RESUMO:
O assunto a ser apresentado neste artigo, além de ser inovador para
alguns alunos do curso de psicanálise, desperta muito interesse, haja vista que
são situações patológicas ou psicopatológicas corriqueiras, que são observadas não somente nos consultórios
clínicos, mas também em grande parte da população brasileira. O propósito da
escolha do tema pautou-se em trazer esclarecimentos sobre tais transtornos
mentais que podem acometer quaisquer pessoas de nossa sociedade.
Palavras-Chave:
Patologia, Doenças, Psicopatologia e Transtornos Mentais.
Como
parte introdutória deste artigo acadêmico, buscar-se-á apresentar de forma
conceitual o que são patologias e quais seus comprometimentos em nível de saúde
mental das pessoas acometidas pelas mesmas. Também será dada ênfase, o que diz
respeito ao termo psicopatologia, apresentando algumas características
peculiares sobre esta expressão, tendo em vista que foi o foco principal
abordado em sala de aula.
Nesse
sentido, depois de feita as apresentações conceituais e terminológicas, dar-se-á
seqüência, apresentando quais são as patologias e psicopatologias mais comuns que
podem ser diagnosticadas em crianças e adolescentes, mas que podem ser observadas
em qualquer idade e por quaisquer pessoas de nossos dias.
1. CONCEITO
DE PATOLOGIA:
Quando se fala em patologia, muitas
pessoas tendem a interpretar este termo de forma restritiva, colocando-o como
sendo apenas sinônimo de doenças. Na verdade, esta interpretação não está
totalmente errada, mas existem várias definições que podem ser aplicadas a esse
termo.
Boa parte dos especialistas considera
as doenças como manifestações patológicas que se apresentam em nosso organismo.
Eles ainda acrescentam que elas estão sempre associadas a sintomas específicos,
levando o indivíduo que as apresenta a se privar de prazeres físicos,
emocionais e mentais.
Noutras palavras, a patologia pode ser
entendida como o estudo das doenças no âmbito geral, mas sob aspectos
determinados, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento humano.
A expressão envolve tanto a ciência básica
quanto a prática clínica, e está voltada ao estudo das alterações estruturais e
funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar
sujeitos a doenças.
Depois de muitos anos de estudos e
pesquisas, chegou a uma simples conclusão acerca do que vem a ser doença: “é, nada
mais e nada menos, do que a ausência de saúde”. E, nesse sentido, foi
desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 1992, o CID-10,
ou seja, a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde. Desde sua criação, já foram promovidas várias
modificações, mas todos os médicos e profissionais da área de saúde se baseiam
nessa classificação quando precisam fazer seus diagnósticos.
Além do CID-10 como ponto de referência
de consulta desses profissionais, existe também, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-IV). Como o próprio nome diz, é um
manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes
categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los, de acordo
com a Associação Americana de
Psiquiatria (APA).
Conforme material
didático disponibilizado aos alunos do curso de psicanálise, pela Professora
Reneé Cavalcante Leão Borges (2014): “Esse manual pode ser utilizado por
diferentes profissionais das áreas de saúde, assistência e educação, e tem
aplicações conceptuais favoráveis à construção do conhecimento no campo
religioso e comportamental”.
Portanto, todo
e qualquer profissional que pretende atuar nessas áreas que abrangem a saúde
mental, devem ter conhecimento destas duas tabelas ou manuais classificatórios
de doenças (patologias) e transtornos mentais (psicopatologias), que irão
nortear o provável diagnóstico que pode estar sendo apresentado por seus
pacientes (ou analisados). E, a partir de então, o profissional poderá adotar
as providências clinicas possíveis para tentar minimizar suas dores e sofrimentos.
1.1 Principais Patologias
Nos dias atuais, há uma grande
preocupação em relação à saúde da população em geral, mesmo porque, são gastos
anualmente milhões de dólares custeados pelos governos (Federal, Estadual e
Municipal), para tratamento de pessoas acometidas por doenças e patologias
clinicas.
Recentemente uma empresa que opera
planos de saúde, fez uma pesquisa para avaliar as condições de saúde dos
executivos brasileiros. O público alvo da pesquisa ficou em média entre 15 mil
profissionais que atuam em gerenciamento ou que ocupam postos de alto escalão.
O interessante desta pesquisa é que foram
avaliados também os comportamentos diários adotados por esta clientela que,
teoricamente, contribuem ou aumentam o risco do surgimento de doenças cardíacas
e outros tipos de enfermidades.
