Introdução
Esta é a última linguagem do amor descrita por Gary Chapman.
Não é nenhuma novidade de que o toque físico é uma maneira de comunicar amor
emocional. Diversos projetos de pesquisa na área de desenvolvimento infantil
chegaram a seguinte conclusão: - os bebês que são segurados, abraçados e
beijados desenvolvem uma vida emocional mais saudável que aqueles que são
deixados longos períodos de tempo sem contato físico.
O
toque físico é, também, um poderoso veículo para comunicar amor conjugal.
Portanto, andar de mãos dadas, beijar, abraçar e ter relações sexuais são
formas de comunicar amor emocional a seu cônjuge. Ele é a linguagem do amor
primária de algumas pessoas. E, para elas, se não houver o toque físico, elas
não se sentem amadas. Com o toque, seu tanque emocional se enche e elas se
sentem seguras do amor de seu cônjuge.
Há
muitas situações ou circunsntâncias, em que o cônjuge está tão necessitado
desse toque (pode ser um abraço, deitar sua cabeça ao colo do outro e ficar
sendo acariciado, etc.), que este momento representará muito para o
preenchimento de seu tanque emocional do amor (acréscimo nosso).
Desenvolvimento
Dos
cinco sentidos que possuímos, o tato se difere totamente dos outros quatro,
pois ele não se limita a uma área localizada do organismo (por exemplo, o
ouvido está fixo em nossa cabeça). Em várias partes de nosso corpo, existem
pequenos receptores tácteis. Quando eles são tocados ou pressionados, os nervos
transportam impulsos até o cérebro, que os interpreta, e então percebemos que o
que nos tocou é quente ou frio, duro ou macio, causa dor ou prazer. É possível
interpretá-los também como amoroso ou hostil.
Precisamos
entender que algumas partes de nosso corpo é mais sensível que outras. A
diferença se deve ao fato de os pequenos receptores tácteis não estarem
espalhados de forma uniforme, mas arranjados em agrupamentos. Assim, a ponta da
língua é altamente sensível ao toque, enquanto a área atrás dos ombros é a
menos sensível. Outra duas áreas extremamente sensíveis são a ponta do nariz e
as pontas dos dedos.
O
toque pode trazer benefícios ou vir a prejudicar um relacionamento. Pode
comunicar ódio ou amor. Para as pessoas cuja linguagem do amor primária é o
toque físico, a mensagem soará muito mais alto que as palavras. Um abraço terno
comunica amor a qualquer criança, mas ele é extremamente válido àquela cuja
linguagem do amor é o toque físico.
No casamento, o toque físico pode
assumir diversas formas. O toque amoroso no cônjuge em praticamente qualquer
parte do corpo pode expressar amor. O que não quer dizer que todos os toques
são iguais, ou seja, que trarão o mesmo resultado. Alguns trarão mais prazer a
seu cônjuge do que outros. Seu maior aferidor será o próprio cônjuge.
Lembre-se: não insista em tocar o seu
cônjuge do seu jeito e na hora em que você desejar. Aprenda a falar o dialeto
de amor dele (a), pois ele (a) pode considerar alguns toques desconfortáveis ou
irritantes. E se você insistir com esses toques vai comunicar uma mensagem
oposta do amor. Importantíssimo: não
cometa o erro de achar que o toque prazeroso para você, também dará prazer ao
seu cônjuge.
Existem
os toques explícitos que exigem sua
total atenção, como por exemplo, um carinho nas costas ou uma preliminar
sexual, culminando no ato em si. Se uma massagem nas costas (toque físico)
comunica amor em alto volume (é a sua linguagem do amor), então o tempo, o
dinheiro e a energia gasta para aprender a massagear serão um bom investimento
em seu casamento (acréscimo nosso).
Se a relação sexual é o
dialeto primário de seu cônjuge, ler e discutir sobre a arte do amor sexual
certamente aprimorará sua expressão de amor.
Lembre-se: geralmente, a mulher quer fazer amor. E em alguns casos,
ela precisa de uma preparação antecipada (uma ligação carinhosa durante o dia,
um bilhete com palavras elogiosas, deixado sobre a mesa antes de sair para o
trabalho ou um presente, etc.). Enquanto que o homem quer fazer sexo. E ele simplesmente
precisa que sua esposa se insinue para ele, ou seja, tire a roupa e vá em sua
direção (acréscimo nosso).
Os toques amorosos implícitos exigim pouco tempo, porém maior
concentração, principalmente se você foi criado numa família que não tinha este
hábito diariamente, isto é, pessoas propensas ao toque físico. O simples fato
de você sentar ao lado de seu cônjuge, enquanto ele assiste um filme ou seu
programa de televisão favorito, não exigirá nenhum tempo adicional, mas poderá
comunicar seu amor em alto e bom som.
