Introdução:
Acredito que você já tenha
ouvido falar ou assistiu em alguma programação televisiva, de que, em geral, o
povo brasileiro não gosta muito de ler, pois são um pouquinho preguiçosos. Isto
é tanto verdade, que o confirmamos a cada dia, principalmente em nossos
relacionamentos por meio das redes sociais. Você posta alguma coisa importante
para que seja divulgada, mas quando outra pessoa abre a postagem e observa o
tamanho da escrita, somente clica em curtir ou responde enviando um emoji (símbolos representativos próprios
desta linguagem).
Em 2012, publicamos nosso
primeiro Livro com uma tiragem de 300 exemplares. Amigos, familiares e colegas
de trabalho compraram todos, inclusive fizemos uma reedição. Se passaram sete anos,
durante este tempo, me encontrei com a maior parte dos que o adquiriram, a
minha primeira pergunta foi: Leu o livro? Uns responderam que só leram algumas páginas
(são 150 no total, divididas em várias assuntos: a origem das drogas, sua
legislação, sua forma de uso e as possíveis consequências ao organismo do
usuário abusivo e do dependente químico
etc.). Outros, apenas viram a capa e passaram os olhos mas folhas do
livro, nem sequer leram a sinopse ou a
introdução.
Talvez, por isso, você não se
surpreenda igualmente a mim, quando observar abaixo, o resultado duma pesquisa
feita recentemente, confirmando que o Brasil não possui uma boa posição entre
os países que mais leem livros no mundo. A grande realidade é que nossos
hábitos de leitura são muito ruins, principalmente quando comparados a países
como a Índia, Rússia, China e a Tailândia.
Que nos perdoem, mas pasmem;
também perdemos para os Argentinos, para os Mexicanos e para os Venezuelanos.
Embora esses três últimos, estejam abaixo da média global de leitura, ficando
com 6,5 horas/semanais .
País
|
Rankig
|
Tempo Médio / horas-semanais
|
India
|
1º
|
10,7
|
Tailândia
|
2º
|
9,4
|
China
|
3º
|
8,0
|
Filipinas
|
4º
|
7,6
|
Egito
|
5º
|
7,5
|
República Theca
|
6º
|
7,4
|
Rússia
|
7º
|
7,1
|
(...)
|
(...)
|
(...)
|
Brasil
|
27º
|
5,2
|
Estamos à frente somente de Taiwan,
Japão e Coreia. Vale ressaltar, que o exercício da leitura ativa ou desperta
diretamente a atividade intelectual, devendo ser reservado um tempo médio para
a leitura de quaisquer tipos de literaturas. Este hábito pode elevar o nível
pessoal, social, cultural e acadêmico do leitor. Além disso, é um importante
parâmetro para avaliar o nível cultural de cada nação.
O hábito da leitura ajuda na
construção do conhecimento, de um olhar crítico, além de incentivar a
criatividade e melhorar o desenvolvimento do indivíduo em seu aspecto geral.
Por isso, precisamos urgentemente mudar este quadro. Como pais, educadores e
formadores de opiniões que somos, temos que estimular este comportamento
saudável desde a tenra idade aos nossos pequeninos. Se faz necessário adquirir
literaturas infantis e de diversas categorias, sempre que possível. Se, pelo
menos, uma vez por semana, reservarmos umas horinhas para lermos com e para
eles, já está de bom tamanho.
Ouvimos muito as pessoas
reproduzirem uma máxima muito antiga, que diz assim: “Precisamos construir um
mundo melhor para os nossos filhos”. Com certeza, você já ouviu alguém dizer
isso (ou até mesmo você!). Eu tenho outro provérbio, que versa totalmente
contrário a esta fala, escrita assim: “Precisamos educar filhos melhores para o
mundo”.
Penso que tudo pode melhorar
neste mundo (na esfera humana), mas um dos pilares que pode mover e alavancar
esta transformação se chama “conhecimento”. Adquirindo-o, ninguém pode te
tirar. E se cada indivíduo que o adquiriu, passar a colocá-lo em sua prática
cotidiana, as coisas tendem a melhorar. Se você pensa e quer mudança; nada
melhor do que começar primeiro por você!
