Introdução:
Muitos líderes de igrejas
evangélicas, quaisquer que sejam suas denominações, costumam propagar uma
mensagem de que a vida cristã é uma benção e um “mar de rosas”, isto é, que
em/com Cristo só encontraremos “Amor” e tempos de “Prosperidades”. Realmente ela
é uma verdadeira Benção, mas também temos de informar que mesmo estando com
Cristo, passaremos por grandes tribulações.
Portanto, a liderança
dessas igrejas cristãs, deve também passar para seus liderados, uma mensagem
completa acerca da Doutrina de Cristo, não diluindo ou ocultando nada deles. O
próprio Senhor do Evangelho – Jesus Cristo, disse: “No mundo tereis aflições”.
Mas, também, logo em seguida ele completou, dizendo: “Mas tendes bom ânimo,
pois eu venci o mundo” (João 16:33).
Não adianta nada propagar
uma mensagem de que haverá “paz”, quando na verdade a guerra está totalmente
inflamada, principalmente contra os seguidores de Cristo: (cf. Jeremias 6:14). Na
verdade, o autor e consumador de tudo que há e existe na face da terra e,
também, da Sã Doutrina, disse que: “Não cuideis que vim trazer paz a terra, não
vim trazer paz, mas espada” (Mateus 10:34). Em outra passagem Bíblica Ele
reitera, esta mesma fala, dizendo:
João
16:32-33. Eis que chega a hora, e já
se aproxima, em que vós sereis dispersos (perseguidos), cada um para sua casa
(ou País), e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo.
Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas
tendes bom animo, eu venci o mundo (acréscimo nosso).
As citações Bíblicas acima trazem
uma mensagem única da parte de Deus – o Pai, e de Jesus Cristo – o Filho, de
que os seus seguidores - os Cristãos, teriam momentos conflituosos neste mundo,
de grandes aflições e de perseguições por causa do Evangelho. No entanto, diz
também, que se eles permanecerem firmes e constantes, terão a Paz do Senhor em
seus corações.
Texto Básico 1:
Gênesis 39:7-12. José é Tentado pela Esposa de Potifar.
A narrativa em destaque
faz referência ao assédio sexual sofrido por José, pela esposa de Potifar,
chefe da guarda do Faraó do Egito, que o comprou como seu escravo. No entanto,
ele resistiu a tentação e fugiu de sua presença. Por sua atitude, ela, totalmente
insatisfeita por ter sido rejeitada por José, inventou uma grande mentira e o
levou a prisão.
Salmo 51:4-5. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a
seus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando
julgares. Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
Muitas das vezes, a
melhor atitude a ser tomada diante de uma tentação, será a fuga. E assim fez
José naquela situação. Todo pecado, inclusive aquele contra a integridade do
casamento (adultério) é, sobretudo, um pecado contra o próprio Deus.
O rei Davi cometeu o
pecado de adultério e de homicídio (como mandante), e tentou encobri-los ao
povo. No entanto, Deus não o permitiu, usou o profeta Natã para desmascará-lo e
repreendê-lo. Ele teve que aprender a duras penas, que este tipo de pecado – o
adultério (e qualquer outro), poderá trazer consequências graves e o julgamento
contínuo de Deus. Ele reconheceu o seu abominável erro, arrependeu-se e foi
perdoado por Deus.
Entretanto, as
consequências desse ato pecaminoso alcançaram tanto a Ele como a sua própria Família:
“Porque, pois, desprezastes a palavra do Senhor, fazendo mal diante de seus
olhos? A Urias, o heteu, feriste a espada, e a sua mulher tornaste por sua
mulher; e a ele mataste a espada pelos filhos de Amom. Agora, pois, não se
apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a
mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher” (2 Samuel 12:9-10).
Nesse sentido, vejamos quais foram o resultado de seu pecado:
1º - Foi gerado
uma criança dessa relação adúltera, mas ela veio a óbito (2 Samuel 12:14-18);
2º - Seu filho
Amnon estuprou sua irmã Tamar (2 Samuel 13:11-15);
3º - Absalão
matou seu próprio irmão Amnom (2 Samuel 13:23-32);
4º - Absalão é
morto por Joabe, chefe do exército de Davi, seu pai (2 Samuel 18:9-15);
5º - Adonias, o
filho mais velho de Davi, é morto por seu filho Salomão (1 Reis 2:19-25).