Tocar no outro quando
estiver saindo e novamente quando voltar, pode envolver apenas um beijo ou um
abraço breve, mas significará muito para seu cônjuge, cuja linguagem do amor é
o toque físico. Se você descobriu que a linguagem do amor de seu cônjuge é o
toque físico, a sua imaginação será o único limite quanto as maneiras de
expressar o seu amor por ele (a).
Portanto, inove e invente
maneiras, tente novos toques em novos lugares e permita que seu cônjuge lhe
diga se acha aquilo agradável ou não. Lembre-se:
a sua esposa (ou marido) é quem tem a palavra final. Você está aprendendo a
falar a linguagem de amor dela (e).
Em nossa sociedade, o
aperto de mão é uma maneira de comunicar abertura e intimidade social à outra
pessoa. Todas as sociedades e em qualquer parte do mundo, tem alguma forma de
toque físico como meio de saudação social. Provavelmente, o americano típico,
não se sinta muito à vontade com os abraços fortes e os beijos dos brasileiros.
No entanto, no Brasil, esse cumprimento tem a mesma função do aperto de mão nos
Estados Unidos.
Logicamente, existem
maneiras próprias e impróprias de tocar pessoas do sexo oposto. No casamento,
porém, o que é próprio ou impróprio é determinado pelo casal, dentro de certas
orientações bem amplas. É evidente que o nosso corpo foi feito para ser tocado,
mas não para o abuso. Estamos vivendo um tempo caracterizado pela abertura da
liberdade sexual (os cônjuges estão livres para ter intimidade sexual com
outros indivíduos). Entretanto, para os cristãos, esta prática está totalmente
em desacordo com a Palavra de Deus.
Levítico 18:6-20. Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua
carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR.Não descobrirás a nudez de
teu pai e de tua mãe: ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. Não
descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai. A nudez da tua
irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe, nascida em casa, ou fora de casa,
a sua nudez não descobrirás. A nudez da filha do teu filho, ou da filha de tua
filha, a sua nudez não descobrirás; porque é tua nudez. A nudez da filha da
mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não
descobrirás. A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu
pai. A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe.
A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela
é tua tia. A nudez de tua nora não descobrirás: ela é mulher de teu filho; não
descobrirás a sua nudez. A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a
nudez de teu irmão. A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não
tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua
nudez; parentas são; maldade é. E não tomarás uma mulher juntamente com sua
irmã, para fazê-la sua rival, descobrindo a sua nudez diante dela em sua vida. E
não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir a
sua nudez, Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te
contaminares com ela.
(...)
Hebreus 13:4. Venerado seja entre todos o matrimónio e o leito sem
mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.
Poderiamos
inserir outros textos das Escrituras Sagradas, para respaldar a proibição do
ato de adultério, mas para ilustrar e rebater esta prática mundana, acreditamos
ser o suficiente (inserção de textos Bíblicos em relevo e comentário nosso). Quando um dos cônjuges é traído, pode ocorrer
uma dor emocional profunda e ser gerado um trauma, principalmente para aquele
cuja linguagem do amor é o toque físico. O objeto de seu anseio profundo – ser tocado
fisicamente como forma de expressar o seu amor - foi concedido a outra pessoa.
Seu
tanque de amor emocional foi totalmente esvaziado, como também despedaçado por
uma grande explosão. Provavelmente, serão necessários inúmeros reparos (consultas
psicológicas ou psicanalíticas) para suprir essas necessidades emocionais. Lembre-se:
num momento de crise, o toque físico é um poderoso comunicador de amor. Nessas
situações, mais do que qualquer coisa, precisamos nos sentir amados.
No
momento de crise, a coisa mais importante a fazer por seu cônjuge é amá-lo. Se
sua linguagem de amor é o toque físico, nada melhor do que abraça-la (lo)
enquanto chora. Não precisa dizer mais nada, somente a abrace. Nessas horas, as
palavras não terão quase valor algum, mas o toque físico lhe dirá o quanto se
importa com ela (e).
O
autor faz menção dum casal – Pete e Patsy, que cresceram numa mesma vizinhança,
frequentaram a mesma igreja e se formaram na mesma escola. Seus pais tinham
estilos de vidas muito parecidos, sendo que Pete e Patsy tinham gostos
semelhantes. Gostavam de velejar, jogar tênis, entre outras coisas em comum.
