Introdução
O tema deste
artigo, pauta-se numa das falas duma ministração feita por um Pastor, que já circulou pelo Brasil á fora, tendo como
Título: A Pior Geração de Cristãos. Nela, ele fala acerca do povo Hebreu (ou
Israelita) que viveu na época do Antigo Testamento (AT), cuja história está
registrada entre seus 39 (trinta e nove) Livros, comparando-os com as primeiras
pessoas que ouviram sobre as Boas Novas de Cristo e se converteram ao Cristianismo.
Esses novos
convertidos a Doutrina de Cristo, foram chamados de Cristãos pela primeira vez,
na cidade de Antioquia, estando registrado na Epístola de Atos dos Apóstolos (11:26),
no Novo Testamento (NT). Entre os inúmeros argumentos apresentados pelo
ministrante, gostaríamos de destacar alguns: ele afirma de que esta geração (que
também é a dele), não tem coragem de desfazer-se da metade de seu salário, para
socorrer um irmão em Cristo, que está passando por grandes necessidades. Disse
que as mulheres não suportam receber uma advertência ou correção por parte de
sua liderança, para que possam se vestir de modo decente, com modéstia e
discrição (cf. 1 Timóteo 2:9).
Também afirmou
de que existe uma tremenda dificuldade para que os membros duma igreja
evangélica (de qualquer denominação), vivam e tenham uma comunhão verdadeira entre
eles (cf. Salmo 133:1), entre outras coisas. Fizemos questão de colocar entre
parenteses, as referências Bíblicas para que o leitor possa conferi-las
(acréscimo nosso).
O pregador afirmou
ainda, de forma comparativa, de que os cristãos de nossos dias, estão vivendo
nas mesmas circunstancias de como viviam os Israelitas de séculos atrás, conforme
está registrado no Livro de 2 Crônicas, em seus Capítulos de 1-4. Desses textos,
fizemos questão de destacar o Capitulo 4:11-22, quando afirma que a Glória de
Deus já não se fazia presente entre o seu povo, traduzida pela palavra “Icabo”, que comporta o significado de: “foi-se
a glória de Deus (1 Samuel 4:21)”.
1 Samuel 4:11-22. E
foi tomada a arca de Deus; e os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias,
morreram. Então, correu da batalha um homem de Benjamim, e
chegou no mesmo dia a Siló, e trazia as vestes rotas e
terra sobre a cabeça. E, chegando ele, eis que Eli estava assentado
sobre uma cadeira, vigiando ao pé do caminho; porquanto o seu
coração estava tremendo pela arca de Deus; entrando, pois, aquele homem a
anunciar isso na cidade, toda a cidade gritou. E Eli,
ouvindo a voz do grito, disse: Que voz de alvoroço é esta?
Então, chegou aquele homem a grande pressa, e veio, e o anunciou
a Eli. E era Eli da idade de noventa e oito anos; e
estavam os seus olhos tão escurecidos, que já não
podia ver. E disse aquele homem a Eli: Eu sou o que venho
da batalha, porque eu fugi, hoje, da batalha. E disse ele: Que coisa
sucedeu, filho meu? Então, respondeu o que trazia as novas e disse: Israel
fugiu de diante dos filisteus, e houve também grande destroço entre o povo; e, além
disso, também seus dois filhos, Hofni e Fineias, morreram, e a arca de
Deus é tomada. E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu
da cadeira para trás, da banda da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu,
porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado a Israel quarenta
anos. E, estando sua nora, a mulher de Fineias, grávida, e próxima
ao parto, e ouvindo estas novas, de que a arca de Deus era tomada e de que seu
sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram. E,
ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não
temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem
fez caso disso. Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel, porquanto a
arca de Deus foi levada presa e por causa de seu sogro e de seu marido. E
disse mais: De Israel a glória é levada presa, pois é tomada a arca de Deus.
Gostaríamos de fazer
algumas pontuações acerca do texto citado pelo ministrante da mensagem. Não
queremos justificar as atitudes dos Cristãos Contemporâneos, mesmo porque
também fazemos parte deles, e não somos nem um pouco diferentes. Mas, o texto
nos afirma de que o Sacerdote Eli já estava com a idade bem avançada (98 anos),
com seus olhos obscurecidos (enxergando bem pouco), não nos revelando a idade
de seus dois filhos (Hofni e Fineias), mas , pela idade do sacerdote, podemos
presumir de que eram pessoas adultas.
De outra forma, a
narrativa revela que Eli além da idade avançada também era obeso (“pesado”). Com
base no texto em relevo, podemos afirmar de que ele falhou como Pai, não tendo a autoridade e nem
o respeito de seus filhos, haja vista que não davam atenção a sua advertência:
“Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço, fazeis transgredir o
povo do Senhor. Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando,
porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele?. Mas não ouviram a voz de
seu pai (cf. 1 Samuel 2:24-25). Percebe-se de que ele não instruiu seus filhos
no temor do Senhor e no caminho da justiça. Além disso, seus filhos se
envolviam sexualmente com as mulheres que serviam á porta do Tabernáculo (cf. 1
Samuel 2:22). Eli falhou
também como Sacerdote, exercendo seu ministério sacerdotal de forma relaxada,
não dando bom exemplo para seus filhos e, também, para o povo de Deus.