Vimos nessas passagens
Bíblicas que se cumpriu o que Deus disse que aconteceria ao rei Davi, por ter
cometido o pecado de adultério com Bate-Seba, esposa de Urias, o heteu, e ainda, o de homicídio, por ter mandado matar
Urias, seu marido. A palavra de Deus condena veementemente o pecado de
adultério, haja vista que ele:
a) Promove a transgressão da Lei Moral de Deus, conforme descrita no
Decálogo: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). E também o que disse Jesus ao
proferir o Sermão do Monte: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não
cometerás adultério” (Mateus 5:27). Algumas pessoas dizem que tudo o que está
escrito no Antigo Testamento é passado, ou seja, era para aquela época e povo,
e que não precisamos mais cumprir.
Eles argumentam que
estamos vivendo o período da graça e que Jesus Cristo é amor (está frase está
correta), isto é, estamos sujeitos ao Novo Testamento (NT) ou a Nova Aliança.
Por certo, eles estão redondamente enganados, pois se esqueceram de que o Novo Testamento
é mais severo do que o Antigo Testamento, pois o Nosso Deus também é Fogo
Consumidor (Hebreus 12:29). O próprio Jesus Cristo disse no Livro do
Evangelista Mateus 5:28: “Eu porém, vos digo que qualquer que atentar (olhar) numa
mulher para a cobiçar (a desejar), já em seu coração cometeu adultério com ela”
(o consumou).
b) Na Lei do Antigo Testamento esse pecado era punido com a Pena de
Morte: “(...) o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado
com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”
(Levítico 20:10).
c) Acarretava graves consequências como vimos o exemplo do rei Davi.
Alguns teólogos o enquadram como sendo um “Crime Hediondo”, inclusive o
adúltero levava o seu opróbrio (vergonha, desonra) por toda a sua vida. Ele
sempre era lembrado e nunca se apagará.
Neemias
13:26. Porventura, não pecou nisso
Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e
sendo amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre Israel? E, contudo, as
mulheres estranhas o fizeram pecar.
(...)
1 Reis 15:5. Porquanto Davi tinha feito o que era reto aos olhos
do Senhor e não se tinha desviado de tudo o que lhe ordenara em todos os dias
da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu (grifo nosso)
Podemos dizer, sem
sombras de dúvidas, que houve uma grande diferença entre o pecado de Davi,
embora gravíssimo aos olhos de Deus e de Sua Palavra; e o cometido por seu
filho – Salomão. Este, pensou, planejou e colocou em execução a prática do
pecado sexual com várias mulheres, com o propósito de aumentar o seu prestígio
politico, poder territorial e poder bélico (armamentista).
Quanto a Davi, seu pai; pode-se
dizer, que foi “um acidente de percurso”, ou seja, não teve a intenção de pecar
(não pensou e nem planejou), mas não soube resistir a tentação e o consumou (o
executou). Esse comportamento odioso chamado adultério (não é mais crime em
nosso Ordenamento Jurídico), torna-se mais grave quando é cometido pelo povo de
Deus, principalmente quando seu agente é o Líder duma Igreja – o Pastor, o
Sacerdote, o Padre, o Bispo etc., haja vista que devem ser exemplos para seus
liderados.
Jeremias
5:28-30. Engordam-se, alisam-se e
ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam a causa dos órfãos, para que
eles prosperem; nem julgam o direito dos necessitados. Não castigaria eu estas
coisas? – diz o Senhor; não se vingaria a minha alma de uma nação como esta?
Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam
falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o
deseja; e que fareis no fim disso?
Esse texto do profeta Maior
Jeremias (AT), deixa de forma bem clara a perversão do povo de Deus (a prática
da imoralidade moral e sexual), principalmente de sua liderança. Alguns
teólogos classificam esse pecado como sendo “adultério espiritual”. Por isso,
Deus os entregou para serem levados cativos por outra nação. Registro parecido
sobre a atitude corrupta de líderes do povo de Deus, encontramos também no
Livro de Romanos (NT), ao qual
destacamos o versículo 28, de seu capitulo 1: “E, como eles não se importaram
de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso
(demoníaco, nocivo), para fazerem coisas que não convém” (acréscimo nosso).