Talvez, quem sabe, se fizermos
igual ao pequeno Beija-flor daquela Fábula, que narra a história dum grande
incêndio que estava acontecendo numa floresta. Alguém tentou desanimá-lo,
dizendo: - Com esta gotinha d’água você nunca apagará este incêndio. Ele
educadamente respondeu: - Eu estou fazendo a minha parte. Portanto, precisamos
fazer a nossa parte, descruzando os nossos braços e lançando “a mão no arado”, em vez de só reclamarmos da
vida e dos governantes!
1. A Importância de Ler o Manual
Chamado de - Bíblia Sagrada:
Na introdução, fizemos uma
abordagem acerca da falta de hábito do brasileiro pela leitura de qualquer tipo
de literatura, podendo ser livros, periódicos, artigos, matérias jornalísticas,
gibis, romances, ficção, entre tantas outras categorias. Figurando numa posição
muito ruim, após o resultado duma pesquisa com este foco.
Agora, antes de darmos sequência,
acerca do tema proposto, gostaríamos de abrir um parenteses, para pontuar um
comportamento comum que, muitas vezes, o adotamos no “automático”,. Ele se dá,
quando queremos ansiosamente realizar um desejo (ou mera vontade) de comprar um eletrodoméstico ou produto eletrônico, mas
não temos o conhecimento e o domínio de como fazê-lo funcionar. Por isso, temos
que recorrer ao manual que segue junto a embalagem do produto.
Depois, seguir passo a passo as
instruções nele contidas. Em outras palavras, a nossa ignorância pode vir a
comprometer a sua funcionalidade, inclusive a danificá-lo. Sendo assim, temos a
necessidade de fazer a leitura do manual ou chamar por alguém que saiba e, as
vezes, acionar um profissional ou especialista no assunto. Por ora, fechamos o
parenteses, para transpor a nossa abordagem para o grande objetivo deste
artigo: fazer um comparativo acerca da
importância e necessidade, de que todo e
qualquer Cristão tem, de ler diariamente o Manual Verdadeiro, que tem o poder
de alimentá-lo, nutrir e revigorar o seu espírito – a Palavra de Deus.
Uma mesma atitude deve ocorrer,
como a do comprador de um novo aparelho eletroeletrônico qualquer, em relação a
leitura de livros e artigos de cunho teológicos. Entretanto, tem um Manual de
Excelência que todos aqueles que se dizem cristãos, principalmente, os que
ocupam cargos ou posições de liderança –
Pastores, Bispos, Padres, Anciãos, etc., precisam ler com muita atenção todas
as suas instruções (seus 66 livros), que são de vital importância, haja vista
que eles possuem a obrigação e o dever de transmiti-las fielmente aos seus
ouvintes.
Vale lembrar que não estamos
falando de uma leitura como dum livro qualquer (eu a chamo de leitura burra ou
superficial): o seu leitor precisa meditar neste Manual (cf. Salmo 1:1-2); além
disso, estudar diariamente e pedir para que
o Seu intérprete – o Espírito Santo, se faça presente no transcorrer
desta leitura. Assim, ele poderá transmiti-la fielmente e com “unção” para os
seus liderados e/ou ouvintes.
Infelizmente, nem todos os que
ocupam esses cargos e, também, muitos membros e seguidores de Cristo, nunca
leram todo o Manual - as Sagradas Escrituras, desde as suas primeiras páginas –
o Livro de Gênesis, onde sua narrativa descreve a origem e o princípio de tudo
que foi criado por Deus, até as suas últimas – o Livro de Apocalipse, sendo
demonstrado a revelação do que ocorrerá no fim dos tempos.
