Texto 1:
Romanos
5:12,19. Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. (...). Porque,
assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos
pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.
Este
texto faz referência ao pecado e a morte que passou a fazer parte da
humanidade, mudando significativamente o curso da história do homem. Pecado
este, configurado na transgressão e queda de Adão, abrindo a “porta” de entrada
para a atuação do poder ativo de Satanás sobre a raça humana.
A
partir de então, o pecado não somente penetrou no coração e na vida de Adão,
mas foi transmitido ao gênero humano, vindo a corromper todas as pessoas nascidas
após este acontecimento.
Em
outras palavras, pode-se dizer que herdamos uma natureza moral corrupta, bem
como a propensão para a prática do pecado e do mal. Portanto, tanto Adão como
todos os seres humanos, passou a ficar sujeito à morte: “Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).
Texto 2:
1
João 1:6-9. Se dissermos que temos comunhão com ele, e
andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na
luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado
nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça.
Deste
texto, gostaria de dar ênfase às palavras do versículo 6, que diz: “(...), e andamos nas trevas”. Quem diz ter comunhão com Deus não pode andar
em trevas, haja vista que o seu significado é de uma vida em/no pecado, ou
seja, quem anda nas trevas, vive para satisfazer os desejos da carne ou os
prazeres mundanos. Logo, pode-se dizer que quem anda em trevas, não nasceu de
Deus:
1
João 3:4-9. Todo
aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado
é rebeldia. E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados; e nele
não há pecado. Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive
pecando não o viu nem o conhece. Filhinhos, ninguém vos engane; quem pratica a
justiça é justo, assim como ele é justo; quem comete pecado é do Diabo; porque
o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para
destruir as obras do Diabo. Aquele que é nascido de Deus não peca
habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no
pecado, porque é nascido de Deus.
Não estamos afirmando de que os
nascidos de Deus não pecam, pois pecam sim!
No entanto, o pecado não mais os dominam. Como alguém já disse: “o
pecado passa a ser um acidente de percurso, isto é, não foi planejado e, muito
menos, desejado”.
Ainda em relação ao texto de 1 João
6, quero enfatizar o que diz em seu versículo 7: “(...), mas, se andarmos na luz”.
Estes, em oposição a ênfase dada anterior, são aqueles que creem na
verdade do Evangelho de Jesus Cristo e que se esforçam para cumpri-lo, pois
sabem que o: “sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado” (verso 7c).
A conduta de andar na luz deve ser
contínua na vida de todo o cristão, seja ele recentemente convertido ao
Cristianismo ou não. Esta procedência lhe trará como consequência uma
santificação interior, promovida pelo sangue de Cristo, purificando-o de seus
pecados.
Leitura
Para Sua Meditação:
Seg: Gênesis 3:11-19. No
início da criação, eles viviam numa inocência moral.
Ter: Efésios 2:4-10. A salvação é pela graça.
Qua. Romanos 6:15-23. O
pecado não pode mais ter domínio sobre o cristão.
Qui. Romanos 5:6-10. A justificação é pela Fé.
Sex. Efésios 2:11-16. A
Cruz de Cristo une os Gentios e os Judeus.
Sáb. Filipenses 4:4-9.
Devemos apresentar nossas petições e súplicas a Deus.
1.
Conceito e Origem do Pecado
A
palavra pecado deriva do latim ‘peccatum,
expressão derivada do verbo ‘pecco, que significa “tropeçar ou dar um passo em
falso”, ou ainda, “enganar-se”. Sendo usado pela Igreja por causa do seu
carácter popular e expressivo.
Outros
significados são usados para se referir ao pecado, inclusive podendo ser
encontrado na própria Escritura, assegurando que o pecado é a “transgressão da
Lei Divina” (1 João 3:4). Outros termos usados são: “errar o alvo” ou
“rebelar-se contra Deus”; entre outras. Pode-se dizer que pecar é “andar em
desacordo com os princípios ou mandamentos divinos”.
1.1 Origem:
Têm-se registrado por vários
teólogos e estudiosos das Escrituras, de que a origem do pecado deu-se no
coração do querubim ungido de nome Lúcifer, quando desejou ser igual a Deus. A
princípio, ele não estava satisfeito em ser apenas formoso, sábio e de habitar
entre pedras afogueadas.
