Gostaríamos de começar bem assim este artigo: muitos
anos antes de me converter ao Cristianismo (continuo neste processo), tínhamos um
amigo que era membro duma igreja tradicional no bairro onde morávamos, onde
atuava como musicista e fazia parte do grupo de louvor que cantava no início dos
cultos. Certo dia, conversávamos sobre diversos assuntos, quando parou e
disse-me: - Estou indo para uma igreja em tal bairro (bem distante de sua casa).
Perguntei-lhe: - O que aconteceu? Sua resposta foi simples e direta, que me
surpreendeu: - Nesta igreja para onde estou indo, eles vão me pagar um “valor”
maior! Por nunca ter frequentado igrejas evangélicas (até aquela ocasião), não
sabia que eles pagavam salários para sua liderança e para os musicistas e/ou componentes
do ministério de louvor.
Provavelmente, para ele, aquela postura era natural,
mas para quem não era familiarizado com esta prática religiosa, nos deixou
bastante intrigado. Não sabíamos que às pessoas eram “pagas” para adorar e louvar
a Deus. Portanto, desde aquele dia, ficou registrado em minha memória, uma impressão
ruim acerca das pessoas que procediam assim, pois éramos amigos de longas e
longas datas. Sua postura e atitude, deixou bem claro e demonstrou para mim (um
ímpio), que o que movia grande parte das pessoas que exerciam cargos de
liderança nas igrejas de cunho religioso, era nada mais e nada menos, do que o
interesse e a garantia pelo recebimento de seu “salário”. Em outras palavras, a
questão financeira.
Não podemos nos esquecer, que para tudo nesta vida existem
exceções! No entanto, nestes meus vinte e três anos em busca de servir ao Senhor
e Salvador Jesus Cristo, tenho testemunhado que são bem poucos, aqueles que
verdadeiramente nasceram e foram chamados por “revelação divina” para exercerem
cargos de lideranças em instituições religiosas e outras funções dentro do
organograma das igrejas intituladas como cristãs ou evangélicas no Brasil. É
bem provável e, por certo, que esses líderes eclesiásticos (a grande maioria) que
sobrevivem e são sustentados pela comunidade religiosa a qual pertencem, atuando
como verdadeiros “trabalhadores” assalariados, se valem dos textos que estão registrados
nas Escrituras Sagradas, aos quais destacamos alguns a seguir, para vosso
conhecimento; que diz assim:
1 Timóteo 5:17. Os presbíteros (Anciãos: líderes do antigo Israel)[1] que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra (pregação) e na doutrina” (ensino). 1 Timóteo 5:18. Não atarás a boca ao boi quando debulha. Digno é o obreiro (trabalhador, operário) de seu salário (pagamento).
(...)
Gálatas 6:2,5-6. Levai as cargas uns dos
outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. (...). Porque cada qual levará a sua
própria carga. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com
aquele que o instrui.
Vale registrar, que os três textos em relevo, tem a autoria do apóstolo Paulo (antes, Saulo de Tarso). Os evangelhos que falam da realidade do tempo de Jesus, mostra que os apóstolos, comiam e bebiam daquilo que seus ouvintes davam. Jesus mesmo falava: “comei e bebei daquilo que vos derem”. Outra coisa importante a ser destacada, é que há registros Bíblicos de que Paulo recebia “ajuda da igreja” (pessoas da região por onde passava), mas, ao mesmo tempo, que ele também exercia o oficio (a profissão) de “fabricante de Tendas”:
Atos 18:1-4. Depois disto Paulo partiu de Atenas e chegou
a Corinto. E encontrando um judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que pouco
antes viera da Itália, e Priscila, sua mulher (porque Cláudio tinha decretado
que todos os judeus saíssem de Roma), foi ter com eles e, por ser do mesmo
ofício (trabalho, profissão), com eles morava, e juntos trabalhavam; pois eram,
por ofício, fabricantes de tendas. Ele discutia todos os sábados na sinagoga
(igreja judaica), e persuadia (convencia) a judeus e gregos (acréscimo nosso).
Mas, infelizmente, muitos destes líderes atuais, lançaram
suas mãos em “bandejas atrativas” do mundo, servindo-se do que lhes foram
oferecidos. E o pior, se deliciaram e gostaram do que “comeram e beberam”. Nos permita
aqui, uma palavra pessoal: “Com certeza, eu e você (nós), se estivéssemos em seus
lugares, provavelmente também gostaríamos”. Aliás, quem não gostaria de ganhar altíssimos
salários, conhecer países estrangeiros com toda sua família, morar em uma casa luxuosa
num bairro nobre da cidade, ter um belíssimo carro novo, entre outras coisas? E
por falarmos em salários de líderes eclesiásticos, fomos buscar na virtualidade
(internet), como geralmente é praticado esta modalidade monetária pelas
comunidades cristãs do Brasil. Para resumirmos, encontramos várias denominações
religiosas, com a média dos valores que são pagos para suas lideranças (fora outras
vantagens):
. Pastor ou Líder
Eclesiástico: em média, recebe entre $
2.900,00 a $ 3.200,00 (várias denominações), fora outras vantagens (plano saúde,
previdência social, aluguel de casa etc.).