O pior de tudo isso, é que
muitos que estão na Liderança de Igrejas Evangélicas, ainda não se deram conta
desta importante necessidade. Por certo, eles podem estar fiados em sua
formação acadêmica (mestrado, doutorado, pós-doutorado etc.) ou profissional
(advogados, psicólogos, psicanalistas, professores etc.) ou, quem sabe, pensam
que a “unção” e o “chamado” para esta missão de liderar pessoas, vem para
todos. Sinto muito em dizer-lhes, que não é bem assim que acontece no
Cristianismo:
Efésios
4:7,11. Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom de
Cristo (...). E, ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Queremos nos ater neste texto,
a posição de liderança duma igreja evangélica, que normalmente é ocupada pela
pessoa do Pastor. Este título, também pode ser aplicado com outras palavras de
mesmo sentido e significado; tais como: - Presbíteros (no idioma original,
Anciãos), Bispos[1]
e, não muito comum no campo religioso, os Supervisores. Todas elas relacionadas
a Liderança.
A sua função precípua,
prende-se á direção e administração duma igreja ou congregação local, onde tem
o encargo de pregar e preservar a Sã Doutrina, refutar ou contradizer toda e
qualquer heresia. Além de cuidar das necessidades espirituais (e relacionais)
de seus membros.
Atos
20:16-17. Porque já Paulo tinha determinado passar adiante de Éfeso, para não
gastar tempo na Ásia. Apressava-se, pois, para estar se lhe fosse possível, em
Jerusalém no dia de Pentecostes (festa). De Mileto, mandou á Éfeso chamar os anciãos
da igreja (sublinhamos).
(...),
Tito
1:5-9. Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as
coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros,
como já to mandei (sublinhamos); aquele que for irrepreensível, marido de uma
(única) mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de
dissolução (depravação) nem são desobedientes (rebeldes). Porque convém que o bispo
(sublinhamos) seja irrepreensível como despenseiro (administrador dos recursos)
da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo (tendência a irar-se com facilidade)
nem dado ao vinho (beberrão), nem espancador (violento e agressivo), nem
cobiçoso de torpe ganância (igual a Acã); mas dado a hospitalidade, amigo do
bem, moderado, justo, santo (idioma original é separado), temperante
(equilibrado), retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para
que seja poderoso, tanto para admoestar (repreender com brandura) com a Sã
Doutrina, como para convencer os contradizentes.
Certa vez, indagaram
maliciosamente a Jesus, querendo surpreendê-lo em alguma contradição á Lei
imposta pelos romanos, se os seus seguidores deveriam pagar ou não o tributo ao
imperador romano: “Dize-nos, pois, que te parece: é lícito pagar o tributo a
César ou não?” (Mateus 22:17). Ele, com sua infinita sabedoria, pediu-lhes que
mostrassem uma moeda. Assim que o fizeram; perguntou-lhes: “(...): De quem é
esta efígie (imagem) e esta inscrição? E eles disseram: De César. Então, ele
disse: dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (cf.
Mateus 22:20-21).
Quem orquestrou esta tentativa
de flagrar Jesus em algum erro, inclusive com outros questionamentos, foi nada
mais e nada menos do que os Fariseus (principal seita dos judeus), com
os Herodianos (partido político que apoiava o governo de Herodes) e os Saduceus
(pequena seita composta por sacerdotes ricos e influentes). Portanto, eram
pessoas ou um grupo social com conhecimento e de grande influência.
Mesmo assim, disse-lhes Jesus:
“(...): Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mateus
22:29). Eles detinham um vasto conhecimento das leis romanas e de suas
tradições, mas sobre as Boas Novas de Cristo – o seu Evangelho, eram indoutos
(cf. João 3:1-12, Nicodemos). Em nossos dias, não tem sido diferente, tem
muitas pessoas á frente da liderança de igrejas, mas estão “errando”
equivocadamente quanto a ministração da Sã Doutrina.
Lembre-se: nossas igrejas (pessoas ou
membroes duma comunidade cristã) não precisam de Pastores ou Líderes muito intelectuais na
esfera secular e acadêmica, embora não cometam nenhum pecado aqueles que buscam
adquiri-los. Eu mesmo desejo concluir mais um, mas na área Teológica. O que me
possibilitará, no campo acadêmico (faculdades), lecionar para aqueles que ainda
desejam fazer a sua primeira graduação nesta área. Jesus Cristo usou o maior
missionário e plantador de igrejas do Novo Testamento - Paulo, acerca desta
tomada de atitude e de grande importância para um Líder:
Romanos
12:6-8. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se
alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o teu dom é
servir, sirva; se é ensinar, ensina; se é encorajar, aja como encorajador; o
que contribui, coopere com generosidade; se é
exercer liderança, que a ministre com zelo; se é demonstrar misericórdia, que a realize com alegria. O
amor é a base dos dons.
