Introdução:
Mais
de trinta dias se passaram depois que houve a divulgação pública (para toda
população), acerca da chegada do coronavírus em território brasileiro. A partir
de então, começou a surgir uma nova palavra no vocabulário jornalístico o
COVID-19 e, logo em seguida, tornou-se comum para qualquer cidadão brasileiro.
Primeiramente, vale lembrar que esta sigla foi criada e é usada pela equipe de
médicos e cientistas de um País. A primeira parte da sigla, significa
Coronavírus, enquanto que a segunda, faz a referência do ano em que foi
descoberto ou diagnosticado.
Depois
desta notícia estrondosa a nível mundial, começamos a ouvir também que se
tratava duma pandemia. E aí, vem a nossa primeira pergunta: por que pandemia?
Qual a diferença de endemia ou epidemia? Vamos começar pela Endemia, pois
trata-se de uma doença que existe constantemente em determinado lugar, vindo a
acometer um número maior ou menor de indivíduos. A Epidemia é um surto (grande
elevação) de doença contagiosa que ataca numerosos indivíduos ao mesmo tempo. A
Pandemia trata-se também de uma epidemia, mas que atua de forma generalizada e
que abrange (alcança) uma vasta região ou País, num curto espaço de tempo.
Durante
esse tempo de clausura num mesmo ambiente (em casa), passamos a pensar mais
sobre muitas e diversas coisas. Passamos a ler mais, assistir muitos jornais
televisivos, filmes e séries diversas, entre outras ocupações criadas e
esquecidas por nós. Ou, ainda, recriamos tantas outras. E aí, enquanto
desenvolvia uma tarefa domiciliar, veio uma pergunta na mente: o ato de pensar
mais do que o normal sobre diversas coisas e assuntos, inclusive sobre a
Pandemia, tem a capacidade de nos tornar sábios?
Achei
interessante este questionamento, tendo em vista que passamos a assistir e
ouvir muitas informações acerca deste fenômeno social, por variados tipos de
pessoas, entre eles, artistas, empresários, apresentadores de programas de
rádio, televisão e outros online, médicos de todo tipo de especialidades,
parlamentares, cidadãos comuns (iguais a mim), e tantos outros. O interessante
disso tudo, é que parece que todos, sem exceção, se tornaram Mestres e Doutores
sobre o tema. E eu faço uma pergunta para você, que também se reporta a mim:
Você se considera sábio?
Provérbios
9:4-6,8-10.
Quem é simples volte-se para aqui. Aos faltos de entendimento diz: Vinde, comei
do meu pão e bebei do vinho que tenho misturado. Deixai os insensatos, e vivei,
e andai pelo caminho do entendimento (...). Não repreendas o escarnecedor, para
que te não aborreça; repreende o sábio, e amar-te-á. Dá
instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele
crescerá em entendimento. O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e a
ciência do Santo, a prudência.
Gosto
muito deste texto dos Provérbios do sábio Salomão. Sempre usava uma fala em
sala de aula ou em palestras, de que o verdadeiro sábio não é aquele que fala
ou ensina, mas sim, aquele que aprende com seus alunos (ouvintes). Portanto,
não penso em ser sábio, mas continuo buscando aprender com meus alunos/mestres,
para que possa crescer, mas na “graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18).
1.
O Fenômeno Coronavírus:
Depois deste primeiro
pensamento que me impulsionou a criar esta primeira pergunta; lembrei-me dum
programa infantil que assistia muito com minha filha (Elisa/5 anos), mas tempo
que não paramos mais para vermos, o Show da Luna. O interessante deste programa
infantil, trata-se de sua fala acerca de vários assuntos, quando diz: São
tantas perguntas? E em cada episódio, ela, seu irmão e um amigo (bichinho),
partem em busca das respostas. Muito interessante e educativo!
Desta
lembrança, veio a ideia de usar da mesma estratégia do desenho, mas não teremos
como viajar no tempo, espaço e vivenciarmos sobre a descoberta (a resposta como
ocorre lá). Sendo assim, a cada pergunta proposta por nós, tentaremos
responde-las com as palavras de autoridades da área de saúde (Brasil e
Internacional), como também de outras categorias profissionais e do dicionário
de língua portuguesa.
Vamos
começar? O que é um vírus? Trata-se de um parasita (animal ou vegetal)
intracelular (vive no interior das células) que transmite doenças contagiosas.