1 Samuel 2:12-13. Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de Belial[1] e não conheciam o Senhor;
porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém
algum sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um
garfo de tres dentes em sua mão; e dava com ele, na caldeira, ou na panela, ou
no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava
para si, assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.
Uma das traduções
e significado da palavra Belial, faz alusão de que os filhos de Eli “eram
homens maus e degenerados, e que se aproveitavam de suas posições para obterem
ganhos ilícitos e praticar imoralidades sexuais.
1 Samuel 2:17,34-35. Era, porém, muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor,
porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor. (...). E isto te será por
sinal, a saber, o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e a Fineias: que
ambos morrerão no mesmo dia. E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que
procederá segundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma casa
firme, e andará sempre diante do meu ungido.
O texto em destaque,
apresenta de forma clara, de que Deus já tinha um substituto para o velho
sacerdote Eli. Um jovem que nasceria dum ventre que, até então, era estéril.
Entretanto, sua Mãe, Ana, fez um voto ao Senhor e, durante o seu cumprimento,
Deus lhe abriu a madre, dando-lhe um filho homem, conforme havia pedido a
Jeová, cujo nome dado ao menino foi Samuel (cf. 1 Samuel 1:1-3; 10-15).
1 Samuel 1:19-20. E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram,
e vieram a sua casa, a Ramá. Elcana conheceu a Ana (teve relação sexual), sua
mulher, e o Senhor se lembrou dela (ficou grávida). E sucedeu que, passado
algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque,
dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.
Samuel foi um
profeta fiel ao Senhor e, desde pequeno, já estava totalmente envolvido no
ministério ao Senhor, este foi o voto feito e cumprido por sua mãe. Ele servia
diretamente ao sacerdote Eli: “E o jovem Samuel servia ao Senhor perante Eli. E
a palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias; não havia visão
manifesta” (1 Samuel 3:1). Pensem e
reflitam juntamente comigo numa coisa: como pode ser que os filhos de um
sacerdote que, tendo exercido seu ministério durante 40 anos (cf. 1 Samuel
4:18) e em que a Escritura afirma de que
seus dois filhos “não conheciam o Senhor”.
Portanto, podemos
concluir de que ele falhou como Pai, não instruindo seus filhos no caminho em
que deveriam andar” (cf. Provérbios 22:6), e também como sacerdote, pois seus dois
filhos ministravam na cidade de Siló, onde o povo ia de ano em ano a adorar e a
sacrificar ao Senhor dos Exércitos (cf. 1 Samuel 1 1-3). E eles praticavam imoralidades
sexuais em frente a Casa de Deus (cf. 1 Samuel 2:22-24).
1. Uma Geração
Fraca:
Esta é a tônica
da mensagem, repetida várias vezes pelo pregador, afirmando acerca de sua fraqueza.
Com toda a certeza, ela deve estar baseada em registros históricos acerca dos
cristãos do passado, haja vista de que ele não viveu á época. E se ele faz
alusão a geração atual como sendo fraca, podemos concluir tratar-se das
pessoas que fazem parte e estão vivendo no transcorrer do Século XXI. Nós
também não fizemos parte da geração passada (Séculos anteriores), mas temos o
privilégio de podermos pesquisar registros históricos que nos trazem essas
informações sociológicas.
Em hipótese alguma, queremos discordar das palavras
do pregador, mas temos que analisar sua fala e afirmativas por outra ótica,
inclusive, registramos alguns pontos em destaque:
1. Os cristãos do
passado, tinham uma vida totalmente distinta da qual vivemos na atualidade.
Seja na área profissional, na formação
da sociedade, na constituição familiar, suas moradias, sua escolarização e suas
crenças, tradições e/ou religiosidade;
2. Eles, em sua
maioria, oravam entre quatro a mais horas por dia (Livro: os Heróis da Fé);
3. Aqueles que estudavam,
buscavam exercer o ministério pastoral e/ou a docência nas escolas e
universidades;
4. Não almejavam
o enriquecimento material, como o resultado de seus serviços ao Senhor. Pelo
contrário, viviam de uma forma simples e humilde.
Poderíamos
acrescentar mais outros tantos pontos, mas gostaríamos de registrar a fala de
Tommy Tenney (2016), quando se refere a falta de avivamento da “Geração Atual”:
Assim ele diz: “O motivo principal de que não estamos vendo o avivamento em
nossas reuniões cultuais a Deus, prende-se ao fato de que pouco ou quase nada está
sendo feito para exaltar o nome do Senhor. Pelo contrário, está havendo em
nossos púlpitos, um enorme exagero da ostentação humana”.
