Deuteronômio 18:17-20. Então o SENHOR me disse: Falaram bem naquilo que disseram: Eis que suscitarei um profeta do meio de seus irmãos; como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falarás tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requerei dele. Porém, o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.
Introdução:
O título de profeta foi dado
por Deus, a alguns homens israelitas do tempo do Antigo Testamento (AT). Eles
eram os porta-vozes ou os mensageiros de Jeová (ou Javé), com a missão de
transmitir uma mensagem de admoestação (repreensão branda) ou de predição ao
povo (ato de predizer o que vai acontecer no futuro).
O profeta no AT
representa uma figura singular, ou seja, um fenômeno único em Israel. E isto se
deve, pelo menos por três razões: 1ª - por
sua própria natureza. A geografia do local e a constituição deste povo
propiciou este surgimento; 2ª - por sua
fonte. A característica marcante desses profetas eram as palavras usadas ao
proferir a mensagem - “Assim diz o
Senhor” e; 3ª - por sua argumentação.
Que não provinha deles, mas do próprio Jeová.
No entanto, esse fenômeno
profético não era exclusivo da nação de Israel, haja vista que em outras nações
também haviam profetas e profecias. A grande diferença entre eles, se dava em
saber de onde provinha o Agente da profecia (o arauto ou mensageiro) e a Mensagem profética (revelação dos céus). Em
Israel, tanto o Arauto como a Mensagem Profética tinha origem no próprio Deus
(Jeová).
Gênesis
6:8-11. Noé, porém, achou graça aos
olhos do SENHOR. Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito
em suas gerações; Noé andava com Deus. E gerou Noé três filhos: Sem, Cão e
Jafé. A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a
terra de violência.
Algumas dessas predições já
se cumpriram totalmente, por exemplo, o prenúncio descrito no livro do profeta
Isaías, sobre a vinda do Messias, anunciado aproximadamente 700 anos antes de
seu acontecimento:
Isaías 7:14. Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal; eis que
uma virgem conceberá e dará a luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
O pleno cumprimento desta
profecia se deu com o nascimento de Jesus Cristo, gerado no ventre de uma
virgem de nome Maria, registrado no livro do Evangelista Mateus (Novo
Testamento), em seu capítulo 1:23, que assim diz: “Eis que a virgem conceberá e
dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL (Emanuel que
traduzido é: Deus conosco)”.
Outras profecias estão se
cumprindo e algumas ainda irão se cumprir, como por exemplo, a registrada
também no livro do mesmo profeta Isaías (Antigo Testamento), que assim diz:
“Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das
coisas passadas, nem mais se recordarão” (Isaías
65:17).
Esta profecia aponta para
o porvir, quando Deus irá estabelecer Seu reino na terra. O profeta fala de um
só tempo, ou seja, da era da eternidade, em que o pecado e a morte já não mais existirão
(versos 17-21). Portanto, a pessoa do profeta em Israel apresentava-se como a
realização e a comprovação da Palavra do Deus na/da Aliança.
Gênesis
6:12-14. E viu Deus a terra, e eis
que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre
a terra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha
face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a
terra. Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca
e a betumarás por dentro e por fora com betume.
Pode-se dizer, que a
origem ou a construção da identidade do profeta, se deu numa relação intensa e
de completa dedicação a Jeová, o que resultou numa determinação da própria vida
do profeta e de “sua mensagem”. Noutras palavras, pode-se dizer que o profeta
se “apaixonou” pela pessoa de Javé, e
desta paixão, houve a promoção de uma grande intimidade e afeto entre eles.
Vale ressaltar que antigamente
em Israel, havia uma distinção entre a pessoa do profeta e do vidente, mas,
depois de algum tempo, os termos se tornaram sinônimos, conforme pode ser visto
em 1 Samuel 9:9: “(Antigamente em
Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos consultar
ao vidente; porque ao profeta de hoje antigamente se chamava vidente)”.