E o Coronavírus? É uma ampla família de vírus, sendo que destes, somente
foram detectadas seis delas. Neste caso específico, ele foi identificado ou
classificado como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars-CoV-2). Se existe o Sars-CoV-2,
há, também o Sars-CoV-1. O que ele significa? Ele foi denominado de Mers-CoV-1,
como sendo uma Síndrome Respiratória do Médio Oriente, mas que surgiu pela primeira
vez no fim de 2002, também na China.
Por
volta dos anos de 2002 e 2003, ocorreu um surto da doença que resultou em mais
de 8000 (oito mil) contágios, provocando cerca de 800 mortes em todo o mundo.
Depois, houve um intervalo entre os anos de 2004 a 2012, sem nenhum registro de
novos casos da doença. Presumiram-se de que a doença teve origem em
gatos-de-algália infetados por morcegos e, posteriormente, vendidos em mercados
abertos. No mesmo ano de 2012, foi detectada na Arábia Saudita uma nova
variante de Mers-Cov-1 (coronavírus).
De
onde surgiu o coronavírus? Segundo divulgado pela imprensa, na cidade de
Wuhan, na China. Como foi seu surgimento? Alguns sites registram que se
deu por meio de um morcego. Muitas pessoas cogitaram de ter sido criado em
laboratório (vírus chinês). Muitos especialistas da área médica
descartaram esta ideia. Qual seu período de incubação? Geralmente os
vírus tem entre 1 a 7 dias para manifestar seus sintomas. Quais são seus
principais sintomas?
Como trata-se de uma doença respiratória, são: tosse,
febre, falta de ar, dificuldade de respirar e cansaço. Como podemos ser
infectados? Em contato com pessoas ou objetos infectados, pelo ar e estando
em aglomerações (locais abertos ou fechados), saliva, etc. Como outras doenças,
tem um grupo que corre maior risco de contágio? Todas ás pessoas e de
todas as especialidades, foram unânimes em afirmar de que seriam “pessoas
idosas, de 60 (sessenta anos de idades) e acima”. Como posso infectar alguém?
Da mesma forma, infectado ter contato com pessoas, inclusive contaminá-los com
utensílios ou objetos usados por você.
Existe
um tempo estimado de vida deste vírus? Esta pergunta teve respostas
diversas, para uns, três dias (plástico, metal etc.), para outros, mais de três
dias. Quais os cuidados preventivos pessoais? Evitar contatos com
pessoas e locais de aglomeração (isolamento social), higienização com água e
sabão, fazendo uso também de álcool (70% em líquido ou em gel). Toda vez que
for à rua, quando retornar, retirar sandálias ou sapatos do lado de fora de
casa, limpando-os com água e sabão. A roupa deve ir para o molho (água e sabão
em pó) e depois ser lavada etc. Temos
medicamentos para combater este vírus (Fármacos)? A grande discussão se
deu nesta questão. Muitos profissionais, inclusive pessoas que foram
infectadas, se trataram com Hidroxicloroquina (remédio
contra malária e doenças autoimunes) + Cloraquina
(logo que surgiu os primeiros sintomas) e/ou Azitromicina,
refreando o avanço da doença. Outros profissionais dizem não adiantar nada
(desde que o infectado esteja em estágio avançado da doença) e que esses
medicamentos podem trazer complicações cardíacas.
Qual tempo para se criar uma
vacina para combater este vírus? Outra questão muito polêmica e
controversa. Uns especialistas afirmam que levaria de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Outros dizem entre 8 (oito) meses a 1,6 (um ano e seis meses). Depois
de estabelecido num País ou numa determinada região, quanto tempo leva para atingir
o “Pico”? Esta foi outra resposta bem confusa, entre outras coisas, acabou por
destituir gestores de seus cargos. Numa delas, dizia que seria em meados do mês
de abril (anteriormente disseram que se daria em março). Depois passou para o
mês de maio e, assim por diante. Diante dessas oscilações, houve por parte de
muitas pessoas, o pensamento de que a estimativa do resultado esperado por
eles, era de que seria parecido com o ocorrido em outros países, isto é, uma
elevação repentina dos infectados (e de mortos).
Como
não ocorreu como previam (conjecturas), jogavam a data para frente. Me fez lembrar de um
acontecimento que ficou marcado em nossa história. Muitas pessoas estimaram uma
data para o fim do mundo. Muitos venderam tudo que tinham, mas a data chegou e
nada aconteceu. Então, a primeira iniciativa foi a de marcar uma nova data para
tal acontecimento. Esta atitude, talvez, insana, acabou trazendo muitos
problemas, inclusive mortes (suicídios). Última pergunta para fecharmos este
tópico: Qual a estimativa de infectados ou de mortes no Brasil? Não sei
se assistiram ou leram em algum jornal ou site, mas ouvi de alguns:
teremos 1 milhão de mortes e, de outros, entre 1,5 a 2 milhões, entre outras
estimativas estapafúrdias:
“O Brasil está entre os países citados. Em caso de
nenhuma estratégia de isolamento e de enfrentamento da pandemia, o Brasil
poderia ter mais de 1,15 milhão de mortes devido à Covid-19. Com estratégias de
supressão rígidas para toda a população, que são aquelas que buscam bloquear a
circulação do vírus, o estudo diz que o número de mortes pode ser reduzido para
44,2 mil” (Fonte: G1-Globo, 27/03/20).
