Introdução
O propósito de preparar este estudo,
deve-se ao fato de que algumas pessoas restringem ou fazem confusão acerca do
que vem a ser uma verdadeira adoração a Deus.
O ato de adoração alcança uma amplitude e extensão enorme na esfera
física, religioso e espiritual do ser humano.
Entretanto,
há membros e frequentadores de igrejas evangélicas, que acham que a adoração
esteja presente somente durante a ministração dos louvores. Para esses, este é
o verdadeiro ápice do culto, onde erguem os braços, dançam e glorificam a Deus.
Amém!
Outros
crentes, acreditam que para ocorrer uma verdadeira adoração tem que ter movimentos, barulhos e uma glorificação num tom
vocal de grande amplitude. Dito com outras palavras, o publico presente tem que
ter uma manifestação corporal bem perceptivel e atuante. Alguns saem do culto e
costumam usar o seguinte jargão: “hoje o manto desceu em nosso meio”. Amém!
Outros
não tem esta mesma percepção, acreditam que a verdadeira adoração reside
somente no momento da ministração da Palavra de Deus. Com isso, eles podem achar que as pessoas que
entram, sentam e ficam quietos durante o culto, não adoraram a Deus, mas podem
estar totalmente enganados.
Penso
e acredito que cada pessoa tem sua forma particular de apresentar a sua adoração a Deus. E isso deve
ser respeitado por todos. Amém!
1. Equívocos Acerca da Adoração:
1.1 – Somente Louvor: como dissemos anteriormente, tem
muitas pessoas que vão aos cultos na igreja com certa assiduidade, mas que só
estão interessadas no momento em que ocorre a ministração dos louvores. Nesse
período, elas colocam toda a sua emoção
e, ás vezes, extravasam em seus comportamentos, para aproveitar ao máximo
aquele momento.
Salmo 30:11-12. Tornaste o meu
pranto em folguedo, tiraste o meu cilício (cordão ou cinto) e me cingiste de
alegria; para que a minha glória te cante louvores e não se cale: Senhor, Deus meu, eu te louvarei
para sempre.
Vale
lembrar para essas pessoas que o simples ato de louvar (o louvor em si
mesmo), não significa a verdadeira
adoração a Deus. No entanto, o louvor também é uma das várias formas de se
adorar o nosso Senhor.
Tenho
por costume fazer uma comparação bem simples, acerca dos louvores na Igreja:
Quando chegamos num restaurante, geralmente nos oferecem um prato de entrada.
Dependendo deste prato, será criada em nós, uma grande expectativa quanto ao
prato principal que será servido posteriormente.
Nos
cultos da igreja, penso da mesma forma, isto é, os louvores que são entoados,
representam o nosso prato de entrada, ou seja, uma forma de nos preparar e
criar em nós, uma grande expectativa para o prato principal que será servido
logo apos os louvores – a ministração da Palavra de Deus.
Assim
eu penso e enchergo a ministração dos louvores, como sendo um ato de adoração a
Deus, mas como um “atrativo
preparatório” para o ato de adoração maior que é a pregação da Palavra de Deus, pois é ela e por
meio dela, que nos mantemos “firmes,
constantes e de pé”.
1.2 – Isolamento Social: tem pessoas que entendem que é
necessário haver um isolamento (se retirar)
de outras pessoas para que consiga apresentar a sua adoração ao Senhor.
É bom frisar que nem sempre o isolamento ou a clausura, será a garantia de que
a sua adoração chegará como “cheiro suave” ao Senhor. Entretanto, o ato duma pessoa se colocar, de
vez em quando, num local solitario para
buscar a presença de Deus; certanente, essa atitude também é uma das
várias maneiras de se adorar o Senhor:
Mateus 14:22-23. E logo ordenou
Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra
banda, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte
para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
O próprio Jesus Cristo, em diversas
ocasiões procedeu assim, estando registrado em várias narrativas Bíblicas. Ele
separou-se da multidão para estar num diálogo a sós com o Pai Celestial. Cuidado sobre o fato de estar se dedicando
muito e durante muito tempo a este tipo de comportamento (ir ao monte, cruzadas
evangelísticas, vigílias etc.) e acabar achando que é mais espiritual do que as
outras pessoas.