Portanto, em alguns textos
do Antigo Testamento, o profeta é chamado de “vidente”. Palavra de origem
hebraica – Ro’eh, que significa
“aquele que vê”. Para exemplo, cita-se o caso de Samuel:
1 Samuel 9:5-6,
10-11. Vindo eles então à terra de
Zufe, Saul disse para o seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltemos; para que
porventura meu pai não deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por
causa de nós. Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado
é; tudo quanto diz, sucede assim
infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura nos mostrará o caminho que
devemos seguir. (...). Então disse Saul ao moço: Bem dizes; vem, pois, vamos. E
foram-se à cidade onde estava o homem de Deus. E, subindo eles à cidade,
acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está aqui o vidente? (grifamos)
Do texto em destaque,
vale ressaltar algumas qualidades deste “vidente” da terra de Zufe: era um
homem de Deus; um homem honrado, um homem de oração e tudo quanto ele
profetizava, acontecia infalivelmente. Estes homens, eram capacitados de uma
forma especial por Deus, para poder enxergar na “esfera espiritual” ou prever o
futuro. O interessante é que este homem chamado de vidente no texto, era o
Profeta Samuel.
Pode-se dizer que o
coroamento deste relacionamento se revelou na pessoa de Moises. Personagem
este, que foi o autor do Pentateuco, isto é, os cinco primeiros livros da
Bíblia Sagrada: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuterônomio.
1. O Profeta do Antigo Testamento.
A origem etimológica do termo profeta
significa “porta-voz de Deus cuja mensagem é ou de admoestação ou predição”. Outras
fontes apresentam sua origem vindo do idioma hebraico e sua tradução mais comum
é “Nabi”, cuja significação é
incerta, mas acredita-se que significa “ferver ou borbulhar”, logo, o profeta
seria “Aquele que ferve com a mensagem ou com a inspiração divina”.
Outros teólogos acham ser
mais provável que “Nabi” tem conexão
com o idioma Árabe ou Assírio. Para tanto, seu significado seria “Aquele que profere
ou anuncia uma mensagem divina. Para nós, pode-se simplesmente dizer, que o
profeta “é aquele que fala da parte de Deus aos homens” (p.ex., igual ao
Embaixador de um País).
Num certo sentido,
pode-se dizer que os primeiros profetas foram os patriarcas que viveram desde a
criação do primeiro homem – Adão, até chegar ao profeta Moisés. Profeta este,
que além de ter sido usado por Deus, juntamente com seu irmão Arão, para ser o
libertador do povo hebreu, foi também, estadista, historiador, poeta e
legislador.
Êxodo
3:1-3,6,9-10. E, apascentava Moisés o
rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do
deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em
uma chama de fogo, no meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no
fogo, e a sarça não se consumia. (...). Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu
rosto, porque temeu olhar para Deus. (...). E agora, o clamor dos filhos de
Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os
oprimem. Vem agora, pois, eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os
filhos de Israel, do Egito.
Ele é considerado por
Orlando Spencer Boyer[1] e
outros teólogos, o maior vulto do Antigo Testamento. Deus o usou para formar,
de uma raça de escravos hebreus uma nação poderosa que alterou completamente o
curso da história da humanidade.
Noutro sentido, é na
pessoa do profeta Samuel que se inicia o ministério profético. Depois desses
primeiros mensageiros do Senhor, surgiu uma nova ordem de profetas. Desta vez,
dividida em duas classes ou categorias. A primeira delas, classificada como os
Grandes Profetas ou os Profetas Maiores:
Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel (quatro profetas, mas são cinco livros).
Eles receberam esta
titulação, por terem profetizado por um período maior de tempo e, também, por
terem escritos extensas profecias, apresentadas em seus livros contendo vários
capítulos (Isaias, por exemplo, 66 capítulos). Dentro deste contexto, o ministério
profético de Isaías, ocorreu durante o reinado de quatro reis de Judá: Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias.
Isaías 1:1: Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a
respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de
Judá.
Toda sua mensagem estava
centrada na cidade de Jerusalém, passando pelos reinados desses quatro
governantes. “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre
um alto e sublime trono; e o seu séquito (cortejo que acompanha uma pessoa,
para servi-la ou honrá-la) enchia o templo” (Isaías 6:1).
Estima-se que o ano a que
se refere este texto seria 740 a.C., registra também que o rei Ezequias veio a
falecer no ano 687 a.C. Com base nessas duas datas, conclui-se que o ministério
profético de Isaías durou cinquenta e três anos, isto é, mais de meio século.
A segunda categoria é
conhecida como os Profetas Menores, que receberam esta denominação por terem
escritos profecias de pequena extensão ou que sua duração se deu num período
menor de tempo: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
O Evangelho de Jesus
Cristo, segundo escreveu o médico e evangelista Lucas, em seu capitulo 24:44,
diz assim:
Lucas 24:44. Depois lhe disse: São estas as palavras que vos
falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim
estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas
(Maiores e Menores) e nos Salmos.