Para exemplo, destaca-se a poluição
advinda da falta de manutenção adequada do ar condicionado no ambiente de
trabalho. Somente este quesito, colocou a rinite alérgica no topo do ranking
das doenças que mais atingiam esses trabalhadores (29%). O segundo lugar foi
ocupado pela alergia de pele, alcançando aproximadamente 22% (vinte e dois por
cento) do público pesquisado.
Outro fator agravante apresentado na
pesquisa estava vinculado à má alimentação diária desses profissionais (o que
ocorre com grande parte da população) chegando ao patamar de 95% (noventa e
cinco por cento). Por fim, foi
constatado que 44% (quarenta e quatro por cento) dos analisados eram totalmente
sedentários e, aproximadamente, 31,7% (trinta e um vírgula sete por cento)
apresentaram índice elevado de estresse (Louredo, 2014). Para efeito
ilustrativo, insere-se abaixo, o resultado da pesquisa com os executivos,
destacando o ranking com as 10 patologias mais comuns constatadas:
1ª. Rinite – 28,97%
2ª. Alergia de pele –
22,41%
3ª. Dor no pescoço
e/ou ombros – 19,36%
4ª. Excesso de peso –
18,42% (obesidade)
5ª. Ansiedade –
18,19%
6ª. Dor de cabeça
frequente – 16,50%
7ª. Asma ou bronquite
– 13,47%
8ª. Colesterol alto –
11,53%
9ª. Insônia – 10,83%
10ª. Dor crônica nas
costas – 8,52%
Um dos coordenadores da pesquisa, o
Dr. Caio Soares, disse que: “Esses indicadores tem permanecido estáticos nos
últimos três anos, embora boa parte desses trabalhadores revelasse a intenção
de mudar seus hábitos alimentares e incluírem a atividade física em suas
rotinas”.
Acrescentou ainda Soares, que entre as
patologias mapeadas pelo estudo, a ansiedade é a que apresentou maior índice de
crescimento entre esses executivos que foram avaliados nos últimos três anos
(24%). Ele afirmou ainda, que a
“ansiedade está associada ao estresse, que é um dos grandes vilões da saúde.
Além de, por si só, agravar ou acelerar o desenvolvimentos de outras doenças,
também afasta da serenidade necessária para iniciar o processo de mudanças de hábitos”.
Nota-se por meio dos resultados desta
pesquisa, que os nossos hábitos diários podem tanto nos proteger contra
inúmeras doenças e patologias, como também, podem acelerar o surgimento das
mesmas em nossas vidas.
Por certo, os resultados que foram mostrados
com este público específico, podem ser ampliados para toda e qualquer
população, servindo de um importante alerta para nos cuidarmos melhor e nos
prevenir em relação a muitas patologias que podem nos alcançar.
2. CONCEITO
DE PSICOPATOLOGIA:
Diante
do tema proposto, buscou-se a etimologia[2] da palavra psicopatologia, onde encontramos
que a mesma deriva do idioma grego, sendo traduzida para o português, onde Psykhé tem o significado de mente ou alma;
Pathos pode ser traduzida como doença
ou sofrimento e, por fim, Logos como estudo
ou ciência.
Assim
sendo, pode-se definir a psicopatologia como sendo o estudo das doenças da mente
humana. Ou também, o estudo das causas e da natureza das doenças mentais. Oportuno
acentuar que a psicopatologia considera que os transtornos mentais orgânicos são
aqueles que têm causas físicas evidentes, como acontece com a doença de
Alzheimer, ao passo que os transtornos mentais funcionais são os padrões
comportamentais anormais sem claros indícios de alterações orgânicas cerebrais[3].
Salienta-se que o modelo
comportamental da psicopatologia não estabelece diferenças entre os
comportamentos patológicos e os comportamentos normais, pelo fato de ambos resultarem
duma aprendizagem com base no meio, daí se atribuir mais importância às influências
ambientais do que às biológicas ou genéticas.
2.1 Psicopatologias Diagnosticadas na
Infância ou Adolescência:
Conforme
aula ministrada pela professora Reneé Cavalcante (Janeiro 2014), existem
inúmeras psicopatologias que, geralmente, podem ser diagnosticadas ainda quando
criança ou na adolescência. No entanto, decidiu-se por apresentar a seguir, algumas
dessas psicopatologias no desenvolvimento deste tópico, com o propósito de
levar um novo conhecimento aos leitores.
