta do ano 44 d.C.
Filipe: Sua morte ocorreu
em Heliópolis, foi açoitado, lançado no cárcere e depois crucificado, por volta
do ano 54 d.C.
Mateus: Foi morto na
Etiópia, assassinado com uma arma antiga com longa haste de madeira, terminando
em ferro longo e pontiagudo, no ano 60 d.C.
Tiago, o Menor: Aos
99 anos, foi espancado e apedrejado pelos judeus que, ainda, abriram o crânio
com um garrote.
Matias: Substituto de Judas
Iscariotes, sofreu apedrejamento em Jerusalém e, em seguida, foi decapitado.
André: Irmão de Pedro. Foi
preso e crucificado (Cruz de Santo André).
Marcos: Ele foi arrastado e
despedaçado pela população de Alexandria.
Pedro: Foi preso e condenado
a morte e crucificado em Roma. Jerônimo afirma que ele foi crucificado de
cabeça para baixo, a pedido dele mesmo, por se julgar indigno de morrer
crucificado igualmente ao seu Mestre – Jesus Cristo.
João: O discípulo amado
era irmão de Tiago, o Maior. Foi o único que teve morte natural.
Verso 26: Com Micaías não foi diferente, pois foi ferido no
queixo e jogado no cárcere a mando do rei Acabe: “E direis: Colocai este homem na casa do cárcere, e sustentai-o com pão
e água de angústia, até que eu volte em paz”.
O Sofrimento de William Lithgow, um
Escocês: O Governador prometeu libertá-lo se confessasse ser
um espião. Ele porém alegou total inocência. Com isso, aumentou a fúria do
governador: “Não o verei mais até que outros tormentos façam com que você
confesse”. Ordenou aos guardas mais rigor ao preso, inclusive, a cada dois dias, seu sustento seria cem
gramas de pão mofado, e meio litro
de água, que não tivesse cama, nem travesseiro ou cobertas. Mandou fechar
as janelas com pedra e cal, e disse para não dar-lhe nada que lhe pudesse
melhorar sua comodidade.
Este
homem sofreu inúmeras formas de torturas, mas por um milagre de Deus não
morreu. Entretanto, teve seu braço esquerdo inutilizado para sempre. Nós, no
Brasil, temos o privilégio de podermos professar nossa Fé sem que sejamos
presos ou torturados. Por mais que passemos alguma afronta, jamais se compara
ao que esses homens sofreram. Eles foram os responsáveis por termos esta
liberdade religiosa em nossos dias.
Verso 27: A Fé de Micaías não o deixava se abalar ou sentir
medo do que lhe podiam fazer os homens: “E
disse Micaías: Se voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim (...)”.
Precisamos
buscar mais ao Senhor nosso Deus, para termos total confiança como o profeta
Micaías tinha de que, ao abrir a nossa boca, poderíamos dizer: “Assim diz o
Senhor (...)” Ele não se deixou abater com
a ordem do rei, pois sabia que não sairia vencedor desta batalha, pois o seu
Deus já lhe tinha revelado o que iria acontecer, mas não lhe deram ouvido.
Conclusão
Termos que ter a consciência de que o
nosso Deus pagou um preço muito alto, para garantir o direito de nossa Salvação
Eterna, isto é, que a nossa morada já está reservada nas Mansões Celestiais. E,
ao mesmo tempo, de que não pertencemos a este mundo, portanto, não podemos nos
associar com a conduta adotada pelas pessoas ímpias, que praticam todo tipo de
iniquidades e perversidades.
Estamos no mundo, mas não precisamos nos
enlamear da sujeira em que se encontram, pois, assim, o sacrifício vicário de
Cristo teria sido em vão. Precisamos nos desapegar das coisas materiais e dos
comportamentos mundanos para, nos apegarmos às coisas que são do alto.
EDUARDO VERONESE DA SILVA
Obreiro da AD Ministério IX Marcas –
Cariacica/ES
Email: proerdveronese@gmail.com
[1] Dinastia. A palavra tem origem no idioma grego – dynasteia, que comporta o significado de
poder, senhorio e comando. 2. É o período de sucessão, que reis e rainhas,
pertencentes a uma mesma família, permanecem no poder.