Texto Básico 2:
1 Timóteo 6:11-12. Exortações Gerais.
Verso 11. Mas tu, ó homem, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade,
a fé, a caridade, a paciência, a mansidão (grifo nosso). Para saber de quais coisas o apóstolo Paulo
está advertindo o povo para fugir, devemos voltar para o versículo 9, desse
mesmo capítulo, onde obteremos a seguinte resposta: “Mas os que que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Timóteo 6:9).
Eles estavam sendo alertados aqui
neste texto (e é para nós também), para o fato de que se focarmos nossos
pensamentos e intenções no acúmulo de riquezas e bens materiais, isso poderá
nos levar a tentações da carne e a ruína (pessoal, familiar, profissional, moral
e espiritual).
O termo concupiscência
tem origem no idioma latim “concupiscens”
que significa "o que tem um forte desejo ou um desejo exagerado".
Nós, que estamos em Cristo, devemos buscar as coisas celestiais (espirituais):
O mesmo Paulo alertou os seus seguidores, ao dizer: “(...), andai em Espírito e
não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas
5:16).
Verso 12. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna (...):
Esses dois termos usados pelo apóstolo Paulo neste versículo, tem origem no
idioma grego que tem como significado “agonizar”.
Ele está dizendo ou interpreta que a vida cristã é como se fosse uma verdadeira
batalha, uma luta intensa que requer muita determinação e lealdade a Cristo,
para enfrentarmos nossos adversários.
Nós temos, no mínimo, quatro
adversários ferozes, a saber: o mundo
(a corrupção humana), a carne (nosso
próprio corpo), satanás (o diabo e
suas hostes) e o pecado (a
transgressão da Lei Divina):
O mundo: no livro de Tiago está escrito: “A
religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as
viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. Ele diz mais:
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade
contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se
inimigo de Deus” (Tiago 1:27; 4:4).
De
forma simples e objetiva, podemos dizer que o significado de “ser amigo do
mundo” e´o de fazer ou praticar o que o mundo pratica que é contrário ao que
ordena o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Não ameis o mundo, nemo o que no
mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15).
Por isso, “todo ser
humano pecou e está destituído da glória de Deus” (Romanos 3:23). Sendo assim, devemos fugir do pecado, para não
contaminarmos a carne: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal,
para lhe obedecerdes (ceder a tentação) em suas concupiscências” (Romanos 6:12).
O Pecado: pode-se dizer que ele pode ocorrer em nossa mente e também
em sua consumação (na prática e execução). A Bíblia o descreve como toda e
qualquer “transgressão da Lei Divina”. Em 1 João 3:4, ele é conceituado desta
forma: “Qualquer que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado
é a transgressão da lei” (seu conceito). Todas as vezes que transgredimos a Lei
de Deus, cometemos pecado.
O mais importante irmãos,
é que Cristo é fiel e está sempre de braços abertos para nos socorrer, proteger
do perigo e nos livrar de toda e qualquer tentação: “Não veio sobre vós
tentação, senão humana, mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do
que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar” (1 Coríntios 10:13).
Gostaria de fazer uma analogia
(comparação) bem interessante entre o cometimento do pecado e o cometimento de
um delito (crime penal), pois poderemos perceber que ambas as ações são muito
parecidas.
*A Transgressão da Lei Divina: vamos ver os passos ou as fases para
o cometimento da transgressão Divina chamada adultério: 1º - olhar com intenção
(cogitação); 2º - cobiçar ou desejar sexualmente uma mulher (preparação) e; 3º
- o ato não precisa ser consumado para configurar o delito (ocorrer à conjunção
carnal entre eles).
