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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

DA ETERNIDADE A BREVIDADE DA VIDA NA TERRA



Introdução

            Nós que somos considerados e reconhecidos como os seguidores de Cristo, ou, numa outra tradução, os “pequenos Cristos”, acreditamos que tudo o que existe na face da terra, foi obra das mãos de Deus. Nesse sentido, quando Deus criou e terminou uma de suas melhores obras – o Homem; em seu plano original estava determinado de que ele viveria  eternamente.

Gênesis 1:24-27. E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado,e repteis e besta-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie; e todo o réptil da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus; e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem á sua imagem; a imagem de Deus o criou, macho e femea os criou.

Abraham Lincolm, disse certa vez acerca da longevidade do homem na terra, com a seguinte fala: “Deus certamente não teria criado um ser como o homem, para que este  existisse somente  por um dia! Não. Não!  O homem foi feito para a imortalidade”. No ato da criação da alma vivente, por meio do fôlego de vida, Ele projetou de que ele – Adham, viveria para a eternidade (acréscimo nosso).
Entretanto, quando Ele colocou o homem (e a mulher) para viver no Jadim que Ele criara, parece que eles não deram tanta importância a Sua advertência, sobre o perigo que poderiam correr, no caso de O desobedecerem, principalmente com relação a eternidade, podendo haver  o abreviamento do tempo de suas vidas na terra, ou seja, o surgimento da morte.   
Gênesis 2:8-9,15-17. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor fez brotar da terra toda árvore agradável á vista e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (....). E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (grifamos).   

Com esse ato de desobediência, mudou-se consideravelmente os planos de Deus para a vida do homem, no que diz respeito a sua permanência na terra. O Senhor, a partir de então, delimitou um certo período de tempo quanto a sua duração - longevidade[1].  
Antes, bastava ao homem lavrar, cuidar e usufruir de tudo que fora criado por Deus, para que vivesse tranquilo e eternamente. Depois,  por ter ignorado a advertência do Senhor e Tê-lo desobedecido, sobreveio-lhes algumas consequências dessa decisão, isto é, foi feito algumas mudanças por Deus, em relação a ação de cada um deles, corrigindo-lhes de forma individualizada.   
Quanto a mulher, ela passaria a sentir dores de forma intensas em sua gravidez, como também no momento de dar á luz filhos: “(...): Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos” (Gênesis 3:16). Além disso, o seu desejo seria para o teu marido, sendo dominada por ele.
Quanto ao homem, por ele ter dado ouvidos a sua mulher, Deus amaldiçoou a terra e, a partir dai, o homem comeria do seu fruto com muito esforço e suor em seu rosto. Dito de outra maneira, ele também sentiria dores e suaria muito para comer o pão de cada dia: “(...): Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela” (Gênesis 3:17-18).
Depois desse acontecimento, os homens passaram ter um tempo de vida determinado por Deus, que seria contado em anos de sua permanencia na terra. A seguir elencaremos alguns exemplos para nosso conhecimento:

. Adão: Seu nome em hebraico significa “vermelho”. Após ser tentado, inclinou-se a pecar. Depois disso, viveu 930 anos.”E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos; e morreu” (Gênesis 5:5);

. Matusalém: Seu nome em hebraico significa “homem armado”. Filho de Enoque e avô de Noé. Ele viveu 969 anos: “E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, (...). E foram todos os dias Matusalém, novecentos e sessenta e nove anos; e morreu” (Gênesis 5:22,27);

. Abraão: Seu nome em hebraico significa “Pai duma multidão”. Deus fez-lhe uma promessa de que lhe daria um filho – o Filho da Promessa, cumprindo-a quando ele tinha 100 anos de idade (cf. Gênesis 21:4-5). Depois disso, viveu mais 75 anos (total de 175 anos).

Gênesis 17:1-2,19. Sendo, pois, Abraão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abraão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente (...). E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele. (...). Estes,pois, são os dias dos anos da vida de Abraão, que viveu cento e setenta e cinco anos (Gênesis 25:7).   