Dito com as
minhas palavras, mudamos o foco de nossa pregação diária, em que deveria estar
voltada para estarmos buscando exaltar a pessoa de Cristo, realizando uma
adoração em que prevaleça o Teocentrismo
(Deus como o centro de tudo). Mas, o que estamos presenciando em grande parte
de nossas igrejas evangélicas, é uma adoração exagerada da
ostentação humana, prevalecendo o Antropocentrismo
(Homem como o centro de tudo).
Precisamos rever nossos conceitos, teologia e atitudes cotidianos urgentemente!
Mateus 7:15-16. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas
(Pastores, Evangelistas, Bispos, Padres etc.), que vem até vós vestidos como
ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os
conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas
daninhas?
Este texto do
Evangelista Mateus, faz uma referência clara e explicita, acerca das lideranças
eclesiásticas que se ocupam mais em satisfazer seus próprios desejos, do que
com a Glória e a Honra de Deus. Em outras palavras, eles apascentam a si mesmos
(cf. Ezequiel 34:1-12). Tennety continua
a dizer que, “muitas pessoas são atraídas às nossas igrejas pela boa música, o bom ambiente e bom acolhimento por partes dos membros (acréscimo nosso), mas podem ficar ali somente o tempo que acharem agradável, pois o dia que não
mais gostarem, saem da igreja” (2016). Ele acrescenta mais: “As igrejas
(Lideranças) estão querendo competir com as práticas do mundo, esquecendo-se de
que elas são tão ou mais competentes do que nós”. E que práticas
seriam essas?
Trazendo para dentro das Igrejas Evangélicas (como parte da
Liturgia do Culto); danças, coreografias, teatros, luminosidade ao estilo das boates,
enfeites e ornamentos típicos de festas mundanas, entre outras. Lembre-se: Não temos como competir com
Deus! Queremos inserir um questionamento que reputamos como de grande
importância: Qual a origem da Geração
Atual, denominada pelo pregador como Geração fraca?
Em outras
palavras, de onde ela foi gerada (os cristãos atuais)? Arriscamo-nos a responder: Porventura, ela não
nasceu da geração anterior? Em sendo assim,
um dos motivos que podemos listar de que ela seja fraca, pode ser pela razão de
que seus antepassados as geraram assim! Gostaríamos de inserir outro texto
Bíblico, que apresenta novamente o exemplo dos frutos e da árvore:
Lucas 6:43-44. Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom
fruto. Pois cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto; pois não é possível
colher-se figos de espinheiros, nem tampouco, uvas de ervas daninhas.
Para que uma
árvore frutífera venha produzir bons frutos, deve-se, no mínimo, preparar bem a
terra de seu plantio (torná-la fértil), com boa irrigação de água e adubos.
Depois, escolher uma boa semente e plantá-la na terra. Lembrando de que cada
tipo ou especie de árvore, tem um tempo de vida diferente da outra. Vimos no
texto em destaque, de que é impossível uma boa árvore produzir maus frutos, ou
uma má árvore dar bons frutos!
Entretanto, trazendo para a vida humana, isso é
um pouco diferente, haja vista de que de um mesmo “ventre materno” (árvore),
pode sim, sair um ser humano de boa índole; e outro, voltado para se apressar
em fazer o mau. Um texto bem claro para
fundamentar nossa argumentação, encontra-se no primeiro Livro da Bíblia, em
Gênesis 4:1-2,8-10.
Gênesis 4:1-2,8. E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e
disse: Alcancei do Senhor um varão. E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi
pastor de ovelhas e Caim foi lavrador da terra. (...). E falou Caim com o seu
irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu
irmão Abel e o matou.
Eles nasceram de
uma mesma “árvore”, mas Abel era obediente e honrava a Deus, enquanto que Caim
era destituído de fé e de má índole: “Porque esta é a mensagem que ouvistes
desde o principio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do
maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram
más, e as de seu irmão, justas” (1 João 3:11-12).
Vamos voltar para o caso do
sacerdote Eli. Seus dois filhos, Hofini e Fineias, eram sacerdotes e, conforme
a afirmativa feita pelo pregador (Geração Fraca), eles poderiam ser enquadrados
como uma “geração fraca”. E de onde teria brotado a fraqueza espiritual desses dois jovens? A princípio, pela falta de
autoridade e postura de seu pai, preferindo não se indispor com eles. Não podemos
esquecer também, que muitas de nossas características (comportamento e
temperamento), nos são herdadas geneticamente de nossos pais.
Como disse
anteriormente, não queremos discordar da ministração, mas temos que ouvir e/ou
assistir uma pregação como esta, e tantas outras, buscando fazer uma
interpretação mais ampla e observando muitos pontos que podem concordar com o
que está sendo dito ou, ao mesmo tempo, contradizer totalmente o que está sendo
afirmado pelo pregador. Os tempos mudaram, as circunstâncias e as pessoas também
mudaram. E mudaram muito!!
As exigências familiares,
profissionais e comerciais da atualidade, não mais permitem aos empregados e
trabalhadores em atividade laborativa, muitas horas de descanso e folga. O que
quero afirmar com isso, é que, geralmente, aqueles que “vivem da obra” (dedicação
integral a serviço do Senhor), teoricamente, terão muito tempo em horas, para
estarem orando e estudando a Palavra de Deus, como os cristãos do passado.
