Radio do Bloguer do capitão.

sábado, 27 de julho de 2019

PARA QUE POSSAMOS REFLETIR


          Tenho dito que tudo na vida tem o seu lado bom e o seu lado ruim. Com o advento da internet e das redes Sociais, não é diferente. Você pode postar vídeos, fotos e imagens diversas ou, mensagens. Entretanto, tem certas pessoas que parece não ter discernimento, pois só usam dessa importante ferramenta e meio de comunicação, para enviar “pornografias” ou “ coisas de pouco interesse e valor.
         Quem é próximo a mim, sabe que sou um pouco resistente á essas modernidades, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde teria que tê-las. Caso contrário, ficaria totalmente parado e ultrapassado. Para tanto, ainda continuo com algumas resistências; explico: tem algumas pessoas que querem me inserir em alguns grupos. Eu tenho dito não para elas.
         Neste pouco tempo de uso, já tive experiência ruim, pois deixei-me levar pelo argumento de um “amigo” e entrei num grupo. No mais tardar, entre um a dois dias, sai. Os camaradas só postavam coisas imprestáveis e sem nenhuma utilidade. Portanto, a partir deste episódio, estou fazendo o uso das “Três Peneiras”, conforme registra a história acerca do filósofo Sócrates.
         Acredito que muitos já a conhecem, mas sempre tem alguém que nunca ouviu dizer. Então vamos registrá-la: - Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou: - O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras? - indagou o rapaz! – Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer me contar dos outros é um fato real? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Mas, suponhamos que seja verdade.
Então, ela deve passar pela segunda peneira que é a Bondade. O que você quer me contar é uma coisa boa? Vai ajudar a me edificar, a construir, a destruir a fama ou reputação do próximo? Se o que você quer contar é verdade, e é uma coisa boa, deverá passar ainda pela ...
...Terceira peneira que é a Necessidade. Ou seja, convém que você me conte? Vai resolver alguma coisa? Vai ajudar a comunidade? Pode melhorar o mundo? E, aí, arrematou Sócrates: - Se passou pelo crivo das três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar com o que você vai contar. 
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, amigos e colegas deste planeta.
Portanto, amigos, colegas e irmãos, não fique triste caso eu venha a te bloquear, haja vista que você já vai saber qual foi a razão de tê-lo feito. E, com esta atitude, espero que ocorra mudança em sua vida, pois o Profeta ou Mensageiro de Deus, deve focar em sua fala (seja escrita, em áudio ou postagens) três propósitos: - Edificar; Consolar e Exortar os seus ouvintes ou leitores (cf. 1 Coríntios 14:3).
Uma outra coisa interessante para continuarmos refletindo, prende-se ao fato do que dizem alguns estudiosos. Eles afirmam que há, no mínimo, três coisas na vida que nunca voltam atrás: - a flecha (ou pedra) lançada; - a palavra pronunciada (ou proferida) e, - a ocasião (ou a oportunidade) depois de perdida.
No entanto, outros acrescentam uma quarta: - o tempo, que já se passou e não volta mais. Implícito nesta quarta coisa, podemos inserir uma quinta: - o dia de ontem, que passou, e não podemos fazer mais nada!
Portanto, que venhamos a viver bem o “hoje”, e o “agora”, pois o amanhã não nos pertence: “Não presumas do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia” (provérbios 27:1; cf. Mateus 6:34). 
Por isso, procure tratar todas e quaisquer pessoas com cordialidade e respeito. Agindo assim, será mais fácil relacionar-se com outrem e, além disso, estará procedendo em acordo com a Palavra de Deus! “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tiago 4:17). Que possamos refletir nisso. Amém!

quinta-feira, 11 de julho de 2019

O MANUAL QUE NÃO PODE DEIXAR DE SER LIDO



Introdução:

Acredito que você já tenha ouvido falar ou assistiu em alguma programação televisiva, de que, em geral, o povo brasileiro não gosta muito de ler, pois são um pouquinho preguiçosos. Isto é tanto verdade, que o confirmamos a cada dia, principalmente em nossos relacionamentos por meio das redes sociais. Você posta alguma coisa importante para que seja divulgada, mas quando outra pessoa abre a postagem e observa o tamanho da escrita, somente clica em curtir ou responde enviando um emoji (símbolos representativos próprios desta linguagem).
Em 2012, publicamos nosso primeiro Livro com uma tiragem de 300 exemplares. Amigos, familiares e colegas de trabalho compraram todos, inclusive fizemos uma reedição. Se passaram sete anos, durante este tempo, me encontrei com a maior parte dos que o adquiriram, a minha primeira pergunta foi: Leu o livro?  Uns responderam que só leram algumas páginas (são 150 no total, divididas em várias assuntos: a origem das drogas, sua legislação, sua forma de uso e as possíveis consequências ao organismo do usuário abusivo e do dependente químico  etc.). Outros, apenas viram a capa e passaram os olhos mas folhas do livro, nem sequer  leram a sinopse ou a introdução.
Talvez, por isso, você não se surpreenda igualmente a mim, quando observar abaixo, o resultado duma pesquisa feita recentemente, confirmando que o Brasil não possui uma boa posição entre os países que mais leem livros no mundo. A grande realidade é que nossos hábitos de leitura são muito ruins, principalmente quando comparados a países como a Índia, Rússia, China e a Tailândia.
Que nos perdoem, mas pasmem; também perdemos para os Argentinos, para os Mexicanos e para os Venezuelanos. Embora esses três últimos, estejam abaixo da média global de leitura, ficando com 6,5 horas/semanais .

País
Rankig
Tempo Médio / horas-semanais
India
10,7
Tailândia
9,4
China
8,0
Filipinas
7,6
Egito
7,5
República Theca
7,4
Rússia
7,1
(...)
(...)
(...)
Brasil
27º
5,2

Estamos à frente somente de Taiwan, Japão e Coreia. Vale ressaltar, que o exercício da leitura ativa ou desperta diretamente a atividade intelectual, devendo ser reservado um tempo médio para a leitura de quaisquer tipos de literaturas. Este hábito pode elevar o nível pessoal, social, cultural e acadêmico do leitor. Além disso, é um importante parâmetro para avaliar o nível cultural de cada nação.
O hábito da leitura ajuda na construção do conhecimento, de um olhar crítico, além de ​incentivar a criatividade e melhorar o desenvolvimento do indivíduo em seu aspecto geral. Por isso, precisamos urgentemente mudar este quadro. Como pais, educadores e formadores de opiniões que somos, temos que estimular este comportamento saudável desde a tenra idade aos nossos pequeninos. Se faz necessário adquirir literaturas infantis e de diversas categorias, sempre que possível. Se, pelo menos, uma vez por semana, reservarmos umas horinhas para lermos com e para eles, já está de bom tamanho.
Ouvimos muito as pessoas reproduzirem uma máxima muito antiga, que diz assim: “Precisamos construir um mundo melhor para os nossos filhos”. Com certeza, você já ouviu alguém dizer isso (ou até mesmo você!). Eu tenho outro provérbio, que versa totalmente contrário a esta fala, escrita assim: “Precisamos educar filhos melhores para o mundo”.
Penso que tudo pode melhorar neste mundo (na esfera humana), mas um dos pilares que pode mover e alavancar esta transformação se chama “conhecimento”. Adquirindo-o, ninguém pode te tirar. E se cada indivíduo que o adquiriu, passar a colocá-lo em sua prática cotidiana, as coisas tendem a melhorar. Se você pensa e quer mudança; nada melhor do que começar primeiro por você!
Talvez, quem sabe, se fizermos igual ao pequeno Beija-flor daquela Fábula, que narra a história dum grande incêndio que estava acontecendo numa floresta. Alguém tentou desanimá-lo, dizendo: - Com esta gotinha d’água você nunca apagará este incêndio. Ele educadamente respondeu: - Eu estou fazendo a minha parte. Portanto, precisamos fazer a nossa parte, descruzando os nossos braços e lançando  “a mão no arado”, em vez de só reclamarmos da vida e dos governantes! 

