Introdução
Nós que somos considerados e
reconhecidos como os seguidores de Cristo, ou, numa outra tradução, os “pequenos
Cristos”, acreditamos que tudo o que existe na face da terra, foi obra das mãos
de Deus. Nesse sentido, quando Deus criou e terminou uma de suas melhores obras
– o Homem; em seu plano original estava determinado de que ele viveria eternamente.
Gênesis 1:24-27. E disse Deus:
Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado,e repteis e besta-feras
da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez Deus as bestas-feras da
terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie; e todo o réptil
da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o
homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus; e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre
todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem á sua imagem; a
imagem de Deus o criou, macho e femea os criou.
Abraham Lincolm, disse certa vez acerca da
longevidade do homem na terra, com a seguinte fala: “Deus certamente não teria
criado um ser como o homem, para que este
existisse somente por um dia!
Não. Não! O homem foi feito para a
imortalidade”. No ato da criação da alma vivente, por meio do fôlego de vida,
Ele projetou de que ele – Adham, viveria para a eternidade (acréscimo nosso).
Entretanto,
quando Ele colocou o homem (e a mulher) para viver no Jadim que Ele criara, parece
que eles não deram tanta importância a Sua advertência, sobre o perigo que
poderiam correr, no caso de O desobedecerem, principalmente com relação a
eternidade, podendo haver o abreviamento
do tempo de suas vidas na terra, ou seja, o surgimento da morte.
Gênesis 2:8-9,15-17. E plantou o Senhor Deus um jardim no
Éden, do lado oriental, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor fez
brotar da terra toda árvore agradável á vista e boa para comida; e a árvore da
vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (....). E
tomou o Senhor Deus o
homem, e o pôs no jardim do Éden para lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor
Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás (grifamos).
Com
esse ato de desobediência, mudou-se consideravelmente os planos de Deus para a vida
do homem, no que diz respeito a sua permanência na terra. O Senhor, a partir de
então, delimitou um certo período de tempo quanto a sua duração - longevidade[1].
Antes, bastava ao homem lavrar, cuidar e
usufruir de tudo que fora criado por Deus, para que vivesse tranquilo e eternamente.
Depois, por ter ignorado a advertência do Senhor e Tê-lo
desobedecido, sobreveio-lhes algumas consequências dessa decisão, isto é, foi
feito algumas mudanças por Deus, em relação a ação de cada um deles,
corrigindo-lhes de forma individualizada.
Quanto
a mulher, ela passaria a sentir dores de forma intensas em sua
gravidez, como também no momento de dar á luz filhos: “(...): Multiplicarei
grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos” (Gênesis 3:16). Além disso, o seu desejo
seria para o teu marido, sendo dominada por ele.
Quanto
ao homem,
por ele ter dado ouvidos a sua mulher, Deus amaldiçoou a terra e, a partir dai,
o homem comeria do seu fruto com muito esforço e suor em seu rosto. Dito de outra
maneira, ele também sentiria dores e suaria muito para comer o pão de cada dia:
“(...): Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que
te ordenei, dizendo: Não comerás dela” (Gênesis
3:17-18).
Depois
desse acontecimento, os homens passaram ter um tempo de vida determinado por
Deus, que seria contado em anos de sua permanencia na terra. A seguir
elencaremos alguns exemplos para nosso conhecimento:
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Adão: Seu nome em hebraico significa
“vermelho”. Após ser tentado, inclinou-se a pecar. Depois disso, viveu 930
anos.”E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos; e morreu”
(Gênesis 5:5);
.
Matusalém: Seu nome em hebraico
significa “homem armado”. Filho de Enoque e avô de Noé. Ele viveu 969 anos: “E
andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, (...). E foram todos os
dias Matusalém, novecentos e sessenta e nove anos; e morreu” (Gênesis 5:22,27);
.
Abraão: Seu nome em hebraico
significa “Pai duma multidão”. Deus fez-lhe uma promessa de que lhe daria um
filho – o Filho da Promessa, cumprindo-a quando ele tinha 100 anos de idade
(cf. Gênesis 21:4-5). Depois disso,
viveu mais 75 anos (total de 175 anos).
Gênesis 17:1-2,19. Sendo, pois, Abraão da idade de noventa e
nove anos, apareceu o Senhor a Abraão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso;
anda em minha presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e ti e
te multiplicarei grandissimamente (...). E disse Deus: Na verdade, Sara, tua
mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei
o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele. (...).
Estes,pois, são os dias dos anos da vida de Abraão, que viveu cento e setenta e
cinco anos (Gênesis 25:7).
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Sara. Seu nome em hebraico significa
“Princesa”. Casou-se com Abraão em Ur dos Caldeus e era estéril (cf. Gênesis 11:28-31). Ela faleceu aos 127
anos de idade: “E foi a vida de Sara, cento e vinte e sete ano; estes foram os
anos da vida de Sara” (Gênesis 23:1).