. Pastor
Batista: nesta comunidade existem
graus distintos: Liderança (entre 8/10 salários mínimos) e Pastores Auxiliares
(entre 6/8 salários mínimos).
. Pastor da Assembleia
de Deus: também existem distinções:
Liderança (entre 8/12 salários mínimos); Pastores Auxiliares (entre 5/6
salários mínimos) e Pastores Itinerantes ou Missionários (entre 2/4 salários
mínimos).
. Cardeal no
Vaticano: os que trabalham e
vivem lá ou em Roma, recebem entre 4 e 5 mil Euros (R$ 26.000 a R$ 33.000) por
mês. Muitos moram em apartamentos alugados, com valor da locação abaixo do
mercado comum (igual aos políticos brasileiros).
. Bispos: existe uma classificação entre eles: o Bispo
Júnior ganha em média R$ 3.198,00, o nível pleno recebe cerca de R$ 3.600,00 e
o Sênior tem uma média salarial de R$ 4.350,00 mensais.
Como dissemos anteriormente, existem as EXCEÇÕES, mas são muito raras! A maioria tem se aproveitado da fé e ignorância de pessoas muito simples, pobres e honestos “trabalhadores”, que durante os trinta dias do mês, dão um duro danado para receber o seu humilde pagamento (entre 1 e 3 salários mínimos), mas fazem questão de levar o seu “Dízimo” (dez por cento) e entregar na igreja em que são membros. O que nos conforta neste sentido, é saber que Deus está olhando e atento a tudo que está acontecendo aqui na terra. E chegará o grande Dia do Senhor, em que Ele irá “desmascarar” todos estes falsos profetas. Em outras palavras, esse monte de anticristos!
Lucas 12:1-3. (...): “Acautelai-vos com o fermento (ensino) dos fariseus, que é a hipocrisia (falsidade). Pois não existe nada escondido que não venha a ser revelado, ou oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes nas trevas será ouvido em plena luz, o que sussurrastes ao pé do ouvido, no interior de quartos fechados (gabinetes pastorais), será proclamado do alto das casas (acréscimo nosso).
Durante esta minha caminhada, em que estou tentando seguir os passos de Jesus, tenho comprovado algo que observei depois daquela conversa com este grande amigo (que já faleceu). Nos parece, que muitos líderes religiosos da atualidade, apresentam um belo “Slogan” ou uma excelente “Merchandising”[2], tais como: “Mais que uma igreja, uma verdadeira família”. E isso acaba impactando as pessoas que chegam para visitar e participar de um culto, dando-lhes a impressão de que ali é diferente das demais denominações religiosas. Mas, na verdade, não passa de uma “propaganda enganosa”. Se fossemos usar a linguagem das redes sociais, diríamos que não passa de uma “Fake News”. Os fatos e os acontecimentos do nosso cotidiano, comprovam a cada dia, o que a Palavra de Deus já prenunciava:
Carta aos Romanos 3:10-13,18. Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; (...). Não há temor de Deus diante de seus olhos.
Na verdade, nós temos a impressão de que muitos destes líderes religiosos, se esqueceram de que a igreja (não o templo feito pelos homens), isto é, às pessoas que se reúnem para adorar a Deus, deixaram de ser/pertencer de Cristo, como sendo a Sua cabeça e a Sua liderança: “(...) Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (cf. Carta aos Colossenses 1:18). Essas pessoas estão atraindo para si, a posse ou a titularidade de um atributo (instituição) que é de natureza divina – “a Noiva de Cristo, a sua Igreja”.
1. Ideologias com atividades e trajetórias parecidas!
O termo política tem origem no idioma grego – “Polis’, que era entendida como uma cidade ou uma comunidade formada, organizada e habitada por cidadãos (gr. Politikos), nascidos nos termos desta cidade, que viviam de forma livre e iguais. Este mesmo termo foi usado para identificar as famosas Cidades-Estados. Entre tantas pólis daquela época, vale destacar duas bem conhecidas historicamente: Esparta e Atenas. É interessante dizer, que tanto uma como a outra, eram cidades poderosas, fortificadas e bem desenvolvidas, mas, ao mesmo tempo, totalmente opostas em suas áreas sociais, políticas e militares. Para os nossos dias, pode-se dizer que a palavra política é o nome dado para a capacidade do ser humano criar diretrizes e estratégias, com o objetivo de administrar e organizar o modo de vida em sociedade.
