terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
A IMPORTÂNCIA DE REUNIR NOSSA FAMILIA À MESA
Salmo 128:3
Introdução
Muitas
tradições que são preservadas e praticadas por muitos povos há séculos, não
passam de meras atitudes cotidianas, isto é, tornou-se algo comum e rotineiro
em nossos dias, não há quase nenhum significado e importância mais, com o
propósito para o qual foram instituídas.
E o que é tradição? Podemos definir esta palavra como sendo o
ensinamento que se passa de pai para filho. Ou, ainda, uma comunicação oral de
fatos, lendas, ritos, hábitos, crenças, usos e costumes, etc. que se passa de geração
para geração. São estas tradições que costuma nos definir como pessoas.
Poderia citar vários exemplos para nossa
meditação e reflexão, mas, quero me ater, principalmente, numa em que é muito
próxima da população capixaba (Estado do Espírito Santo), a Romaria[1]
dos homens e das mulheres. Falo isso com muita propriedade, pois antes de minha
conversão ao Cristianismo, participei de muitas delas.
No
entanto, quero enfatizar, que muitas pessoas que ainda participam desse evento,
continuam com o mesmo propósito original de sua criação, ou seja, demonstrar total
devoção e gratidão por algo que lhe foi concedido.
Entretanto,
como eu (no passado), muitos são os que participam sem qualquer vínculo ao
verdadeiro objetivo de sua realização. Preparam-se para irem ao evento,
comprando muita bebida alcoólica e cigarros para consumirem durante a
peregrinação (ou em parte dela). Outros vão, para “azarar[2]”
ou tentar “fisgar” um peixe, isto é, conseguir uma aventura amorosa.
Nosso
objetivo ao preparar esta Mensagem, não é de realçar tradições que foram
criadas e preservadas por meros homens mortais (falhos e imperfeitos). Mas,
apresentar uma das tradições do povo de Deus do passado (Hebreus ou
Israelitas), que se traduzia em se reunirem habitualmente, para juntos,
adorarem ao seu Senhor e Salvador, para cear (alimentar-se) ou celebrar alguma
vitória ou conquista.
Êxodo 25:1. Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos
de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover
voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.
O
texto em destaque faz referência a uma convocação da parte do Senhor, pedindo para
que Moisés reunisse seu povo e lhe trouxessem ofertas voluntárias para
construírem o Tabernáculo e, assim, poderem, como seus seguidores (povo ou
família) apresentar sua adoração. Sendo assim, ao ler toda a Sagrada Escritura,
você verá esta tradição sendo realizada pelos Israelitas.
Queremos
centralizar nesta abordagem o ato de que as famílias atuais, inclusive os evangélicos
(protestantes ou cristãos), quase não se reúnem mais à mesa para fazerem suas
refeições diárias. Parece que essa tradição, com o tempo, foi sendo deixada de
lado por muitas pessoas. A realização dessa reunião familiar pode trazer muitos
benefícios para seus componentes ou, em caso da não realização, muitos
problemas de ordens pessoais, sociais e espirituais.
Nesse
sentido, apresentaremos resultados de uma pesquisa e observações a respeito
desse ato tão simples, mas que pode apresentar resultados maravilhosos aos seus
praticantes.
O
contrário também é verdadeiro, isto é, diversos problemas para às pessoas que
não mais o valorizam e, muito menos, se reúnem familiarmente para conversarem
sobre todo e qualquer tipo de assunto.
Desenvolvimento
Vale
lembrar que o alerta que será feita no transcorrer desta mensagem, alcança
também todos os pais de famílias e não somente os seguidores de Cristo. Foi
feita uma pesquisa recentemente na Inglaterra, sendo constatado que em 25%
(vinte e cinco por cento) das residências do País não existem mais mesa de
jantar. Foi constatado também, que no
Brasil 40% (quarenta por cento) das famílias não se sentam mais a mesa para
alimentar-se. Apresentou ainda a
pesquisa que, 70% (setenta por cento) da população brasileira alimentam-se em
frente do aparelho de televisão ou dum computador.
