Introdução
Até agora, vimos acerca de como
podemos vencer o pecado “que de tão perto nos rodeia”, depois aprendemos sobre
o primeiro “remédio” disponibilizado por Deus para todo e qualquer pecador que
é o “arrependimento” destes pecados e, agora iremos aprender acerca da
regeneração – gerar de novo, ou seja, sobre o Novo Nascimento.
O
texto separado pelo comentarista desta lição e que será desenvolvido para nossa
aprendizagem, encontra-se no Evangelho de João 3:1-7,17-18:
João
3:1-7,17-18. E havia
entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe
dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que
és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes,
se Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade
te digo que aquele
que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a
entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne
é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter
dito: Necessário vos é nascer de novo. (...). Porque Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que
o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem
não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus
(sublinhamos).
Este texto é muito rico de informações
importantes para o nosso aprendizado; nesse sentido, extraímos algumas palavras
ou orações dele, para detalhamentos:
Verso 1 – “(...) os Fariseus”. Era uma das principais seitas dos judeus (facção ou doutrina
que se afasta da opinião geral) muito numerosos e de grande influência entre o
povo. O termo “fariseu” significa entre outros sinônimos - “separado”. Eles não
se misturavam com os demais povos, inclusive dos outros Israelitas e exigiam o
cumprimento rigoroso da Lei e das Tradições judaicas.
Mateus
23:23-28. Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o
cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Condutores cegos! que
coais um mosquito e engolis um camelo. Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está
cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do
copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por
fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de
mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos
aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
(...)
Mateus
7:1-6. Não julgueis,
para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis
julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por
que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que
está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu
olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e
então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães as
coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as
pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.
Nos textos em destaque acima, Jesus
também faz uma censura de forma rigorosa contra eles, não deixando dúvidas de
que a sua doutrina estava totalmente desvinculada daquela ao qual Ele estava
propagando aos povos.
“(...), um homem chamado Nicodemos”.
Em hebraico seu nome significa “vitorioso sobre o povo”. Era um fariseu e
membro do Sinédrio (antigo Supremo
Tribunal dos Judeus, que durou até a destruição de Jerusalém no ano 70 A.D.,
constituído de 71 membros). Visitou Jesus no período da noite (João 3:2), fez uma defesa a Jesus
contra os principais sacerdotes em Jerusalém (João 7:50-52) e ajudou a José de Arimatéia que, na verdade, não era o seu sobrenome, mas sim a
cidade de onde viera – “Ramá”, que traduzido significa “altura, a retirar o
corpo de Jesus da cruz e a sepultá-lo (João
19:38-42).
“(...), príncipe dos judeus”. Geralmente,
este termo ou palavra era usado frequentemente como “título” de soberania,
principalmente para designar que a pessoa era o “chefe” ou a “pessoa principal”
de uma Família ou de uma Tribo.
2
Crônicas 1:1-2.
Salomão, filho de Davi, fortaleceu-se no seu reino; e o SENHOR seu Deus era com
ele, e o engrandeceu sobremaneira. E falou Salomão a todo o Israel, aos
capitães de mil e de cem, aos juízes e a todos os governadores em todo o
Israel, chefes das famílias
(grifamos).
(...)
João
12:31. Agora é o
juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe
deste mundo (grifamos).
(...)
Atos
5:30-31. O Deus de
nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no
madeiro. Deus com a sua destra o elevou a Príncipe
e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados
(grifamos).
No
Evangelho de João, o príncipe a que se refere o escritor é – Satanás, o nosso
cruel adversário. Na Epistola de Atos dos Apóstolos, o seu autor - o médico
Lucas, está fazendo referência a Jesus Cristo, como o nosso Príncipe e
Salvador.
Verso 3
- “(...), aquele que não nascer de novo
não pode ver o Reino de Deus”. Jesus
deixa bem claro quanto a necessidade de haver o “novo nascimento” para se ter o
acesso aos céus, haja vista que se não houver, o individuo não receberá o
“passaporte” para a vida eterna e a salvação mediante a pessoa de Jesus Cristo.
Entre
outros significados, o “nascer de novo” quer dizer que é preciso haver uma
mudança ou transformação completa na vida do pecador (em mim e em você).
Lembre-se do termo grego que se aplica a esta mudança – metanoeo. Se faz necessário mudar o seu modo de Pensar – Sentir e de Agir. E esta
mudança é operada ou promovida pelo próprio Deus e o Espírito Santo.
2
Pedro 2:1-6,9. E
também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos
doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o
Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmo repentina perdição. E muitos
seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de
largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. Porque,
se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno,
os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; e não perdoou ao mundo antigo, mas
guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio
sobre o mundo dos ímpios; e condenou à destruição as cidades de Sodoma e
Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem
impiamente; (...). Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e
reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;
No
texto em relevo, o apóstolo narra que o nosso Deus não perdoou nem mesmo aos
anjos. Portanto, se quisermos ter acesso ao Reino de Deus, precisamos buscar
incessantemente nascer de novo. Penso que esta atitude, deve ser uma busca
diária e constante em nossas vidas.
Verso 5 –
“(...), aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar
no Reino de Deus”. Quando lemos este texto, temos por certo de que Jesus estava
fazendo referência a “obra regeneradora ou
purificadora do Espírito Santo”. E o apóstolo Paulo escreve em sua
Epístola a Tito 3:4-7, ao fazer alusão ao mesmo assunto, quando diz:
Tito
3:4-7. Mas quando
apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
não pelas obras de justiça que
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou
sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela
sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.
Portanto,
o apóstolo está se referindo ao novo nascimento do crente, que pode ser visto de
forma simbólica na realização do “Batismo nas águas”, que é uma alusão ao
sepultamento do “velho homem”, morrendo para o mundo e, agora, nascendo para
Cristo. A partir de então, ele deve continuar a submeter-se a vontade de Deus, atentando
para as coisas que são do alto (Romanos 12:1-2; Atos 19:1-6).
Mateus
3:1-6. E, naqueles dias, apareceu João o
Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é
chegado o reino dos céus. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que
disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as
suas veredas. E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto
de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.
Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente
ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Verso 17- “(...). Deus enviou o seu Filho ao mundo, não
para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. A missão que foi confiada a Jesus por seu Pai
Celestial, não foi a de trazer a condenação aos homens, mas a de promover a remissão
de seus pecados para obter a sua salvação. E neste caso, Deus permitiu que Seu
Filho fosse injuriado, açoitado, moído, vituperado e morto no madeiro, tudo
para prover o perdão do pecado de seu povo e, com isso, torná-lo inocente e
inculpável.
Isaías
53:4-7. Verdadeiramente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido
por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi
oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao
matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não
abriu a sua boca.
Leitura
Semanal:
Segunda:
João 8:23-29. Jesus discursa sobre sua missão.
Terça:
João 6:29-38. Jesus se apresenta como sendo o Pão da Vida.
Quarta:
Romanos 5:12-15. Por Adão entra o pecado no mundo e Por Jesus a Graça e vida
eterna.
Quinta:
Romanos 10:8-13. Pela boca ocorre a confissão de pecados (...).
Sexta:
João 14:1-7. As últimas instruções aos discípulos.
Sábado:
João 15:1-9. Continuidade das instruções.
1. A
Necessidade do Novo Nascimento:
Como já foi dito anteriormente, para
que ocorra o novo nascimento é necessário que o individuo se arrependa de seus
pecados e creia no poder de Jesus para perdoá-lo. No diálogo entre Jesus e Nicodemos
(João 3;1-6), homem da nobreza , membro do Sinédrio, religioso e praticante da
Lei Mosaica, Jesus tenta fazê-lo entender que para conhecer o Filho de Deus,
seria necessário tornar-se numa nova criatura, por meio do novo nascimento.
Entretanto, ele não havia entendido como se daria isso.
Vale lembrar para os nossos dias
que, ser filho de Pastor ou de Obreiro, ter nascido num lar cristão ou ter
certo conhecimento Bíblico, não é o bastante para conseguir este feito, pois é
necessário haver uma regeneração completa, ou seja, um “gerar de novo”, isto é,
um novo nascimento.
1.1 Novo Nascimento: significa dizer que a pessoa deve ser
“gerada” pelo Espírito Santo de Deus. Esta regeneração envolve a transformação
de sua personalidade (e caráter). Seria comparável a ter a sua natureza
recriada. Todo o seu modo de pensar e agir começa a ser mudado gradativamente.
Efésios
4:22-27. Que, quanto
ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos
revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade. Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu
próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não
furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o
que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê
graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e
gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns
para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo.
Observa-se neste texto, que a
mudança deve ser feita tanto no agir (sua conduta) quanto no ato de falar.
Portanto, é uma mudança completa do ser humano (Metanoia). Entenda que o “nascer da água” é ter seus pecados lavados e purificados
através do arrependimento sincero. E isto ocorre pelo ouvir a Palavra de Deus e
pelo Sangue de Jesus que foi vertido no Calvário. Enquanto que o “nascer do Espírito” significa ter a natureza
humana restaurada pelo Senhor Jesus (e o Espirito Santo).
1.2
E como se Nasce de Novo? Para que isso aconteça é necessário que o
indivíduo abra o coração para Deus e procure se envolver com as coisas que são
do alto. Tem muitas pessoas que tem o seu coração endurecido para as coisas de
Deus: “Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no
dia da tentação no deserto” (Salmo 95:8).
Êxodo
4:21. E disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao
Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na
tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.
Neste texto, foi o Senhor quem
endureceu o coração de Faraó, pois tinha outros propósitos para que ele não
cedesse ao pedido de Moisés. Entretanto, outras coisas podem fazer com que o
nosso coração seja endurecido, entre elas, o pecado, as más obras e a rejeição
ao sagrado.
1
Pedro 1:21-23. E por
ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para
que a vossa fé e esperança estivessem em Deus; purificando as vossas almas pelo
Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos
ardentemente uns aos outros com um coração puro; sendo de novo gerados, não de
semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que
permanece para sempre.
2. A Ação do Mediador:
No Antigo Testamento,
era necessária a realização do sacrifício de animais para que o pecador
(violador da lei divina) voltasse a ter comunhão com o Senhor. Em Levítico 16,
vemos a pessoa do Sacerdote exercendo o papel deste mediador, mas ele usava um
dos animais para ser o “emissário” (o enviado) desta mediação.
Levítico
16:21-22. E Arão porá
ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as
iniquidades dos filhos de Israel e todas as transgressões, segundo todos os
seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela
mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas
as iniquidades deles a terra solitária; e o homem enviará o bode ao deserto.
Este ato era chamado de expiação
pelo pecado. O termo “expiar” significa reparar um erro ou pecado mediante a
aplicação de um castigo ou de uma pena. No Novo Testamento, quem assumiu o papel de mediador
foi o próprio Filho de Deus, pois era necessário que o homem expiasse a sua
culpa, para poder voltar a ter a comunhão com Deus. No entanto, ele não tinha
capacidade e condições de fazê-lo, então Jesus Cristo, assumiu esta posição
colocando-se entre Deus e o Homem para realizar esta mediação.
1
Timóteo 2:5. Porque
há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.
(...)
Gálatas
3:20,24. Ora, o
medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. (...). De maneira que a lei nos
serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos
justificados.
Portanto,
não é mais necessário o sacrifício de animais para a remissão dos pecados, pois
Ele foi o “Sacrifício Vicário”, isto é, ele nos substitui ou tomou o nosso
lugar, promovendo com esta atitude a nossa inocência (isenção de culpa). Ele
pagou a nossa divida com a sua morte na cruz. Somente o derramamento do “sangue
de um inocente” seria capaz de remir a nossa culpa, para que o sacrifício fosse
aceito por Deus: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo
pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito” (1 Pedro 3:18).
2.1 O Significado da Morte de Cristo:
enquanto esteve aqui na terra, Jesus Cristo operou muitos milagres e
maravilhas, inclusive deu um tom diferente ao comportamento humano através de
seus ensinos e instruções.
Entretanto,
o principal motivo d’Ele ter descido do céu para vir a terra, foi para trazer a
salvação, remir o homem de seu pecado e reatar a sua comunhão com Deus. Foi
assinalado quatro significados para a Sua morte:
2.1.1 - Morte Substitutiva: o próprio
nome é bem explicativo. Ele nos substituiu, isto é, tomou o nosso lugar. Mesmo
sem pecado e culpa, assumiu a nossa posição e tornou-se culpado por nós. Com
isso Ele pagou a nossa dívida.
1
Pedro 2:22-24. O qual
não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, o qual, quando o
injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se
àquele que julga justamente, levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a
justiça; e pelas suas feridas fostes sarados (cf. Isaías 53:4-5).
2.1.2 – Morte Expiatória:
outro significado para esta palavra é “purificar-se de crimes ou pecados”. Com
a sua morte na cruz do Calvário, Ele promoveu a nossa purificação.
Hebreus
10:10,14,18.. Na qual vontade temos sido
santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. (...).
Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
(...). Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado.
2.1.3 – Morte Sacrificial:
Ele ofereceu-Se a Si mesmo como propiciação, isto é, um sacrifício voluntário,
que foi oferecido para aplacar a ira de Deus contra a humanidade. Era
necessário que Jesus morresse para que houvesse o cumprimento da justiça divina
e, com este ato, pudesse promover a reconciliação entre Deus e os Homens.
1
João 4:10. Nisto está
a caridade (amor); não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos
amou e enviou seu filho para propiciação pelos nossos pecados.
2.1.4 – Morte Redentiva: o
termo apresenta como sinônimo redenção ou redimir, que significa “resgatar ou adquirir de novo”. Também
é interpretado como sendo “isento de culpa ou pagar um preço por alguém que era
devedor e, assim, torna-lo liberto”. Jesus fez isso por nós, pagou um “alto
preço” para nos libertar das amarras do pecado.
1
Pedro 1:18-19.
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos
vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e incontaminado.
3. Os Passos Seguintes Do Novo Nascimento:
O
homem vindo a arrepender-se sinceramente por seus pecados, ele recebe o perdão
através da fé. Este homem passa a ser uma nova criatura, adquire uma nova
criação, uma nova vida. Ele não se prende mais as coisas do passado, pois, “agora
ele está em Cristo”, portanto, tornou-se numa nova criatura.
Gálatas
6:15. Porque, em
Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas sim
o ser uma nova criatura (cf. 2 Coríntios 5:17).
3.1 – A Justificação:
estávamos aguardando a nossa condenação pelas inúmeras faltas cometidas, em vez
disso, nós que éramos culpados, fomos declarados inocentes. Isto somente
aconteceu porque Jesus Cristo já pagou o preço em nosso lugar. Através da
pessoa de Jesus Cristo, Deus coloca o homem na posição de justo.
Lembre-se:
a justificação não nos foi concedida por causa de nossos méritos, mas pela
misericórdia, graça, amor e perdão de Deus: ”Ora, não só por causa dele está
escrito que lhe fosse tomado em conta, (...) o qual por nossos pecados foi
entregue e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:23,25).
3.2 – A Regeneração:
outros sinônimos são aplicados a esta palavra: renascer, restaurar, reabilitar
e renovar. É assegurado que a justificação e a regeneração estão sempre juntas.
O ato de “gerar de novo” é uma operação do Espírito Santo, feita no coração do
pecador, conferindo-lhe um novo viver, uma reabilitação.
1
João 3:9. Qualquer
que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e
não pode pecar, porque é nascido de Deus.
Vê-se neste texto, que a regeneração
vai inspirar um principio de santidade na vida do cristão, podendo influenciar
outras pessoas através de seu bom testemunho de vida.
3.3 – A Santificação: o
termo significa separação ou consagração. É a separação do cristão deste mundo
corrupto para um Deus que é Santo: “Sabei, pois, que o Senhor separou para si
aquele que lhe é querido” (Salmo 4:3).
1
Tessalonicenses 4:3-4.
Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que abstenhais da
prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e
honra.
A santificação faz parte da vontade
de Deus para nossas vidas, pois ela está na dependência de nossa vontade
pessoal, mediante a fé. Ela faz com que
o convertido ao cristianismo, venha a tornar-se numa pessoa dedicada as coisas
do Senhor.
3.4 – Consequências do Novo Nascimento:
quando ocorre a transformação do individuo, ele passa a ter uma vida totalmente
mudada. Podendo ser percebido pelas pessoas próximas a ele.
a)
ela encontra paz e alívio interiormente (Mateus 11:28-30);
b)
passa a viver uma nova vida de descanso e segurança em Cristo;
c)
passa a ter uma nova perspectiva de vida;
d)
torna-se participante da natureza divina e passa a ser filho de Deus (Gálatas
4:4-5; João 1:12).
Conclusão:
Deus já tinha tudo preparado para
que fosse promovida a reconciliação do homem. Ele enviou seu próprio filho,
permitindo que fosse morto, pois assim, asseguraria a remissão dos pecados da
humanidade. O que nos resta agora é passarmos a crer e aceitá-LO como sendo o
único Senhor (Redentor) e Salvador de nossas vidas.
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