Neste texto de Lucas, é
evidenciado como era (talvez ainda seja) apresentado o Antigo Testamento
Hebraico, diferenciando-se da forma em que está impresso nas Bíblias atuais. Um texto Bíblico elucidativo em que apresenta
a figura do profeta, encontra-se no livro do profeta Jeremias, em seu capítulo
1:7-10:
Jeremias
1:4-10. Assim veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que
saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu:
Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino. Mas o
SENHOR me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te
enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. Não temas diante deles; porque
estou contigo para te livrar, diz o SENHOR. E estendeu o SENHOR a sua mão, e
tocou-me na boca; e disse-me o SENHOR: Eis
que ponho as minhas palavras na tua boca; olha, ponho-te neste dia sobre as
nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para
destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares
(grifamos).
Mesmo antes de nascer, Deus
escolheu e determinou que Jeremias seria profeta. Assim como Deus tinha um
plano para a vida ele, Ele também tem um para a sua vida. Por isso, precisamos
nos preparar para sermos usados por Ele como instrumento em suas mãos. Uma das
formas em que Jeová utilizava e ainda utiliza para transmitir sua revelação aos
escolhidos, é por meio de sonhos e visões:
Números
12:5-8. Então o SENHOR desceu na
coluna de nuvem, e se pós à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã e
ambos saíram. E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver
profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei
com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa.
Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a
semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu
servo, contra Moisés?
O texto em relevo,
registra o momento em que Deus repreende tanto a Arão como Miriã, por terem se
queixado de seu irmão Moisés, quando se casou com uma mulher cuxita (Etíope).
Na verdade, este argumento foi um mero pretexto para encobrir a inveja que
tinham por Deus ter dado toda a autoridade a Moisés: “E disseram: Porventura,
falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o
ouviu”. (Números 12:2).
Deus também pode
escolher, pessoas que, a princípio, não descendem da linhagem de profetas
(netos ou filhos de pastores), como foi o caso do profeta menor Amós. “Era
boieiro e cultivador de sicômoros”, na cidade de Tecoa, situada a cerca de 20
quilometros ao sul de Jerusalém (Amós 7:14).
Amós 7:11-15. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e
Israel certamente será levado para fora da sua terra em cativeiro. Depois
Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali
come o pão, e ali profetiza; mas em Betel daqui por diante não profetizes mais,
porque é o santuário do rei e casa real. E respondeu Amós, dizendo a Amazias:
Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de
sicómoros. Mas o SENHOR me tirou de seguir o rebanho, e o SENHOR me disse: Vai,
e profetiza ao meu povo Israel.
1. 1 A Profecia do Antigo Testamento
Vimos que o profeta quando abria sua
boca para dirigir uma mensagem profética, ele se tornava naquele momento, o
representante fiel de Deus – o Embaixador de Cristo (2 Coríntios 5:20). Esses
representante de Deus, em atuação no Antigo Testamento, tiveram basicamente
três tipos de mensagens:
1.1.1 – De União: neste tipo de mensagem profética, podemos inserir a
pessoa de Moisés, Arão e Josué, entre tantos outros. Eles tiam a missão de unir
e de manter unido o povo de Deus, numa caminhada rumo a um lugar determinado e
com o propósito já estabelecido por Deus – entrar na Terra Prometida (Canaã).
O interessante a ressaltar deste episódio acerca do
Êxodo (saída do Hebreus do Egito), é que, nem Moisés, nem Arão e nem Miriã, entraram
na Terra Prometida - em Canaã. Os três irmãos, morreram no espaço de um ano, na
ordem da sua idade.
. Arão morreu com 123 anos, no Monte Hor (na fronteira da terra de
Edom): “Então, partiram de Cades; e os filhos de Israel, toda a congregação,
vieram ao monte Hor. E falou o Senhor a Moisés e a Arão no monte Hor, nos
termos da terra de Edom, dizendo: Arão recolhido será a seu povo, porque não
entrará na terra que tenho dado aos filhos de Israel, porquanto rebeldes fostes
à minha palavra, nas águas de Meribá” (Números
20:22-24).