O Salmo 128 foi escolhido (Pr. Josué
Gonçalves) para nossa meditação, por abordar o assunto e nos trazer grande
aprendizado, advertindo-nos para que voltemos a realizar essa tradição que era
praticada no passado pelo povo Hebreu, no Antigo Testamento, e ordenada pelo
próprio Deus a Moisés.
Levítico
23:33-34. E falou o
Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias
deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor por sete dias. Ao
primeiro dia, haverá santa convocação, nenhuma obra servil fareis.
O
povo hebreu (ou judeu) costumava realizar várias festas anuais, mas o texto em
destaque faz referência a uma das três grandes festas realizadas no transcorrer
do ano – a Festa dos Tabernáculos; as outras duas são: a Festa da Páscoa (Levítico 23:4-8) e a Festa das Primícias (Levítico 23:9-14). Era assim chamada, tendo em vista que durante
sua realização, o povo deixava suas casas e morava temporariamente em tendas ou
cabanas.
Isto
era feito para lembrar-se do ato bondoso de Deus para com eles durante os
quarenta anos no deserto, sem habitação permanente. E neste Salmo, a ênfase a
ser dada por nós, embasado na Palavra de Deus, é sobre a convocação das
famílias para resgatarem o bom hábito (tradição) de sentar-se à mesa durante as
refeições diárias, com o propósito maior de propagarmos as bênçãos do Senhor
sobre nós e nossa família.
Salmo 128:3. A tua mulher será como videira frutífera
aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua
mesa.
Gostaria de detalhar alguns trechos
deste versículo, para que possamos ser edificados pelo Senhor, e crescermos
mais no conhecimento da Palavra de Deus.
V. 3: A tua Mulher (...).
Durante o transcorrer da história da
humanidade, viu-se por bom tempo, que a mulher não tinha valor algum em algumas
civilizações primitivas, algo muito parecido com o comportamento que se adotava
aos servos (escravos).
Entretanto,
nas narrativas Bíblicas, observamos que exerciam papel fundamental na
constituição familiar e no trabalho de implantação das igrejas, principalmente
porque hospedavam os primeiros Cristãos (missionários) e realizavam cultos em
suas casas. O profeta Eliseu ganhou até um quarto, com cama e uma mesa para
meditar na Palavra de Deus. Tudo isso, por iniciativa de uma mulher que viu
nele o Espírito Santo de Deus, e seu marido construiu a edificação. Além de suas obrigações conjugais, era ela
quem cuidava de todos os afazeres domésticos e administrativos da casa, como
também da instrução e educação dos filhos.
Pelos
idos dos anos 60, a mulher começa a ingressar no mercado de trabalho, ou seja,
a concorrer com os homens por uma vaga de trabalho. Assim, passou a se ausentar
por longo período de tempo de sua casa e de seus filhos, deixando aquelas
tarefas para outras pessoas. Com isso, entre outras coisas, começou a surgir
alguns problemas de ordens familiares e conjugal: “Toda mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derriba-a com suas mãos”
(Provérbios 14:1).
(...) será como videira frutífera.
A videira (vitis vinifera) pertence à família das vitáceas, provavelmente derivada
de uma subespécie silvestre nativa do Mediterrâneo, de folhas alternas, munida
de gavinhas, flores aromáticas esverdeadas e frutos bacáceos[3]
comestíveis (a uva), ricos em açúcar, que fermentados dão o vinho. Apresenta
inúmeras variedades e é amplamente cultivada.
Este arbusto sarmentoso e seu fruto,
era largamente cultivado no Egito: “Então,
contou o copeiro-mor o seu sonho a José e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia
uma vide diante da minha face” (Gênesis 40:9).
José
estava preso no cárcere quando interpretou este e, também, o sonho do
padeiro-mor. Ambos os sonhos aconteceram conforme a interpretação dada por ele.
Em linguagem figurada, toda a nação de Israel foi comparada a uma videira
trazida do Egito (Salmo 80:8).
(...) aos lados da tua casa.
