Introdução
Gostaríamos
de iniciar este texto, trazendo para os possíveis leitores, uma afirmativa em
forma duma breve reflexão: de acordo como foi a sua adolescência e a sua fase
adulta, e como se deu o exercício de sua profissão e a sua postura corporal cotidiana,
aliado ao seu hábito alimentar diário, pode ser que agora, com a idade mais
avançada (dos cinquenta anos para cima) surgiram algumas consequências físicas
que são sentidas atualmente por você e que podem ter te impossibilitado de
fazer outras coisas de que gostaria (caminhar ou fazer atividades físicas, os afazeres
domésticos, entre outros).
Entretanto,
independente de quaisquer circunstâncias ou situações, simplesmente pelo fato do
avançar de nossa idade (senilidade), é muito comum surgir patologias que são
próprias da velhice. Sabemos que a cada ano que se passa, são feitas pesquisas
sobre a longevidade humana, sendo que o resultado da mais recente, afirmou que
a expectativa de vida do brasileiro, em média é de 71 anos (Rick Warren, 2013).
Este
resultado, está na mesma sintonia do que registra o Salmo 90:10, escrito por
Moisés, afirmando sobre a duração do tempo de nossa vida: “A duração da nossa
vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos,
o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos”. A
palavra enfado comporta vários significados, entre eles, sensação de tédio,
fadiga espiritual, mal-estar, desanimo e aborrecimento.
Neste
caso, muitas complicações clinicas podem alcançar a população mais velha, tais
como: artrite, artrose, lordose, cifose, escoliose (problema na coluna),
osteoporose, diabetes, Alzheimer e tantas outras. E muitas vezes, independe se
você era cuidadoso ou não com a sua saúde física e/ou mental. Tendo em vista,
de que não podemos esquecer do histórico familiar, ou seja, a vida de nossos
antecedentes (Avós ou Pais) que foram
acometidos duma mesma doença.
Matéria
televisiva apresentada ontem (06/11), trouxe a situação de um fotógrafo muito reconhecido
no Espírito Santo, pelos belos trabalhos realizados. Entretanto, de dois anos
para cá, ele começou a ter complicações em sua visão. Sabia que tinha diabetes,
mas não teve os cuidados necessários sobre esta doença. Assim, já perdeu uma
visão e a outra está quase totalmente comprometida. E ele tem apenas 52 anos de
idade. Um dos médicos entrevistados, afirmou de que no caso dele, não adianta
agora somente tratar de seu problema ocular, mas também, e principalmente, de
sua patologia inicial – a diabetes.
1. Relatos
e Experiências Reais:
Mesmo
sendo em tom de brincadeira, você já
deve ter ouvido alguém dizer assim: “velho
morre de queda ou de diarreia” (nome vulgar = caganeira). Costumo dizer que toda brincadeira tem um
fundo de verdade. Neste dito popular é a mais pura verdade. Li vários depoimentos nesta semana, de filhos
que perderam seus pais, já avançados em idade, por terem tido uma queda. Com
isso, veio a fratura dum fêmur, bacia, braço, clavícula ou outra parte óssea do
corpo. Ou, ainda, vindo a afetar algum órgão interno e hemorragias, trazendo
consigo outras complicações clínicas, resultando em óbito.
Do
ano passado para cá, nossa mãe, que completou 81 anos no início deste mês, começou a ter
algumas quedas em casa. Caiu duas vezes da cama de seu quarto, dentro de casa
e, por último, no quintal. Graças á Deus
houve somente algumas luxações. Devido a isso, reunimo-nos (somos em cinco
filhos, três homens e duas mulheres) e decidimos desde o inicio do ano passado,
pagar uma Senhora, amiga nossa, para ir duas vezes por semana e passar o dia com
ela. Além disso, minhas duas irmãs revezam entre si nos outros dias da semana.
Nós
outros, os tres filhos homens, revezamos entre si, passando a noite com ela. Temos
notado uma grande melhora no seu humor e em seu estado de saúde. De vez em quando, revezamos também no sentido
de levá-la em nossa casa, sempre no final de semana. Graças a Deus, temos tido
esta compreensão, sabedoria e obediência á Palavra de Deus, quando disse: “Honra
teu pai e tua mãe, conforme te ordenou o Senhor, a fim de que tenhas longa vida
e tudo te vá bem na terra que Jeová, teu Deus te concede” (cf. Deuteronômio 5:16; Efésios 6:2). Falo para meus irmãos, que não
vejo isso como um sacrifício, mas sim, como uma pequena retribuição á ela, que tanto se doou por nós, e faço com muito
amor e carinho.
Nesta
fase da vida, são muitas idas ao médico e em várias especialidades. Sendo assim,
também buscamos revezar no sentido de levá-la. Nossa querida mãe, como a de muitas pessoas,
nunca fez uma atividade física, bebia pouquíssima água, não bebia leite e nem
tomava bando de sol. Tudo isso, com o adicional da idade, vieram osteoporose,
pressão alta e outras patologias. Digo para ela, somos gratos á Deus, por nos
conceder passar tantos anos em sua companhia.
2. Filhos: Cuidem de Seus Pais:
O
titulo dado a este artigo é muito pertinente, tendo em vista que geralmente são
as filhas mulheres que ficam com a incumbência e o encargo de cuidar de seus
pais idosos e, muitas vezes, também doentes. Os filhos homens, falo com propriedade,
em sua grande maioria, mas não deveria ser assim, costumam fugir quanto a esta responsabilidade,
colocando-os em asilos ou casas de repousos para idosos. Ou ainda, pagam
cuidadoras para ficarem com eles; que já é uma boa coisa, mas não supre a companhia
e a convivência dos próprios filhos com seus pais.
