Introdução
Pode ser que um dia, você
resolveu visitar uma igreja evangélica a convite de um amigo ou duma pessoa
conhecida. Foi muito bem recebido naquele lugar pelas pessoas presentes ao
culto, mas, ao ouvir a ministração da Palavra de Deus, sentiu-se totalmente
tocado pelas palavras que foram ditas pelo pregador (na verdade, inspiradas por
Deus).
E, sendo feito o apelo
(convite para ir a frente), resolveu render-se a Cristo e a aceita-lo como o
Senhor e Salvador de sua vida. E, em isto acontecendo com qualquer pessoa, representa
uma declaração publica de que a partir daquele dia (o que se espera), o seu
modo de vida será mudado. E o mais importante, se isso ocorrer de forma
sincera, o Espírito Santo de Deus passará a habitar em sua vida.
1 Coríntios
3:16. Não sabeis vós que sois
santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? 6:19-20. Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que habita em vós, o qual possui da parte de Deus, e que não sois de vós
mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois a Deus no vosso
corpo.
Outra passagem Bíblica escolhida
pelo comentarista desta lição, encontra-se na Carta aos Romanos:
Romanos
8:1-9. Portanto, agora nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da
vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que
era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu
próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne
condenou o pecado, para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que
não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Pois os que são segundo a
carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito
para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a
inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode
ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais
na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Esse
texto é maravilhoso e muito amplo em sua explanação, mas, entre outras coisas,
o apóstolo Paulo estava demonstrando que a nossa vida (até os capítulos
anteriores de Romanos), sem a Graça de Deus, é vazia, somente de derrota, fracasso, miséria e escravidão ao
pecado.
Desenvolvimento
A partir do capítulo 8, ele
afirma categoricamente, que a nossa libertação do pecado e da condenação, isto
é, a nossa absolvição, vem como resultado de nossa comunhão com Deus
(participar em comum das mesmas crenças, pensamentos e opiniões), pela união
com Cristo (andar em suas veredas) e através do Espírito Santo. Seria mais ou
menos, assim: Deus, o Pai Celestial,
ordena dos céus; Jesus Cristo, seu Filho,
apresenta aos homens na terra as suas ordenanças e o Espirito Santo nos conduz para colocá-las em execução.
João
8:31-32,35-36. Dizia, pois, Jesus aos
judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente
sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
(...). Ora, o escravo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
Portanto,
ao recebermos o Espírito Santo de Deus, precisamos deixar sermos guiados por
Ele e, desta forma, sermos libertos do poder do pecado: “Pois o pecado não terá domínio sobre
vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Romanos 6:14). Para podermos seguir em
nossa caminhada rumo à glorificação final, que ocorrerá com/em Cristo, nos
céus. Este é o grande plano de Deus para a vida de todos os seus seguidores.
Gálatas
5:16-18. Digo, porém: Andai pelo
Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra
o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que
não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais
debaixo da lei.
Quando o
Espírito Santo habita no Cristão, ele promove sua libertação do poder do
pecado, isto é, a Lei do Espírito entra em plena operação à medida que o servo
do Senhor se compromete a ouvir e obedecer ao Espirito Santo.
Romanos
8:13-14. Porque se viverdes segundo a
carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo,
vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus.
Lembre-se: o pecado não mais terá domínio
sobre sua vida. Ele não mais te governará. Você irá pecar, mas como alguém já
disse: ele passa a ser um “acidente de percurso”. Quando Paulo diz: “Pois os
que são segundo a carne se inclinam para as coisas da carne; mas os que são
segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (verso 5). Ele apresenta aqui duas classes de pessoas:
1ª Os que são segundo a Carne: no texto em analise, a expressão
“carne” significa o elemento pecaminoso de nossa natureza humana. A parte que
quer ser satisfeita pelos desejos corrompidos deste mundo, que quer meramente o
prazer. Com isso, eles ocupam boa parte de nossa vida (ou tempo) na tentativa
de alcança-lo. Para melhor entendimento, eles buscam por: fornicação,
adultério, ódio, egoísmo, ambição, ira, acúmulo de riquezas etc. (Gálatas 5:19-21).