Vimos
que o Salmista faz uma comparação da mulher com a videira, deixando para nós de
forma bem clara, a importância que tem em seu desempenho a tudo que se refere à
sua família. Nesta parte do versículo 3, pode-se interpretar também, que a ela era
confiado por em ordem a sua casa: “Mulher
virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis” (Provérbios 31:10).
Atribui-se
também a ela e seu marido, a vigilância e proteção de sua prole. Portanto,
todos os componentes da família, devem participar e ajudar para que este ambiente
seja harmonioso e se torne o melhor lugar do mundo.
(...) os teus filhos,
O
Salmista deixou uma advertência para nós sobre nossos descendentes, ao dizer
que: “Eis que os filhos são herança do
Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão” (Salmo 127:3). Portanto, eles são um
presente dado por Deus a nós, por isso, precisamos cuidar bem deles e
ensiná-los a seguir o caminho do bem.
Provérbios
22:6. Instrui o menino
no caminho em que deve andar; e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
O
Psicanalista renomado – Sigmund Freud ficou muito conhecido por seus estudos
sobre a mente e o comportamento humano, principalmente quando afirmou que:
“tudo que ensinarmos as nossas crianças na primeira infância (de 0 a 5 anos),
elas irão levar até sua morte”.
Não sei se ele teve
acesso as Escrituras Sagradas, pois Deus já havia inspirado homens ungidos
(escritores), para afirmar muito tempo antes, a mesma coisa. Conforme descrito
no texto do Livro de Provérbios acima.
(...) como plantas de
oliveiras.
A oliveira é uma das árvores mais
impressionantes da terra. Não estamos familiarizados com elas porque o Brasil
não é seu habitat. Entretanto, para o povo da Bíblia, ela foi e ainda é a
árvore mais importante de todas as árvores, haja vista por ser uma fonte de
alimento, luz, higiene e cura.
Os
seus
frutos são comestíveis e, também, deles se extraem o óleo que sempre teve um
papel importante na vida cotidiana de Israel. “Por quase 8.000 anos, azeitonas
têm sido um alimento básico do Mediterrâneo e o azeite tem sido usado para
cozinhar, para iluminar e como combustível”.
Êxodo
27:20. Tu, pois, ordenarás
aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o
candeeiro, para manter a lâmpada acesa continuamente.
Essa também deve ser a nossa
obrigação a passar aos nossos filhos, para que iluminem continuamente o
ambiente em que estiverem e o caminho por onde andarem, como sendo um verdadeiro
candeeiro, isto é, como Filhos da Luz (de Deus).
(...) à roda da tua mesa.
Uma
coisa que preciso enfatizar para você que é Pai (e Mãe), deve-se ao fato de
valorizar a mesa de refeições em sua casa, como sendo um lugar aprazível, de
reunião e de encontro. Iremos a seguir, apresentar bons resultados pela prática
desta tradição:
1. Benefícios ao reunirmos nossa família à
mesa para alimentarmos.
a) Há maior satisfação
conjugal: a pesquisa feita, constatou que as famílias que
preservam este hábito em suas casas, tem uma vida conjugal mais equilibrada.
b) Maior senso de
responsabilidade nos filhos: eles observam o comportamento de seus
pais e tendem a reproduzi-los posteriormente.
c) Os filhos alimentam-se
melhores: melhora em muito a satisfação alimentar, promovendo
também, maior felicidade aos filhos.
d) Aumenta-se
significativamente a comunhão familiar: por estar esse tempo
juntos, promove maior aproximação e intimidade, surgindo assuntos de diversos
temas durante as refeições.
2. Por que o maligno tem tanto interesse
em tirar a família da mesa?
Pelo significado e importância que
representa esta reunião familiar diariamente. E, também, porque à Mesa é lugar
de:
a) Comunhão: O Salmista expressa
e retrata bem sobre isso, quando nos diz: “Oh! Quão bom e quão suave é que os
irmãos vivam em comunhão” (Salmo 133:1).
b) Celebração: Podemos ver bem
isso, na narrativa sobre o Filho Pródigo. Seu pai, ao avistá-lo, correu ao seu
encontro e o beijou. E logo em seguida, deu ordem aos seus servos para que
preparassem uma Festa (celebração).