Na verdade, é muito salutar que
todos os que presidem, pregam, lecionam e administram as coisas de Deus,
estejam buscando qualificações com o propósito de melhorar a sua “servidão” ao
Senhor. Nossas igrejas (sua membresia e a comunidade cristã), precisam de
líderes que falem a linguagem genuína e fiel do Evangelho de Cristo e com muita
Unção. Sem “acrescentar” e, muito menos “retirar”, uma vírgula ou um til, por
mero capricho ou vaidade humana (cf. Apocalipse 22:18-19).
2. Qual a Importância de Ler
Diariamente este Manual?
Como descrevemos anteriormente,
o indivíduo que tem o hábito duma leitura cotidiana, mesmo sendo de literaturas
diversas, faz com que ocorra uma constante “oxigenação” mental. Assim,
possibilita uma ampliação de sua capacidade de armazenamento das informações
que recebe. Além de aumentar ou de facilitar o seu processamento – entendimento
e compreensão de tudo que lê, vê ou ouve. Para respondermos a este
questionamento, iremos nos apropriar da própria Palavra de Deus, destacando um
dos seus inúmeros ensinamentos:
A Excelência do amor Fraternal
Salmo 134:1-3.
1. Eis aqui,
bendizei ao Senhor todos vós, servos do Senhor, que assistis na casa do Senhor
todas as noites.
2. Levantai
as mãos no santuário (templo, igreja) e bendizei ao Senhor.
3. O Senhor,
que fez o céu e a terra, te abençoe desde Sião!
Primeiramente, precisamos
entender que é uma questão de necessidade e de sobrevivência para todo e
qualquer seguidor de Cristo, independente de quanto tempo ele segue ao Senhor.
Você só pode rebater ou confrontar a fala duma pessoa (ou heresia), se tiver
total conhecimento da verdadeira. Aprendi, ao longo dos meus 30 (trinta) anos
de serviço militar, que é possível “resistir” ou, até mesmo, “vencer” um
adversário, mesmo ele estando em maior número e com melhores armas do que você.
Desde que você tenha conhecimento de sua estratégia, quais as armas que costuma
usar e a sua forma de atacar.
Outra coisa importante, é que
este Manual a qual conhecemos como Escritura ou Bíblia Sagrada, como também o Evangelho
ou a Palavra de Deus, se distingue de todos os outros manuais (livros ou
periódicos) existentes na face da terra. Embora ele também tenha apenas um
autor – o próprio Deus, Ele utilizou-se de aproximadamente 40 (quarenta) homens
de países ou cidades distantes e de diversas culturas, para transcrever cada um
dos seus 66 (sessenta e seis) Livros, em sua forma impressa para o papel.
Destacamos também, como grande
“diferencial”, que quando nos propomos a Meditar nele sem nenhuma pressa,
principalmente nos detendo em cada um de seus capítulos, versículos e alíneas,
se antes disso, orarmos pedindo sua interpretação, o próprio Autor envia o
Intérprete – o Espírito Santo, para se fazer presente contigo. Ele nos guia e
instrui, entre outros de seus atributos divinos.
Mateus 10:19-20.
Mas, quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como
dizê-lo. Naquela hora, será dado o que dizer,
pois não serão vocês que falarão, mas o Espírito do Pai de vocês, falará
por intermédio de vocês.
|
(…)
1 Coríntios 2:11-12. Porque, qual dos homens sabe as coisas do
homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus (o Espírito Santo). Mas nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
Além disso, tem muitos livros
que lemos em que nunca saberemos quem é
o seu autor. Menos ainda, se um dia estaremos com ele em algum lugar deste
mundo. Mas, mesmo assim, fazemos uma avaliação do conteúdo de sua escrita como
sendo boa ou ruim. Ás vezes, este livro se torna nosso maior aliado. Vamos ver
outras peculiaridades deste Manual, fazendo uso do pequeno Salmo de número 134.