2ª Os que são segundo o Espírito: de forma totalmente oposta, buscam a
orientação e a capacitação do Espírito Santo. Eles se submetem a elas e
concentram boa parte de sua atenção (vida, tempo) na busca de realização da
obra do Senhor. Os que vivem segundo o Espírito, são selados por Deus, com o propósito de
serem identificados como pertencentes a Ele:
Efésios 1:13. No qual também vós, tendo ouvido a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele crido, fostes selados com
o Espírito Santo da promessa (...).
Este selo é a marca ou a
evidência de que pertencemos a Deus, ou seja, somos de sua propriedade, mas
também, somos Seus Filhos. Além de nos selar, Ele também Se colocou como o
nosso Penhor[1]:
“(...), o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus,
para louvor da sua glória” (Efésios 1:14).
Fazendo uma aplicação prática, o Espírito Santo nos foi dado, como sendo uma
garantia de nossa herança (Penhor), isto é, como se fosse uma primeira parcela
ou a prestação inicial, por conta daquilo que vamos receber no futuro.
2 Coríntios
5:4-5. Porque, na verdade, nós, os
que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser
despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora,
quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o
Espírito.
Vale destacar que, se alguns de nós
(Cristãos), deixarmos de resistir aos desejos pecaminosos da carne, nos
tornamos inimigos direto do Senhor: “Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode
ser” (Romanos 8:7).
1. Diferença
entre Santidade e Santificação
Embora pareça muito uma com a outra, existe uma grande
diferença entre elas: Santidade é uma
qualidade ou o estado daquele (pessoas) ou daquilo (objetos) que é santo (=
separado, consagrado). 2. O estado ou a condição duma pessoa: “Dai ao Senhor a
glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao Senhor na
beleza de sua santidade” (ver também Salmo 29:2). Logo, hoje você pode estar na
posição ou condição de santo, isto é, em santidade; mas noutro dia, pode não
estar mais.
Romanos
6:19-22. Falo como homem, por causa
da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros
como servos da impureza e da iniquidade para iniquidade, assim apresentai agora
os vossos membros como servos da justiça para santificação. Porque, quando
éreis servos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. E que fruto
tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Pois o fim delas é a
morte. Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso
fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
A Santificação
é um processo que possibilita ao Cristão em tornar-se uma pessoa dedicada e
envolvida com a obra de Deus. Noutras palavras, é um ato ou efeito duma pessoa
se santificar, separar-se do mundo (da corrupção e de impurezas) ou se fazer
santo. Ele (nós, Marcos Paulo) sempre vai estar numa etapa deste caminho
(processo).
Efésios
4:17-20,28-32. Portanto digo isto, e
testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade
da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela
ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, tendo-se tornado
insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de
impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo. (...). Aquele que furtava,
não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha
o que repartir com o que tem necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que
ministre graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no
qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e
gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes,
sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Não
se esqueça: a
Santidade de Deus é um estado intrínseco (sua essência e d’Ele próprio) e
perfeito: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). Enquanto que a santidade
do homem é relativa, é oscilante e instável.
No Antigo Testamento (AT), Deus separou tanto pessoas (Números 3:13), como
animais (Êxodo 13:1-2), objetos (2 Samuel 8:10-11) e lugares (Êxodo 29:37,
Números 7:10), para que fosses realizadas a Sua obra (ou serviço). Todos eles
foram santificados para que fosse realizada a obra de Deus.
Números 3:13. Porque todos os primogênitos são meus. No dia em que
feri a todos os primogênitos na terra do Egito, santifiquei para mim todos os
primogênitos em Israel, tanto dos homens como dos animais; meu serão. Eu sou o
Senhor.