Lucas
15:22-23. Mas o pai
disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe
um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e
comamos e alegremo-nos.
c) Oração: Nesse momento de reunião familiar, pode ser
realizado o Culto Doméstico. E, antes de nos alimentarmos, podemos apresentar
nossa gratidão a Deus pelo envio dos alimentos diários.
d) Conexão (União): No Livro de apocalipse, tem uma mensagem que
retrata muito bem sobre este tema: “Eis que estou à porta e bato; se alguém
ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele
comigo” (Apocalipse
3:30).
e) Ensino e Instrução (Pedagógico): Durante
as refeições diárias, os filhos podem aproveitar para tirar alguma dúvida sobre algum assunto ou os pais
podem falar da Palavra de Deus a eles, semeando desde pequeno este valioso
ensino que promove vida eterna.
Deuteronômio
11:18-19. Pondo, pois, estas minhas palavras no vosso
coração e na vossa alma, (...). E ensinai-as as vossos filhos, falando delas
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
Este texto de Deuteronômio estava
trazendo um ensinamento sobre a obediência que deveria ser praticada pelo povo
Hebreu, sendo que ela traria ricas bênçãos da parte do Senhor para aqueles que
a ouvissem e a colocassem em prática. E esta instrução também nos alcança hoje.
f) Reverência.
Costumo dizer em casa quando estamos reunidos para nos alimentarmos, que esse
momento é “sagrado”, isto é, um momento de respeito e de silêncio. Um bom
momento para nossa reflexão.
Conclusão
Por
onde Jesus andava, uma grande multidão o seguia. Podemos afirmar, com base nas
Escrituras Sagradas, que Ele gostava de estar reunido com várias pessoas. Ele havia
escolhido doze homens para estarem o tempo todo com Ele (Mateus 10:1-13); e, em várias narrativas
ele estava cercado de inúmeras pessoas.
Numa
delas, Jesus havia se retirado de barco para um lugar deserto, mas, quando a
multidão ficou sabendo para onde ia, seguiu para lá a pé. Ele, em lá chegando,
notou que o povo já o esperava.
Mateus
14: 14,19. E, Jesus
saindo, viu uma grande multidão e, possuído de intima compaixão (...), curou os
seus enfermos. (...). E ele disse: Trazei-mos aqui. Tendo mandado que a
multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e,
erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos
discípulos, e os discípulos, à multidão.
Os
discípulos queriam que Jesus mandasse as pessoas embora, mas Ele, movido de
compaixão, pediu para os reunirem pois queria estar com eles. O texto acima retrata
um dos milagres realizados por Jesus - a primeira multiplicação dos pães e
peixes, alimentando aproximadamente cinco mil pessoas.
Meus
amados irmãos em Cristo, precisamos voltar e resgatar esta tradição amplamente
propagada por nosso Mestre, pois vemos nas Escrituras que o único momento em
que Ele gostava de estar sozinho, era quando queria ter seu momento em
particular com o Pai Celestial – para Orar.
É
necessário dizermos e profetizarmos igualmente o Salmista afirmou no Salmo 112:2: “A sua descendência (a
minha família e a sua) será poderosa na terra, a geração dos justos (a nossa
geração) será abençoada” (acréscimo nosso; e eu Recebo).
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
QUE PAÍS É ESTE?
É aquele onde impera
a impunidade, principalmente de criminosos de “colarinho branco”. Ás vezes, é bom
relembrar acontecimentos que já ocorreram no passado, mas que parece se repetir
a cada dia. Será que o povo brasileiro se esqueceu de um dos maiores escândalos
de corrupção política, que ocorreu há mais de vinte anos atrás, conhecido como os
“Anões do Orçamento”.
Os violadores da lei
à época, eram parlamentares do “baixo clero”, como são conhecidos os deputados
de menor expressão. O modus operandi
se dava pela manipulação de emendas parlamentes, com o propósito de desviarem
dinheiro público através de instituições fantasmas ou “laranjas” e com a ajuda
das empreiteiras. Não parece muito familiar com o que estamos vivendo com o
escândalo da operação “Lavajato”?