Atos 6:1-4. Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos houve uma
murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas
no ministério (trabalho ou serviço) cotidiano. E os doze, convocando a multidão
dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus
(Estudo) e sirvamos ás mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões
de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais
constituamos sobre este importante negócio (serviço). Mas nós (Liderança)
perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
A
pregação do Evangelho de Jesus Cristo, pelos Cristãos primitivos, estavam
atraindo muitos adeptos. E neste texto, registra-se o momento em que eles
convocaram uma reunião (assembleia), para que escolhessem alguns homens (sete),
para assistirem junto ás viúvas e executarem outros serviços essenciais,
liberando a liderança para terem mais tempo para Orar e Estudar a Palavra de
Deus. Na atualidade, além disso, a mesma Liderança deve se dedicar ás visitas
aos doentes (nos hospitais e em casa), aos aconselhamentos pastorais, entre
outros afazeres típicos á liderança.
2. Nova
Postura dos Cristãos (Membros de
Igrejas):
Concordamos
plenamente com o pregador, de que nós, seguidores de Cristo e membros duma
igreja evangélica, precisamos tomar novas posturas enquanto cristãos. Mas não
acreditamos e nem defendemos, de que temos de agir e nos comportarmos igualmente
aos cristãos de seculos passados (Puritanos[2]), isto é, ficar o dia
inteiro em oração ou isolado de todas as pessoas, estudando a Palavra de Deus. Deus
nos deu um dia contendo 24 (vinte e quatro) horas e, o mínimo que Ele espera de
nós, é que saibamos administrar este tempo; dividindo-o: um tempo dedicado á Ele
(primazia); outro para a família e outro para o trabalho.
Todo aquele que
se diz cristão, deve ter a consciência de que precisa orar diariamente: “Orai
sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus” (cf. 1
Tessalonicenses 5:17-18). Como também, fazer seu devocional diário e estudar de
maneira mais aprofundada a Palavra de Deus, para adquirir mais graça e
conhecimento do Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pedro 3:18). A oração e o estudo das
Escrituras Sagradas devem andar de mãos dadas.
Não adianta ser um orador
assíduo, mas não ter o conhecimento da Sã Doutrina. O contrário também é
verdadeiro, isto é, não adianta ser um excelente conhecedor da Bíblia, mas não
ser uma pessoa de oração. O que nos mantém de pé e na retidão dos caminhos do
Senhor, e que deve ser o nosso alvo – que é Cristo (a eternidade), é ter uma vida
de oração e estudo diário sua Palavra.
Salmo 1:1-2. Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos impios, nem
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor (Sua Palavra), e na sua lei medita de
dia e de noite.
(...)
Mateus 26:41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o
espirito está pronto, mas a carne é fraca.
(...)
1 Corintios 10:12-13. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe para que não caia. Não veio
sobre vós tentação, senão humana, mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar.
Jesus
Cristo, em sua vinda á terra, apresentou as Boas Novas para seus seguidores (Novo
Testamento), vindo a ministrar vários ensinamentos por meio de Parábolas, para
instruir e advertir a seus seguidores acerca de se manterem vigilantes o tempo
todo e a todo tempo (cf. Mateus 24:45-51; Lucas 12:35-40; 21:34-36).
2.1 – Nova Postura
dos Cristãos (Liderança de
Igrejas):
Pela forma da
pregação feita pelo ministrante, nos parece que ele não distinguiu acerca das
pessoas do passado (Hebreus), ou seja, entre a sua liderança (levantada por
Deus) e o povo escolhido por Deus. Queremos lembrar de que geralmente as coisas
acontecem assim: os filhos tendem a seguir o exemplo de seus pais, os alunos de
seus professores; os trabalhadores de seu patrões, os membros duma igreja de
sua liderança, e assim sucessivamente.
Quanto aos homens
que foram chamados ao encargo Ministerial (Liderança de Igreja, Pregação e/ou
Missionário), estes sim, devem dedicar maior tempo para a Oração e o Estudo da
Palavra de Deus, pois “Digno é o obreiro (operário/trabalhador) de seu salário”
(cf. Mateus 1010 e Lucas 10:7). Falamos um pouco
sobre a conduta dos seguidores de Cristo, mas de uma forma mais
voltada para as primeiras conversões, nos tempos da Igreja Primitiva.
Ilustramos também, os seguidores de Cristo da atualidade, geração da qual fazemos
parte.