Por fim, assisti uma fala do Presidente da
República (20/04/20), afirmando de que 70% (setenta por cento) dos brasileiros
serão infectados. Ele não inventou esta porcentagem, com certeza, seus
assessores (Ministério da Saúde etc.) o informaram. Vocês que são matemáticos e
cientistas, façam as contas e vejam qual o número total de pessoas, que possivelmente
serão infectadas. Lembrando de que o fato de ter sido infectado, não quer dizer
que resultará em óbitos.
2. Doença
do Passado com pontos em comum ao COVID-19:
Pessoas que nasceram por volta do ano de
1975 a 1980, com aproximadamente 45 anos de idade (ou mais), deve lembrar
quando surgiu uma doença desconhecida no Brasil chamada AIDS (1981). Termo vindo
do idioma inglês - Acquired Immunodeficiency Syndrom.
Para nós, ficou sendo conhecida popularmente como SIDA. Igualmente a
chegada do coronavírus, ou seja, sem termos a certeza de que as informações que
estão sendo passadas (também na época), são corretas e verdadeiras, na maioria das
vezes, evitávamos: apertos de mãos, abraços e beijos, aproximação e contato com
o sangue de outra pessoa (saliva e suor), entre outras coisas.
Em poucos anos de seu surgimento, a SIDA
ou o HIV, contagiou muitas pessoas rapidamente, provocando muitas e muitas mortes.
Para lembrarmos, mas sem citar nomes, muitos cantores e atores que estavam no
auge de suas carreiras profissionais, foram acometidos e morreram. Quero abrir um
parêntese, para descrever um fato ocorrido comigo em serviço: - Trabalhava no
Policiamento Rodoviário de Trânsito (PRE-02), cobrindo a área de Vila Velha até
a Praia do Sol (depois de Ponta da Fruta). Numa madrugada (por volta das 02h00),
fui acionado para atender uma ocorrência na Avenida Santa Leopoldina (Coqueiral
de Itaparica). Um veículo havia parado no meio da rua, com apenas um elemento
dentro (o condutor), com atitudes suspeitas. Em lá chegando, tomamos as
precauções de praxe, me aproximei do veículo e observei, num primeiro momento,
que o indivíduo parecia estar embriagado.
Percebi que tentava tirar o cinto de
segurança e sair, mas não conseguia (faltava força), mas não estava bêbado. Entramos
em contato com a família e socorremos o mesmo (não havia 192/SAMU) para o
Hospital Santa Mônica. Tivemos informações depois, que se tratava duma pessoa
diagnosticada como soropositivo (infectado pelo HIV). Aquela informação nos
deixou muito e muito preocupados. Mas, graças a Deus estamos vivos até hoje.
Numa pesquisa feita pela internet,
encontrei como resultado, de que cerca de 37,9 milhões de pessoas estavam infectadas
com o HIV em 2018. Deste montante; 36,2 milhões eram de pessoas adultas e, 1,7
milhão era de crianças (menores de 15 anos). Por fim, cerca de 8,1 milhões de
pessoas não sabiam que estavam vivendo com HIV. Contraíram a doença (estavam infectadas)
e não sabiam: *Este último dado, te lembra alguma coisa dos dias atuais em que
estamos vivendo? (UNAIDS;2018).
Desde sua descoberta até o final de
2018, entre 32 a 40 milhões de pessoas morreram de AIDS. Dando continuidade a este
tópico, registraremos pontos em que a AIDS (HIV) tem algo em comum com o
COVID-19 (Sars-CoV-2):
1. Em que ano e país surgiram? O
primeiro registro da AIDS foi em 1930, na África, tendo sido feita a transmissão
do macaco para o homem. Entretanto, houve muita contestação acerca deste
registro e a data do ocorrido (e o coronavirus?). Séculos depois,
houve o registro da primeira morte (1959). Nos EUA, em 1981, ocorreu a morte de
um comissário de bordo, que teria transmitido para várias pessoas, a notícia
chegou ao conhecimento de todos. Por conta disso, ficamos sabendo de seu surgimento
aqui no Brasil. Decorridos entre 5 a 7 anos, a doença estava afetando várias
pessoas em diversos países, inclusive no território brasileiro e com óbitos.