Este termo também pode ser usado para fazer menção a tudo que está vinculado
ao Estado, ao Governo e à Administração pública, com o objetivo de administrar
o patrimônio público e promover o bem estar social e coletivo, isto é, o bem de
todos os seus habitantes, moradores e cidadãos. Em nossos dias, quando nos
referimos à palavra política, uma das primeiras coisas que nos veem a mente são
os partidos políticos, isto é, as entidades que agrupam pessoas da população com
uma mesma opinião ou ideologia e que desejam se lançar candidatos para alguns dos
cargos políticos (públicos).
A expressão religião, tem origem no idioma grego – “Religare”, com
o significado ou sentido de “religar”, “ligar novamente” ou “voltar a ligar”. É
uma palavra usada mais para uma questão de crença, fé e religiosidade, como sendo
uma devoção a tudo que é considerado santo e sagrado. Ela pode ser considerada
também, como um conjunto de crenças, princípios, prática de doutrinas religiosas
e valores baseados em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma
comunidade moral, denominada de Igreja. Esta mesma expressão, também é encontrada
no idioma latim – “Religio”, mas com o mesmo significado. A religião, de
uma forma sucinta, detém o significado de “voltar a ligar” os seres humanos que
se afastaram e desviaram-se do Caminho (por terem pecado), com o seu Criador, Senhor
e Salvador (o seu Deus).
1.1. A Política: a ideia atual que temos acerca de partidos políticos, nasceu na Inglaterra durante a Idade Moderna. Por volta do século XVII, houve grandes transformações na sociedade inglesa, como a consolidação de uma monarquia constitucional no país por meio da Revolução Gloriosa. Todo esse processo político que a Inglaterra viveu nesse período contribuiu para o fortalecimento do Parlamento inglês, com a atuação de dois fortes grupos políticos: os Whigs (liberais) e os Tories (conservadores)[3].
No Brasil, os primeiros partidos políticos remontam ao Século XIX e ao
período Monárquico. Ao longo desse período, destaca-se a atuação de dois fortes
grupos políticos: o Partido Liberal e o Partido Conservador. Por certo, eles foram
influenciados pelos dois grupos políticos ingleses.
Na atualidade, a legislação brasileira não permite que uma pessoa
concorra a um cargo político sem estar devidamente filiada a um partido
político. No período monárquico brasileiro, esses dois paridos, possuíam leves
divergências de ideologia, mas uma mesma pauta dividia a política brasileira
naquele momento: a questão federalista. Naquela ocasião, houve um debate acirrado
em torno da autonomia ou não das províncias brasileiras e se o poder ficaria centralizado
nas mãos do imperador ou não. Além disso, a participação na política era
limitada a um pequeno grupo de pessoas da população. Para piorar a situação, foi
criada a Lei Saraiva, que veio a reduzir mais ainda este grupo de pessoas que
podiam participar (Lei de 1880). Ela decretou que o voto passaria a ser direto
(era indireto) e que teriam direito a votar os homens com renda superior a 200
mil réis anuais[4],
mas somente os capazes de assinar o documento de alistamento militar.
No período Republicano brasileiro, ocorreram mudanças gradativas neste
sistema político. Um dos destaques deste período, foi a política do Café com
Leite, em que havia o revezamento entre as oligarquias de São Paulo: com o Partido
Republicano Paulista (PRP) e de Minas Gerais: com o Partido Republicano Mineiro
(PRM). A outra, era a Política dos Estados, onde havia a prevalência duma troca
de favores entre eles (barganhas políticas e/ou partidárias). Vale destacar,
que no desenvolvimento destas e outras políticas, também ficou marcado em nossa
história, a ocorrência de ter havido fraudes nas eleições realizadas neste período.
No ano de 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo liderado
por Luís Carlos Prestes. Entretanto, no ano de 1932, fundou-se o Partido da Ação
Integralista Brasileira (AIB), um partido inspirado no fascismo italiano, cuja
liderança estava na pessoa do escritor e jornalista Plínio Salgado. Eles foram chamados
pelos seus opositores de “Camisas Verdes ou Galinhas Verdes”, devido a cor do uniforme
que usavam. Este partido teve sua própria tentativa de golpe de Estado (em
1938), mas veio a fracassar. Na Intentona Comunista que aconteceu no ano de 1935,
novamente houve a tentativa de tomarem o poder, mas não obtiveram êxito.
Com a chegada do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937), o PRP foi extinto,
mas não afastado da vida política brasileira. O próprio Getúlio nomeou três de
seus partidários, para atuarem em seu governo ditatorial: Ademar de Barros, para
interventor em São Paulo; Alexandre Marcondes Filho, para o Ministério do
Trabalho e Fernando Costa, para ser o Ministro da Agricultura. Com a redemocratização, ocorrida em 1945, os antigos partidários
do PRP foram para o Partido Social Democrático (PSD), conservador e que apoiou
a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra à presidência da República. Outros
filiados do PRP, preferiram se aliar ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e
Ademar de Barros fundou o seu próprio partido: o Partido Social Progressista
(PSP).