Ele, conforme o mandado
do Senhor, “morreu ali no quinto mês do ano quadragésimo da saída dos filhos de
Israel da terra do Egito, no primeiro dia do mês. E era Arão da idade de cento
e vinte e três anos, quando morreu no monte Hor” (Números 33:38-39).
. Moisés morreu com 120 anos, no Monte Nebo, ao cume de Pisga (na
terra de Moabe): Então subiu Moisés das
campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó
e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã; (...); era Moisés da
idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram,
nem perdeu o seu vigor. E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias,
nas campinas de Moabe; e os dias do pranto no luto de Moisés se cumpriram” (Deuteronômio 34:1,7-8).
. Miriã morreu em Cades, próximo ao deserto de Zim, com 130 anos de
idade: “Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no
mês primeiro, o povo ficou em Cades; e Miriã morreu ali e ali foi sepultada” (Números 20:1).
1.1.2 - De Admoestaçao: poderíamos inserir neste tipo de mensagem vários nomes de
profetas do AT, inclusive o próprio Moisés. No entanto, escolhemos os profetas
Jeremias e Natã. O primeiro, direcionou sua mensagem profética ao exortar, de
forma especifica, o povo de Judá, advertindo-os sobre a sua irmã - Israel (Reino
do Norte), que havia sido levada em cativeiro pela Assiria (722 a.C.).
Entretanto,
o povo de Judá (Reino do Sul), não lhe deu ouvidos ou importância. Jeremias
profetizou por mais de duas décadas a mesma mensagem a este povo: “convertei-vos
de seus maus caminhos, pois o Senhor virá com mão pesada sobre vós”.
Jeremias
25:1-4. A palavra que veio a Jeremias
acerca de todo o povo de Judá no quarto ano de Jeoiaquim, filho de Josias, rei
de Judá (que é o primeiro ano de Nabucodonosor, rei de Babilónia), a qual
anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá, e a todos os habitantes de
Jerusalém, dizendo: Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá,
até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a palavra do
SENHOR, e vo-la tenho anunciado, madrugando e falando; mas vós não escutastes.
Também vos enviou o SENHOR todos os seus servos, os profetas, madrugando e
enviando-os, mas vós não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos para
ouvir,
Eles esqueceram-se de que a mensagem do
profeta Jeremias direcionada a eles, em todos estes anos, era proferida da boca
do próprio Deus.
Quanto ao profeta Natã,
ele exerceu seu ministério profético nos reinados de Davi e Salomão. Um homem
comprometido com a missão que lhe foi confiada pelo Senhor e teve a ousadia
para desmascarar o próprio rei, no cometimento de seu pecado.
2 Samuel
12:1-8. E o SENHOR enviou Natã a
Davi; e, apresentando-se ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens,
um rico e outro pobre. O rico possuia muitíssimas ovelhas e vacas. Mas o pobre
não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e
ela tinha crescido com ele e com seus filhos; do seu bocado comia, e do seu
copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha, e vindo um viajante
ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para
assar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre, e a
preparou para o homem que viera a ele. (...). Então o furor de Davi se acendeu
em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o SENHOR, que digno
de morte é o homem que fez isso. E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado,
porque fez tal coisa, e porque não se compadeceu. Então disse Natã a Davi: Tu
és este homem. Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel,
e eu te livrei das mãos de Saul; e te dei a casa de teu senhor, e as mulheres
de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de Israel e de Judá, e, se
isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas.
1.1.3 – De um Deus Único: outras tribos e nações, como já fora dito, também possuíam
profetas, mas eles eram politeístas, isto é, veneravam vários deuses. A nação e
povo de Israel, adoravam um único Deus. E este Deus se mostrava presente em encontros pessoais (Genesis 12:1-3).
Gênesis
12:1-3. Ora, o SENHOR disse a Abrão:
Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu
te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o
teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias
da terra.
(...)
Êxodo
3:14-15. E disse Deus a Moisés: EU
SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a
vós. E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR
Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me
enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em
geração.
Mas,
também, em encontros coletivos: “E
disse o SENHOR a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o
povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque
Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR. Disse também o SENHOR
a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas
roupas, e estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o
SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai” (Êxodo 19:9-11).
2. O Profeta e a Profecia no Novo Testamento
O
profeta e a mensagem profética que passou a ser anunciada na Nova Aliança, continuou
tendo o mesmo propósito, mas se diferenciando um pouco daquela propagada na
Antiga Aliança. Agora, ela surge com uma admoestação mais incisiva e direta,
onde o Deus comissionou a seu próprio Filho – Jesus Cristo para ser o seu
porta-voz diante dos homens. Dito com outras palavras; no passado (Antigo Testamento), Ele usou os profetas como
seus oráculos, para anunciar a Sua mensagem.