Jesus Cristo disse em Mateus 5:28: “(...) qualquer que “atentar
numa mulher”. Essa expressão tem vários significados, entre eles: olhar,
reparar, notar, observar e contemplar. Vamos nos apegar a este último. Contemplar
significa “olhar fixamente para ou olhar com admiração”. Ou ainda, olhar com
muita atenção e cuidado. Logo, subentende-se da fala de Jesus, que o olhar para
esta mulher denota uma fixação por um tempo prolongado e com segundas
intenções. E Ele continuou dizendo: “(...) olhar para a cobiçar (...)”: desejar de forma
exagerada. E, em alguns casos, de forma obsessiva (continua ou insistente).
Portanto, podemos ver como se dá o início desse pecado e a sua consumação registrada
em Tiago 1:14-15:
Tiago
1:14-15. Mas cada um é tentado,
quando atraído
(atentar ou olhar fixamente) e engodado (enganado) pela sua própria
concupiscência (desejo sexual desenfreado). Depois, havendo a concupiscência
concebido (fecundado ou gerado), dá a luz o pecado (inicia-se a execução): e o
pecado, sendo consumado (executado de forma plena) gera a morte (física e
espiritual).
*A Transgressão
da Lei Humana (Direito Penal): ela apresenta duas fases para a configuração
do crime, o qual é chamado “Iter Criminis”; tendo a fase interna (cogitação) e
a fase externa (os atos preparatóros, execução e consumação):
1º
- Cogitação: é a ideia ou a
pretensão de cometer o crime (ainda não houve o planejamento). Está por
enquanto apenas no pensamento. Hans
Welzel a chama de fase interna[1];
2º - Preparação: são os atos que antecedem a execução, ou seja,
ultrapassou a fase do pensamento ou da ideia e inicia-se o planejamento para a
execução do crime;
3º - Execução: começa a fase de execução do crime, não importa aqui se
irá concluir totalmente a ação delituosa, só pelo fato de ter iniciado, já é
passível de punição (a consumação);
4º - Consumação: quando o crime é executado de forma plena, isto é, o
infrator conseguiu o resultado almejado. Welzel
a denomina de fase externa;
Comparando os dois textos acima,
com os acréscimos inseridos dentro dos parênteses, principalmente na Epístola
de Tiago 1:14-15, veremos algumas semelhanças quanto a violação de ambas as
leis: a Divina e a Humana (Jurídica ou Penal).
* Leitura Semanal Diária:
Seg. Gênesis 14:20-24. A Recusa de Abraão sobre a riqueza dos
Cananeus.
Ter. Atos 8:14-21. Os Apóstolos em Samaria (o Evangelho).
Qua. Atos 5:1-10. Ananias e Safira.
Qui. Tiago 1:8-14. Provas e Tentações.
Sex. Mateus 4:1-4. Jesus é tentado por Satanás.
Sáb. Mateus 4:5-11. Continuidade da Tentação sobre a pessoa de
Jesus.
1.
Entendendo
Sobre o Asssunto:
Primeiramente, precisamos entender que pelo fato de sermos tentados, não
temos que ficar temerosos, atribulados ou com complexo de culpa. Lembre-se:
ser tentado não é pecado. Ninguém menos do que o próprio Jesus, também sofreu
tentações.
O termo tentação siginifica prova, teste ou uma maneira de se provar o
quanto estamos determinados e resistentes diante de uma situação. Deus, muitas
das vezes, permite que sejamos tentados, mas, Ele mesmo a ninguém tenta:
“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado,
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode
ser tentado pelo mal e ninguém tenta” (Tiago 1:12-13).
1.1 – A Sequência do Mal: o
apóstolo Tiago nos mostra com clareza como acontece e desencadeia este
processo, levando a pessoa a ceder e praticar o mal.
Tiago
1:14-15. Mas, cada um é tentado,
quando atraído e engodado pela sua própria concupisçência. Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá a luz o pecado, e o pecado, sendo consumado, gera
a morte.
O pecado nada mais é do que a
consumação do desejo. Em sendo consumado, a sua consequência é a morte
espiritual, resultando no afastamento e separação de Deus. Lembre-se:
muitas vezes é Deus quem consente que os seus seguidores sejam tentados, mas duas
coisas são importantes a destacar nesta permissão: a primeira prende-se ao Seu
objetivo, que é o de provar a fé, a firmeza e a paciência de cada um de seus
servos. os
A segunda, é que esta tentação é limitada por Ele, pois conhece as suas
ovelhas em profundidade, comprimento, altura, largura e extensão. Ele nos
conhece por completo e sabe de nossas fraquezas e limitações. Portanto, não nos
deixará tentar acima de nossos limites:
1 Coríntios
10:13. Não veio sobre vós tentação,
senão humana, mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis,
antes com a tentação dará também o escape, para que possais suportar.