Sobre a liderança dos Hebreus ou Israelitas, queremos destacar alguns
que induziram o povo a pecar e se desviarem dos caminhos do Senhor. E em outros casos, foi a pressão do povo que
levou seu líder a fazer alguma coisa que viesse a desagradar ao Senhor. Vamos
analisar dois exemplos para melhor entendimento: o primeiro, o Sumo Sacerdote Arão, o irmão mais velho de Moisés. o Patriarca subiu ao
monte Sinai, atendendo ao chamado do Senhor: “Então, disse o Senhor a Moisés:
Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os
mandamentos que tenho escrito, para os ensinares” (Êxodo 24:12). Ele subiu com
seu escudeiro Josué, mas chegando a certo ponto da subida, seu servidor teve
que parar, haja vista que era para Moisés subir sozinho. Uma nuvem o cobriu por
6 (seis) dias, pois sobre este monte habitava a glória do Senhor.
Êxodo 24:17-18. E o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do
monte aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés esteve no monte quarenta dias e
quarenta noites.
Durante o
período da ausência de seu líder, o povo pressionou Arão para que fizessem
deuses para que pudessem adorá-los, alegando que não sabiam o que teria
acontecido com Moisés: “Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do
monte, ajuntou-se o povo a Arão e disseram-lhe: Levanta-te, fazemos deuses que
vão adiante de nós, porque quanto a este Moisés, a este homem que nos tirou da
terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu” (cf. Êxodo 32:1). O sumo sacerdote
Arão, de acordo com o que registra a Palavra de Deus, não contradisse a
argumentação do povo hebreu, aceitando a sua sugestão e mandou que trouxessem
os pendentes de ouro das orelhas de suas mulheres, de vossas filhas e de vossos
filhos. Com os pendentes ele fez um bezerro de fundição. E o próprio Arão,
edificou um altar diante do bezerro, apregoando uma festa ao Senhor (cf. Êxodo
32:2-5).
Deuteronômio 9:10-12. E o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de
Deus; e nelas tinha escrito conforme todas aquelas palavras que o Senhor tinha
falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia da congregação. Sucedeu,
pois, que ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas
tábuas de pedra, as tábuas do concerto. E o Senhor me disse: Levanta-te, desce
depressa daqui, porque o teu povo, que tiraste do Egito, já se tem corrompido,
cedo se desviou do caminho que eu tinha ordenado; imagem de fundição para si
fez.
O segundo, é a
pessoa do rei Saul. O profeta Samuel
mandou que ele esperasse por 7 (sete) dias, para que ambos fossem sacrificar ao
Senhor. Entretanto, ele não aguentou esperar e sacrificou ao Senhor juntamente
com o povo: “Tu, porém, descerás diante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei
a ti, para sacrificar holocaustos e para oferecer ofertas pacificas; ali, sete
dias esperarás, até que eu venha a ti e te declare o que hás de fazer” (cf. 1
Samuel 10:8).
Ele desobedeceu
ao que fora estabelecido pelo profeta Samuel (porta-voz do Senhor), pois esta
função de apresentar holocaustos e sacrifícios (ascender incenso etc.), era
totalmente de competência dos Sacerdotes (e/ou Levitas). Com isso, acabou por
ser destituído de seu reinado. Quando o profeta chegou e percebeu o que havia
acontecido, Saul reclamou da demora de Samuel e de que o povo se espalhava dele
(cf. 1 Samuel 13:11).
Analisando a
atitude desses dois personagens - Arão e Saul, em que ambos estavam numa posição importante
perante o povo Israelita, um como Sumo Sacerdote, o outro como Rei; uma
pergunta caberia muito bem nestes dois casos: Quem foi que demonstrou fraqueza
neste caso: o Sacerdote Arão ou o rei Saul? Ou, então, se a fraqueza veio por
parte do povo de Deus? Não temos a
intenção de respondê-las, mas deixá-las para sua reflexão!
3.
Postura In-Desejável dos Cristãos Atuais:
Nesta última
parte, nossos apontamentos também estarão baseados na mensagem do pastor, que
fora intitulada de Geração Fraca. Utilizaremos o mesmo recurso literário que
ele, ou seja, faremos uma apresentação de forma comparativa (analogia), voltada
para a Liderança Cristã daquela época (povo Hebreu ou Israelita) com a Liderança
das Igrejas Evangélicas Brasileiras da atualidade (sem denominá-las).
Boa parte
da liderança do povo de Deus que nos antecederam, fizeram o que era “mal aos
olhos do Senhor, seu Deus” (cf. 1 Reis 14:21-23; 15:1-3,33-34;16:29:30; ...):
“No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar
em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um
anos. E fez o que era mal aos olhos do Senhor; nunca se apartou de nenhum dos pecados
de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel” (2 Reis 14:23-24).
Quando lemos nos
textos Bíblicos (AT), fazendo uma referencia á cidade de Judá e a cidade de
Israel, devemos lembrar de que após a
morte do rei Salomão, houve uma divisão de seu reino em dois: o Reino do Norte
(Israel), com as 10 Tribos, cuja capital era Samaria e, Reino do Sul (Judá), com
as 2 Tribos, cuja capital era Jerusalém. Neste sentido,
de todos os reis que governaram sobre a nação de Israel (Jerusalém e Samaria),
basicamente, apenas dois deles se aproximaram em fazer “o que era reto aos
olhos do Senhor”.