Na
introdução, fizemos referência a um livro do Antigo Testamento (AT), para
respaldar e fundamentar nossa
argumentação, acerca da expectativa do tempo da vida humana na terra (cf. Salmo
90:10). Inclusive, neste mesmo Salmo, o
seu autor registra de que a nossa vida passa como um “conto ligeiro”. Noutro Livro, mas agora do Novo Testamento
(NT), o seu autor, o apóstolo Tiago, afirma de que a nossa vida é como um
vapor: “(...). Porque que é a nossa vida? É um vapor que aparece e depois se
desvanece” (Tiago 4:14).
Neste
texto da Epístola de Tiago, ele está afirmando de que mesmo que a nossa vida
dure 90 ou 100 anos, continuará sendo muito breve, quando comparada a
eternidade que nos aguarda. Nesta mesma
linha de abordagem, nos apropriaremos doutro livro do NT, em que o autor, o
apóstolo Paulo, registra sobre os cuidados que devemos ter com nossa família:
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente dos da sua família,
negou a fé e é pior do que o infiel” (cf.
1 Timóteo 5:8).
No
Título que foi dado a 1ª Carta de
Timóteo, o autor faz referência
especifica acerca dos cuidados que devemos direcionar ás pessoas idosas e as viúvas.
Em nossos dias, temos assistido muitos vídeos postados nas redes sociais, em
que os filhos, tanto homens como mulheres, em vez de honrar e dar um tratamento
amoroso e muito especial a seus pais, de forma totalmente contrária, os
maltratam e escravizam.
Infelizmente,
parece que eles, os filhos, sofreram de amnésia, esquecendo-se totalmente dos
anos de muita luta, esforço, carinho, atenção e amor, que seus pais se dedicaram
para que eles estivessem hoje numa condição melhor. O mundo atual está carente
de “homens de verdade”, como tenho o costume de dizer de “homens naturais”. O que
quero dizer com isto? É que está faltando homens que assumem o seu verdadeiro
papel e responsabilidade: - 1. Exercer a liderança que lhe foi confiada por
Deus, para cuidar de sua família e dos familiares (o Sacerdote, o Cabeça). - 2.
Governar ou Administrar bem os recursos que recebe, como também acerca da
disciplina familiar (seus relacionamentos).
Outra
coisa que costumo dizer para muitos conhecidos, diz respeito a sexualidade. Dizer
que é homem por apenas ter nascido com a
genitália masculina, é muito fácil. O mais importante é que a pessoa seja um “sujeito
homem’, isto é, raciocinar, pensar e agir como um homem maduro, assumindo suas
responsabilidades, seus defeitos e seus erros, e não sendo já “velho” (idade
biológica), mas ainda age como um menino: “Quando eu era menino, falava como
menino, pensava como menino e raciocinava com menino. Quando me tornei homem
(maduro, sujeito homem) deixei para trás as coisas de menino” (1 Coríntios 13:11).
Lembrando
do que disse Edwin Louis Cole (2016): “Só somos jovens uma vez na vida, mas
podemos passar a vida inteira nos comportando de modo imaturo. (...). A
maturidade do homem (ou mulher) não vem á medida que envelhecemos, mas sim,
quando passamos a aceitar a responsabilidade por nossos atos” (Livro: Homem ao
Máximo).
Temos
sido testemunhas, de que muitas pessoas tem se tornado defensoras dos maus
tratos praticados contra os animais (também sou mais um). Como também, tem
aumentado o numero de pessoas que estão aderindo a ter um ou mais animais
dentro de casa (ou apartamento). Não tenho nada contra esta atitude, acho muito
louvável.
No
entanto, quando ocorre uma “inversão” comportamental, penso que esta não é
uma atitude muito correta; explico! Um
(a) filho (a) abandona seus pais totalmente, não os visita, não se preocupa se
estão passando por necessidades (sem provisões alimentares), se precisam de uma
assistência médica, entre outras coisas, mas gasta muito de seu tempo e dinheiro (e não
é barato) para se dedicar totalmente aos cuidados de seus animais.
Fico
muito feliz, quando vejo alguma pessoa se doer e defender um andarilho que está
sendo maltratado por alguém. Chamar a atenção dum individuo que está desdenhando
duma pessoa de avançada idade. Denunciar adultos (pais ou responsáveis) que judiam
de uma criança ou adolescente. Repreender uma pessoa que está promovendo desmatamento
irregular. Jogando lixo em local impróprio. Outro que está iniciando uma
queimada na mata. Uma poluição aos leitos dos nossos rios. E tantos outros
tipos de atitudes reprováveis.
Conclusão
Não
podemos nos esquecer, de que, se Deus não nos levar antes, também chegaremos a
velhice. E, com certeza, acredito que você gostaria que as pessoas o tratassem
com respeito e dignidade. Tem uma regra de ouro que diz assim: “Trate as
pessoas, da maneira de como você gostaria de ser tratado”. Precisamos ter
empatia uns com os outros; sentir pelas pessoas o que gostaríamos que elas sentissem
por nós.
Portanto, não sei
como é (ou foi) o seu tratamento para com os seus filhos, mas, Independente disso,
creio que você gostaria que eles, num caso de ficar impossibilitado de se
locomover ou de fazer muitas coisas que executa hoje, estivessem por perto para
lhe fazer companhia, conversar e lhe auxiliar em suas necessidades. Pense e
reflita sobre isso.