No passado, a palavra
sedentarismo fazia referência ao estabelecimento em definitivo de uma
comunidade humana num determinado lugar ou região. Sedentário era o oposto ao
povo nômade, que tinha por costume se mudar constantemente de um lugar para
outro. Esse deslocamento estava associado pela busca de alimentos e animais de
caça, o que garantia o sustento de toda a comunidade.
Atualmente, o termo
está mais ligado ao sedentarismo físico, isto é, a toda e qualquer pessoa que
não pratica uma atividade física regularmente. Ele se distanciou um pouco das
comunidades primitivas (clãs ou grupos tribais), deslocando-se para os grandes
centros urbanos, aonde a tecnologia veio sobrepor e dominar as atividades
cotidianas dos seres humanos.
Com isso, diminuiu muito
o uso dos esforços físicos feitos pelos homens, como subir escadas, levantar-se
para ligar e desligar a televisão, andar a pé, a cavalo ou de bicicleta; pois,
agora, passamos horas a fio sentados a frente da televisão ou diante do
computador.
Como resultado desta
mudança sócio-comportamental, surgiram várias patologias no ser humano, dentre
elas, a obesidade, depressão, aumento de problemas cardíacos, debilitação dos ossos
(osteoporose) e enfraquecimento muscular (atrofia muscular), entre outras.
Existem dois tipos de
atrofia muscular, mas refiro-me aqui sobre a causada por desuso, ou seja, pela
falta de atividade física. É sabido por nós, que se uma máquina ficar parada
por bom tempo sem ser utilizada, em breve poderá apresentar problemas em sua engrenagem,
como também em toda a sua estrutura. Assim também é o ser
humano. Somos compostos por vários órgãos e cada um tem sua função específica. O
mau funcionamento de um, pode acabar comprometendo a funcionalidade do outro e,
por fim, de todo o organismo.
Muitas pessoas tem um
conceito errado sobre a prática desportiva, preocupando-se em cuidar bem do seu
corpo quando se aproxima o verão, para se apresentarem “saradas” nas praias,
clubes e piscinas. Quando deveriam ter este cuidado durante toda sua vida.
Não obstante, muito me
alegra sair para fazer minha atividade física pela manhã e constatar que
aumenta a cada dia o numero de pessoas que estão se exercitando. Mas, ao mesmo tempo, me
preocupa o fato de muitas delas estarem praticando essas atividades, sem terem
ido ao médico e sem a orientação de um profissional qualificado.
Caso não observem
esses e outros detalhes, podem levar perigo na execução da atividade física escolhida.
Precisamos sair do sedentarismo e colocar esta máquina (corpo) diariamente em
funcionamento; caso contrário, ela poderá dar o alerta do surgimento de algum
tipo de problema, seja ele de ordem muscular ou patológica.
Uma das formas de se
tentar evitar o sedentarismo e os problemas associados a ele é através da atividade
física. A prática de desportos desde pequeno ajudará para que esse hábito se
mantenha na vida adulta. As novas gerações (nossos filhos) que nasceram e foram
criadas habituadas a lidar com computadores, celulares, iphone, tablet e jogos de
vídeo etc. têm maior propensão ao sedentarismo do que os adultos.
Hoje existem vários
lugares e formas diversificadas para exercitar o corpo, entre eles, os clubes
com piscinas (natação e hidroginástica), as academias, os centros esportivos, as
ciclovias e o calçadão da praia. O que não faltam são alternativas, inclusive
com profissionais qualificados que estão presentes nesses lugares.
Quem pratica atividade
física regularmente tem melhoras significativas em sua saúde: diminuição da
obesidade e de problemas cardíacos; aumento da resistência muscular; melhora da
atividade mental, alivio de tensões e estresses.
O bom resultado dependerá
de disciplina, determinação e uma reeducação alimentar. Portanto, também recomendo
aos desportistas procurarem um nutricionista.
EDUARDO VERONESE DA
SILVA
Professor de Educação Física
Bacharel
em Direito
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