Na investigação da
operação do passado, segundo a argumentação de alguns dos envolvidos, faltava fisgar
um “tubarão”, devido o tamanho da corrupção. Um nome de notoriedade pública até
surgiu no decorrer da investigação, mas, seus bons advogados, conseguiram sua
absolvição.
De forma um pouco diferente, em outras operações e, na operação
lava jato, realizada por Órgãos Federais, temos visto alguns tubarões sendo
levados à prisão, mas, não se engane, o poder e a influência política (e/ou
empresarial) e a posse de bens e riquezas materiais (mesmo adquiridos de forma
ilícita) garantirão para muitos deles, um tratamento totalmente diferenciado
dentro de nossas instituições prisionais (nesse sentido, será que você não ouviu
algum boato, sobre o tratamento do ex-governador do Rio de Janeiro, no presídio
de Bangu?).
E o pior, é que a
legislação brasileira será usada para consentimento dessas benesses; tais como:
foro privilegiado, aposentadoria compulsória (com altos salários), pedido de exoneração do cargo, prisão
domiciliar, entre outras. Talvez, por isso, não percebemos no ato de sua prisão,
nenhuma expressão de arrependimento ou de constrangimento. Como dizia Boris Casoy: “Isso é uma vergonha”.
Isto me fez lembrar,
uma fala da Deputada Cidinha Campos, do PDT/RJ, em que dizia: “A corrupção
deste País está no DNA das pessoas”, isto é, elas herdam este desvio de conduta ao nascerem. E,
ainda, duma letra do cantor Renato Russo (falecido), retratando a realidade da
sociedade brasileira:
“Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado, ninguém
respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que País é
este? Que País é Este? No Amazonas, no Araguaia iá, iá, na baixada Fluminense,
Mato grosso, Minas Gerais e no Nordeste (...), mas o sangue anda solto, manchando
os papéis e documentos fiéis, ao descanso do patrão. Que País é este? Que País
é este? Terceiro mundo se foi, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico, vamos
faturar um milhão, quando vendermos todas as almas, dos nossos índios num
leilão. Que País é este? Que País é este? Que País é este?”
Infelizmente, muitas
de nossas autoridades políticas e/ou públicas não estão nos leiloando não! Mas,
na verdade, estão “sequestrando e roubando” direitos e garantias grafadas em
nossa Constituição Cidadã.
Em regra, o perfil do
comportamento social do povo deste País é assim: saqueia cargas de veículos
acidentados nas estradas e rodovias; Furta equipamentos e eletrodomésticos em
lojas comerciais (como foi visto no período em que os Policiais Militares do
Espírito Santo estavam em greve – Aquartelamento); Estaciona sobre as calçadas;
Para sobre a faixa de pedestre; Suborna ou tenta subornar o guarda de trânsito,
quando é pego cometendo uma infração; Troca seu voto por qualquer benefício:
areia, cimento, tijolo, cirurgia, emprego, abastecimento do veículo, entre
outras;
Fala ao celular enquanto dirige; Para em fila dupla ou em frente a
garagem e vagas para idosos (ou deficientes); Viola a lei do silêncio; Dirige
após consumir bebida alcoólica; Fura filas nos bancos, utilizando-se de
desculpas esfarrapadas; Espalha mesas de seu comércio nas calçadas; Ocupa a
areia da praia com mesas e cadeiras de seu quiosque; Apresenta atestados
médicos falsos; Faz "gato" de energia, água e TV a cabo; Registra
imóveis no cartório com valor abaixo do mercado, para pagar menos impostos;
Quando viaja a serviço pela empresa, aumenta o custo dos gastos; Comercializa
objetos doados em campanhas de calamidades públicas; Adultera o velocímetro do
carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado; Compra produtos pirata com a
consciência de sua origem ilícita; Emplaca o carro fora do seu Estado para
pagar menos IPVA; Quando volta do exterior, mente para o fiscal aduaneiro sobre
a bagagem que traz; Joga lixo na rua; Pratica vandalismo com os bens públicos
ou privados...