Registra
a Palavra de Deus, que mesmo em avançada idade, seus olhos não escureceram e
nem perdeu a sua força. Ele morreu com 120 anos de idade: “Era Moisés da idade
de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem
perdeu ele seu vigor” (Deuteronômio 34:4-7).
Arão: Seu nome em hebraico significa
“Serrano ou Brilhante. Esteve com Moisés na empreitada de libertar os hebreus
dos Egipcios. Ele era três anos mais velho que seu irmão, estando com 83 anos
de idade quando partiu para esta missão. Ele morreu com 123 anos: “E era Arão
da idade de cento e vinte anos, quando morreu no monte Hor” (Números 33:38-39).
Josué: Seu nome em hebraico significa
“Jeová é salvação”. Ele estava o tempo todo junto a Moisés, sendo um dos seus
auxiliares direto e de inteira confiança. Com a morte dele, tornou-se seu
sucessor, conduzindo os hebreus a terra de Canaã. Morreu com 110 anos de idade:
“Então, Josué despediu o povo, cada um para a sua herdade. E, depois destas
coisas, sucedeu que Josué, filho de Num, o servo do Senhor, faleceu, sendo da
idade de cento e dez anos” (Josué 24:
28-29).
Se
olharmos para a nossa era, isto é, os nossos dias (Século XXI), podemos até
pensar que eles viveram muitos anos, haja vista que a expectativa de vida do
brasileiro é de 71 anos (Rick Warren, 2013); mas em relação a vida eterna, o
tempo da vida humana tornou-se muito breve, haja vista que com o pecado da
desobediência, entrou a morte no mundo.
Salmo 90:10.
A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez,
chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa
rapidamente, e nós voamos.
1. Comparativos na Bíblia Sobre a Vida
Humana:
As
Escrituras Sagradas apresentam analogias de como a vida humana é breve nesta
terra, fazendo algumas comparações com aspectos da natureza. Vamos ver quais
são as comparações para nossa reflexão:
1.1 – A Vida como
uma Sombra: a sombra,
segundo o dicionário Aurélio, nada mais é do que o “espaço privado de luz ou
que tornou-se com menor claridade”. Independentemente de qualquer que seja a
interposição que faz surgir a sombra, seja um edfício, uma árvore, uma nuvem,
etc., temos a certeza de que ela não durará muito tempo.
1 Crônicas 29:15. Porque somos estranhos diante de ti e
peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a
terra, e não há outra esperança.
Jó 14:1-2. O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação. Sai como a flor e se seca, foge também como a sombra e não permanece.
O autor deste Livro – Esdras,
registra neste capítulo 29, acerca das ofertas para a construção do templo do
Senhor. Serve também para nós (Cristãos atuais) como exemplo de uma atitude
louvável por parte do povo de Deus, em contribuir com a sua obra.
1.2 – A Vida
como um Vapor: o
vapor é a forma gasosa que tomam os líquidos: “Digo-vos que não sabeis o que
acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um
pouco e depois se desvanece” (Tiago 4:14).
Tiago, neste capítulo 4 de sua
Epístola, narra sobre a falibilidade dos planos elaborados e feitos pelo homem.
Deixando um importante alerta para todos nós, de que antes de planejarmos
qualquer coisa, devemos colocar diante do Senhor.
Tiago 4:13,15.
“(...): Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e
contrataremos e ganharemos. (... ). Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor
quiser (ou permitir), e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
1.3 – A Vida como uma Erva: é uma planta mole ou sensível, cujas partes
aéreas, incluindo o seu caule, morrem todos os anos depois da frutificação.
Tiago 1:8-11. O homem de coração dobre (fingido,
traiçoeiro) é inconstante em todos os seus caminhos.Mas glorie-se o irmão
abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como
a flor da erva. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e
a formosa aparência do seu aspecto perece (morre), assim se murchará também o rico,
em seus caminhos (acréscimo nosso).
Tiago,
neste capítulo, apresenta palavras de encorajamento aos seguidores de Cristo,
mesmo diante das aflições e perseguições, pois, por meio da vossa fé resultarão
em paciência.
1.4 – A vida como um Conto: o conto nada mais é do que
uma narração curta, que pode ser apresentado de forma falada ou escrita: “Pois
todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos
como um conto ligeiro” (Salmo 90:9).
Este Salmo 90 nada mais é do que uma
Oração feita por Moisés, descrevendo a vida humana como um conto ligeiro, mas
também como um “sono” e uma “erva”, em que ambos acabam de forma muito rápida.
O
tempo de nossa vida na terra – longevidade, será muito breve, como já dissemos
anteriormente, mas as consequências durarão para sempre: “Por isso estamos
sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes
do Senhor. (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e
desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:6-8).