. Sara. Seu nome em hebraico significa “Princesa”. Casou-se com Abraão em Ur dos Caldeus e era estéril (cf. Gênesis 11:28-31). Ela faleceu aos 127 anos de idade: “E foi a vida de Sara, cento e vinte e sete ano; estes foram os anos da vida de Sara” (Gênesis 23:1).
 . Moisés. Seu nome em hebraico significa “Tirado”. Ele foi escolhido e chamado por Deus para libertar o povo hebreu da escravidão Egípcia.  Quando teve um encontro com o Senhor, numa chama de fogo, em meio duma sarça – arbusto, ele estava com 80 anos de idade (cf. Êxodo 3:1-10).
Registra a Palavra de Deus, que mesmo em avançada idade, seus olhos não escureceram e nem perdeu a sua força. Ele morreu com 120 anos de idade: “Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele  seu vigor” (Deuteronômio 34:4-7).
      
Arão: Seu nome em hebraico significa “Serrano ou Brilhante. Esteve com Moisés na empreitada de libertar os hebreus dos Egipcios. Ele era três anos mais velho que seu irmão, estando com 83 anos de idade quando partiu para esta missão. Ele morreu com 123 anos: “E era Arão da idade de cento e vinte anos, quando morreu no monte Hor” (Números 33:38-39).

Josué: Seu nome em hebraico significa “Jeová é salvação”. Ele estava o tempo todo junto a Moisés, sendo um dos seus auxiliares direto e de inteira confiança. Com a morte dele, tornou-se seu sucessor, conduzindo os hebreus a terra de Canaã. Morreu com 110 anos de idade: “Então, Josué despediu o povo, cada um para a sua herdade. E, depois destas coisas, sucedeu que Josué, filho de Num, o servo do Senhor, faleceu, sendo da idade de cento e dez anos” (Josué 24: 28-29).

Se olharmos para a nossa era, isto é, os nossos dias (Século XXI), podemos até pensar que eles viveram muitos anos, haja vista que a expectativa de vida do brasileiro é de 71 anos (Rick Warren, 2013); mas em relação a vida eterna, o tempo da vida humana tornou-se muito breve, haja vista que com o pecado da desobediência, entrou a morte no mundo.

Salmo 90:10. A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos. 

1. Comparativos na Bíblia Sobre a Vida Humana:

As Escrituras Sagradas apresentam analogias de como a vida humana é breve nesta terra, fazendo algumas comparações com aspectos da natureza. Vamos ver quais são as comparações para nossa  reflexão:

1.1 – A Vida como uma Sombra: a sombra, segundo o dicionário Aurélio, nada mais é do que o “espaço privado de luz ou que tornou-se com menor claridade”. Independentemente de qualquer que seja a interposição que faz surgir a sombra, seja um edfício, uma árvore, uma nuvem, etc., temos a certeza de que ela não durará muito tempo.

1 Crônicas 29:15. Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não há outra esperança. 
(...)
Jó 14:1-2. O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação. Sai como a flor e se seca, foge também como a sombra e não permanece.

            O autor deste Livro – Esdras, registra neste capítulo 29, acerca das ofertas para a construção do templo do Senhor. Serve também para nós (Cristãos atuais) como exemplo de uma atitude louvável por parte do povo de Deus, em contribuir com a sua obra.

1.2 – A Vida como um Vapor: o vapor é a forma gasosa que tomam os líquidos: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (Tiago 4:14).
            Tiago, neste capítulo 4 de sua Epístola, narra sobre a falibilidade dos planos elaborados e feitos pelo homem. Deixando um importante alerta para todos nós, de que antes de planejarmos qualquer coisa, devemos colocar diante do Senhor.

Tiago 4:13,15.  “(...): Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos e ganharemos. (... ). Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser (ou permitir), e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

1.3 – A Vida como uma Erva: é uma planta mole ou sensível, cujas partes aéreas, incluindo o seu caule, morrem todos os anos depois da frutificação.

Tiago 1:8-11. O homem de coração dobre (fingido, traiçoeiro) é inconstante em todos os seus caminhos.Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece (morre), assim se murchará também o rico, em seus caminhos (acréscimo nosso).

Tiago, neste capítulo, apresenta palavras de encorajamento aos seguidores de Cristo, mesmo diante das aflições e perseguições, pois, por meio da vossa fé resultarão em paciência.

1.4 – A vida como um Conto: o conto nada mais é do que uma narração curta, que pode ser apresentado de forma falada ou escrita: “Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro” (Salmo 90:9).
            Este Salmo 90 nada mais é do que uma Oração feita por Moisés, descrevendo a vida humana como um conto ligeiro, mas também como um “sono” e uma “erva”, em que ambos acabam de forma muito rápida.
O tempo de nossa vida na terra – longevidade, será muito breve, como já dissemos anteriormente, mas as consequências durarão para sempre: “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor. (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:6-8). 