1.3 – Praticar Boas
Ações: muitas pessoas
de posses, empresas e instituições
filantrópicas fazem excelentes ações sociais, para ajudar pessoas que estão em
extrema miséria e pobreza. No entanto, essas ações centradas em si mesmas, não
representam a verdadeira adoração ao Senhor. Embora saibamos que elas fazem
parte das diversas maneiras de adorarmos a Deus.
Efésios 2:8-9. Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie.
Se você acha que somente
fazendo boas obras já está adorando a Deus, a ponto de estar na condição de
salvo, está redondamente enganado. A Palavra de Deus é bem clara: ninguém será
salvo pelas obras que faz, mas todo aquele que é salvo, faz boas obras (cf. Tiago 2:14-18).
2. Conceitos:
Entre
vários conceitos ou significados acerca da palavra adoração, encontramos alguns
que muito nos agrada; entre eles, 1. amar extremamente alguém; 2. Tributar
grande respeito a/por; 3. Venerar e 4. render-se à Divindade.
Um
texto Bíblico muito citado por pregadores do Evangelho e, ao mesmo tempo, muito
conhecido dos seguidores de Cristo, encontra-se em João 4:23-24:
João 4:23-24. Mas a hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é
espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espirito e em verdade
(grifamos).
O
que seria adorar a Cristo em espírito e em verdade? Jesus Cristo nos ensina várias coisas acerca
da adoração neste versículo. Adorar em espírito significa a indicação de como
está o nosso nível de adoração ao Senhor, ou seja, devemos estar no mais alto
nível. E também nos ordena a comparecer perante Ele com total sinceridade de
coração e com grande ânimo de espírito.
A adoração a Cristo em verdade significa que ela deve ser
prestada em conformidade com a verdade do Pai,
que se revela na pessoa de seu Filho
e que se recebe mediante a pessoa do Espírito
Santo. Uma adoração verdadeira deve contemplar a Trindade Divina.
Verdade,
do original grego – aletheia, é uma característica de Deus, encarnada
em Cristo e intrínseca no Espírito Santo.
Salmo 31:5. Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu
me remiste, Senhor, Deus da verdade.
(...)
João 14:6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
(...)
João 15:26. Mas, quando vier o Consolador (Paracleto),
que eu da parte de meu Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que
procede do Pai, testificará de mim.
Portanto,
devemos adorar o nosso Deus com todo o nosso entendimento (pensamento), e de
todo o nosso coração e de nosso sentimento.
2.1 - O Significado Teológico de Adoração:
Em
primeiro lugar, queremos apresentar o seu significado na esfera secular, tendo
em vista que vivemos numa época de grande concorrência e competitividade. Adorar
significa o ato
de render-se a alguém ou a alguma coisa. Nessa esfera ou no senso
comum, render-se a alguém apresenta um aspecto negativo, haja vista que ninguém
gosta de que o vejam como sendo um perdedor ou derrotado.
Na
disputa pelo mercado de trabalho, o ato de rendição demonstra ou imprime a
ideia desagradável de admitir a derrota numa batalha, perder uma competição ou
desistir diante dum adversário considerado mais forte e melhor preparado.
Não
podemos esquecer que desde pequeno somos estimulados e ensinados a nunca
desistir. Sendo assim, render-se; jamais. Lembro-me bem, de quando meu filho
(Carlos Eduardo) era pequeno, e quando não conseguia fazer alguma coisa, a
primeira coisa que lhe dizia era: “nunca desista”. Durante um bom tempo, este
foi o nosso lema.
Entretanto,
quando a mesma palavra é usada no campo teológico ou religioso, a ela é dada uma importância e significado totalmente
diferente, pois a nossa rendição ao Senhor será imprescindível para obtermos um bom relacionamento com Ele.
2.1.1 – Render-se a
Cristo:
diferentemente do sendo comum, adorar a Cristo como sendo sinônimo de rendição,
não é a mesma coisa que resignação
passiva, ou seja, renunciar simplesmente e ficar de braços cruzados. A
adoração que tem por significado rendição, nos coloca numa condição de
sacrificar a nossa vida e sofrer por Cristo. Todo o sacrifício pauta-se no
sentido de mudar o que precisa ser mudado em nós.
Render-se a Cristo também não é suprimir nossa personalidade. Como Deus
usou os profetas do Antigo e do Novo Testamento, sem exigir que eles mudassem
em sua essência e cultura; Ele também quer nos usar da mesma maneira,
aproveitando-se de nossas características singulares.