Ezequiel
28:2,12,15. Filho do
homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Visto como se elevou
o teu coração, e disseste: Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento, no
meio dos mares; todavia tu és homem, e não deus, embora consideres o teu
coração como se fora o coração de um deus. (...). Filho do homem, levanta uma
lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-te: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o
selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. (...). Perfeito
eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou
iniquidade.
Esta passagem Bíblica, registrada no
livro do profeta maior Ezequiel, segundo os exegetas, parece fazer uma referência
velada à pessoa de Satanás (Lucífer), como sendo o verdadeiro governante da
cidade de Tiro e como o deus do presente século: “nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).
1.2
A Queda do Homem:
Com a perda de seus privilégios
celestiais, Satanás ou Lucífer, arquitetou um plano para se vingar de Deus,
focando suas investidas numa de suas maiores criações – o Homem: “E viu Deus
tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia
sexto” (Gênesis 1:31).
Da
mesma forma em que ele agiu por orgulho e egoísmo, sendo expulso dos céus: “ E
foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e
Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos
foram precipitados com ele” (Apocalipse
12:9); ele agora utiliza da mesma artimanha para com Eva (e Adão), com o
propósito de que sejam expulsos do Jardim do Éden.
Gênesis
3:1-5. Ora, a
serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus
tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de
toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do
jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse
Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a
serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que
comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o
bem e o mal.
Ele
a fez pensar que seria igualmente a Deus se comesse daquele fruto e de que não
acarretaria nenhuma consequência ou mal, por ter adotado esta atitude.
Portanto, o primeiro casal acreditou na mentira de Satanás, de que seriam
iguais a Deus em conhecimento.
Adão
foi escolhido por Deus para ser o administrador (ou mordomo) do Éden, mas
falhou nesta missão, sendo penalizado e expulso por Deus. Não podemos esquecer
que desde o início da criação e no transcorrer da vida, Ele nos deus o direito
de escolha (cf. Deuteronômio 11:26-32).
1.3 A Universalidade do Pecado:
Com a queda do primeiro homem, o
pecado penetrou em sua história de vida, inclusive alcançou também a sua
descendência. O que significa dizer que todos os homens depois dele, herdaram
uma “natureza pecaminosa” ao nascerem.
Salmo
51:1-5. Compadece-te
de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões,
segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha
iniquidade, e purifica-me do meu pecado.
Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim. Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante
dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e inculpável em
julgares. Eis que eu nasci em
iniquidade, e em pecado me concedeu minha mãe (grifamos).
Davi reconhece que desde sua
infância possuía uma propensão natural para o pecado. Noutras palavras, ele
reconhece que a sua própria natureza era pecaminosa. Depois que o pecado entrou na vida humana e
com o decorrer dos anos, ele se desenvolveu e aumentou em sua rebeldia contra
Deus.
A partir dai, segundo registra as
Escrituras, não houve mais homens justos na terra: ”Pois não há homem justo
sobre a terra, que faça o bem e nunca peque” (Eclesiastes 7:20). Na Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo diz:
“Como está escrito: Não há justo, nem sequer um” (Romanos 3:10).
1.4
Algumas Consequências do Pecado:
Deus
não deixou de punir nem aqueles que estavam ou andavam com Ele (Lucífer, Adão e
Eva, Caim, Moisés, Arão, etc.). Sendo assim, é notório de que todo ato
pecaminoso sofrerá consequências. Veja o caso do rei Davi, por exemplo:
adulterou e cometeu um homicídio (2
Samuel 11:4-5,14-17). Deus usou o
profeta Natã para repreendê-lo, devido o seu grave pecado, ao dizer-lhe que a
espada não se afastaria de sua casa.
2
Samuel 12:9-11. Por
que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A
Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste para ser tua mulher;
sim, a ele mataste com a espada dos amonitas. Agora, pois, a espada jamais se apartará da tua casa,
porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua
mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre
ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o
qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol.