Antes, vale ressaltar, que ele
faz parte duma designação conhecida como “Cântico dos Degraus” e, entre as suas
cento e cinquenta composições, apenas 15 (quinze) delas (do 120 a 134),
receberam esta classificação. Não podemos afirmar qual a razão desde nome, haja
vista que existem várias vertentes.
Entretanto, como a cidade de
Jerusalém estava situada numa região montanhosa (acredito que continue), estou
inclinado a concordar com os intérpretes (e historiadores) de que o povo
Israelita (Hebreus ou Judeus), tendo por costume participar das Festas Anuais
que eram realizadas nesta cidade, peregrinavam até lá, para apresentar a sua
adoração.
Quando eles chegavam próximo á
subida, cantavam estes Salmos. Talvez, por isso, eles também receberam o nome
de “Cânticos da Subida”. Passemos a detalhar alguns pontos importantes, acerca
deste pequeno Salmo:
1. A
quem o Salmista nos orienta Adorar? -
Observa-se que ele nos orienta para que venhamos a adorar ao Senhor: “Bendizei
ao Senhor”. O termo ou palavra “bendizer” pode ser interpretada como “enaltecer
ou agradecer” por algo ou alguma coisa recebida da parte d’Ele (verso 1).
2. E quem deve prestar esta Adoração? – “(...)
Todos vós, servos do Senhor”. A palavra “servo” no original grego é - doulos,
que contém o significado de “atar ou prender com cadeias”. Normalmente na
Escritura Sagrada, este termo é interpretado como escravo ou servo. Uma pessoa
de condição servil. Metaforicamente falando, pode-se dizer que é uma pessoa
cujo serviço é feito e aceito por Cristo.
Usaremos aqui em nosso estudo,
que são todos os seguidores da Doutrina apregoada por Jesus Cristo. Noutras palavras, todas as pessoas (Eu e Você)
que concordam com a Sua Palavra e, por sua própria decisão e vontade, tornam-se
cativas á Ela. Nesse aspecto, tentam a todo custo cumpri-la, separando-se dos
costumes do mundo ímpio.
3. E em quais dias devo Adorá-lo? – Se
olharmos na Palavra de Deus, mas atendo-nos apenas a este Salmo, podemos dizer
que: “(...) Todas as noites”. Por
isso, se faz necessário termos
conhecimento de toda a Bíblia Sagrada (em todo o seu Contexto), haja vista que
a resposta correta para esta pergunta é: - Em todos os dias!
Josué
1:8. Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; medita (esteja
concentrado) nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo
quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e,
então, prudentemente te conduzirás.
(...)
Salmo
1:1-2. Bem-aventurado (feliz) o varão
(homem/mulher) que não anda segundo o conselho dos impios, nem se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o
seu prazer na lei do senhor, e na sua lei, medita de dia e de noite
(diuturnamente).
4. E quando devemos Adorá-lo? – Sempre! Assim diz a sua Palavra: “Que pregues a
palavra, instes a tempo (insista a tempo) e fora de tempo, corrijas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 2:2). Precisamos
inserir uma orientação muito importante, que foi dita pelo apóstolo Paulo, neste
sentido:
Romanos
13:12. Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele
instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resistem à ordenação
de Deus.
Esteja
atento as normas legais e as determinações de quem tem autoridade para impô-las
e exigir seu cumprimento, aonde quer que vá ou permaneça, para não ter
problemas com as autoridades locais. Lembre-se:
temos que seguir o exemplo do Mestre. Ele não veio “para violar ou destruir a
lei, mas cumpri-la” (cf. Mateus 5:17).
5. E em que lugar devemos Adorar? - Em todo e
em qualquer lugar ou ambiente social, mas desde que não violemos as normas
legais e morais do lugar e, muito menos, trazer escandá-lo para Cristo: “E
disse Jesus aos seus discípulos: É impossível que não venham escandá-los, mas
ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó[2] de
atafona (engenho movido por animais), e fosse lançado ao mar, do que fazer
tropeçar um destes pequenos” (cf Lucas 17:1-2).