No Novo Testamento (NT), Ele separou e
santificou os Cristãos para serem o Seu povo, distanciando-os do pecado.
1
Tessalonicenses 4:4-7. Que cada um de
vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da
concupiscência (apetite sexual ou sensual desordenado), como os gentios que não
conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é
vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.
Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação (acréscimo
nosso).
Portanto,
a santificação é a vontade de Deus para a vida de todos os Cristãos, pois foi
para isto que Ele morreu. Ele quer que todo o Seu povo seja Santo, como Ele é
santo!
1 Pedro
1:13-16. Portanto, cingindo os lombos
do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos
oferece na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes não vos conformem
às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto
está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.
Desde tempos muito remotos, a vida do
homem é pautada por costumes, tradições, preceitos e regras. Do mesmo modo é a
vida do cristão, pois há a necessidade de normas Bíblicas para que ele expresse
ou apresente uma vida em/de santidade. Na
Epístola aos Colossenses, o apóstolo Paulo nos adverte acerca dos cuidados que
devemos ter, com os ensinos advindos da Filosofia, Psicologia, Sociologia, Tradições
e Religiões, entre outras coisas. Estas doutrinas estavam trazendo confusões ao
povo desta cidade. Nesse sentido, o apóstolo sugere o estabelecimento de
algumas regras para uma vida cristã pura e sadia.
2.1 Normas
Para uma vida em Santidade:
a) Sujeitar-se a Deus: pauta-se, principalmente em deixar o pecado e fugir da
aparência do mal: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá
de vós” (Tiago 4:7).
Colossenses
3:5-10. Mortificai, pois, os vossos
membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição
desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais
coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; Nas quais, também,
em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também
de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da
vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho
homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
b) Praticar o Amor: tratar toda e qualquer pessoa com cordialidade e gentileza,
honrando-as como sendo superiores a você (Marcos
10:42-44). Não praticando agressões verbais ou físicas, lembrando-se que
“gentileza gera gentileza”.
Levítico
19:17-18. Não odiarás a teu irmão no
teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás
pecado. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas
amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.
Não se esqueça de que o “próximo” não
é apenas aquele que está ao seu lado ou que você conhece, mas principalmente aquele
que necessita de sua atenção ou ajuda.
c) Ser Compassivo: é estar sempre apto e pronto a se doar pelo outro. Se
colocar à disposição daqueles que estão enfrentando sérios problemas em suas
vidas.
1 Pedro
3:8-9. E, finalmente, sede todos de
um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente (com muita
intimidade), misericordiosos e afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria
por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes
chamados, para que por herança alcanceis a bênção (acréscimo nosso).
d) Ser Humilde: não pense somente em si, tentando buscar benefícios próprios,
querendo honras e glória de homens. Penso que há diferença entre humildade e
simplicidade. Ser humilde é estar
alinhado com a modéstia, ou seja, ser despretensioso, pessoa com pouca vaidade
e comedido.
1 Pedro
5:5-6. Semelhantemente vós jovens,
sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos
de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos
exalte;
A
Mansidão tem
uma ligação muito estreita com a Humildade: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do
Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4:2).
A Simplicidade pode ser vinculada a pessoa que vive sem ter a
necessidade de ostentar aquilo que é ou que possui. Ser simples é o indivíduo que
age ou se comporta com naturalidade, isto é, demonstrando esta qualidade em sua
forma de viver (ao falar, escrever e se vestir), entre outros comportamentos.
e)
Ser Perdoador: mesmo estando na presença de Deus, isto é, sendo seu
seguidor, continuamos a pecar diariamente, por isso precisamos alcançar o Seu
perdão. No entanto, não podemos esquecer que também precisamos perdoar aqueles
que nos ofendem.
Mateus
18:21-22. Então Pedro, aproximando-se
dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe
perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até
setenta vezes sete.