C.S.Lewis, escreveu alguma coisa neste sentido,
quando disse a seguinte frase: “Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle
de nossas vidas, mais autênticos nos tornamos, pois foi Ele quem nos fez
(...)”
Salmo 37:7,9. Descansa no Senhor e espera nele
(...); mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra..
(...)
Romanos 12:1-2. Rogo-vos, pois,
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos
conformeis com este mundo, mais transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Uma bela forma de apresentarmos uma
adoração verdadeira a Deus, está transcrita nestes versículos, isto é,
buscarmos ter uma vida em santidade, separando-nos do mundo (não se conformar
com o que as pessoas fazem) e sermos aceitos por Ele.
3. Atitudes que
Simbolizam a Verdadeira Adoração:
Quando
olhamos e vemos que para prestar o verdadeiro culto de adoração a Deus, se faz
necessário uma entrega total, ou seja, devemos nos render totalmente aos pés de
Cristo. Pode parecer para muitas pessoas não ser uma boa atitude. Isto se deve
pelo fato de que o “ato de render-se a alguém”, quase sempre imprime um
significado de fraqueza, impotência ou de derrota (na esfera secular).
Lucas 5:5. E, respondendo Simão, disse-lhe:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas,
lançarei a rede.
Nesta
narrativa, Pedro demonstra o verdadeiro ato de rendição. Eles passaram a noite
inteira pescando, mas não pegaram nada. Eles deviam estar tremendamente
cansados. No entanto, quando recebeu a ordem de Jesus para lançar a rede; ele
simplesmente obedeceu.
Ele
poderia apresentar muitas razões para não obedecer aquele mandamento, mas
preferiu render-se a Ele. Em contrapartida,
Jesus efetuou um grande milagre, pois conseguiram pegar mais de cento e
cinquenta grandes peixes.
3.1 - Confiança:
Muitas
vezes, durante o transcorrer de nossos dias, somos obrigados a confiar no
motorista do coletivo, no piloto do avião, no taxista ou em outras pessoas,
dependendo da situação e circunstâncias do nosso cotidiano.
E,
infelizmente nos esquecemos de depositar toda a nossa confiança Naquele que
detém todo o controle em Suas mãos – Jesus Cristo. Não se esqueça: “confiar em Deus, é um
verdadeiro e sincero ato de adoração”.
Salmo 20:7. Uns confiam em carros, e outros, em
cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus.
(...)
Salmo 84:12.
(...), bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.
Noé
e vários outros personagens do Antigo Testamento, poderiam ser citados neste
tópico acerca da confiança que depositaram em Deus. Quando Deus ordenou que construísse um grande barco de madeira, inclusive dizendo-o a sua dimensão e
outros detalhes importantes, ele não questionou.
Ele
poderia muito bem argumentar com o Senhor, de que nunca tinha visto alguma
chuva, que morava muito distante do mar e do oceano e, também como convenceria
os animais a entrarem naquele barco. Em
momento algum ele fez isso, simplesmente confiou no Senhor e fez tudo conforme
lhe fora ordenado.
Gênesis 2:5. Toda planta do campo ainda não
estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava, porque ainda o Senhor
Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
(...).
Gênesis 6:14. Faze para ti uma arca da madeira de
gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com
betume.
Lembre-se: quando você deposita toda a sua
confiança no Senhor, além de ser um verdadeiro ato de adoração, Ele muito se
agrada. Podendo até dizer as mesmas palavras que disse acerca de Jesus Cristo:
“(...): Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17).
3.2 – Obediência:
Nós,
adultos, somos muito seletivos em relação aos nossos gostos e preferências.
Sendo assim, muitas vezes escolhemos quais ordens e a quem obedecer. Costumamos
listar quais as ordens que nos agradam e, assim, passamos a obedecer, enquanto
deixamos de lado aquelas que consideramos absurdas ou que não gostamos. Não se esqueça:
“uma obediência parcial é o mesmo que desobedecer”.
Muitas
vezes colocamos o nosso foco e atenção em algumas atitudes que reputamos como a
única forma de adoração. Talvez, este seja um de nossos grandes erros
(inclusive Meu). Gostaríamos de fazer menção mais uma vez a pessoa do patriarca
Noé, ao receber a ordem do Senhor, passou a fazer exatamente como Ele havia lhe
falado, ou seja, sua obediência foi total.