A
adoração ao Senhor, desde o princípio de tudo que existe na ´face terra, no
Antigo Testamento (AT) foi realizada em diversos lugares, por inúmeras pessoas
e em circunstâncias adversas, entre elas: - Na
terra. Logo após cessar o dilúvio que dizimou toda uma nação,
exceto Noé, a esposa, os três filhos e suas três noras: - apenas 8 almas (cf.
Gênesis 8:1-20). Eles adoraram o Senhor.
Outra
narrativa marcante sobre o tema proposto, envolve o personagem Jacó. Ele estava
indo a caminho da cidade de Padã Arã (ou apenas Harã), mas o sol e o calor escaldante
do deserto lhe castigaram muito. Ele teve que arrumar um local para poder pernoitar.
Dormiu um sono reparador e teve um sonho revelador da parte de Javé. Depois
disso, dialogou com Ele e, posteriormente, preparou um altar de pedras e O adorou. O nome dado a este lugar foi – Betel, que no idioma hebraico significa “Casa
de Deus” (cf. Gênesis 28:10-22)..
Na
nova Aliança ou no Novo Testamento (NT), também encontramos várias narrativas
sobre o tema, mas lançaremos mão duma bastante conhecida por todas as pessoas
(penso que até de não cristãos), a ‘Efusão ou o Derramamento do Espírito Santo,
que ocorreu dentro duma casa chamada – Cenáculo, local mobiliado e preparado
para uma reunião ou com o propósito da realização dum jantar. Foi neste local
que Jesus Cristo celebrou a última Ceia com seus discípulos, antes de sua
prisão, condenação e crucificação cf. Marcos 14:12-21).
Atos
2:1-4. E, cumprindo-se os dias de Pentecostes, estavam todos concordemente no
mesmo lugar; e, de repente veio do céu, um som como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por
eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
Nesta reunião, se faziam
presentes em torno de 120 (cento e vinte) homens. Este feito correu pelas ruas,
aldeias e cidades, numa ocasião em que habitavam Jerusalém Judeus e homens religiosos, de todas as
nações que estão debaixo do céu. Vale lembrar que, no tempo do AT, durante a
peregrinação no deserto, Ele chamou seu servo Moisés e passou-lhe todas as
orientações para construir um Santuário itinerante (Templo), em que deveriam se
reunir para adorá-lo e apresentar seus sacrifícios.
Êxodo
25:1-2,8-9. Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta
alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente (...). E me farás um
santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para
modelo do tabernáculo, e para modelo
de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis.
Deus, por seus atributos divinos
como a Onipotência, Onisciência e Onipresença, não precisaria de que ninguém
fizesse uma edificação humana para que O pudessem adorá-lo, haja vista que Ele
está em todo o lugar. Entrementes, a construção do Mishkan (santuário
portátil) acompanharia os Hebreus durante a sua
jornada no deserto.
Este tipo de Templo ou
Santuário, serviria como um precursor do Beit haMikdash, a Casa Santa, o Templo que seria erguido em
Jerusalém muitos anos depois. Para finalizarmos o estudo, insere-se a última
instrução, extraída por nós, deste pequeno Manual – o Salmo 134:
6. Como devemos Adorá-lo (como nos portar)? Se embasarmos nossa resposta limitada apenas
no Salmo 134:2, podemos afirmar que os adoradores de Cristo, podem se expressar
gestualmente e com muita liberdade: “Levantai as vossas mãos no Santuário, e
bendizei ao Senhor”. Como exemplo, podem glorificar a deus com uma salva de
palmas.
Salmo 47:1-2. Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com
voz de triunfo. Porque o Senhor Altíssimo
é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra.
Para tanto, devemos ter certa
prudência e reverência quando entrarmos na Casa terrena de Deus - sua Igreja, principalmente
se formos visitantes. Falo por experiência própria, tendo em vista que noutras denominações,
em especial áquelas que são muito tradicionais. Por exemplo; tem algumas em que
é melhor você entrar mudo, permanecer durante toda a liturgia do culto mudo e
sair calado. Se, por ventura, você der um “Aleluia” ou “Glória a Deus” em voz
alta, todos olharão para você (já aconteceu comigo). E este olhar é de reprovação. Precisamos respeitar, pois estamos noutra Casa
de Adoração, e que não é a na nossa!