Rick Warren (2013), descreve a nossa vida na terra comparando-a como um ensaio ou treinamento: estamos nesta terra participando duma preparação para acessarmos o outro lado de nossa vida – a vida eterna. Este sim, será um tempo bem maior do que estamos vivendo aqui na terra. 
Vale lembrar a fala de C.S. Lewis quanto a vida eterna: “Existem apenas dois tipos de pessoas: as que dizem a Deus – seja feita a Tua vontade. E aquelas a quem Deus diz – seja feita a sua vontade”. Não podemos esquecer também que a eternidade nos apresenta ou concede apenas duas alternativas: o céu (gozo eterno) ou o inferno (tormento eterno).

2. Significado da Morte Humana

A morte, conceituada de uma forma bem simples, "é o cessar da vida física". No entanto, não é o fim de nossa existência, mas tão somente a transição para a vida eterna. Por isso, haverá consequências eternas para tudo que fazemos aqui na terra. Cada ato de nossa vida faz soar um acorde na eternidade. Infelizmente, muitas e muitas pessoas terão de suportar a eternidade sem Deus (sofrimento eterno), pois escolheram viver sem a Sua presença neste mundo.
Quando percebermos que a morte física não é o fim de nossa existência, e que a vida humana não é apenas “o aqui e o agora”, mas uma preparação e ensaio para a eternidade, passaremos a mudar a nossa forma de viver e ver a vida.

2.1 – Vida Apegada aos Bens Materiais: vivemos numa época em que o centro de tudo voltou-se para o homem, o antropocentrismo. Passamos a dar mais valor e gastar maior parte de nosso tempo, querendo alcançar fama, sucesso, estatos social, muito dinheiro, títulos acadêmicos, entre outras coisas. Gastamos quase a totalidade de nossas vidas e tempo, com as coisas efêmeras e fúteis. Alguém já disse que: Estamos usando as pessoas e amando as coisas”. Ou seja, uma inversão total dos princípios e valores humanos.
Parece que nos esquecemos de que viemos para o mundo nús, ou seja, sem nada. E quando morrermos, não levaremos nada conosco: “e disse: Nu sai do ventre da minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja oo nome do Senhor” (Jó 1:21).  Grande parte das pessoas vivem como se nunca fossem morrer.
Quando nos conscientizarmos e nos voltarmos para Deus, procurando se aproximar ao máximo d’Ele, passaremos a dar mais valor á personalidade e ao relacionamento com outras pessoas: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória (fezes), para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7-8).
Lembre-se: Deus tem um propósito para nossa vida na terra, mas que não termina aqui. Por maior tempo que você viva aqui, o plano d’Ele lhe dará a possibilidade de viver eternamente. E o melhor de tudo, desfrutaremos de Sua companhia para sempre conosco.

Mateus 25:32-34. E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes a esquerda. Entao dirá o Rei aos que estiverem á sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

Segundo Warren (2013), “Deus nos destinou, segundo Sua imagem, para viver eternamente”. E acrescenta o autor que; “a razão de sentirmos que deveríamos viver para sempre é que Deus condicionou nossa mente com esse desejo!”

Conclusão

Ouvimos constantemente muitas pessoas dizerem a seguinte frase:”a única certeza de que temos na vida, é de que um dia morreremos”. Sendo assim, com o passar dos anos morreremos; caso Cristo não volte antes. Se olharmos por essa óptica, poderemos ver a morte como algo natural, mas, também, de certa forma, para alguns, injusta.
A boa notícia para todos os Cristãos, pauta-se em que o propósito de Deus para a sua mais bela criação – o homem, continua inalterada, isto é, fomos criados para a eternidade. Não importa de que forma ela virá, quer seja por meio de uma doença, um infarto fulminante, um acidente automobilistico ou por qualquer outra forma.
E se isso acontecer, será meramente o fim de nosso corpo físico (carne), de nosso tempo na terra e de nossa habitação temporária, mas não será o fim de nossa outra vida ... a vida eterna:”Porque sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Coríntios 5:1-2). 










[1] Longevidade. Duração da vida  de um indivíduo, de um grupo ou de uma espécie), mais longa do que o comum.

Um comentário:

  1. Esta Mensagem nos foi dada por Deus neste feriado de 7 de Setembro. Tivemos o privilégio de Ministrá-la ontem (12/09/18), na Assembléia de Deus Nova Vida, em Itapoã - Vila Velha/ES.

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