1.   A Importância de Ler o Manual Chamado de - Bíblia Sagrada:  

Na introdução, fizemos uma abordagem acerca da falta de hábito do brasileiro pela leitura de qualquer tipo de literatura, podendo ser livros, periódicos, artigos, matérias jornalísticas, gibis, romances, ficção, entre tantas outras categorias. Figurando numa posição muito ruim, após o resultado duma pesquisa com este foco.
Agora, antes de darmos sequência, acerca do tema proposto, gostaríamos de abrir um parenteses, para pontuar um comportamento comum que, muitas vezes, o adotamos no “automático”,. Ele se dá, quando queremos ansiosamente realizar um desejo (ou mera vontade) de comprar  um eletrodoméstico ou produto eletrônico, mas não temos o conhecimento e o domínio de como fazê-lo funcionar. Por isso, temos que recorrer ao manual que segue junto a embalagem do produto.
Depois, seguir passo a passo as instruções nele contidas. Em outras palavras, a nossa ignorância pode vir a comprometer a sua funcionalidade, inclusive a danificá-lo. Sendo assim, temos a necessidade de fazer a leitura do manual ou chamar por alguém que saiba e, as vezes, acionar um profissional ou especialista no assunto. Por ora, fechamos o parenteses, para transpor a nossa abordagem para o grande objetivo deste artigo: fazer um comparativo  acerca da importância e necessidade, de que todo  e qualquer Cristão tem, de ler diariamente o Manual Verdadeiro, que tem o poder de alimentá-lo, nutrir e revigorar o seu espírito – a Palavra de Deus.
Uma mesma atitude deve ocorrer, como a do comprador de um novo aparelho eletroeletrônico qualquer, em relação a leitura de livros e artigos de cunho teológicos. Entretanto, tem um Manual de Excelência que todos aqueles que se dizem cristãos, principalmente, os que ocupam  cargos ou posições de liderança – Pastores, Bispos, Padres, Anciãos, etc., precisam ler com muita atenção todas as suas instruções (seus 66 livros), que são de vital importância, haja vista que eles possuem a obrigação e o dever de transmiti-las fielmente aos seus ouvintes. 
Vale lembrar que não estamos falando de uma leitura como dum livro qualquer (eu a chamo de leitura burra ou superficial): o seu leitor precisa meditar neste Manual (cf. Salmo 1:1-2); além disso, estudar diariamente e pedir para que  o Seu intérprete – o Espírito Santo, se faça presente no transcorrer desta leitura. Assim, ele poderá transmiti-la fielmente e com “unção” para os seus liderados e/ou ouvintes.
Infelizmente, nem todos os que ocupam esses cargos e, também, muitos membros e seguidores de Cristo, nunca leram todo o Manual - as Sagradas Escrituras, desde as suas primeiras páginas – o Livro de Gênesis, onde sua narrativa descreve a origem e o princípio de tudo que foi criado por Deus, até as suas últimas – o Livro de Apocalipse, sendo demonstrado a revelação do que ocorrerá no fim dos tempos.
O pior de tudo isso, é que muitos que estão na Liderança de Igrejas Evangélicas, ainda não se deram conta desta importante necessidade. Por certo, eles podem estar fiados em sua formação acadêmica (mestrado, doutorado, pós-doutorado etc.) ou profissional (advogados, psicólogos, psicanalistas, professores etc.) ou, quem sabe, pensam que a “unção” e o “chamado” para esta missão de liderar pessoas, vem para todos. Sinto muito em dizer-lhes, que não é bem assim que acontece no Cristianismo:

Efésios 4:7,11. Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom de Cristo (...). E, ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.

Queremos nos ater neste texto, a posição de liderança duma igreja evangélica, que normalmente é ocupada pela pessoa do Pastor. Este título, também pode ser aplicado com outras palavras de mesmo sentido e significado; tais como: - Presbíteros (no idioma original, Anciãos), Bispos[1] e, não muito comum no campo religioso, os Supervisores. Todas elas relacionadas a Liderança.
A sua função precípua, prende-se á direção e administração duma igreja ou congregação local, onde tem o encargo de pregar e preservar a Sã Doutrina, refutar ou contradizer toda e qualquer heresia. Além de cuidar das necessidades espirituais (e relacionais) de seus membros.

Atos 20:16-17. Porque já Paulo tinha determinado passar adiante de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se, pois, para estar se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes (festa). De Mileto, mandou á Éfeso chamar os anciãos da igreja (sublinhamos).
(...),
Tito 1:5-9. Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já to mandei (sublinhamos); aquele que for irrepreensível, marido de uma (única) mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução (depravação) nem são desobedientes (rebeldes). Porque convém que o bispo (sublinhamos) seja irrepreensível como despenseiro (administrador dos recursos) da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo (tendência a irar-se com facilidade) nem dado ao vinho (beberrão), nem espancador (violento e agressivo), nem cobiçoso de torpe ganância (igual a Acã); mas dado a hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo (idioma original é separado), temperante (equilibrado), retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar (repreender com brandura) com a Sã Doutrina, como para convencer os contradizentes.