As
consequências do pecado do rei Davi foram terríveis, para ele e, principalmente,
para a sua família: 1º - Bate-Seba
engravida deste ato pecaminoso (era esposa de Urias), mas perde a criança (2
Samuel 12:14). 2º - Amnon (que estuprou sua irmã Tamar), foi morto por seu irmão Absalão
(2 Samuel 13:28-29). 3º - Absalão é
morto por Joabe, chefe do exército de Davi (2 Samuel 18:9-15). 4º - Adonias, o quarto filho do rei
Davi, foi morto por seu irmão Salomão (1 Reis 2:24-25).
a) Julgamento:
todos terão que um dia comparecer perante o Tribunal de Cristo (Romanos 14:10;
2
Coríntios 5:1).
b) Condenação:
aquele que desobedece a Palavra de Deus, será julgado por sua própria Palavra
(João 12:48).
c) Culpa:
quando pecamos, nos tornamos culpado diante de Deus. Por isso, a necessidade do
julgamento e condenação (Tiago 2:9-10).
d) Morte:
com o pecado vem a morte física e espiritual. Morte como a separação de Deus
(Romanos 6:23; Apocalipse 20:14).
A palavra que corresponde a
penalidade que será aplicada aos pecadores, é a “morte”. E ela pode ocorrer de
três maneiras:
1ª – A morte física: o
homem foi criado à imagem e semelhança de Deus para ser “imortal”. Com a sua
desobediência, trouxe para si e para a humanidade á morte, embora Adão não
tenha morrido imediatamente. Entretanto, ficou a partir daquele momento, sujeito a morte física (Gênesis 5:4-5);
2ª – A morte espiritual:
ela é entendida como a separação entre Deus e o Homem. A partir do momento em
que pecou, Adão perdeu sua comunhão com seu Criador, isto é, morreu
espiritualmente (Efésio 2:1);
3ª – A morte eterna: ela
é consequência da morte espiritual, também sendo chamada de “segunda morte”.
Para escapar desta morte, é necessário que o homem reate sua comunhão com Deus
através de Jesus Cristo (João 11:26).
2. Remédios para o Pecado:
Antes do receituário médico, se faz
necessário alertar a nós pecadores, acerca da importância da mudança de atitude
– metanoia (mudança de mente e pensamento).
Precisamos lembrar de que Ele já providenciou o principal e maior sacrifício –
deu o Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar, cabendo
apenas a Nós:
2.1 – Arrepender-se: ao
pecar, precisamos sentir tristeza por tê-lo cometido e voltarmos urgentemente
para Deus (Atos 2:38);
2.2 – Confessarmos:
temos que agir como pessoas adultas e admitirmos os nossos erros. Deus se
agrada quando abrimos nossa boca e falamos sobre as nossas falhas, pedindo-lhe
perdão (Romanos 10:9-10; 1 João 1:9);
2.3 – Deixar o Pecado:
ele não pode mais ter domínio sobre nossas vidas. Você pode até pecar, mas
dever ser como um “acidente de percurso”, um incidente. Nada que foi planejado
e desejado (João 8:11).
3. Vencendo o Pecado;
A partir de agora, inicia-se uma
luta diretamente contra Satanás e suas hostes malignas. Ele é um de nossos
maiores e piores adversários. Ele não descansa, tentando nos enfraquecer na fé
e fazer com que voltemos a pecar.
3.1 Pecados Perdoados:
após passarmos pelas etapas do arrependimento, confissão e abandono do pecado, passamos
a ser perdoados (Isaías 43:25). A morte de Cristo no madeiro, é nossa total
garantia de ter sido perdoado (2
Coríntios 5:21). Não há e nem haverá outro sacrifício de Sua parte, pois a
Sua morte na Cruz, foi suficiente para aniquilar o pecado e nos libertar da
escravidão (Hebreus 9:26-28).
3.2
Reparação de Erros: precisamos
revisar o nosso passado, para ver se há alguma coisa a ser reparado. Por
exemplo, se ficou alguma inimizade com alguém, uma divida não paga, entre
outras coisas. Isto é muito importante para não servir de “embaraço” em sua
nova caminhada com Cristo.
3.3 O Pecado no Presente:
embora estejamos na presença do Senhor, buscando andar em sua luz, o pecado
continua existindo e atuando na terra. Por isso, temos que estar vigilantes
para não sermos engodados por seus atrativos (1 João 2:1).
Lembre-se:
não somos imunes ao pecado, precisamos continuar lutando e resistindo em suas
investidas contra nossa vida, mas, caso aconteça de virmos a pecar, volte-se
para o processo anterior, ou seja, arrependa-se, confesse e abandone-o.
Conclusão:
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