Não podemos esquecer de que Deus tem e está no controle de todas as
coisas. A Ele tudo pertence, fazendo da forma que lhe apraz.
2. Estratégias Usadas pelo Inimigo:
Não pense que Satanás é um pobre coitado só porque foi expulso do céu, pois ele é astuto, sagaz, ardil e
poderoso. Ele procura e usa qualquer oportunidade para destruir a obra criada
por Deus, principalmente a melhor delas – a humanidade (Adham).
1 Pedro 5:8. Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como um leão, buscando a quem possa
tragar.
Depois da queda do primeiro homem – Adão, que tinha o domínio sobre todos
os seres viventes da terra, Satanás passou a ser o dominador do mundo: “Sabemos
que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19). Muitas são
as passagens Bíblicas que fazem alusão a pessoa de Satanás, apresentando-o como
o “príncipe deste mundo (cf. João 12:31; 14:30 e 16:11), o “deus deste século”
(cf. 2 Coríntios 4:4) ou o “príncipe das potestades do ar” (cf. Efésios 2:2).
Aqueles que não se submetem á pessoa de Jesus Cristo, estão sob o
controle de Satanás, que tem cegado os seus olhos, impedindo que conhecem a
verdade e a glória do Evangelho, com o propósito de não serem salvos.
3. Escolhe a ocasião própria:
Tem um adágio
popular muito antigo que diz assim: “A ocasião faz o ladrão”. Podemos citar um
exemplo claro que ocorreu muito próximo a nós, confirmando este ditado:
quando “ás esposas” dos Políciais
Militares do Espírito Santo, fizeram barricadas em frente aos quarteis
impedindo-os de irem para as ruas.
Pessoas que nunca se envolveram com a criminalidade, viram as invasões e
roubos em varias lojas de eletrodomésticos e, aproveitaram a ocasião para
levarem alguma coisa para suas casas. Noutras palavras, praticaram furtos e transgrediram
a lei, tendo em vista que não havia policiamento nas ruas.
Satanás age da mesma forma, aproveita-se da ocasião e fraqueza humana
para atacar. A diferença entre a sua ação e a dos habitantes do Espírito Santo,
prende-se ao fato de que ele é homicida e mentiroso desde o princípio (cf. João
8:44).
Ele aproveitou-se da fragilidade de José (cf. Gênesis 39:11-12), como
também fez sua investida contra o proprio Jesus Cristo, quando acabara de
completar 40 dias e 40 noites de jejum. Ele estava sozinho, fraco, abatido e
com fome (cf. Mateus 4:3-11). Conosco não é diferente, ele fica na espreita
aguardando surgir uma oportunidade para agir.
3.1 –
A Fraqueza Humana: o homem é fraco
em sua natureza, estando ela ligada a tres aspectos, segundo relata o apóstolo
João: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida
(1 João 2:16-17). Eva, por ser humana e
se en quadrar dentro desses tres
aspectos, acabou por não controlar os seus desejos. Satanás aproveitou-se da ocasião para usar
daquilo que lhe é peculiar – a mentira, investindo nos pontos fracos que
identificou em Eva (cf. Gênesis 3:4-6):
1º - Ela viu que aquela árvore era
boa para se comer - concupiscência da carne (Gn 3:6).
(...)
2º - E viu que era agradável aos
olhos – concupiscência dos olhos (Gn 3:6). Foi atraida pelo que seus
olhos viram.
(...)
3º - E que era desejável para dar
entendimento - soberba da vida (Gn 3:6).
Ela, num primeiro momento foi
atraída pelo que viu. Depois, com a oratória de Satanás, desejou aquilo que ele
lhe dissera – ser igual a Deus. E da mesma forma que ele agiu com Deus,
querendo ser igual ou maior do que Deus, usou da mesma estratégia com Eva. Ele
foi banido dos céus, Eva e Adão, expulsos do Jardim do Éden.