2. De onde surgiram? A SIDA em
Kinshasa (Congo - África) e o COVID-19, em Wuhan (China). Somente neste ponto
que eles se diferem. 3. O o que são? Doenças contagiosas originárias de espécies
diferentes de vírus. 4. Como surgiram? Cogitam-se ter sido do Sistema Imunológico
Viral (SIV), ou seja, do mecanismo de defesa de animais: a Aids:
do chipanzé e do macaco-verde africano. No chipanzé foi classificada como HIV-I;
muito agressivo e mortal e, no Macaco-verde africano de HIV-II menos agressivo
(demora mais tempo para manifestar a doença), mas também letal. Acredita-se que ocorreu na África central, pelas tribos locais que caçavam esses animais,
inclusive domesticavam alguns: o Covid-19:
de morcegos e outros animais (cachorros etc.), não muito agressivo (para pessoas
jovens e saudáveis), mas mortal. Os idosos (60 anos ou mais) e/ou pessoas com
patologias crônicas (hipertensão, pneumonia, asma, obesidade mórbida etc.). 5. Como
foram classificadas: Aids (HIV) ou SIDA, sendo que os infectados foram denominados
de soropositivos. No Brasil, ficou sendo conhecido como HIV-III ou LAV - vírus
associado à linfadenopatia, isto é, qualquer processo que afeta os nódulos linfáticos.
O COVID-19 significa: Co – de corona (formato duma coroa),
VI – vírus, D – doença e 19, o ano de seu surgimento.
6. Quais são os sintomas principais?
Da AIDS: Febre, Fraqueza, Diarreia, Tumores cutâneos (relacionados a pele). Do COVID-19: Febre, tosses, dores musculares, problemas respiratórios e falta de
ar, perda do olfato e paladar. 7. Há grupo com maior risco de contrair a
doença? Na AIDS, listaram os homossexuais (gays), prostitutas, usuários de
drogas (principalmente injetáveis), negros, pobres, entre outros. Chamou-nos atenção,
que começou a surgir Profissionais da Área de Saúde infectados pela doença. No
COVID-19, disseram que, quase com unanimidade, os Idosos (de 60 anos para cima).
Com maior gravidade, se já tiverem Doenças Crônicas (hipertensão,
problemas cardíacos, pneumonia, asma etc.). Fugindo á estimativa desse grupo,
pessoas jovens foram e estão sendo infectadas (morreram) e estão morrendo. Além
disso, muitos Profissionais da área de Saúde (linha de frente do combate)
estão sendo infectados e morrendo.
7. Motivos possíveis das mortes? Em
grande parte delas, acredito que se deu por falta dos cuidados e orientações preventivas
das autoridades publicas e sanitárias dos países. Ou, em
muitos casos, por não saber que estavam infectados (assintomáticos). Este
termo na medicina, significa que um paciente pode ser o portador de uma doença,
mas não apresenta nenhum sintoma. Eles acabam contaminando seis vezes mais
o número de infectados, inclusive muitos destes, virão a óbito. Entre os cuidados básicos, podemos dizer que são; na AIDS: evitar ter múltiplos parceiros sexuais; fazer sempre o
uso do preservativo, higienização de agulhas, seringas e instrumentos de
uso hospitalar, entre outros. No COVID-19: isolamento pessoal (em casa), evitar
aglomerações (fora de sua casa), higienização pessoal, de objetos (álcool líquido
70% e em gel), evitar aperto de mãos, abraços e beijos (distanciamento de 2 metros),
não ficar em lugares fechados respirando o mesmo ar com outras pessoas, entre outros.
Vamos parar por aqui, pois o assunto não tem fim, mas gostaríamos de lembrar, que tanto numa doença (HIV) quanto noutra
(COVID-19), bebes, crianças, jovens, mulheres e idosos, foram e continuam sendo
infectadas. Destes muitos irão vencer a doença, mas também, tantos outros não
resistirão, vindo a óbito. Infelizmente, precisamos estar atentos a esta dura e triste realidade.
Conclusão:
Como
ainda é tudo muito novo e incerto, vamos continuar fazendo o possível para nós nos
mantemos imunes (sem sermos infectados) e, se formos contaminados, conseguirmos
passar por cima desta terrível doença e, mais ainda, sem transmiti-la para quem
tanto amamos: nossa Família, Familiares e amigos. Que Deus nos proteja e nos abençoe.
Amém!
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