Dito com outras palavras, ocorreu uma dissidência partidária entre seus componentes,
que foram se filar noutra legenda. No entanto, Ademar de Barros acabou por
fundar o seu próprio partido. Vamos abrir um pequeno parêntese aqui, para
dizer: “Não parece com o que continua acontecendo na política brasileira?” Entre
os anos de 1930 e 1937, manteve-se o sistema de partidos estaduais e, neste período,
duas forças políticas se defrontaram: a Aliança Libertadora Nacional (ANL), liderada
por Luís Carlos Prestes (da Esquerda) e a Ação Integralista Brasileira (AIB),
comandada por Plínio Salgado, que era inspirada no fascismo italiano e no
integralismo lusitano. Esses dois partidos tentaram derrubar o governo de
Getúlio Vargas, por meio de um novo golpe[5] (leia mais sobre o tema).
A partir do ano de 1974, um novo cenário político começou
a se formar no Brasil. Anos antes, foi fundado o Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), que começou a crescer e passou a ter um maior número de deputados e
senadores. Esta legenda passou a ser vista como combativa e ganhou o apoio do
movimento estudantil a partir daquele ano. Durante este período, foi criado o Diretório
Central dos Estudantes (DCE) e, no ano de 1979, foi refundada a União Nacional
dos Estudantes (UNE). A partir de então, a ditadura (o governo dos militares) não
contava mais com apoio popular. Além disso, as elites começaram a dirigir duras
críticas contra este governo, que era presidido pelo general Ernesto Geisel
(1974-1979).
Entre os anos de 1978 e 1979, ocorreram as greves
dos metalúrgicos do ABC ou ABCD Paulista (Santo André, São Bernardo do Campo,
São Caetano e Diadema), que sinalizava como sendo outra insatisfação ao governo
militar. Pressionado politicamente e, sobretudo, buscando enfraquecer a oposição,
o governo finalmente enviou para o Congresso Nacional a Lei Orgânica dos
Partidos Políticos (Lei nº 6.767, de 20/12/1979), que rezava pelo restabelecimento
do pluripartidarismo. A Aliança Renovadora Nacional (ARENA) deu origem ao Partido
Democrático Social (PDS), que era o único partido de apoio ao governo militar. Enquanto
que o MDB se ramificou dando origem a cinco partidos políticos: Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Popular (PP) e Partido da Frente
Liberal (PFL).
Neste episódio, vemos outra “dissidência” partidária
acontecendo, vindo a formar novas ramificações partidárias. Em fevereiro de 1980,
foi criado o Partido dos Trabalhadores (PT) com base na classe operária e sem
vínculos com o congresso ou partido preexistente. Portanto, podemos notar, que desde
o ano de 1945, quando houve a primeira divergência política entre os
componentes do Partido Republicano Paulista (PRP), onde alguns se filiaram a
outros partidos políticos, mas também, esta dissidência fez surgir a criação de
novos partidos políticos (Ademar de Barros). Em nossos dias, vemos um enorme
número de grupos políticos, numa condição que não nos permite, como eleitores, saber
ao certo, quais são as suas ideologias de governabilidade. Na atualidade, temos
mais de trinta legendas no Brasil, conforme podemos ver a seguir:
. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido
dos Trabalhadores (PT), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido
Progressista (PP), Partido Democrático Brasileiro (PDB), Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Liberal (PL), Partido Socialista
Brasileiro (PSB), Republicanos, Cidadania, Partido Social Cristão (PSC), Podemos
(PODE), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Social Democrático (PSD),
Partido Verde (PV), Patriota, Solidariedade, Partido do Socialismo e Liberdade
(PSOL), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partido Trabalhista Cristão (PTC),
Partido Renovador do Trabalhador Brasileiro (PRTB), Partido Republicano da Ordem
Social (PROS), Partido Social Liberal (PSL), Partido da Mulher Brasileira
(PMB), Partido Novo (NOVO), Sustentabilidade (REDE), Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificados (PSTU), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido da
Causa Operária (PCO), União Popular (UP)... (é bem provável ter me esquecido de
algum)!
Com tantas ramificações político-partidárias, temos testemunhado
que as suas lideranças e/ou seus representantes, se apresentam publicamente com
uma fala e um discurso agradável aos ouvidos de grande parte da população
brasileira, mas que acabam se coligando (fazendo acordos e barganhas) por
detrás dos bastidores (a Câmara e o Senado Federal), com outras legendas
partidárias, que defendem e sustentam ideologias e posturas totalmente contrárias
aquelas de seus eleitores. Nos parece, e assim cremos, que no passado, com poucos
partidos políticos existentes, sabia-se facilmente quem era favorável ao
governo (de direita/conservador), quem era voltado para ser seu opositor (de esquerda/liberal)
e aqueles que ficavam no centro (ora favorável a um, ora favorável ao outro). Em
resumo, como cidadão e eleitor, é assim que vejo o cenário político brasileiro:
estas muitas ramificações tem como propósito principal, o beneficiamento de um pequeno
grupo ou de uma classe social. Será que eu estou enganado?
1.2. A Religião: quando esta palavra é lida ou chega aos nossos ouvidos, quase sempre a vinculamos a uma congregação cristã ou a uma igreja evangélica. O local em que as pessoas se reúnem para apresentar o seu culto de adoração e louvor a Deus. Entretanto, não podemos esquecer, que a igreja verdadeira de Jesus Cristo, é composta pela assembleia de pessoas que se agrupam e professam a mesma fé e adoram um único e mesmo Deus.
Salmo 107:6-7,31-32. E clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas necessidades. E os levou por caminho direito, para irem à cidade que deviam habitar. (...). Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! Exaltem-no na congregação do povo e glorifiquem-no na assembleia dos anciãos!
(...)
Isaías 46:8-10. Lembrai-vos disso e tende ânimo; reconduzi-o ao coração, ó
prevaricadores. Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou
Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim
desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam;
que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade;
Inicialmente, ou seja, no passado, eles foram chamados e ficaram conhecidos como Protestantes, mas agora, na atualidade, os seguidores de Cristo e de sua Doutrina, são comumente chamados de cristãos ou evangélicos. E também temos um local para nos reunirmos regularmente (templo ou em/numa casa), para estarmos conectados ao nosso Senhor e Deus. Enquanto que a expressão igreja no idioma original grego é “Ekklesia”, onde o “Ek” significa “para fora”, enquanto que a outra parte “Kaleo” significa “chamo ou convoco”. Portanto, ela pode ser definida como sendo: “os chamados ou convocados para fora”.
Portanto, a igreja de Jesus Cristo, isto é, as
pessoas que se rendem a sua Sã Doutrina, devem “sair” para fora e pregar as suas
Boas Notícias (o Evangelho) para aqueles que ainda não as conhecem. Podemos inserir
um questionamento interessante e oportuno neste ponto: Qual e quando foi instituída
a primeira igreja no mundo? Encontraremos registros históricos que sinalizam de
que foi a Igreja Católica Apostólica Romana[6]. Ela foi instituída tempos
depois da condenação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O ano de sua criação,
provavelmente se deu entre 20 e 30 depois de Cristo (d.C.). É bem provável, que
também encontrará registrado, que o seu primeiro Líder (Ancião/Pastor) foi o
apóstolo Pedro. Tendo como base, um texto Bíblico em que registra o diálogo que
se deu entre o Mestre Jesus com os seus Discípulos, quando disse:
Mateus 18:15-18. (...): E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (sublinhamos).
Durante os três anos em que Jesus Cristo veio a terra, Ele percorreu várias regiões, aldeias e cidades, ensinando e propagando a sua Sã Doutrina. Vale lembrar que ela ia de encontro aos costumes, tradições e as leis daquelas civilizações, tanto dos judeus, gregos, romanos e demais nações da época de Cristo. Nas suas andanças diversas e rotineiras, ele também acabou operando inúmeros milagres e prodígios em meio a população no local em que estava, em pessoas da multidão que O seguia e dentro de algumas casas. Com isso, os seus feitos e o seu nome se tornaram conhecidos por muitas nações.
Como sabia por antecedência, através do atributo
divino da Onisciência, que chegaria o dia em que teria de voltar para junto do seu
Pai Celestial, escolheu dentre vários seguidores, doze homens para instrui-los
e prepará-los, para darem sequência aos seus ensinamentos doutrinários, para
todos aqueles que quisessem adquirir a salvação eterna. A estes homens, denominou-os
de seus Discípulos ou Apóstolos.
Mateus 9:35; 10:1-4. E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. (...). E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
Esses homens largaram tudo para propagarem as Boas Novas de Cristo – os Evangelhos e, entre eles, alguns estariam assumindo lideranças religiosas locais. Um desses homens, foi a pessoa do apóstolo Pedro. Não podemos esquecer, que durante o domínio do Império Romano, muitas e muitas perseguições foram realizadas as pessoas que se diziam adeptas aos ensinamentos de Jesus Cristo. Vale lembrar ainda, que durante o governo do imperador Nero, ocorreu uma das maiores perseguições aos ditos cristãos. Aliás, muitos deles serviram de espetáculos nas arenas do Coliseu de Roma.
Este mesmo imperador, ateou fogo em inúmeras casas da
cidade de Roma, vindo a acusar os seguidores da doutrina de Cristo. Anos depois,
um dos maiores perseguidores da igreja primitiva (pessoas), Saulo de Tarso,
teve um encontro com o próprio Jesus Cristo, vindo a se converter a sua
doutrina. A partir de então, juntamente com o apóstolo Pedro e outros seguidores
(Barnabé, Silas etc.), expandiram os novos ensinamentos pelo mundo afora. Ele,
de perseguidor aos cristãos primitivos, passou a ser perseguido pelos anticristos
(povo judeu etc.).
Atos 9:1-7. E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote. E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer. E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
Depois de sua conversão para a nova Doutrina de
Cristo, Paulo começou a percorrer várias regiões e países para divulga-la e
preparar certos homens, para que estivessem na liderança de igrejas locais. Foi
numas destas viagens missionárias que eles foram chamados pela primeira vez de
Cristãos: “E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo (depois, Paulo); e,
achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que durante um ano se reuniram
naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos,
pela primeira vez, chamados cristãos” (cf. Atos dos Apóstolos 11:25-26).
Encurtando um pouco esta abordagem, por volta do ano
de 313 d.C., estes primeiros cristãos adquiriram a liberdade de cultuar o seu
Deus, com a decisão tomada pelo imperador Constantino e, passados alguns anos,
o cristianismo passou a ser a religião oficial do império romano[7]. Muito parecido com o “dissidência
partidária” que ocorreu na esfera política brasileira (em 1945), veio a acontecer
na esfera religiosa mundial. Por volta do ano de 1054 d.C. ocorreu a principal “dissidência
religiosa” entre a Igreja Católica do Ocidente e a Igreja Católica do Oriente
(Ortodoxa).
Este acontecimento ficou conhecido mundialmente como
o “Cisma do Oriente”[8]. Foi um período em que houve
a divisão entre a Igreja católica liderada pelo Papa, em Roma e a Igreja que
estava sob a liderança do Patriarca, em Constantinopla, onde está localizado atualmente
Istambul. Registra-se que já se passaram mais de dois mil anos e grande parte
dos estudiosos e teólogos, afirmam que as mesmas divergências doutrinárias e
religiosas entre elas, persistem até os nossos dias. Vale registrar que antes
da realização da Reforma Protestante promovida pelo monge Martinho Lutero (e João
Calvino) na Alemanha, existiam dois fortes grupos religiosos: os Romanos e os
Ortodoxos.
Com a separação que ocorreu, muitos anos depois,
esses dois grupos ficaram sendo representados pelos protestantes e os católicos.
Os primeiros criam somente na “Sola Escriptura”, como sendo a única palavra
inspirada pelo próprio Deus. Enquanto que os católicos pensavam totalmente
diferente. Para eles, a Bíblia, por si só, não era suficiente. E a palavra
católico tem origem no idioma grego – “Katholikós”, em que “Kata”
significa junto, a outra parte “Holos” quer dizer todos. Logo, pode-se
defini-la como sendo “todos juntos”. Em outras palavras, significa universal,
isto é, que abrange tudo e reúne a todos.
Os seguidores do catolicismo, à época, se viam como sendo a única igreja
verdadeira no mundo, que estava sob a liderança do Papa. Após isso, os protestantes
passaram a ser chamados e conhecidos como evangélicos. E para eles, as várias
denominações cristãs (suas ramificações) que emergiram a partir desta
dissidência, todas elas juntas, compõem a única igreja de Jesus Cristo. Entre
elas, citamos: os católicos, os luteranos, os calvinistas, os batistas, os metodistas,
entre outras. Vale ressaltar, que o protesto pioneiro de Lutero (suas 95 teses),
basicamente voltava-se para a exploração financeira da fé, que estava sendo
praticada sobre o povo da Alemanha.
A liderança da igreja católica, estava cobrando dos seus fiéis seguidores
as indulgências, isto é, o pagamento monetário pelo perdão espiritual dos pecados,
que era concedido pela Igreja. Eles criaram este mecanismo para obter vantagens
econômicas e políticas em meados da Idade Média. Por isso, Lutero protestou e afixou-as
na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, dando início a um processo que
apresenta influência até os nossos dias. Esta dissidência alcançou grandes
proporções.
No Brasil, a igreja católica passou a apresentar quatro divisões (ramificações):
Igreja Católica Apostólica Brasileira; Igreja Católica Apostólica Carismática; Igreja
Católica Apostólica Conservadora do Brasil e a Igreja Católica Apostólica Renovada.
Só para se ter a ideia, a igreja católica apostólica romana, possuía entre suas
denominações, aproximadamente vinte e três “igrejas particulares” que usavam o rito
litúrgico bizantino, fora as outras que seguiam outros ritos em sua liturgia.
Nos parece, que os caminhos traçados e percorridos pelas duas
instituições sociais: a política (partidos) e a religião (igrejas), foram muito
parecidas. Em outras palavras, muitos dos seus componentes (filiados), membros
e obreiros de igrejas evangélicas, por não concordar com a conduta e o posicionamento
de suas lideranças, promoveram uma divisão entre seus componentes. Na esfera
política, uns acabam se filiando a outros partidos, enquanto outros decidem criar
o seu próprio partido. Na área religiosa, também alguns procuram por uma nova igreja
ou congregação, enquanto outros fundam a sua própria igreja. Atualmente no Brasil,
existem tantas ramificações entre o povo cristão ou evangélicos que, em nossa
humilde interpretação, acaba enfraquecendo a fé cristã, tendo em vista que em
muitas delas, a doutrina e os costumes aplicados por suas lideranças, não
possuem respaldo total na Sã Doutrina que foi ensinada e propagada por Jesus
Cristo, em seu ministério terreno. E nem de acordo com a doutrina apostólica,
que foi dada sequência pelos seus Doze Apóstolos.
Mateus 12:25. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado (destruído); e toda a cidade, ou toda a casa, dividida contra si mesma não subsistirá (permanecerá).
Durante o transcorrer da história sobre a política brasileira, vimos que de cada uma das legendas ocorreram ramificações com o surgimento de outras coligações político-partidárias. Inclusive, bastava um filiado de uma legenda não concordar com as diretrizes do partido em que fazia parte, para entrar com o pedido de desfiliação e, logo em seguida, se filiava em outra coligação. Ou, como foi o caso de Ademar de Barros, criava um novo partido. Esta conduta adotada por ele, é a mesma conduta que durante esses vinte e três anos de cristianismo, tenho testemunhado de forma ocular, tendo em vista que basta (bastava) um pastor (a), obreiro (a) ou membro de uma congregação, ter uma opinião diferente de sua liderança ou por não estar tendo a oportunidade de pregar e atuar nesta igreja, para se desmembrar e ir para outra denominação ou criar a sua própria igreja.
Portanto, revendo a trajetória
histórica destas milenares instituições sociais: a política e a religião, estamos
percebendo que a cada dia continuam surgindo novas e diversas ramificações, tanto
em uma área como na outra. Neste sentido,
temos tido a impressão de que, em muitos casos, confirma-se a palavra que foi escrita
pelo apóstolo Paulo, em uma de suas Epístolas, que diz assim:
Atos 20:28-30. “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos (lideres), para apascentardes a igreja de Deus (pessoas), que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis (perversos), que não perdoarão o rebanho (sem piedade). E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas (distorções das Sagradas Escrituras), para atraírem os discípulos após si (lidera-los).
Por certo, muitas das pessoas que estão frequentando as igrejas evangélicas atuais, tendo em suas lideranças homens (ou mulheres) com este perfil (do texto acima), estão confiando mais nos homens do que no próprio fundador e Senhor da Igreja. Entretanto, pode ser que muitos deles, quando se apresentam no púlpito ou publicamente, usam de uma fala agradável aos ouvidos, além de ser possuidor de muito “Charisma”, isto é, tem um dom natural que desperta a admiração de outras pessoas. Com isso, acabam despertando a simpatia das pessoas com as quais congrega e lidera.
2. Instituições Comprometidas: investigações e suspeitas de suas lideranças!
Como vimos na parte inicial deste artigo, ocorreram alguns conflitos acerca das ideologias e certas condutas por parte dos partidos políticos brasileiros, que levaram ao surgimento de outras ramificações político-partidárias. O mesmo comportamento se deu, em relação a liderança de igrejas tradicionais e/ou conservadoras do passado, onde houve divergência doutrinaria e sobre a prática abusiva sobre os seus fiéis membros (Reforma Protestante: Martim Lutero). Como resultado, surgiram outras ramificações religiosas. Nestas duas instituições sociais, houve algumas condutas inadequadas e reprováveis por parte de suas lideranças, gerando descontentamentos e divisões (dissidências).
Este tipo de comportamento veio
se perpetuando durante o transcorrer dos anos, que até em nossos dias, tanto na
esfera política como na religiosa, existem vários processos investigativos
sobre os líderes de partidos políticos como também de diversas igrejas
evangélicas, principalmente acerca do não recolhimento de tributos exigidos por
lei (INSS, PIS, COFINS etc.), mas também sobre a suspeita de lavagem de dinheiro,
enriquecimento ilícito, entre outras acusações. Achamos oportuno inserir aqui,
outro trecho escrito pelo apóstolo Paulo, quando disse:
“Por isso nenhuma carne
será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o
conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus,
tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em
Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença. Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (cf. Romanos 3:20-23).