2.1.1 Transtornos da Comunicação:
Os
transtornos aqui inseridos são variados, mas alguns podem manifestar-se por
sintomas que incluem um vocabulário restrito e limitado. A tartamudez[4] por exemplo, pode ser apresentada em
forma de uma gagueira (talvez pelo nervosismo ou, quem sabe, uma fobia social);
erros grosseiros na conjugação de verbos; certa dificuldade de pronunciar
palavras ou de produzir frases condizentes com sua idade cronológica.
Os
problemas de linguagem podem ser causados por perturbações na capacidade de
articular sons ou palavras. O tratamento a ser dada a criança que apresente
tais dificuldades na linguagem (e aprendizagem), pode incluir muitas vezes o
reforço escolar; o tratamento e acompanhamento psicopedagógico; o
encaminhamento para o fonoaudiólogo ou ainda, dependendo da gravidade do
problema, para escolas especiais.
Quanto
ao tratamento medicamentoso somente será indicado em casos em que haja
comprovação de associação a transtornos que exijam a prescrição de remédios,
como é o caso do Transtorno do Déficit de Atenção-Hiperativa (TDAH), quadro
grave de depressão e fobia escolar.
2.1.2 Transtorno do Déficit de
Atenção-hiperativa (TDAH):
As
crianças que apresentam este quadro psicopatológico são consideradas pelos
especialistas de temperamento difícil. Normalmente, esse transtorno é
apresentado quando a criança presta atenção a vários estímulos simultaneamente,
não conseguindo concentrar-se numa única coisa ou tarefa.
Desta
forma, ela costuma cometer muitos erros e, mesmo quando os professores estão
desenvolvendo atividades lúdicas, parece que elas não estão escutando quando
são chamadas a participarem da tarefa ou da brincadeira.
É
comum terem dificuldades para organizarem suas atividades e, muitas vezes,
relutam quando precisam se esforçar mentalmente para desenvolver qualquer trabalho
pedagógico. Algumas características se sobressaem no comportamento de crianças
que apresentam o TDAH, entre elas, destacam-se duas:
1.
Elas
estão sempre inquietas e não conseguem ficar por muito tempo parado num lugar
ou numa cadeira. Vivem mexendo os pés, correndo demasiadamente e tem muita
dificuldade de ficarem em silêncio;
2.
Elas
são impulsivas, ou seja, não conseguem aguardar por sua vez. É comum interromperem
um diálogo entre outras pessoas ou acabam intrometendo-se em assuntos de
adultos.
O
ideal é que essa psicopatologia seja diagnosticada, acompanhada e tratada desde
a infância, para que não cause maiores transtornos no desenvolvimento do ensino
e aprendizagem escolar desta criança. Geralmente, o tratamento aplicado a esta
criança, inclui a psicoterapia e, também, a terapia familiar. Os pais ou
responsáveis precisam conhecer sobre os comportamentos que serão apresentados
diariamente pela criança, para saberem qual o procedimento ideal a ser dado a
ela naquele momento, com o propósito de ajudá-la e não comprometer mais ainda o
transtorno aparentemente apresentado. Em muitos casos, se faz necessário o uso
de medicação para se obter um resultado satisfatório com a criança.
2.1.3 Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD):
Como
o próprio termo expressa, existem várias formas de apresentação dos transtornos
globais, mas até a presente data, não há um consenso quanto a forma de apresentar
sua classificação.
Eles
são caracterizados por severas anormalidades, principalmente em relação às
interações sociais recíprocas, como também nos padrões de comunicação e estreitamento nos interesses e atividades de
criança.
Um
dos transtornos mais comuns é o autismo infantil, que geralmente é definido por
um desenvolvimento anormal que se manifesta antes do três anos de vida da
criança.
Uma
característica marcante nas crianças autistas são as oscilações apresentadas
entre o alto ou baixo nível de funcionamento, que está vinculado diretamente à dependência
do Quociente de Inteligência (QI)[5], atrelado a sua capacidade de
comunicação e do grau de severidade em diversos itens; entre eles: prejuízo no
contato visual direto, na expressão facial, problemas de posturas corporais,
fracasso para manter relacionamentos com outras crianças ou com seus pais,
entre outros.
No
tratamento deste transtorno é muito importante a terapia familiar, pois os pais
devem saber que a doença não se deu em decorrência de uma criação deficitária
ou incorreta. Eles precisam aprender a lidar com a criança autista e seus irmãos.