Salmo 119:33-34. Ensina-me, ó
Senhor, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim. Dá-me entendimento,
e guardarei a tua lei e observá-la-ei de todo o coração.
Noé
obedeceu rigorosamente e de forma incondicional. Lembre-se: qualquer ato de obediência a
Deus e a sua Palavra, é um verdadeiro ato de adoração”. A sua
obediência imediata lhe ensinará mais sobre Deus, do que uma vida inteira de
discussões meramente teológicas
3.3 – Gratidão:
Todos
os dias recebemos bençãos e livramentos da parte de Deus, mas, ás vezes, nem
percebemos e nem nos são revelados. Noutros casos, Deus faz questão que tenhamos
conhecimento para que possamos testemunhar do Seu agir e operar a nosso favor.
E quando isso acontece, penso que Deus espera que nos voltemos a Ele para
agradecer-lhe, pois esta atitude muito lhe causa prazer.
Lucas 17:12-15. E, entrando numa
certa aldeia, sairam-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de
longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! E
ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que,
indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou
glorificando a Deus em alta voz.
Se lermos toda a narrativa, iremos
constatar que somente um dos dez homens, voltou para agradecer a Jesus por
tê-lo curado da lepra. O patriarca Noé, assim que passou o dilúvio e as aguas
baixaram, sua primeira atitude foi de preparar um altar e apresentar um
sacrificio ao Senhor como forma de gratidão.
Gênesis 8:15-16,20-21. Então, falou Deus a
Noé, dizendo: Sai da arca tu, e tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de
teus filhos contigo. (...). E edificou
Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa
e ofereceu holocaustos (sacrifício expiatório) sobre o altar. E o Senhor
cheirou o suave cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar
a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde
a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz.
Lembre-se:
o ato de
apresentarmos a nossa gratidão a Deus, é uma forma da verdadeira adoração ao Senhor.
Não se esqueça que ao ofecermos um Culto de Louvor e Gratidão a Deus, devemos
fazê-lo pelo que Ele é, pelo que Representa e pelo que tem feito por nossas
vidas: “Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação de
graças” (cf. Salmo
69:30).
3.4 – Outras Formas da Verdadeira Adoração ao Senhor:
Quando
você se compadece de alguém que está sofrendo ou pasando por grandes
necessidades, indo em seu auxilio, com este gesto e atitude você está
apresentando a Deus um verdadeiro ato de adoração.
Mateus 25.35-36,39-40. Porque tive fome, e
deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era estrangeiro, e
hospedaste-me; estava nu, e vestiste-me; adoeci, e visitaste-me; estive na
prisão, e fostes ver-me. (...). E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos
ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim fizestes.
Caso
venhamos a fazer qualquer uma das atitudes citadas na narrativa acima,
principalmente com espírito voluntarioso, com compaixão e amor, estaremos
apresentando uma verdadeira adoração ao Senhor.
3.4.1 –
Interceder por outras pessoas:
Epafras, amigo e companheiro do apóstolo Paulo, vivia fazendo súplicas a Deus
por outras pessoas, além de pregar o Evangelho a tempo e fora de tempo:
“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por
vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda
a vontade de Deus” (Colossenses 4:12).
Hebreus 13:3. Lembrai-vos dos presos (andarilhos,
dependentes quimicos, pobres etc.) como se estivésseis presos com eles, e dos
maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.
Saiba
de uma coisa muito importante: quando você ora e intercede pela vida de alguém,
mesmo que esta pessoa não seja seu conhecido e amigo, você faz com que Deus se
agrade. E o maravilhoso desse ato, é que
Ele provavelmente irá operar na vida dessa pessoa (talvez você não ficará
sabendo), mas, ao mesmo tempo, a benção também virá para Ti.
3.4.2 –
Evangelizar Pessoas:
Fazemos referência ao mesmo personagem do ítem anterior, pois ele não perdia
tempo e em toda a oportunidade falava das Boas Novos de Cristo: “Como
aprendestes com Epafras, nosso amado conservo, que para nós é um fiel ministro
de Cristo, o qual nos declarou também a vossa caridade no Espírito” (Colossenser 1:7:8).
Não
seja um Cristão salgado demais, isto é, que só sabe falar sobre religião e que
todas as demais pessoas já estão condenadas ao inferno: “Vós sois o sal da
terra; e se o sal for insípido (insosso, sem gosto), com que se há de salgar?”