Hebreus
1:1-2. Havendo Deus, antigamente,
falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos, nestes últimos dias, pelo filho.
Agora, no presente (Novo Testameto), Ele
usa o seu próprio Filho para desempenhar esta missão profética. Além disso, a
tônica da mensagem profética pauta-se, basicamente, acerca do arrependimento
dos pecados, porque é chegado o Reino de Deus a Terra.
Mateus
4:14-17. Para que se cumprisse o que
foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom e a terra de Naftali,
junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia das Nações (ou dos
Gentios). O povo que estava assentado em trevas (pecados) viu uma grande luz; e
aos que estavam assentados na região e sombra da morte (condenados) a luz
raiou. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é
chegado o Reino dos céus.
Vale
lembrar, que antes de Jesus iniciar seu ministério profético, foi escolhido e
chamado João, o Batista, para preparar todo o caminho para a sua chegada. Tanto
um quanto o outro, profetizaram uma mesma Mensagem.
Mateus 3:1-2: E, naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no
deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Portanto,
o surgimento de João Batista e o de Jesus Cristo, foram profetizados séculos
antes de seus nascimentos, mas Deus já havia usado o profeta Isaías e outros
profetas da Antiga Aliança, para anunciar que o Messias – o Ungido de Deus,
viria a terra.
Isaías 9:6. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e
o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
(...)
Isaías
40:1-5. Consolai, consolai o meu
povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém e bradai-lhe que já a
sua servidão é acabada, que a sua iniquidade está extirpada e que já recebeu em
dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale
será exaltado, e todo monte e todo o outeiro serão abatidos; e o que está
torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do Senhor se
manifestará, e toda carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que disse
isso.
As duas narrativas em
destaque, comprovam o cumprimento total das profecias preditas pelo profeta
Messiânico Isaías. Inclusive, que o nascimento de Jesus, ocorreria num tempo e
lugar específicos na história – na Plenitude dos Tempos (Efésios 1:9-10). Como
também descreve o lugar onde João, o Batista, surgiria pregando o Evangelho de
Cristo – no Deserto.
3. O Profeta Menor Habacuque:
Seu nome no idioma
hebraico significa “o que abraça” ou simplesmente, “abraço”. Não se sabe quase
nada acerca da vida pessoal ou familiar deste profeta, haja vista que em seu
livro, um dos únicos registros que se tem é visto logo no primeiro versículo do
capitulo
Habacuque 1:1-4. O peso que viu o profeta Habacuque. Até quando,
SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não
salvarás? Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão?
Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem
suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça
nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta
distorcida.
O autor do livro, inicia a narrativa identificando-se como sendo “profeta”. E a expressão
usada por ele neste versículo “Peso
(...)”, sempre irá apresentar uma palavra de “juízo”, isto é, de que se não
houver mudança de comportamento do povo, o “peso ou juízo” de Jeová virá sobre
ele.
Outro registro que pode sinalizar algo a mais sobre
este profeta, encontra-se no capitulo 3:19:
Habacuque
3:1,19. Oração do profeta Habacuque
sob a forma de canto. (...). JEOVÁ, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés
como os das cervas , e me fará andar sobre as minhas alturas (Para o cantor-mor
sobre os meus instrumentos de música).
O texto sugere ter sido
ele um músico que estava a serviço do templo de Jerusalém. É bem provável que
ele era um dos levitas, ou seja, um descendente de Levi. E que ele participava
da música que era tocada no templo. A
tribo de Levi era responsável pelos cuidados do Templo. Eles foram divididos em
três grupos: os Gersonitas, os Coatitas e os Meraritas.
Números
3:21-22. De Gérson é a família dos libnitas e a
família dos simeítas; estas são as famílias dos gersonitas. Os que deles foram
contados pelo número de todo o homem da idade de um mês para cima, sim, os que
deles foram contados eram sete mil e quinhentos. 27-28. E de Coate é a família dos amramitas, e a família dos
jizaritas, e a família dos hebronitas, e a família dos uzielitas; estas são as
famílias dos coatitas. Pelo número contado de todo o homem da idade de um mês
para cima, eram oito mil e seiscentos, que tinham cuidado da guarda do
santuário. 33-34. De Merari é
a família dos malitas e a família dos musitas; estas são as famílias de Merari.