É importante registrar que o tratamento do autista visa também levá-lo a ter
uma educação especial com muita estimulação precoce da criança. Neste tipo de
psicopatologia, quase sempre é necessário o uso de medicações para controlar os
comportamentos inapropriados e agressivos.
2.1.4 Transtornos da Ansiedade:
A
ansiedade pode ser traduzida por um sentimento desagradável de medo e
apreensão, caracterizado por tensão ou um desconforto derivado de uma
antecipação de perigo. Os sintomas da ansiedade podem ser variados e ocorrer em
inúmeras condições psiquiátricas, sendo assim, destaca-se: depressão, psicoses
e transtornos do desenvolvimento, entre outros.
Quando
se trata de transtornos de ansiedade infantil, muitas vezes a causa é
desconhecida e provavelmente multifatorial, isto é, advinda de muitos fatores,
inclusive podem incluir fatores hereditários e ambientais diversos.
O
mais comum dos transtornos de ansiedade apresentado por crianças é o da
separação dos pais, chegando-se ao percentual de 4% (quatro por cento) das
crianças. Ele se caracteriza por uma ansiedade não apropriada e excessiva em
relação a esta separação dos pais ou de pessoas que são mais próximas a ela
(babás etc.).
Quando
a criança percebe ou sente que seus pais vão se ausentar de casa, começam a
apresentar manifestações somáticas de ansiedade, como por exemplo, dor
abdominal, dor de cabeça, náusea, vômitos, tonturas, palpitações ou sensação de
desmaio. O tratamento adequado a estas crianças seria a psicoterapia individual
com orientação familiar e intervenções farmacológicas quando os sintomas são
graves e incapacitantes.
2.1.5 Transtornos Mental Devido o Uso
de Substâncias Psicoativas (SPA):
Quando se faz referência ao termo apresentado acima, vale
lembrar que existem uma grande variedade dessas substâncias químicas
(psicotrópicas) em uso no mercado mundial, algumas classificadas como drogas
lícitas, ou seja, podem ser comercializadas, como o álcool, o tabaco e os
remédios em geral, desde que respeitem a ressalva contida na legislação
brasileira, de não venderem para menores de 18 anos de idade (infelizmente ela
não é respeitada no Brasil) e as outras como drogas ilícitas, isto é, são
proibidas pelo texto legal seu uso e comercialização (maconha, cocaína,
heroína, etc.).
Pode-se definir a SPA como sendo a substância química que age principalmente no sistema nervoso
central (SNC), onde altera a função cerebral e
temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência de seus usuários ou dependentes. Essa alteração pode ser proporcionada para fins recreacionais (alteração proposital da consciência),
científicos (estudar o funcionamento da mente) ou farmacológicos (como uma medicação).
Destaca-se entre elas, o álcool etílico (etanol), podendo
promover em seus usuários uma intoxicação alcoólica, delirium tremuns por abstinência, transtorno psicótico, alucinações
auditivas, disfunções social da ansiedade e do sono, transtornos do humor. Todas estas patologias
produzidas (induzidas) por causa da ingestão alcoólica. (Borges, p. 10, 2014).
Ressalta-se que o indivíduo que faz uso prolongado desta SPA,
não estará sujeito a contrair apenas as patologias elencadas acima, mas também
uma gama de outras doenças ou transtornos mentais. A psicanalista e terapeuta
familiar, Dra. Ilma Luci Gomes Cunha (2013), abordou esse tema em seu livro:
Família: lugar de refúgio ou campo de batalha? Quando disse:
“O
filho que cresce em um lar tensionante, com brigas, gritos, insegurança, vive
permanentemente em um estado de tensão. Situação muito comum em filhos de
alcoolistas, que estão sempre tensos, porque não sabem como o pai vai chegar em
casa. Um dia chega, chega e quebra tudo, bate na esposa e nos filhos, outro dia
chega carregado pelos outros”.
De acordo com o que disse a autora e psicanalista, esses
filhos tendem a desenvolver um enorme estado de ansiedade e de constante
tensão, devido ao excesso de adrenalina na sua corrente sanguínea.