(Mateus 5:13). Saiba usar a quantidade ideal de sal (falar
de Jesus Cristo) para não salgar demais a comida (ofender as pessoas),
dando-lhe o tempero certo (agradando-se de sua companhia).
Também
não seja um imenso refletor com uma potencia de iluminação extraordinária
(excesso de Santidade): “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia (pequena lâmpada) e se
coloca debaixo do alqueire (objeto para esconder a luz), mas no velador (um
suporte), e dá luz a todos que estão em casa” (Mateus 5:14-15).
Quando adentrar em lugares escuros e
em trevas (pessoas que não professam a mesma fé), saiba ser a luz que dará a
luminosidade necessária para clarear aquele ambiente e os seus frequentadores
ou ocupantes.
3.4.3 –
Manter Boa Conduta Social:
é muito fácil e comodo ser Cristão dentro de quatro paredes, isto é, quando se
vai aos cultos ou dentro de nossas casas. O mais importante é darmos bons testemunhos
de vida cristã na sociedade (fora da igreja), pois nossa procedencia pode
atrair ou afastar as pessoas do Reino de Deus.
2 Coríntios 6:1,3-5. E nós, cooperando
também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão.(...);
nao dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja
censurado (reprovado). Antes, como ministros de Deus, tornando-nos
recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas
angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias,
nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no
Espírito Santo, no amor não fingido (...)
Você
pode até pensar que não, mas existem muitas pessoas que nos observam
diariamente, principalmente quando descobrem que somos Cristãos. Em muitos
casos, a Bíblia que eles costumam ler diariamente é a “sua procedência cristã
em meio a sociedade”.
Se
ela for boa, existe a possibilidade de virem à Cristo, entretanto, se o seu
testemunho for ruim, dificilmente irão
se aproximar do Evangelho e de Cristo. Certa vez um professor da Escola Bíblica
Dominical (EBD) me disse assim: “A vida do cristão é a Bíblia do incrédulo”. A
nossa responsabilidade é muito grande.
3.4.4 –
Cuidar Bem da Família:
outra forma de apresentar uma verdadeira adoração ao Senhor, prende-se ao fato
de proteger, instruir e cuidar muito bem de nossa familia. Como também de
nossos familiares, após o nosso casamento.
1 Timóteo 3:2,4-5. Convém, pois, que o
Bispo (Padre, Pastor, Evangelista, Marido etc.) seja irrepreensível, marido de
uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar. (...);
que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição (dependência,
submissão), com toda modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?).
O
homem casado, tem dentro de sua casa a sua primeira Igreja e seu primeiro
Ministério. Em sendo aprovado ali, com certeza será aprovado também em qualquer
outro lugar da sociedade. Lembre-se: o contrário também é verdadeiro.
Não
tem como o seguidor de Cristo (homem e mulher) ser bipolar, ou seja, dentro da
igreja é um santo e um profeta do Senhor, mas quando entra dentro de sua casa,
transforma-se num demônio (carrasco, grosso, violento). Ou, quando está longe
dos seus irmãos da Igreja e de seus Familiares, adota um comportamento social
totalmente diferente – mundano e profano.
Conclusão
Amigos
e irmãos em Cristo, Deus quer muito mais de mim e de você, do que apenas um
compromisso semanal. Ele quer fazer parte de todas as nossas atividades
diárias, ou seja, quer estar presente em nossas conversas, em nossos
pensamentos e até em todos os nossos problemas.
O Senhor não quer apenas uma parte de nossas
vidas. Ele nos deseja por inteiro: “(...) todo o nosso coração, toda a nossa
alma, todo o nosso pensamento e toda a nossa força” (cf. Deuteronõmio 6:5).
Se passarmos a adorar a Deus com um ato de completa e total rendição á Ele, muitos benefícios além daqueles que já recebemos, serão disponibilizados para nós. Entre eles, teremos a sua Paz (Ele é o príncipe da Paz – cf. Isaías 9:6); viveremos em perfeita Liberdade (Ele é a verdade que nos liberta – cf. João 8:32) e, também, experimentaremos o Poder de Deus em nossas vidas (Ele é o Todo-Poderoso, o Altíssimo – cf. Lucas 1:35).
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