Depois, essas mesmas
pessoas ficam escandalizadas quando as autoridades públicas e políticas,
aprovam um aumento salarial na ordem de 62% (parlamentares) e 130% (ministros e
Presidente da República) ou, ainda, quando se descobre desonestidades
praticadas por eles, por exemplo, apresentar documentos ou notas fiscais
falsas, comprovando viagens de serviços à Brasília ou ao exterior; o desvio de
verbas públicas para empresas ou instituições “laranjas”, ou para contas
bancárias no exterior, para familiares ou para amigos íntimos.
Eles se esquecem que essas
autoridades foram escolhidas por nós e saíram do nosso meio social. Neste País
reside um povo que costuma querer levar vantagem em tudo, mesmo que tenha de
pisar ou passar por cima de pobres coitados. Essa é, infelizmente, a mais pura
realidade. Se quisermos mudanças comportamentais dos políticos brasileiros,
devemos dar o exemplo e começar dentro de nossa casa, realizada por mim e por
você.
Devemos mudar nossa
fala sobre a necessidade de deixar um mundo melhor para nossos filhos, enquanto
deveríamos dizer que “precisamos deixar filhos melhores para nosso mundo”. É muito
fácil atirar pedras no telhado do vizinho, mas temos que ter cuidado, pois o
meu e o seu telhado, pode também ser de vidro.
Voltando as operações
que são realizadas pelos Órgãos Federais, se pesquisarmos em todas que foram realizadas
de uns anos para cá, veremos nomes de autoridades parlamentares que também foram
citadas pela operação lavajato, ou seja, são reincidentes.
Pode-se concluir, que
isto tudo se deve, pelo fato das pessoas não acreditarem mais nos órgãos
públicos do Brasil (seja da esfera Federal, Estadual ou Municipal ou da
Segurança Pública Estatal), pois, parece, terem a certeza de que não serão
penalizadas ou, se forem, receberão algumas das benesses apresentadas pela lei.
Como alguém já disse: “A lei só funciona com rigor para pobres, negros e
miseráveis desse País”. E esse País se chama pelo nome de Brasil! Enquanto depositarmos nossa confiança nos
homens será assim, ou, não se espantem, será pior?
domingo, 5 de fevereiro de 2017
VOCÊ TEM ALGO QUE O IDENTIFIQUE COM CRISTO?
Mateus 26:73
Introdução
O comportamento social apresentado
por muitas pessoas da população nos últimos anos, tem sido o de demonstrar para
as outras pessoas que, num primeiro olhar (de longe, exteriormente), elas o
identifiquem com alguém que já é muito conhecido publicamente.
E
isso fica bem claro pelo uso de suas roupas, o corte de cabelo, as tatuagens expostas
em seu corpo, os lugares que costumam frequentar, as músicas que gostam de ouvir e pelo estilo de vida que levam,
entre outras coisas.
Para
exemplificar, basta lembrar-se dos anos
60 e 70, em que um grupo de pessoas começou a usar o jargão “Paz e Amor”,
como forma de cumprimento e identificação nas ruas, demonstrando ter os mesmos
ideais, opiniões e pensamentos, ficando conhecidos como Hippies. Eles também se comportavam assim, como sendo uma forma de
protestar contra os atos autoritários impostos pelos governantes do País.
Essa
mudança comportamental veio de encontro aos ditames éticos, morais e
comportamentais, propagados pela sociedade daquela época. Entretanto, esse novo fenômeno social ganhou
uma projeção nacional e, também, em nível internacional, vindo a evoluir até os
nossos dias.
Desenvolvimento
Essa
mudança na conduta social é muito comum
e aceitável pela população em geral, pois facilita a identificação e a aproximação
de certas pessoas (ou grupos) a outras, valorizando, num primeiro momento,
apenas o aspecto visual, isto é, o exterior das pessoas.
Por isso, tornou-se muito comum,
várias pessoas cortarem o cabelo igual a um jogador de futebol profissional, de um cantor de grande popularidade ou outro profissional de destaque nacional ou internacional.
Essa moda se popularizou ao ponto de
entrar nas famílias e igrejas ditas
evangélicas, onde muitos pais permitiram que seus filhos menores de idade, adotem
estilos de vida de pessoas mundanas e, em alguns casos, colocam nomes de
pessoas famosas do cenário artístico em seus filhos.