Ela apresenta neste livro, dois casos similares de pacientes
atendido em sue consultório, que desenvolveram algumas patologias, em
decorrência de terem vivido num lar agitado por conta do uso excessivo de
bebida alcoólica por seus pais. Nesse sentido, oportuno apresentá-los
resumidamente para nossa compreensão do assunto em estudo:
O primeiro caso, era de um rapaz que se casara recentemente e
estava apresentando atitudes descontroladas, com pequenas discussões
corriqueiras, mas que estava evoluindo para uma crise de fúria, inclusive
chegando a quebrar alguns objetos dentro de casa. Ao analisar seu histórico
familiar, a autora descobriu que o pai dele era alcoolista e, embora ele não
fizesse uso de bebida alcoólica, estava apresentando comportamentos semelhantes
ao do pai.
O segundo caso, era de uma moça que também tinha um pai
alcoolista, vindo a casar-se com uma pessoa muito tranquila e se tornou uma
esposa e mãe muito dedicada à família. De uma hora para outra, ela começar a
manifestar sintomas de forte ansiedade, sempre no mesmo período do dia, ou
seja, entre as 17 e 18 horas.
No consultório, ao contar sua história familiar para a Dra.
Ilma Cunha, ela lembrou que era o
horário que o pai costumava chegar do trabalho, mas antes de chegar em casa,
ele passava num bar, chegando totalmente alcoolizado.
Esse momento ficou registrado em sua memória (inconsciente),
pois eram aterrorizantes para ela, que sentia muita raiva quando se lembrava
dos comportamentos agressivos de seu pai.
Nesses dois casos relatados acima, pode ser verificado que
ocorreu uma estimulação ou produção do hormônio adrenalina[6] devido às situações
que ocorriam de forma repetitiva (comportamentos dos pais) e, com isso, causava
reações de tensão e ansiedade nos filhos. Por certo, as circunstâncias
produzidas naqueles momentos, geraram uma agitação que ficou marcada no
emocional deles.
Não querendo esgotar o assunto, mas há muitos casos em que
certas reações de ansiedade, raiva e tensão, entre outros transtornos ou
patologias, que são apresentadas pelos filhos, nada mais são do que a
reprodução dos comportamentos que eram adotados por seus pais. Além, é claro,
que não podemos desconsiderar também, a questão genética.
CONCLUSÃO
O trabalho foi apresentado de forma
simplória, buscando inicialmente ilustrar conceitualmente o que vem a ser
patologia e psicopatologia, termos muito próximos, mas que possui uma significativa
distinção.
Apresentou ainda, dentre as inúmeras
patologias existentes, o resultado de uma pesquisa com aproximadamente 15 mil
funcionários de uma empresa, realçando as doenças mais comuns que foram apresentadas
por essas pessoas.
Por último, foi apresentado que existe
a possibilidade de se diagnosticar algumas psicopatologias na fase infantil e
na adolescência humana. O que, de certa forma, se for constatada precocemente,
pode ser feita intervenções por especialistas e, quem sabe, evitar o
desenvolvimento de um transtorno mental que surgiria na fase adulta ou na
senilidade.
REFERÊNCIAS
BORGES, Reneé
Cavalcante Leão. Piscopatologia e saúde mental. Material de aula
disponibilizado pela professora. Vila Velha: CETAPES, 2014.
CUNHA, Ilma Luci
Gomes. Família: lugar de refúgio ou campo de batalha? Rio de Janeiro:
Central Gospel, 2013.
Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM): Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Transtornos_Mentais.
LOUREDO, Paula. Doenças e patologias. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/
Acesso em: 22 Jan. 14, às 12h08min.
Psicanálise Clínica: Transtornos psiquiátricos na infância. http://psicanalistaclinica.blogspot.com.br/2010/05/transtornos-na-infancia.html
13 Mai. 10
[1] Licenciatura
plena em Educação Física; Bacharel em direito; Especialista em Direito Militar.
[4] Tartamudez. Também conhecida com
Disfemia ou popularmente de “gagueira”. É a mais comum desordem de fluência da
fala, atingindo cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e mais de 60 milhões em
todo o mundo.
[5] QI. É a abreviação usual para o Quociente de inteligência. Ele é uma medida obtida por meio de testes desenvolvidos
para avaliar as capacidades cognitivas (inteligência)
de um sujeito, em comparação ao seu grupo etário. A medida do QI é normalizada
para que o seu valor médio seja de 100 e que tenha um determinado desvio-padrão,
como 15.
[6] Adrenalina. É um hormônio e
neurotransmissor, derivado da modificação de um
aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas
suprarrenais. Em momentos de
"stress", as suprarrenais secretam quantidades abundantes deste
hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração,
eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e
contrai outros.
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