Rick Warren
(2013), descreve a
nossa vida na terra comparando-a como um ensaio ou treinamento: estamos nesta
terra participando duma preparação para acessarmos o outro lado de nossa vida –
a vida eterna. Este sim, será um tempo bem maior do que estamos vivendo aqui na
terra.
Vale
lembrar a fala de C.S. Lewis quanto
a vida eterna: “Existem apenas dois tipos de pessoas: as que dizem a Deus –
seja feita a Tua vontade. E aquelas a quem Deus diz – seja feita a sua vontade”.
Não podemos esquecer também que a eternidade nos apresenta ou concede apenas
duas alternativas: o céu (gozo eterno) ou o inferno (tormento eterno).
2. Significado da Morte Humana
A
morte, conceituada de uma forma bem simples, "é o cessar da vida física". No entanto, não é o fim de nossa existência, mas tão somente a transição para a
vida eterna. Por isso, haverá consequências eternas para tudo que fazemos aqui
na terra. Cada ato de nossa vida faz soar um acorde na eternidade. Infelizmente,
muitas e muitas pessoas terão de suportar a eternidade sem Deus (sofrimento
eterno), pois escolheram viver sem a Sua presença neste mundo.
Quando
percebermos que a morte física não é o fim de nossa existência, e que a vida humana não é
apenas “o
aqui e o agora”, mas uma preparação e ensaio para a
eternidade, passaremos a mudar a nossa forma de viver e ver a vida.
2.1 – Vida Apegada aos Bens Materiais: vivemos numa época em que o centro
de tudo voltou-se para o homem, o antropocentrismo.
Passamos a dar mais valor e gastar maior parte de nosso tempo, querendo
alcançar fama, sucesso, estatos social, muito dinheiro, títulos acadêmicos,
entre outras coisas. Gastamos quase a totalidade de nossas vidas e tempo, com as
coisas efêmeras e fúteis. Alguém já
disse que: Estamos usando as pessoas e amando as coisas”. Ou seja, uma inversão total dos princípios e valores humanos.
Parece
que nos esquecemos de que viemos para o mundo nús, ou seja, sem nada. E quando
morrermos, não levaremos nada conosco: “e disse: Nu sai do ventre da minha mãe
e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja oo nome
do Senhor” (Jó 1:21). Grande parte das pessoas vivem como se nunca
fossem morrer.
Quando
nos conscientizarmos e nos voltarmos para Deus, procurando se aproximar ao
máximo d’Ele, passaremos a dar mais valor á personalidade e ao relacionamento
com outras pessoas: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.
E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas
estas coisas, e as considero como escória (fezes), para que possa ganhar a
Cristo” (Filipenses
3:7-8).
Lembre-se: Deus tem um propósito para nossa
vida na terra, mas que não termina aqui. Por maior tempo que você viva aqui, o
plano d’Ele lhe dará a possibilidade de viver eternamente. E o melhor de tudo,
desfrutaremos de Sua companhia para sempre conosco.
Mateus 25:32-34. E todas as nações serão reunidas diante
dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E
porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes a esquerda. Entao dirá o Rei aos
que estiverem á sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
Segundo
Warren (2013), “Deus
nos destinou, segundo Sua imagem, para viver eternamente”. E acrescenta o autor
que; “a razão de sentirmos que deveríamos viver para sempre é que Deus
condicionou nossa mente com esse desejo!”
Conclusão
Ouvimos
constantemente muitas pessoas dizerem a seguinte frase:”a única certeza de que
temos na vida, é de que um dia morreremos”. Sendo assim, com o passar dos anos morreremos;
caso Cristo não volte antes. Se olharmos por essa óptica, poderemos ver a morte
como algo natural, mas, também, de certa forma, para alguns, injusta.
A
boa notícia para todos os Cristãos, pauta-se em que o propósito de Deus para a
sua mais bela criação – o homem, continua inalterada, isto é, fomos criados
para a eternidade. Não importa de que forma ela virá, quer seja por meio de uma
doença, um infarto fulminante, um acidente automobilistico ou por qualquer
outra forma.
E
se isso acontecer, será meramente o fim de nosso corpo físico (carne), de nosso
tempo na terra e de nossa habitação temporária, mas não será o fim de nossa
outra vida ... a vida eterna:”Porque sabemos que se a nossa casa terrestre
deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita
por mãos, eterna, nos céus” (2 Coríntios
5:1-2).
[1] Longevidade.
Duração da vida de um indivíduo, de um
grupo ou de uma espécie), mais longa do que o comum.
Esta Mensagem nos foi dada por Deus neste feriado de 7 de Setembro. Tivemos o privilégio de Ministrá-la ontem (12/09/18), na Assembléia de Deus Nova Vida, em Itapoã - Vila Velha/ES.
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