Certa vez, indagaram maliciosamente a Jesus, querendo surpreendê-lo em alguma contradição á Lei imposta pelos romanos, se os seus seguidores deveriam pagar ou não o tributo ao imperador romano: “Dize-nos, pois, que te parece: é lícito pagar o tributo a César ou não?” (Mateus 22:17). Ele, com sua infinita sabedoria, pediu-lhes que mostrassem uma moeda. Assim que o fizeram; perguntou-lhes: “(...): De quem é esta efígie (imagem) e esta inscrição? E eles disseram: De César. Então, ele disse: dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (cf. Mateus 22:20-21).
Quem orquestrou esta tentativa de flagrar Jesus em algum erro, inclusive com outros questionamentos, foi nada mais e nada menos do que os Fariseus (principal seita dos judeus), com os Herodianos (partido político que apoiava o governo de Herodes) e os Saduceus (pequena seita composta por sacerdotes ricos e influentes). Portanto, eram pessoas ou um grupo social com conhecimento e de grande influência.
Mesmo assim, disse-lhes Jesus: “(...): Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mateus 22:29). Eles detinham um vasto conhecimento das leis romanas e de suas tradições, mas sobre as Boas Novas de Cristo – o seu Evangelho, eram indoutos (cf. João 3:1-12, Nicodemos). Em nossos dias, não tem sido diferente, tem muitas pessoas á frente da liderança de igrejas, mas estão “errando” equivocadamente quanto a ministração da Sã Doutrina.
Lembre-se: nossas igrejas (pessoas ou membroes duma comunidade cristã) não precisam de  Pastores ou Líderes muito intelectuais na esfera secular e acadêmica, embora não cometam nenhum pecado aqueles que buscam adquiri-los. Eu mesmo desejo concluir mais um, mas na área Teológica. O que me possibilitará, no campo acadêmico (faculdades), lecionar para aqueles que ainda desejam fazer a sua primeira graduação nesta área. Jesus Cristo usou o maior missionário e plantador de igrejas do Novo Testamento - Paulo, acerca desta tomada de atitude e de grande importância para um Líder: 

Romanos 12:6-8. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o teu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensina; se é encorajar, aja como encorajador; o que contribui, coopere com generosidade; se é exercer liderança, que a ministre com zelo; se é demonstrar  misericórdia, que a realize com alegria. O amor é a base dos dons.

Na verdade, é muito salutar que todos os que presidem, pregam, lecionam e administram as coisas de Deus, estejam buscando qualificações com o propósito de melhorar a sua “servidão” ao Senhor. Nossas igrejas (sua membresia e a comunidade cristã), precisam de líderes que falem a linguagem genuína e fiel do Evangelho de Cristo e com muita Unção. Sem “acrescentar” e, muito menos “retirar”, uma vírgula ou um til, por mero capricho ou vaidade humana (cf. Apocalipse 22:18-19). 

2.   Qual a Importância de Ler Diariamente este Manual?

Como descrevemos anteriormente, o indivíduo que tem o hábito duma leitura cotidiana, mesmo sendo de literaturas diversas, faz com que ocorra uma constante “oxigenação” mental. Assim, possibilita uma ampliação de sua capacidade de armazenamento das informações que recebe. Além de aumentar ou de facilitar o seu processamento – entendimento e compreensão de tudo que lê, vê ou ouve. Para respondermos a este questionamento, iremos nos apropriar da própria Palavra de Deus, destacando um dos seus inúmeros ensinamentos:

A Excelência do amor Fraternal
Salmo 134:1-3.
1. Eis aqui, bendizei ao Senhor todos vós, servos do Senhor, que assistis na casa do Senhor todas as noites.
2. Levantai as mãos no santuário (templo, igreja) e bendizei ao Senhor.
3. O Senhor, que fez o céu e a terra, te abençoe desde Sião!

Primeiramente, precisamos entender que é uma questão de necessidade e de sobrevivência para todo e qualquer seguidor de Cristo, independente de quanto tempo ele segue ao Senhor. Você só pode rebater ou confrontar a fala duma pessoa (ou heresia), se tiver total conhecimento da verdadeira. Aprendi, ao longo dos meus 30 (trinta) anos de serviço militar, que é possível “resistir” ou, até mesmo, “vencer” um adversário, mesmo ele estando em maior número e com melhores armas do que você. Desde que você tenha conhecimento de sua estratégia, quais as armas que costuma usar e a sua forma de atacar. 
Outra coisa importante, é que este Manual a qual conhecemos como Escritura ou Bíblia Sagrada, como também o Evangelho ou a Palavra de Deus, se distingue de todos os outros manuais (livros ou periódicos) existentes na face da terra. Embora ele também tenha apenas um autor – o próprio Deus, Ele utilizou-se de aproximadamente 40 (quarenta) homens de países ou cidades distantes e de diversas culturas, para transcrever cada um dos seus 66 (sessenta e seis) Livros, em sua forma impressa para o papel.
Destacamos também, como grande “diferencial”, que quando nos propomos a Meditar nele sem nenhuma pressa, principalmente nos detendo em cada um de seus capítulos, versículos e alíneas, se antes disso, orarmos pedindo sua interpretação, o próprio Autor envia o Intérprete – o Espírito Santo, para se fazer presente contigo. Ele nos guia e instrui, entre outros de seus atributos divinos.