E os que deles foram contados pelo número de todo o homem de um mês para cima,
foram seis mil e duzentos.
O profeta Habacuque se
diferenciou de outros profetas menores como Naum – que profetizou acerca da destruição de Nínive, capital da
Assíria, que durante três séculos dominou o mundo e ameaçava invadir Judá. Enquanto
que Obadias – profetizou sobre a
invasão e destruição da cidade de Edom (Esaú).
Habacuque estava num meio
embaraçado pelo problema da aparente tolerância de Deus pela iniquidade
generalizada que estava sendo praticada. O profeta estava rodeado por todos os
lados pela injustiça triunfante e, até então, não castigada.
Os três profetas eram contemporâneos,
ou seja, viveram numa mesma época. Os dois – Naum e Obadias, dataram as suas
profecias. Habacuque não fez igual a eles e profetizou acerca da queda do
império Babilônico – os Caldeus.
Ele estava confuso e perplexo
pelo motivo de Deus usar o povo babilônico, como instrumento de juízo (“Peso”)
sobre sua nação – a cidade de Judá. Isto nos leva a crer que foi o período em
que a Babilônia tornou-se uma grande potencia mundial.
Habacuque
1:6-7. Porque eis que suscito os
caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para
possuir moradas não suas. Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e
a sua grandeza.
Os acontecimentos que ocorrreram ,
nos levam a crer que ele profetizou durante os reinados de Jeoacaz e Jeoiaquim.
Outro diferencial do profeta Habacuque, em relação aos demais profetas menores,
foi que ele não direcionou sua mensagem profética a desviada e apóstata cidade
de Judá (e Jerusalém); mas, para os remanescentes piedosos de Judá, com o
intuito de ajuda-los a compreender os caminhos de Deus à nação pecaminosa e,
consequentemente, sobre o castigo que seria iminente.
3.1 Características Pessoais deste Profeta:
. Em vez de profetizar
para a cidade apóstata de Judá/Jerusalém, registra seus diálogos e conversações pessoais com Deus;
. Utiliza três formas
literárias distintas para conversar com Jeová: o Diálogo realizado entre ele e Deus (cap. 1:2– 2:5); Ais proféticos clássicos (cap. 2:6-20)
e; Um
cântico profético em forma de oração (cap. 3).
. Ele apresenta três
características marcantes, mesmo em situações adversas: Faz perguntas bem
honestas a Deus (cap. 1); Revela uma fé inabalável na soberania de Deus (cap.
2:4; 3:18-19) e manifesta preocupação e cuidado pelo avivamento (cap. 3:2).
. Nenhum outro profeta do
Antigo Testamento, fala com tanta eloquência e propriedade, acerca do respeito e
da fé como ele, principalmente em seu testemunho pessoal (cap. 3:17-19).
Habacuque 3:17-19. Porque ainda que a figueira não
floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e
os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam
arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR;
exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os
meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o
cantor-mor sobre os meus instrumentos de corda).
Depois de um “prolongado”
diálogo com Jeová, ele entendeu perfeitamente o motivo d’Ele ter usado os Babilônicos
para promover o Seu juízo sobre a cidade de Judá. E, assim, apresentou esta
linda oração em forma de cântico para Ele.
3.2 Data provável de seu
ministério profético:
algum período entre 612 e 599 a.C., aproximadamente treze anos, quando a
Babilônia tinha começado a dominar o cenário internacional, mas antes de destruir
Jerusalém, isto é, no Século VII a.C.,
levando uma leva de cativos para a Babilônia.
Numa de suas primeiras queixas,
o profeta se depara com uma aparente tolerância de Deus, em relação a violência
e a injustiça que eram abundantes em Judá. A pergunta que se faz é: será que em nossos dias é
diferente? Ouso a respondê-la, usando uma fala própria do apóstolo Paulo: De
maneira nenhuma!
Habacuque
1:2-4. Até quando Senhor, clamarei
eu, e tu não escutarás? ou gritarei a ti: Violência! e não salvarás? Por que
razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão? Pois a destruição e a violência
estão diante de mim; há também contendas, e o litígio é suscitado. Por esta
causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o
justo, de sorte que a justiça é pervertida.