(...)
Marcos 11:25. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes
alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe
as vossas ofensas.
O quantitativo dito por Jesus a
Pedro, não deve ser interpretado de forma literal, mas, independente das vezes
que meu irmão pecar contra mim, caso ele se arrependa com sinceridade de
coração, devo perdoá-lo.
2.2 Considerações sobre a Santificação
A
santificação pode ser interpretada como uma lavagem completa por meio da
Palavra de Deus. E, também, uma purificação espiritual. Na antiguidade, Deus
exigia que os Sacerdotes tivessem o cuidado da
purificação de seu corpo, para que pudessem executar o serviço do
templo.
Levítico
8:6-10. E Moisés fez chegar a Arão e
a seus filhos, e os lavou com água. E vestiu-lhe a túnica, e cingiu-o com o
cinto, e pós sobre ele o manto; também pós sobre ele o éfode, e cingiu-o com o
cinto de obra esmerada do éfode e o apertou com ele. Depois pós-lhe o peitoral,
pondo no peitoral o Urim e o Tumim; e pós a mitra sobre a sua cabeça; e sobre
esta, na parte dianteira, pós a lámina de ouro, a coroa da santidade, como o
SENHOR ordenara a Moisés. Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o
tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o santificou;
Aos
Levitas era determinado que limpassem muito bem os objetos e utensílios do
templo: “E trouxe os sacerdotes, e os levitas, e ajuntou-os na praça oriental,
e lhes disse: Ouvi-me, ó levitas, santificai-vos agora, e santificai a casa do
SENHOR Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia” (2 Crônicas 29:4-5).
2.3 A Santificação é
Progressiva
Como a santificação é um processo que
pode levar o cristão a envolver-se cada dia mais com a obra do Senhor; ela
também é progressiva. Ela pode ser vista por meio de suas obras, de seu
comportamento e de suas atitudes cotidianas. O próprio Deus, através do Espírito
Santo, vai operando em sua vida conduzindo-o em santidade.
1
Tessalonicenses 5:23. E o mesmo Deus
de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo.
O
seu comportamento e a sua procedência cotidianamente na sociedade, irá
demonstrar se você vive ou não em santidade. Como já disse um Pastor: “a vida do cristão é
a Bíblia do incrédulo”.
3. O Lado Divino e o Lado Humano da Santificação
Achei bem interessante a colocação do
Comentarista deste tema, ao apresentar que a santificação progressiva tem seu
lado divino e seu lado humano. Ele fundamenta seu argumento, apresentando que o
próprio Jesus Cristo teve seu lado divino na santidade (João 10:36) e seu lado humano (João
17:19).
3.1 Meio Divino para Santificação do Cristão
a) Pelo Sangue de Jesus: esta
santificação foi posicional perante Deus, quando os nossos pecados foram
perdoados por Jesus Cristo, cancelando-os através da Justificação.
Romanos 5:8-11. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo
sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se
nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não
somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
Pelo Seu sangue vertido na Cruz do Calvário, fomos
feitos Inocentes e Inculpáveis, embora fossemos merecedores da condenação, mas
Ele assumiu o nosso lugar, nossa culpa e a nossa condenação.
b) Pela
Palavra de Deus: a santificação
acontece quando ela é lida, ouvida, crida, obedecida e praticada.
Tiago
1:21-22. Por isso, rejeitando toda a
imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós
enxertada, a qual pode salvar as vossas almas. E sede cumpridores da palavra, e
não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
A palavra revela a
impureza e também o fortalecimento do cristão para resistir o pecado: “Eu vos
escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos
escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já
vencestes o maligno” (1 João 2:14).
c) Pelo Espírito Santo: ele tem, entre tantas outras atribuições, a função de
convencer o homem de seu pecado e de ajudar a abandoná-los.