Em outras palavras, ambos tiveram bom desempenho durante o
transcorrer de seus reinados”: o rei Ezequias e o rei Josias (cf. 2 Reis 18:1-6;
22:1-7). Fizemos questão de ressaltar este ponto, haja vista que durante muitos
anos, foram aproximadamente 40 (quarenta) reis que estiveram na condução e
liderança dos Israelitas. Destes, apenas
dois deles, demonstraram inteireza de caráter, integridade e fidelidade a Jeová
e á sua Lei (Estatutos e Mandamentos). Como dissemos anteriormente, comumente os liderados
tendem a se comportar igualmente aos seus Lideres (Comandante, Patrão, Pai, Pastor,
Padre, Professor etc.). Portanto, com base na Palavra de Deus, corroborada pela
Mensagem proferida pelo Pastor, podemos afirmar de que a maioria dos Hebreus
era uma “Geração Fraca”, principalmente por causa de sua liderança, que também demonstrou grande “Fraqueza” (idolatria, promiscuidade, corrupção, egoismo, ambição etc.).
2 Crônicas 13:6-11. Contudo, se levantou Jeroboão, filho de Nebate, servo
de Salomão, filho de Davi, e se rebelou contra seu Senhor. Ajuntou-se a ele
gente vadia, homens malignos (filhos de Belial); fortificaram-se contra Roboão,
filho de Salomão; sendo Roboão ainda jovem e indeciso, não lhes pôde resistir. Agora,
pensais que podeis resistir ao reino do Senhor, que está nas mãos dos filhos de
Davi; bem sois vós uma grande multidão e tendes convosco os bezerros de ouro
que Jeroboão vos fez para deuses (idolatria). Não lançastes fora os
sacerdotes do Senhor, os filhos de Arão e os levitas, (escolhidos e ungidos
do Senhor) e não fizestes para vós outros sacerdotes, como as gentes das
outras terras? (impuros e despreparados). Qualquer que vem a
consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que
não são deuses.(que critério é este, para assumir a função de Sacerdote?). Porém,
quanto a nós, o Senhor é nosso Deus, e nunca o deixamos; temos sacerdotes, que
ministram ao Senhor, a saber, os filhos de Arão e os levitas na sua obra. Cada
dia, de manhã e à tarde, oferecem holocaustos e queimam incenso aromático,
dispondo os pães da proposição sobre a mesa puríssima e o candeeiro de ouro e
as suas lâmpadas para se acenderem cada tarde (função específica dos Sacerdotes
e Levitas no AT), porque nós guardamos o preceito do Senhor, nosso Deus; porém
vós o deixastes (sublinhamos).
Após lerem este Texto, gostaria de fazer-lhes uma pergunta, mas não
precisam responder: Não parece que ele está se referindo aos nossos dias? Talvez, apenas o que pode ter mudado, foi a forma e a
exigência para que se “consagre” alguém ao Ministério (Liderança
Eclesiástica ou Ministro - Pregador). Em muitos lugares, basta que a
pessoa tenha um bom conhecimento Bíblico (frequentou um Seminário ou Curso Teológico), uma boa
condição socioeconômica (a liderança visando o seu dízimo) ou uma boa eloquência
(expressa-se muito bem), entre outras coisas.
Tenho certeza, de que em meio aos Cristãos atuais, existam muitas pessoas
simples e com menos posses materiais, mas que o Senhor os tenha dotado dum Dom Especial que aqueles jamais irão adquirir. Mas, muitos de nossos lideres, ainda não os
consagraram ao ministério (cargo ou função). A estes digo, se você
recebeu um Dom do Senhor, fique tranquilo, Ele não O deu para que ficasse enterrado,
pois no momento certo (no tempo d’Ele), você será usado para colocá-lo á
serviço do Senhor!
Ageu 1:1-11. Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do
profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas
(estucadas; com estuque), enquanto esta casa permanece em ruínas (a Casa do
Senhor)? Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso
passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para
fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se
aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado (saco
pequeno). Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao
monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado,
diz o Senhor. Esperastes muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco,
quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? — diz o
Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao
passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa (preocupados
consigo primeiro). Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra,
os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal,
sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre
os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos.
Este é outro texto do AT muito parecido com o comportamento adotado pelos Cristãos
Contemporâneos (Eu e Você). Nele, está registrado que Deus usou a pessoa dum
rei pagão, Ciro, da Pérsia, permitindo que aproximadamente 50.000 judeus exilados,
voltassem para sua terra natal – Jerusalém. Infelizmente, essa primeira leva de
Judeus, em vez de se preocuparem em reconstruir o Templo de Deus, ocuparam-se
durante 16 (dezesseis) anos, em construírem suas próprias casas, deixando á do
Senhor de lado. Com isso, ele cerrou os céus (não chovia) e não houve abastança
sobre á terra.
Pensem juntamente comigo: Tem sido diferente das atitudes diárias de
nossa Liderança e do povo de Deus da atualidade? Pensamos que não! Vi recentemente uma charge na página do facebook, que representa muito bem de como
estamos vivendo o Cristianismo em nossos tempos (igualzinho no passado): Dois
pregadores do Evangelho (possivelmente, Pastores); um num Camaro, outro num Fusca. O do camaro pergunta ao outro: -
Nossa, ainda está andando de Fusca? E ele responde: - Sim, pois ainda prego o
Evangelho!.
Podemos concluir com a charge, de que aqueles que estão “diluindo” o
Evangelho ou “Pregando” somente aquilo que agrada aos ouvidos e o coração de
seus ouvintes, estão conseguindo bastante fama, sucesso, prosperidade
financeira e ostentações “humanas”. Enquanto que aqueles que Pregam somente a
Verdade (a Genuína Palavra de Deus), continuam vivendo de uma forma simples e humilde, agradecendo pelo
que o Senhor os tem concedido. E entendem que terão a maior de todas as riquezas existentes, mas não será aqui na terra, e sim nas regiões celestiais.
3.1
– O Ideal Cristão:
No primórdios da
Igreja Primitiva e a partir da escolha e instituição dos Doze Apóstolos (ou
Discípulos) por Jesus Cristo, estes, até então, eram eram homens de inteireza
de coração e de grande integridade moral. Conduta e atitudes que estão em
tremenda escassez em nossos dias, tanto daqueles que estão na posição da
Liderança Eclesiástica, como também daqueles que estão sendo Instruídos ou
Discipulados por eles.
2 Crônicas 7:1-3. E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. E os sacerdotes não
podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa
do Senhor. E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do
Senhor sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e
adoraram, e louvaram o Senhor, porque é bom, porque a sua benignidade dura para
sempre.
Acredito que o que aconteceu logo após a
oração do rei Salomão, filho de Davi, seja o grande desejo de muitos cristãos
contemporâneos (inclusive eu), de poder testemunhar diariamente em nossas
reuniões de adoração ao Senhor, o descer de Sua glória (sua Shekynah) em nosso
meio, vindo a “inundar” o ambiente, ao ponto de não conseguirmos falar coisa
alguma ou, sequer, ficarmos de pé. Acredito que você que frequenta uma
comunidade evangélica com regularidade, já deve ter ouvido algum pregador falar
que o “fogo” deve vir do altar (do Púlpito, Liderança) e incendiar a Igreja (o
Local, seus membros).
No Livro de
Levítico, está registrado acerca da Lei do Holocausto, onde o sacrifício apresentado pelos sacerdotes, Arão e seus
filhos, deveria ser queimado no altar durante toda a noite. E o Sacerdote
deveria, a cada manhã, acendê-lo : “O fogo arderá continuamente sobre o altar;
não se apagará” (cf. Levítico 6:8-13). Com
isso, podemos dizer que a Liderança deve ser o exemplo para seus liderados. A
unção do Senhor deve estar sobre ela continuamente. Mas, muitos Pastores e Líderes, estão tendo as mesmas atitudes de muitos Sacerdotes,
Profetas e do povo de Deus do passado. Eles estavam preocupados em viver em
casas suntuosas, adquirirem prosperidades materiais e ter uma vida de muito
luxo.
Amós 6:1-7. Ai dos que repousam em Sião (moram ou habitam) e
dos que estão seguros no monte de Samaria (Jerusalém); que tem nome entre as
primeiras nações (posição de importância),e aos quais vem a casa de Israel!
Passai a Calné e vede; e dali ide á grande Hamate; depois descei a Gate dos
Filisteus; serão melhores que estes reinos? Ou será maior o seu termo do que o
vosso termo? Vós que dilatais (aumentar) o dia mau e vos chegais ao lugar de
violência; que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos
leitos, e comeis os cordeiros do rebanho e os bezerros do meio da manada.
(...); que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não
vos afligis pela quebra de José; eis que, agora, ireis em cativeiro entre os
primeiros que forem cativos, e cessarão os festins dos regalados (acréscimo
nosso).
Os Israelitas
(ou Hebreus), devido ao seu poder e sucesso material se tornaram complacentes
com o pecado e com os comportamentos mundanos á época. Eles acreditavam que
tudo o que estava acontecendo com eles, principalmente acerca da prosperidade
material, eram evidências de que estavam vivendo segundo a benção de Jeová
(Deus). Os judeus do tempo de Jesus, acreditavam que as posses e riquezas materiais, eram
sinais do favor especial de Deus. E, ao mesmo tempo, de que a pobreza e a
miséria, era um sinal da falta de fé e do desagrado de Deus.
Parece que este
tem sido o mesmo pensamento que tem penetrado na mente e no coração de muitos
cristãos da atualidade, tanto por parte da Liderança como de seus Liderados,
passando a adotar um estilo de vida igualmente ao do mundo (incrédulos). Lembre-se: se algum líder eclesiástico (Apóstolo, Bispo,
Pastor, Padre, Reverendo, Rabino, etc.), ficou rico durante o tempo em que fez obra do
Senhor (ou ainda faz), a ponto de ostentar carros de luxo, fazendas, vários apartamentos alugados e vive viajando por todo canto do mundo, alguma
coisa deve estar errada?