Não podemos nos iludir e não nos deixar enganar, pois segundo a Doutora Adriana Romeiro, historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “A corrupção que assola a política nacional e indigna os brasileiros está atracada no país desde os tempos do Brasil colônia. E os mesmos estratagemas usados pela elite colonial, persistem até hoje nas práticas ilícitas daqueles que se dizem representantes do povo”[9].
Vale acentuar um acréscimo feito
pela Doutora, quando diz: “O conceito de corrupção era muito mais abrangente e incluía
questões morais e religiosas. Mas, ao levantar toda a documentação em que os
governadores são acusados de alguma prática ilícita, descobri que não só já havia
o conceito de corrupção, mas englobava também práticas que hoje associamos a
isso, como tráfico de influência, nepotismo, favorecimento e abuso de
autoridade. As práticas que vemos hoje na política brasileira já remontam ao
século dezesseis”.
Quanto as igrejas cristãs e evangélicas,
de acordo com matéria divulgada pela revista Veja[10], extraída de uma lista dos
devedores da União, que se encontra disponibilizada pela Procuradoria Geral da
Fazenda Nacional (PGFN), existe um ranking registrando os seus maiores devedores,
aos quais gostaríamos de apresentá-los:
. 1º Lugar: Igreja Internacional da Graça de Deus. Com aproximadamente 3.000 templos e atua em 11 países. Sob a liderança do pastor Romildo Ribeiro Soares. Dívida: 139,7 milhões.
. 2º Lugar: Igreja Mundial do Poder de Deus: Sob a liderança do pastor Valdomiro Santiago. Dívida: 85,9 milhões.
. 3º Lugar: Igreja Renascer em Cristo. Sob a liderança do apóstolo Estevam Hernandes. Dívida: 31,3 milhões.
. 4º Lugar: Igreja Assembleia de Deus. A partir de 1980, ocorreram algumas divisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. Há registros de que a sua liderança está na pessoa do pastor Silas Malafaia. Divida: 9,8 milhões.
. 5º Lugar: Igreja Batista da Lagoinha. Que está na liderança do pastor Márcio Valadão. Dívida: 9,4 milhões.
Vale ressaltar que a maior parte destas dívidas, se referem ao não recolhimento de uma série de impostos que são exigidos pela lei, mas que as igrejas não estão cumprindo. Segundo disse a professora de Direito Tributário da FGV, Tathiane Piscitelli, “Algumas instituições evangélicas cresceram tanto, que possuem a estrutura igual a de grandes empresas e realizam atividades comerciais. É o dever do Estado tributar isso”. Dito com outras palavras, eles empregam pessoas como sendo os seus funcionários e, por isso, devem recolher os respectivos impostos.
Se todo o problema estivesse
restrito a esta conduta, penso que não seria tão grave assim, haja vista que
existe uma certa isenção tributária sobre esta atividade e algumas ações que estão
tramitando para tentar sanar esta questão. Entretanto, o fato que consideramos
como sendo mais agravante, é que existem suspeitas e investigações em curso,
com provas robustas, que dão conta de lavagem de dinheiro, extravios de somas
de dinheiro para o exterior, atos abusivos e perseguição contra membros da igreja
universal do reino de Deus, que está sediada em Angola. Por certo, e é bem
provável, que em outras comunidades evangélicas, estas e outras atividades
ilícitas podem estar sendo cometidas por suas lideranças.
[1] Anciãos. Pessoas
com idade muito avançada; longevo. 2. Pessoas com uma conduta admirável e
respeitosa na sociedade, por ter idade avançada.
[2] Merchandising.
Conjunto de atividades e técnicas mercadológicas que dizem respeito à colocação
de um produto no mercado em condições competitivas (neste caso, o ensino e a
pregação da doutrina de Cristo), adequadas e atraentes para o consumidor
(convidados e membros).
[3] Fonte: https://politique.org.br/historia-dos-partidos-politicos-no-brasil-parte-1/
[4] Voto Censitário.
Somente homens ricos poderiam votar.
[5] Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/partidos-politicos-do-brasil-do-imperio-aos-nossos-dias/
(acesso em 10.06.21).
[6]Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Igreja_Cat%C3%B3lica
[7] Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/influencia-igreja-historia.htm
(acesso em 11.06.21).
[8] Cisma. É uma
separação de um grupo de pessoas de uma organização ou instituição. O termo
costuma referir-se a uma divisão que acontece no âmbito de um corpo religioso,
com organização e hierarquia definidas. Por derivação de sentido, a palavra é
aplicada a qualquer desacordo ou dissidência.
[9] Romeiro, Adriana. https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/08/13/interna_politica,891482/corrupcao-esta-enraizada-no-brasil-desde-o-periodo-colonial-revela-hi.shtml
(matéria de 13.08.2017).
[10] Fonte: https://veja.abril.com.br/brasil/a-divida-milionaria-das-igrejas-evangelicas-com-a-receita-federal/