No texto acima, ele
declara que a impiedade prospera e a justiça se cala. E o pior, quando
finalmente a sua pergunta é respondida, ele fica ainda mais confuso, porque os
agentes do julgamento de Deus, são nações mais ímpias e dignas de castigo (os
Caldeus) do que suas proprias vítimas (a cidade de Judá). E a resposta dada por
Jeová, não consola muito o profeta, já que os Babilõnicos são muito violentos e
cruéis!
Habacuque
1:5-11. Vede entre as nações, e
olhai; maravilhai-vos e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra,
que vós não acreditareis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os
caldeus, essa nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra para
se apoderar de moradas que nao sao suas. Ela é terrível e espantosa; dela mesma
sai o seu juízo e a sua dignidade. Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, se mais ferozes
do que os lobos a tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda a parte; sim,
os seus cavaleiros vêm de longe; voam como a águia que se apressa a
devorar. Eles todos vêm com violência; a
sua vanguarda irrompe como o vento oriental; eles ajuntam cativos como areia.
Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria; eles se riem de todas as
fortalezas; porque, amontoando terra, as tomam. Então passam impetuosamente,
como um vento, e seguem, mas eles são culpados, esses cujo proprio poder e o seu
deus.
A cidade de Babilônia era
para os profetas do Antigo Testamento, o que a cidade de Roma era para João no
Apocalipse. Um berço de vaidade, de ostentação e de impiedade. Mas, felizmente,
o profeta leva sua inquietação para Deus que logo a dissipa, apresentando a
solução dos seus problemas com uma declaração que é o coração do livro — “O justo pela sua fé viverá” (Habacuque 2:4).
Ou seja, por mais terrível
que se apresente o futuro e por muito triunfante que pareça o mal, o homem
justo não deve julgar pelas aparências, mas sim pela reta Palavra de Deus. Embora
os pagãos vivam e prosperem nas suas impiedades e os justos venham a sofrer. Estes
últimos devem viver uma vida de inteira fidelidade e confiança em Deus.
Depois de sofrer ao ver
seu povo sendo oprimido pelos Caldeus, não entendendo o motivo de Deus usá-los
para repreender Judá, Habacuque dialoga com Deus (= a Moisés) e compreende o
agir de Deus, instruindo o seu povo que o justo deve “viver pela fé: “Eis que a
sua alma se incha, não é reta nele, mais o justo, pela sua fé, viverá” (Habacuque 2:4; Romanos 1:17 e Gálatas 3:19).
Conclusão
No Antigo Testamento,
haviam povos que reverenciavam vários deuses (eram politeístas), que tinham
olhos, mas não viam. Boca, mas não falavam. Ouvidos, mas não escutavam. Pernas,
mas não andavam. Obras feitas por mãos de homens, meros seres finitos e mortais
(Atos 19:24-26).
Sendo assim, Deus usou
vários homens escolhidos e chamados por Ele, para transmitir Sua mensagem a um povo
de um único Deus (eram monoteístas). Deixando de forma clara de que este único
Deus, falava e inclinava o seu ouvido para ouvir, aprovava ou reprovava suas
atitudes, promovia intervenções em algumas situações (de cura, livramentos,
etc.), ou seja, era um Deus vivo e poderoso.
No Novo Testamento, Ele
delegou esta missão ao seu próprio Filho – Jesus Cristo, o profeta por
Excelência. Ele profetizou durante aproximadamente 3 anos e 6 meses, divulgando
uma Mensagem proféitica recebida diretamente do Deus-Pai.
Tito 2:9-10. Exorta os servos a que se sujeitem a seu Senhor e em
tudo agradem, não contradizendo, não defraudano; antes, mostrando toda boa
lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso
Salvador.
Deus, no passado,
escolheu homens comuns do povo para propagar sua mensagem, capacitando-os com
poder e autoridade, haja vista que falavam por Ele. E hoje, continua a escolher
homens comuns como “Eu e Você”, com caráter e personalidade diferentes, em
situações e circunstâncias diferentes, em lugares, cidades ou países diferentes,
para que possamos anunciar uma mensagem diferente daquela propagada pelo mundo ao
povo. Amém!
[1]
Boyer. Foi um pastor
pentecostal, missionário, tradutor e escritor de livros evangélicos
norte-americano. Seu livro mais conhecido, Herois da Fé, teve mais de 300.000
exemplares vendidos desde o seu lançamento.
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