Cristo, durante
o tempo em que esteve na terra e em toda a sua Sã Doutrina, nunca pregou para que
seus seguidores buscassem prosperidade terrena, pelo contrário, sempre instruiu
para terem uma postura simples e com humildade. Em sua Ministrações, deixava
claro que as riquezas terrenas são, na verdade, um obstáculo tanto para o discipulado Cristão, como também para a salvação eterna: “Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em
verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus. E outra vez
digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar
um rico no céu” (cf. Mateus 19:23-24 – O Jovem Rico). Ele não disse que é "impossível", portanto, ser rico não é pecado. O pecado está em ter uma obsessão (um apego exagerado) pela riqueza material.
Se você é
cristão e tem a obsessão em ficar rico aqui na terra, vale lembrar que, nesta sua busca para
acumular riquezas materiais, pode acabar
sufocando a sua vida espiritual (e quase sempre é assim que acontece). Pode
acabar colocando toda a sua confiança em suas posses, vindo a pensar de que não precisa mais de Deus: "Uns confiam em carros, e outros, em cavalos; mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus" (Salmo 20:7). Outra coisa muito importante,
geralmente os ricos costumam explorar muito os pobres.
1 Timóteo 6:10. Porque o amor ao dinheiro (a riqueza) é a raiz de toda espécie de
males; e nessa cobiça (obsessão) alguns se desviaram da fé e se traspassaram a
si mesmos com muitas dores.
Preste bastante atenção, não é o dinheiro ou a
riqueza em si mesma, que é a raiz de todos os males, mas o amor e a obsessão
por eles. Não podemos esquecer de que como verdadeiros Cristãos, nossas
verdadeiras riquezas concentram-se no Amor
e na Fé, que podem ser expressas pela
abnegação das bandejas que são postas diariamente á sua frente, decidindo-se em
seguir fielmente a Jesus Cristo: “Nada façais por contendas ou por vanglória,
mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não
atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é
dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus” (Filipenses 2:3-5).
Outro texto
Bíblico, contido no Novo Testamento (NT), registra que: “E, por se multiplicar a
iniquidade (perversidade, maldade), o amor de muitos se esfriará” (cf. Mateus
24:12). Muitos Cristãos (e nós também), não sentimos mais Sede e nem Fome da
presença Manifesta de Deus em nosso meio. E, por falar na presença Manifesta de
Deus, vale lembrar de que nosso Deus é Onipresente, ou seja, Ele está em todo
lugar o tempo todo, mas, segundo escreveu Tommy Tenney (2016), "parece que há
momentos em que Ele concentra a própria essência de seu Ser – Sua Presença Manifesta
– mais “aqui” do que “ali”; nos passando uma sensação de que o ”próprio Deus acabou
de entrar no Recinto”.
Segundo afirma
este autor, não compete a nós julgarmos ou querer entender o “agir e operar” de
Deus, pois os motivos em que Ele opta por Se concentrar ou Se revelar mais fortemente num lugar do que noutro, ou
mais vezes num lugar do que apenas uma vez, compete somente a Ele. Lembre-se: Ele é o Todo-Poderoso (Onipotente) e,
também, Onisciente, sabe de todas as coisas, e tudo está sob o Seu controle.
Amados irmãos e
leitores, temos que buscar incessantemente mortificar a nossa “carne”
(refrear seus desejos e vontades), querendo ver a glória do Senhor
reinando em nosso viver diário. Quem dera, pudêssemos ter o nosso rosto
reluzente, como o teve Moisés, devido a “Presença Manifesta de Deus”,
juntamente com ele naqueles quarenta dias e quarenta noites no Monte Sinai (cf.
Êxodo 34:28-35). Penso que seria verdadeiramente glorioso!
Conclusão:
Os tempos mudaram e
as pessoas também mudaram, e muito. No entanto, acredito que podemos sim, ser uma Geração Forte,
basta crermos e confessarmos o Senhor Jesus Cristo todos os dias em nossas
vidas. E como fazer isto? Tendo atitudes louváveis em todo e qualquer ambiente
social, e não apenas dentro de quatro paredes (onde se concentram o povo de
Deus). Que atitudes poderiam ser estas? Ser homens de oração, tementes a Deus, amantes
e estudiosos da Palavra de Deus, que verdadeiramente se preocupam e vão atrás das almas perdidas,
ou seja, buscam apresentar á Cristo e o seu Evangelho aqueles que ainda não se
decidiram por Ele. Portanto, "Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor" (Oseias 6:3).
[1] Belial. É um
demônio presente na mitologia cananita (cananéia), que o determinava como o
adversário do povo "escolhido". No Cristianismo, é mencionado
também no Novo Testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo.
[2] Puritanos. Adjetivo usado para
designar pessoa muito rigorosa na aplicação dos princípios morais, nas ideias,
tradições e nos costumes. 2. Rigido e moralista ao extremo.
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