Mateus 10:19-20. Mas, quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora, será dado o que dizer,
20
 
pois não serão vocês que falarão, mas o Espírito do Pai de  vocês,  falará por intermédio de vocês.
(…)
1 Coríntios 2:11-12. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus (o Espírito Santo). Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos  conhecer o que nos é  dado gratuitamente por Deus.

Além disso, tem muitos livros que lemos em que  nunca saberemos quem é o seu autor. Menos ainda, se um dia estaremos com ele em algum lugar deste mundo. Mas, mesmo assim, fazemos uma avaliação do conteúdo de sua escrita como sendo boa ou ruim. Ás vezes, este livro se torna nosso maior aliado. Vamos ver outras peculiaridades deste Manual, fazendo uso do pequeno Salmo de número 134.
Antes, vale ressaltar, que ele faz parte duma designação conhecida como “Cântico dos Degraus” e, entre as suas cento e cinquenta composições, apenas 15 (quinze) delas (do 120 a 134), receberam esta classificação. Não podemos afirmar qual a razão desde nome, haja vista que existem várias vertentes.
Entretanto, como a cidade de Jerusalém estava situada numa região montanhosa (acredito que continue), estou inclinado a concordar com os intérpretes (e historiadores) de que o povo Israelita (Hebreus ou Judeus), tendo por costume participar das Festas Anuais que eram realizadas nesta cidade, peregrinavam até lá, para apresentar a sua adoração.
Quando eles chegavam próximo á subida, cantavam estes Salmos. Talvez, por isso, eles também receberam o nome de “Cânticos da Subida”. Passemos a detalhar alguns pontos importantes, acerca deste pequeno Salmo:

1.  A quem o Salmista nos orienta  Adorar? - Observa-se que ele nos orienta para que venhamos a adorar ao Senhor: “Bendizei ao Senhor”. O termo ou palavra “bendizer” pode ser interpretada como “enaltecer ou agradecer” por algo ou alguma coisa recebida da parte d’Ele (verso 1).

2. E quem deve prestar esta Adoração? – “(...) Todos vós, servos do Senhor”. A palavra “servo” no original grego é - doulos, que contém o significado de “atar ou prender com cadeias”. Normalmente na Escritura Sagrada, este termo é interpretado como escravo ou servo. Uma pessoa de condição servil. Metaforicamente falando, pode-se dizer que é uma pessoa cujo serviço é feito e aceito por Cristo.
Usaremos aqui em nosso estudo, que são todos os seguidores da Doutrina apregoada por Jesus Cristo.  Noutras palavras, todas as pessoas (Eu e Você) que concordam com a Sua Palavra e, por sua própria decisão e vontade, tornam-se cativas á Ela. Nesse aspecto, tentam a todo custo cumpri-la, separando-se dos costumes do mundo ímpio.

3. E em quais dias devo Adorá-lo? – Se olharmos na Palavra de Deus, mas atendo-nos apenas a este Salmo, podemos dizer que: “(...) Todas as noites”.  Por isso, se faz necessário  termos conhecimento de toda a Bíblia Sagrada (em todo o seu Contexto), haja vista que a resposta correta para esta pergunta é: - Em todos os dias!

Josué 1:8. Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; medita (esteja concentrado) nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás.
(...)
Salmo 1:1-2.  Bem-aventurado (feliz) o varão (homem/mulher) que não anda segundo o conselho dos impios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do senhor, e na sua lei, medita de dia e de noite (diuturnamente).

            4. E quando devemos Adorá-lo? – Sempre!  Assim diz a sua Palavra: “Que pregues a palavra, instes a tempo (insista a tempo) e fora de tempo, corrijas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 2:2). Precisamos inserir uma orientação muito importante, que foi dita pelo apóstolo Paulo, neste sentido:
           
Romanos 13:12. Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resistem à ordenação de Deus.