4. É Possível Vencermos as Tentações:
Sim. O cristão não é tentado além de suas forças e, caso seja, o próprio
Deus que permitiu que fosse tentado, lhe dará o escape (1 Co 10:13). No
entanto, é necessário fazer uso das ferramentas e dos meios que Ele nos
concede, usando-os no momento certo e da maneira correta. E quais seriam estas
ferramentas? Confiar em sua fidelidade e
acreditar de que Ele está no controle de tudo.
Além da obediência a Deus e a sua Palavra, se faz necessário buscar
fortalecimento no Senhor e na força de Seu poder. Temos que atentar que esta
luta não é travada apenas no campo físico e terreno, mas principalmente na
esfera celestial (espiritual). Ela não é contra carne e sangue, mas sim contra
os principados e as potestades ... ( cf. Ef 6:10-12).
4.1 – O Uso da Palavra de Deus:
o maior exemplo deixado pelo Mestre Jesus,deve ser seguido a risca pelos seus
seguidores, ou seja, quando formos tentados, devemos nos apoderarmos da Palavra
de Deus para rechaçar e repelir nosso inimigo. Satanás costuma usar da mesma
estratégia em suas investidas.
Da forma como fizera com Eva, ele investiu contra Jesus. Noutras
palavras, ele deturpou a Palavra de Deus com Eva, onde obiteve êxito em sua
investida. Ele tentou a mesma estratégia com Cristo, mas se esqueceu de que
Jesus Cristo é “o Caminho, e a Verdade, e a Vida” (João 14:6). E o mais
importante, Ele é o próprio Verbo – a Palavra Viva (cf. João 1:1).
Entretanto, nós, enquanto seguidores de Cristo, para usarmos a Sua
palavra, se faz necessário conhecê-la: “(...), disse-lhes: Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (mateus 22:29). Em complemento
ao uso das ferramentas celestiais, acrescentam-se: o uso da vigilância
constante, da oração diária e um período de jejum (consagração).
Mateus
26:41. Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; na verdade, o espirito está pronto, mas a carne é fraca.
(...)
1 Coríntios
16:13. Vigiais, estai firmes na fé,
portai-vos varonilmente (energicamente) e fortalecei-vos. Todas as vossas
coisas sejam feitas com caridade (amor).
(...)
1 Pedro 4:7. E já está próximo o fim de todas as coisas;
portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
Muitas vezes, o nosso corpo físico pode estar bem abatido e cansado (como
foi o caso de Jesus na tentação de Satanás), mas se você tem o costume de usar estas
ferramentas com constância, o seu espírito vai estar sempre fortalecido,
ajudando-o a resistir as tentações..
Conclusão:
Portanto, irmãos e leitores, todos
nós estamos sujeitos a sofrermos tentações. O grande diferencial estará pautado
na atitude a ser tomada por nós. Aquele que resolver confiar em suas próprias
forças é bem provável que não resistirá e irá ceder ao pecado. De forma oposta,
aquele que depositar sua confiança na força e no poder do Senhor, obterá
vitória.
Efésios 1:19. “E qual a sobre-excelente grandeza do seu poder
sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força de seu poder”.
(...)
Tiago 4:7.
Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Precisamos deixar a
Soberba (ou o Orgulho), a Vaidade e o Amor Próprio, e nos convencermos de que a
tentação sempre parte de um adversário muito astuto e sagaz, que promove sua
investida com muita fúria. Somente dessa forma, nós – os Cristãos, obteremos
vitórias sobre as tentações e as investidas de nossos inimigos mortais,
convergidas na pessoa de Satanás. Amém!
Fonte:
1.
ALMEIDA, José Ferreira de. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
2.
BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. São Paulo: Editora Vida, 1999.
3.
GRECCO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral. Rio de Janeiro: Impetus,
2005.
4.
LINHARES, Jorge. Conhecendo a Bíblia. Revista Primeiros Passos na Fé. Editora
Central Gospel, 2010.
[1] Hans Wetzel, direito
penal alemão, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário