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segunda-feira, 16 de abril de 2018

VENCENDO O PECADO

      Texto 1:

Romanos 5:12,19. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. (...).  Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.

Este texto faz referência ao pecado e a morte que passou a fazer parte da humanidade, mudando significativamente o curso da história do homem. Pecado este, configurado na transgressão e queda de Adão, abrindo a “porta” de entrada para a atuação do poder ativo de Satanás sobre a raça humana.
A partir de então, o pecado não somente penetrou no coração e na vida de Adão, mas foi transmitido ao gênero humano, vindo a corromper todas as pessoas nascidas após este acontecimento.
Em outras palavras, pode-se dizer que herdamos uma natureza moral corrupta, bem como a propensão para a prática do pecado e do mal. Portanto, tanto Adão como todos os seres humanos, passou a ficar sujeito à morte: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). 

Texto 2:

1 João 1:6-9.  Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Deste texto, gostaria de dar ênfase às palavras do versículo 6, que diz: “(...), e andamos nas trevas”.  Quem diz ter comunhão com Deus não pode andar em trevas, haja vista que o seu significado é de uma vida em/no pecado, ou seja, quem anda nas trevas, vive para satisfazer os desejos da carne ou os prazeres mundanos. Logo, pode-se dizer que quem anda em trevas, não nasceu de Deus:

1 João 3:4-9. Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado. Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. Filhinhos, ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.    

            Não estamos afirmando de que os nascidos de Deus não pecam, pois pecam sim!  No entanto, o pecado não mais os dominam. Como alguém já disse: “o pecado passa a ser um acidente de percurso, isto é, não foi planejado e, muito menos, desejado”.
            Ainda em relação ao texto de 1 João 6, quero enfatizar o que diz em seu versículo 7: “(...), mas, se andarmos na luz”.  Estes, em oposição a ênfase dada anterior, são aqueles que creem na verdade do Evangelho de Jesus Cristo e que se esforçam para cumpri-lo, pois sabem que o: “sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado” (verso 7c).
            A conduta de andar na luz deve ser contínua na vida de todo o cristão, seja ele recentemente convertido ao Cristianismo ou não. Esta procedência lhe trará como consequência uma santificação interior, promovida pelo sangue de Cristo, purificando-o de seus pecados. 

Leitura Para Sua Meditação:

Seg: Gênesis 3:11-19. No início da criação, eles viviam numa inocência moral.
Ter:  Efésios 2:4-10. A salvação é pela graça.
Qua. Romanos 6:15-23. O pecado não pode mais ter domínio sobre o cristão.
Qui.  Romanos 5:6-10. A justificação é pela Fé.
Sex. Efésios 2:11-16. A Cruz de Cristo une os Gentios e os Judeus.
Sáb. Filipenses 4:4-9. Devemos apresentar nossas petições e súplicas a Deus.

1. Conceito e Origem do Pecado

A palavra pecado deriva do latim ‘peccatum, expressão derivada do verbo ‘pecco, que significa “tropeçar ou dar um passo em falso”, ou ainda, “enganar-se”. Sendo usado pela Igreja por causa do seu carácter popular e expressivo.
Outros significados são usados para se referir ao pecado, inclusive podendo ser encontrado na própria Escritura, assegurando que o pecado é a “transgressão da Lei Divina” (1 João 3:4). Outros termos usados são: “errar o alvo” ou “rebelar-se contra Deus”; entre outras. Pode-se dizer que pecar é “andar em desacordo com os princípios ou mandamentos divinos”.

1.1 Origem:

            Têm-se registrado por vários teólogos e estudiosos das Escrituras, de que a origem do pecado deu-se no coração do querubim ungido de nome Lúcifer, quando desejou ser igual a Deus. A princípio, ele não estava satisfeito em ser apenas formoso, sábio e de habitar entre pedras afogueadas.

Ezequiel 28:2,12,15. Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Visto como se elevou o teu coração, e disseste: Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento, no meio dos mares; todavia tu és homem, e não deus, embora consideres o teu coração como se fora o coração de um deus. (...). Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-te: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. (...). Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniquidade.       

            Esta passagem Bíblica, registrada no livro do profeta maior Ezequiel, segundo os exegetas, parece fazer uma referência velada à pessoa de Satanás (Lucífer), como sendo o verdadeiro governante da cidade de Tiro e como o deus do presente século: “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).  

1.2  A Queda do Homem:

            Com a perda de seus privilégios celestiais, Satanás ou Lucífer, arquitetou um plano para se vingar de Deus, focando suas investidas numa de suas maiores criações – o Homem: “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto” (Gênesis 1:31).
Da mesma forma em que ele agiu por orgulho e egoísmo, sendo expulso dos céus: “ E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele” (Apocalipse 12:9); ele agora utiliza da mesma artimanha para com Eva (e Adão), com o propósito de que sejam expulsos do Jardim do Éden.

Gênesis 3:1-5. Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.  

Ele a fez pensar que seria igualmente a Deus se comesse daquele fruto e de que não acarretaria nenhuma consequência ou mal, por ter adotado esta atitude. Portanto, o primeiro casal acreditou na mentira de Satanás, de que seriam iguais a Deus em conhecimento.
Adão foi escolhido por Deus para ser o administrador (ou mordomo) do Éden, mas falhou nesta missão, sendo penalizado e expulso por Deus. Não podemos esquecer que desde o início da criação e no transcorrer da vida, Ele nos deus o direito de escolha (cf. Deuteronômio 11:26-32).

1.3 A Universalidade do Pecado:

            Com a queda do primeiro homem, o pecado penetrou em sua história de vida, inclusive alcançou também a sua descendência. O que significa dizer que todos os homens depois dele, herdaram uma “natureza pecaminosa” ao nascerem.

Salmo 51:1-5. Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.  Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares. Eis que eu nasci em iniquidade, e em pecado me concedeu minha mãe (grifamos).

            Davi reconhece que desde sua infância possuía uma propensão natural para o pecado. Noutras palavras, ele reconhece que a sua própria natureza era pecaminosa.  Depois que o pecado entrou na vida humana e com o decorrer dos anos, ele se desenvolveu e aumentou em sua rebeldia contra Deus.
            A partir dai, segundo registra as Escrituras, não houve mais homens justos na terra: ”Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque” (Eclesiastes 7:20). Na Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Como está escrito: Não há justo, nem sequer um” (Romanos 3:10).

1.4  Algumas Consequências do Pecado:

            Deus não deixou de punir nem aqueles que estavam ou andavam com Ele (Lucífer, Adão e Eva, Caim, Moisés, Arão, etc.). Sendo assim, é notório de que todo ato pecaminoso sofrerá consequências. Veja o caso do rei Davi, por exemplo: adulterou e cometeu um homicídio (2 Samuel 11:4-5,14-17).  Deus usou o profeta Natã para repreendê-lo, devido o seu grave pecado, ao dizer-lhe que a espada não se afastaria de sua casa.

2 Samuel 12:9-11. Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste para ser tua mulher; sim, a ele mataste com a espada dos amonitas. Agora, pois, a espada jamais se apartará da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol.      

            As consequências do pecado do rei Davi foram terríveis, para ele e, principalmente, para a sua família: - Bate-Seba engravida deste ato pecaminoso (era esposa de Urias), mas perde a criança (2 Samuel 12:14).   - Amnon (que estuprou sua irmã Tamar), foi morto por seu irmão Absalão (2 Samuel 13:28-29). - Absalão é morto por Joabe, chefe do exército de Davi (2 Samuel 18:9-15). - Adonias, o quarto filho do rei Davi, foi morto por seu irmão Salomão (1 Reis 2:24-25).   
a) Julgamento: todos terão que um dia comparecer perante o Tribunal de Cristo (Romanos 14:10;
2 Coríntios 5:1).
b) Condenação: aquele que desobedece a Palavra de Deus, será julgado por sua própria Palavra (João 12:48).
c) Culpa: quando pecamos, nos tornamos culpado diante de Deus. Por isso, a necessidade do julgamento e condenação (Tiago 2:9-10).
d) Morte: com o pecado vem a morte física e espiritual. Morte como a separação de Deus (Romanos 6:23; Apocalipse 20:14).

            A palavra que corresponde a penalidade que será aplicada aos pecadores, é a “morte”. E ela pode ocorrer de três maneiras:

1ª – A morte física: o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus para ser “imortal”. Com a sua desobediência, trouxe para si e para a humanidade á morte, embora Adão não tenha morrido imediatamente. Entretanto, ficou a partir daquele momento, sujeito a morte física (Gênesis 5:4-5);

2ª – A morte espiritual: ela é entendida como a separação entre Deus e o Homem. A partir do momento em que pecou, Adão perdeu sua comunhão com seu Criador, isto é, morreu espiritualmente (Efésio 2:1);

3ª – A morte eterna: ela é consequência da morte espiritual, também sendo chamada de “segunda morte”. Para escapar desta morte, é necessário que o homem reate sua comunhão com Deus através de Jesus Cristo (João 11:26).   

2. Remédios para o Pecado:

            Antes do receituário médico, se faz necessário alertar a nós pecadores, acerca da importância da mudança de atitude – metanoia (mudança de mente e pensamento). Precisamos lembrar de que Ele já providenciou o principal e maior sacrifício – deu o Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar, cabendo apenas a Nós:

2.1 – Arrepender-se: ao pecar, precisamos sentir tristeza por tê-lo cometido e voltarmos urgentemente para Deus (Atos 2:38);

2.2 – Confessarmos: temos que agir como pessoas adultas e admitirmos os nossos erros. Deus se agrada quando abrimos nossa boca e falamos sobre as nossas falhas, pedindo-lhe perdão (Romanos 10:9-10; 1 João 1:9);

2.3 – Deixar o Pecado: ele não pode mais ter domínio sobre nossas vidas. Você pode até pecar, mas dever ser como um “acidente de percurso”, um incidente. Nada que foi planejado e desejado (João 8:11).

3. Vencendo o Pecado;

            A partir de agora, inicia-se uma luta diretamente contra Satanás e suas hostes malignas. Ele é um de nossos maiores e piores adversários. Ele não descansa, tentando nos enfraquecer na fé e fazer com que voltemos a pecar.

3.1  Pecados Perdoados: após passarmos pelas etapas do arrependimento, confissão e abandono do pecado, passamos a ser perdoados (Isaías 43:25). A morte de Cristo no madeiro, é nossa total garantia de ter sido perdoado (2 Coríntios 5:21). Não há e nem haverá outro sacrifício de Sua parte, pois a Sua morte na Cruz, foi suficiente para aniquilar o pecado e nos libertar da escravidão (Hebreus 9:26-28).

3.2  Reparação de Erros:  precisamos revisar o nosso passado, para ver se há alguma coisa a ser reparado. Por exemplo, se ficou alguma inimizade com alguém, uma divida não paga, entre outras coisas. Isto é muito importante para não servir de “embaraço” em sua nova caminhada com Cristo.

3.3  O Pecado no Presente: embora estejamos na presença do Senhor, buscando andar em sua luz, o pecado continua existindo e atuando na terra. Por isso, temos que estar vigilantes para não sermos engodados por seus atrativos (1 João 2:1).
            Lembre-se: não somos imunes ao pecado, precisamos continuar lutando e resistindo em suas investidas contra nossa vida, mas, caso aconteça de virmos a pecar, volte-se para o processo anterior, ou seja, arrependa-se, confesse e abandone-o.

Conclusão:

Não se esqueça de que mesmo sendo cristão, continuamos na condição de pecadores, porém, libertos do pecado. Certa vez, um Pastor foi visitar um parente que há tempos não via. No transcorrer da conversa, a pessoa visitada disse: “Eu não vou à igreja porque lá tem um monte de víboras (pecadores)”!  O pastor disse: “Realmente”. No entanto, sabe no que elas diferem de você? - Elas sabem que são víboras, por isso estão indo aos cultos para serem transformadas. Para continuarmos com esta liberdade, precisamos estar o tempo todo vigilantes, pois assim diz a palavra de Deus: “Aquele, pois, que cuida estar de pé, olhe que não caia” (1 Coríntios 10:12).

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