Eles
começaram a namorar no último ano do ensino médio. Cursaram universidades
diferentes, mas se viam com frequência, vindo a se casarem três semanas após
receberem sua diplomação: ela em Sociologia e ele em Administração. Poucos meses
depois de casados, Pete recebeu uma boa proposta de emprego na Flórida,
distante três mil quilômetros do parente mais próximo.
Com
a mudança, muitas coisas também começaram a mudar em seu relacionamento
conjugal. Ele trabalhava até mais tarde; e quando chegava em casa, ia direto
para o computador dar continuidade ao trabalho. Com isso, Patsy não recebia sua
atenção. Tornou-se habitual para ela, sair para fazer compras com amigas, indo
direto do seu trabalho, haja vista que Pete só chegava mais tarde.
O
casamento começou a ficar monótono, pois ele chegava e ia para o computador.
Ela, sentindo-se sozinha, pegava um livro e ia ler. As vezes, ela lia até a
meia-noite. Quando ele ia para a cama, fazia observações sarcásticas: “Se você
tivesse lido tanto assim na faculdade, teria tirado nota 10 em tudo”. Patsy
respondia: “Não estou na faculdade, mas estou num casamento e, neste momento,
ficaria satisfeita se tirasse nota 7”.
O
resultado foi que Patsy procurou o aconselhamento conjugal. Depois de três sessões,
o conselheiro ligou para Pete e perguntou se ele estaria disposto a conversar
sobre seu casamento. Ele concordou e o processo de cura teve início. Depois de
seis meses de aconselhamento, eles saíram do consultório com um novo casamento.
O
Dr. Chapman, perguntou-lhes se poderiam resumir o que aconteceu para esta
mudança? – Aprendemos a falar a linguagem do amor do outro. Então o perguntei:
- Qual a sua linguagem do amor Pete?
– Toque físico, disse logo sem hesitação.
E Patsy confirmou a sua resposta.
-
E qual a sua linguagem do amor Patsy?
– Sem hesitar também, tempo de qualidade, Dr. Chapman. Eu desejava isso quando
ele chegava em casa e ia direto para o computador. Ela está certa, disse Pete.
E ele disse que durante o namoro, era quem sempre tomava a iniciativa de
abraça-la, beijá-la, segurar em suas mãos, sendo que ela sendo correspondeu
bem. Depois de casados, senti que ela não me achava mais atraente. Então,
decidi que não tomaria mais a iniciativa,
pois tinha medo de ser rejeitado.
Então Patsy disse: - Não fazia ideia do
que ele estava sentido. Sabia que ele não estava me procurando. Não nos
beijávamos, nem nos abraçávamos como antes, mas presumi apenas que, como
estavamos casados, isso já não era tão importante para ele. Savia que ele
estava sob pressão no trabalho. Eu preparava as refeições, limpava a casa,
cuidava das roupas e tentava não atrapalha-lo. Eu não conseguia entender o seu
afastamento ou sua falta de atenção comigo.
Para
mim, passar o tempo com ele, receber sua atenção, era o que me fazia sentir
amada e apreciada. Não me importava se iria me beijar ou abraçar, contanto que
me desse atenção, eu me sentia amada. Levamos um bom tempo para descobrirmos a
raiz do problema. No entanto, assim que descobrimos, começamos a colocar em
prática e buscar atender as necessidades emocionais amorosas um do outro.
Tomei
a iniciativa de lhe oferecer o toque físico, o que aconteceu foi muito
maravilhoso. Sua personalidade e seu espírito mudaram drasticamente. Eu ganhei
um novo marido. Quando ele se convenceu de que eu o amava, começou a se tornar
mais responsivo às minhas necessidades.
Conclusão
Percebemos que a tônica das cinco
linguagens do amor, resume-se em que os cônjuges devem buscar descobrir qual a
linguagem primaria do amor emocional de seu cônjuge. Em descobrindo, deve começar
a colocar em prática o mais breve possível.
Vimos
aqui, na experiência de Pete e Patsy, que ao participarem de um seminário para
casais, houve o despertamento sobre o problema que estavam enfrentando, haja
vista que duma hora para outra, o seu relacionamento conjugal entrou num clima
totalmente desconfortável. Quando ambos descobriram qual era a linguagem do
amor primário deles, começaram a se dedicar em fazê-la um para o outro.
Lembre-se: não basta descobrir a
linguagem do amor primaria de seu cônjuge e não fazer mais nada. A partir dai,
o próximo passo é mudar totalmente de atitude para demonstrar que a ama (o ama).
Se preciso for, dialogue com ele (a) e diga carinhosamente o que mais lhe
agrada que ele (a) faça para você e por você (acréscimo nosso).
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