João 16:8-11. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e
da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque
vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste
mundo está julgado.
d) Pela Glória de Deus: quando ela se
manifesta na vida do cristão, em suas obras e no ambiente em que ele está, traz
um efeito santificador: “Este será o holocausto continuo por vossas gerações, à
porta da tenda da congregação, perante o SENHOR, onde vos encontrarei, para
falar contigo ali. E ali virei aos filhos de Israel, para que por minha glória
sejam santificados” (Êxodo 29:42-43).
3.2 Meio Humano da Santificação do Cristão:
Quando se trata acerca do lado
humano, a santificação é uma atitude, um propósito de ser separado de todo o
mal que há no mundo, para se dedicar as coisas de Deus. Seria como disse o
apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas
Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de
Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20-21).
a) Dedicação
pessoal: seria desprender-se do
pecado, do mundo e das suas próprias conveniências, para dedicar-se a uma vida
com Deus.
2 Coríntios
7:1. Ora, amados, pois que temos tais
promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espirito,
aperfeiçoando a santificação no temor de Deus (cf. Romanos 12:1-2).
b)
Obediência: ela está ligada
diretamente a cumprir a ordenança de Deus, não se posicionando de forma rebelde
e contrária a Sua vontade.
1 Pedro 1:22. Purificando a vossa alma na obediência à verdade,
para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com
um coração puro (cf. Êxodo 19:5-6).
c) Cooperação de outras pessoas: a vida vivida pelo Cristão deve ser
similar àquela conduta adotada entre seus familiares, ou seja, um buscando
cooperar com o outro, ensinando as verdades das Escrituras Sagradas. E os
líderes das Igrejas devem ajudar aos novos convertidos a se firmarem na fé,
aconselhando-os com o propósito de buscar a santificação. Função parecida é atribuída aos pais,
que devem cooperar para a santificação de seus filhos, orar por eles, como
fazia o patriarca Jó (Jó 1:5), exortá-los quando necessário e instruí-los no
Caminho da verdade.
3.3 Algumas Bênçãos
da Santificação:
Quando mais o cristão busca
aproximar-se de Cristo, mais ele experimentará a santificação. Com
isso, recebe bênçãos divinas que lhe trarão paz e felicidade. Ela poderá trazer-lhe:
a)
a presença de Deus consigo (Êxodo
19:10-11) – O Jovem Samuel (1 Samuel 3);
b)
o reconhecimento da voz de Deus (Êxodo
19:19);
c)
o agir e operar de Deus em sua vida (Josué
3:5);
d)
a visão clara de Deus (Mateus 5:8);
e)
a viva esperança de ir morar nos céus (Salmo
24:3-4).
Conclusão;
É bem possível viver uma vida em santidade,
mesmo habitando num mundo de tremenda corrupção como o nosso. E este é um dos
verdadeiros milagres da salvação. Por isso, precisamos monitorar nossas
atitudes diárias, nascendo de novo a cada amanhecer, para vivermos em/para
Cristo. Precisamos ser diferentes do mundo (não quer dizer que você é melhor) e
repudiar tudo aquilo que tem aparência do mal, que contraria a vontade e a
verdade de Deus: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me
convém; todas as coisas me são licitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma” (1 Coríntios 6:12).
Que eu e você
(nós), independentemente se somos novos convertidos ou não, busquemos
incessantemente ser “Sal e Luz” neste mundo; pois, conforme já estava prevista
nas Sagradas Escrituras, este mundo se encontra em tremenda escuridão e trevas.
Nós, Cristãos, precisamos iluminar alguns lugares (levar pessoas a conhecerem a
Cristo) e temperar o ambiente para dar-lhe sabor e prazer (saírem da ignorância
e adquirirem o conhecimento da Verdade). Amém!
Este é o Tema de nossa Lição da Escola Bíblica Dominical, que será ministrada no próximo Domingo (18/08/19). Na Assembléia de Deus Nova Vida, em Itapoã - Vila Velha/ES.
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