Vale lembrar que nós cristãos, fomos
chamados (separados) para fazermos a
diferença, pois, embora estamos vivendo neste mundo, não pertencemos a ele,
somos moradores dos céus. Por isso,
somos advertidos pelo Senhor a adotar uma conduta distinta, conforme registrado
no Livro de 1 Samuel 16:7: “(...) o Senhor disse a Samuel: Não atentes para sua
aparência, nem para a altura de sua estatura, (...), porque o Senhor não vê
como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos (exterior), porém
o Senhor olha para o coração” (acréscimo nosso).
Também chamou nossa atenção, ao dizer que
“aquele que quer ser amigo do mundo, se torna seu inimigo”. Estando registrado
no Livro de Tiago 4:4.
“Adúlteros e adúlteras,
não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto,
qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
Diante disso, se faz necessário e
oportuno fazer-lhe uma pergunta: E você;
tem algo que o identifique com Cristo? Ou seja, é possível alguém olhar para você e
identificá-lo como sendo um Cristão? Nesse sentido, quero colocar em relevo, alguns
personagens Bíblicos em que era fácil atestar sua identificação com o nosso Mestre
e Senhor:
1. Eliseu: Constantemente passava pela cidade de Suném[1]. A sua conduta chamou a atenção de uma mulher
rica que o alimentou com pão e, além disso, pediu ao seu marido que construísse
um pequeno quarto para ele descansar:
2
Reis 4:8-9. Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali
uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que
passava ali, se dirigia a comer pão. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado
que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.
Aplicação:
Fica aqui uma pergunta para refletirmos: Será que as pessoas estão observando e
vendo em mim (e em você), alguma conduta que nos tornem santas (homem de Deus)?
2. Paulo: Perseguiu
os cristãos por muito tempo, onde os açoitava em praça pública, chegou a matar alguns
e encerrou tantos outros na prisão. Teve um encontro com Cristo a caminho da
cidade de Damasco, na Síria. Após sua
conversão, tornou-se num fervoroso ganhador de almas para Cristo. Por onde
passava, chamava a atenção da população, haja vista que pregava o Evangelho de
Jesus Cristo.
Atos
16:16-17. E aconteceu
que indo nós a oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha o espírito de
adivinhação; a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta,
seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens que nos anunciam o
caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
Aplicação: Nota-se
que o apóstolo não media esforços para propagar a Palavra de Salvação. Com
isso, era fácil identifica-lo como sendo servo do Deus Altíssimo. E você (e eu);
tem pregado o Evangelho para outras pessoas, deixando bem claro sua
identificação com Cristo? Alguém já
disse que: “a vida do crente (servo de Deus, santo) é a Bíblia do descrente
(ímpio)”.
2
Coríntios 3:2-3. Vós
sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os
homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por
nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de
pedra, mas nas tábuas de carne do coração.
O
sangue de Cristo promoveu um novo
Concerto com seu povo. Antes, a sua lei foi escrita em tábuas de pedra, no
monte Sinai (Êxodo
31:18); mas, agora, esta carta é escrita nas “Tábuas do coração”.
Por isso, o cristão tem a Lei de Deus em seu coração e pelo poder do Espírito
Santo pode guarda-la e cumpri-la (Jeremias 31:31-33).
3. João, o Batista:
Precursor de Cristo e cheio do Espírito Santo. Tinha um comportamento e hábitos
“estranhos” diante daquela época e que chamava a atenção das pessoas: “E este
João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus
lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre” (Mateus 3:4). O próprio Cristo
testemunhou sobre sua boa conduta em propagar a Mensagem do Evangelho.
Mateus
11:7,9. E, partindo
eles, começou Jesus a dizer às turbas (multidão) a respeito de João: Que fostes
ver no deserto? Uma cana agitada ao vento? (...). Mas, então, que fostes ver?
Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito
mais do que profeta.