Mas, simultaneamente, existem
outras que adotam comportamentos totalmente opostos, em que a sua liderança orienta
os seus membros para que, asssim que adentrar algum visitante, devem
“incomodá-lo”. Isto no bom sentido, ou seja, se aproximarem e deixá-lo muito bem
á vontade, para que possa apresentar sua adoração ao Senhor. E, ao término do
culto, novamente devem se aproximar e, se possível, procurar saber o nome,
local em que reside e se já é servo do Senhor. Convidando-o para voltar outras
vezes!
Não se escandalize, procure
saber antes, com quem te convidou, como é a liturgia do culto, assim você já
vai preparado (ou nem vai).
Lembre-se:
Davi foi duramente criticado por sua própria esposa - Mical, filha do rei Saul,
quando “dançou” com muito entusiasmo, demonstrando muita alegria, pela ação do
Senhor em seu favor (cf. 2 Samuel 6:14-16).
A igreja (os seus membros) é o
reflexo de sua liderança. Assim como os filhos são o reflexo de seus pais, os
alunos de seus professores e os funcionários de seu chefe ou patrão. Portanto,
não se assuste quando entrar numa igreja muito barulhenta ou, noutra, em que
parece ser realizado um funeral (também visitei uma assim). Eu e minha esposa, só
não fomos embora no meio da Liturgia, tendo em vista que seria deselegante de
nossa parte, como também falta de educação e de reverência a Cabeça da Igreja -
Cristo.
Conclusão:
Queridos Amigos,
leitores e possíveis Irmãos em Cristo, o Senhor nos deu a construção deste
texto em três dias, enquanto eu buscava sintonizar o tempo todo a Sua voz em
meus ouvidos, sussurrando as passagens Bíblicas. Elas me foram sendo dadas e,
sem pestanejar e com receio de
esquecê-las, as inseriam no final da página (digitação), depois ia para a
Bíblia Sagrada, para confirmá-las. .
Penso que trata-se de
uma admoestação branda e amorosa da parte do senhor, para todos nós,
independentemente se ocupamos ou não um cargo ou um Ministério
(= á serviço do Senhor) na igreja ou congregação em que somos membros. Confesso
que o estudo ficou um pouco extenso e, sei também, que muitos irão apenas
visualizar ou curtir.
Mas, o mais importante é
que tenho a certeza de que, ao menos, uma pessoa irá ler do inicio ao fim. Digo
mais, o individuo que “perder” o seu tempo lendo-o, será ricamente abençoado
pelo Senhor, pois nada do que está escrito aqui veio do homem, mas sim d’Ele. E,
ás vezes, no Cristianismo é assim, perdemos alguma coisa para ganhar uma melhor
depois. Se isso acontecer, estarei por demais satisfeito. Sabe porquê? Quando
nos propomos a meditar num estudo, qualquer que seja o assunto (estar focado),
você já sai ganhando, pois adquirirá maior conhecimento acerca dele.
De posse deste Manual de
Excelência – a nossa Bússola ou nossa regra de Fé, escrito, a princípio, em
duas Tábuas de Pedra, pelo dedo de Deus (cf. Êxodo 31:18) e entregue ao seu
servo Moisés, devemos dar a maior importância e valor possível, principalmente,
reservando um período diário de tempo, para nos debruçarmos sobre ele. Tudo com
o divino propósito de “crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor”
(cf. 2 Pedro 3:18). Amém”.
[1] Bispos. Este Título ou termo é muito usual na maioria das Igrejas
Católicas Apostólicas Romanas, Igrejas Ortodoxas e Igrejas Episcopais,
inclusive na Igreja da Inglaterra (Anglicana). 2. Episcopado. É uma
forma de organização hierárquica, com a autoridade máxima local exercida por um
bispo (episcopos – grego, ou episcopus, em latim).
[2] Mó. Pedra
grande, dura e circular, de altura pequena, com que se trituram os grãos nos
moinhos, girando-a sobre outra pedra, ou se espreme a azeitona no lagar para
extrair o azeite.
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