Aplicação: o
nosso Deus está lá no céu, juntamente com o Deus Todo poderoso, olhando tudo
que nós estamos fazendo aqui embaixo na terra. Será que Ele pode testemunhar
sobre nossa vida com o Pai Celestial, igualmente Ele testemunhou acerca de seu
servo Jó com Satanás?
Jó
1:6. E vindo um dia
em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também
Satanás entre eles. (...). E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu
servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e
temente a Deus, e desviando-se do mal.
Ou,
ainda, sobre a pessoa de João Batista e tantos outros de seus seguidores? Quão glorioso seria se pudéssemos ter da
parte de Cristo, nosso maior testemunho de vida cristã. Pode ser, talvez, que João Batista chamasse a
atenção das pessoas, num primeiro momento, pelo seu vestuário (suas roupas),
sendo julgado pela aparência, mas suas atitudes respaldavam sua conduta diante
de Deus. Portanto; “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta
justiça” (João
7:24).
4. Pedro: No
texto em destaque para nossa meditação: “E, logo depois, aproximando-se os que
ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, também tu és um deles, pois a
tua fala de denuncia” (Mateus 26:73).
A narrativa descrita neste Capitulo
26 é conhecida mundialmente, pois trata da negação de Pedro diante da prisão de
Jesus Cristo. Ele estava no Getsêmane, um jardim próximo à Jerusalém, onde
costumava se retirar, principalmente para orar (versos 47-56). E, no momento de sua prisão,
seus discípulos o abandonaram:
Mateus
26:56. Mas tudo isso
aconteceu para que se cumpram as Escrituras dos profetas. Então, todos os
discípulos, deixando-o, fugiram.
.
No
entanto, Pedro passou a seguir de longe às pessoas que O levavam preso. Com
isso, estava tomando todo o cuidado para não ser reconhecido por alguém, como
sendo seu seguidor e, também, ser preso.
Não
teve jeito; enquanto se aquecia do frio com outras pessoas, no pátio, uma
criada aproximou-se dele e o reconheceu: “(...): Tu também estavas com Jesus (v.69)”. Mas
ele negou. Noutro momento, quando estava num vestíbulo[2],
outra criada o viu e o reconheceu: “(...): Este também estava com Jesus, o Nazareno
(v.71)”. Outra vez ele negou.
Aplicação: Na
terceira negativa de Pedro, foi um pouco diferente, pois agora até o seu modo
de falar o identificou como sendo um dos seus seguidores: “E, logo depois,
aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, também tu
és deles, pois a tua fala te denuncia (v.73)”.
Por
isso, embora não seja uma regra rígida e inflexível, tudo o que nós Cristãos
fazemos ou deixamos de fazer, pode ou não nos identificar com a pessoa
Majestosa de Jesus Cristo. Noutras palavras, o que falamos (ou deixamos de
falar), o que vestimos (ou deixamos de vestir), o que comemos (ou deixamos de
comer), os lugares onde costumamos frequentar (ou deixamos de frequentar),
entre outros.
Tudo isso deve ser observado pelos Cristãos, com o propósito maior de atrairmos pessoas ímpias para o reino de Deus, proporcionando-lhes, a mesma oportunidade que tivemos anos atrás, ou seja, "éramos do mundo, agora somos de Cristo".
Conclusão
Precisamos
entender que a nossa identificação com/em Cristo deve partir de dentro para
fora, ou seja, como somos no interior devemos refletir em nosso exterior: “Mas é judeu o que o é no interior, (...), no
espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Romanos 2:29).
Esse
versículo do Livro de Romanos, está fazendo uma referência à obra da Graça de
Deus que opera no coração do seguidor de Cristo, capacitando-o a viver uma vida
em santidade, separado do pecado (transgressão a Lei de Deus).
Não
podemos ter uma vida dupla, isto é, ser cristão somente quando estamos no culto
e na igreja ou entre irmãos que professam a mesma Fé. E, quando estamos em outros ambientes sociais, somos totalmente o oposto. Precisamos dar bons testemunhos durante todo
o transcorrer do dia e em todo e qualquer lugar da sociedade. Desta forma,
seremos facilmente identificados como pertencentes à Cristo, como propagadores e defensores
de sua Doutrina.
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