            Esteja atento as normas legais e as determinações de quem tem autoridade para impô-las e exigir seu cumprimento, aonde quer que vá ou permaneça, para não ter problemas com as autoridades locais. Lembre-se: temos que seguir o exemplo do Mestre. Ele não veio “para violar ou destruir a lei, mas cumpri-la” (cf. Mateus 5:17).

            5. E em que lugar devemos Adorar? - Em todo e em qualquer lugar ou ambiente social, mas desde que não violemos as normas legais e morais do lugar e, muito menos, trazer escandá-lo para Cristo: “E disse Jesus aos seus discípulos: É impossível que não venham escandá-los, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó[2] de atafona (engenho movido por animais), e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos” (cf Lucas 17:1-2).
            A adoração ao Senhor, desde o princípio de tudo que existe na ´face terra, no Antigo Testamento (AT) foi realizada em diversos lugares, por inúmeras pessoas e em circunstâncias adversas, entre elas: - Na terra. Logo após cessar o dilúvio que dizimou toda uma nação, exceto Noé, a esposa, os três filhos e suas três noras: - apenas 8 almas (cf. Gênesis 8:1-20). Eles adoraram o Senhor.
            Outra narrativa marcante sobre o tema proposto, envolve o personagem Jacó. Ele estava indo a caminho da cidade de Padã Arã (ou apenas Harã), mas o sol e o calor escaldante do deserto lhe castigaram muito. Ele teve que arrumar um local para poder pernoitar. Dormiu um sono reparador e teve um sonho revelador da parte de Javé. Depois disso, dialogou com Ele e, posteriormente, preparou um altar de pedras e  O adorou. O nome dado a este lugar foi – Betel, que no idioma hebraico significa “Casa de Deus” (cf. Gênesis 28:10-22)..
            Na nova Aliança ou no Novo Testamento (NT), também encontramos várias narrativas sobre o tema, mas lançaremos mão duma bastante conhecida por todas as pessoas (penso que até de não cristãos), a ‘Efusão ou o Derramamento do Espírito Santo, que ocorreu dentro duma casa chamada – Cenáculo, local mobiliado e preparado para uma reunião ou com o propósito da realização dum jantar. Foi neste local que Jesus Cristo celebrou a última Ceia com seus discípulos, antes de sua prisão, condenação e crucificação cf. Marcos 14:12-21).  
           
Atos 2:1-4. E, cumprindo-se os dias de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e, de repente veio do céu, um som como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. 

Nesta reunião, se faziam presentes em torno de 120 (cento e vinte) homens. Este feito correu pelas ruas, aldeias e cidades, numa ocasião em que habitavam Jerusalém  Judeus e homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. Vale lembrar que, no tempo do AT, durante a peregrinação no deserto, Ele chamou seu servo Moisés e passou-lhe todas as orientações para construir um Santuário itinerante (Templo), em que deveriam se reunir para adorá-lo e apresentar seus sacrifícios.

Êxodo 25:1-2,8-9. Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo:  Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente (...). E me farás um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para             modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis.

Deus, por seus atributos divinos como a Onipotência, Onisciência e Onipresença, não precisaria de que ninguém fizesse uma edificação humana para que O pudessem adorá-lo, haja vista que Ele está em todo o lugar. Entrementes, a construção do Mishkan (santuário portátil) acompanharia os Hebreus durante a sua  jornada no deserto.
Este tipo de Templo ou Santuário, serviria como um precursor do Beit haMikdash, a Casa Santa, o Templo que seria erguido em Jerusalém muitos anos depois. Para finalizarmos o estudo, insere-se a última instrução, extraída por nós, deste pequeno Manual – o Salmo 134:

6. Como devemos Adorá-lo (como nos portar)?  Se embasarmos nossa resposta limitada apenas no Salmo 134:2, podemos afirmar que os adoradores de Cristo, podem se expressar gestualmente e com muita liberdade: “Levantai as vossas mãos no Santuário, e bendizei ao Senhor”. Como exemplo, podem glorificar a deus com uma salva de palmas.

Salmo 47:1-2. Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo. Porque o Senhor Altíssimo  é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra.

Para tanto, devemos ter certa prudência e reverência quando entrarmos na Casa terrena de Deus - sua Igreja, principalmente se formos visitantes. Falo por experiência própria, tendo em vista que noutras denominações, em especial áquelas que são muito tradicionais. Por exemplo; tem algumas em que é melhor você entrar mudo, permanecer durante toda a liturgia do culto mudo e sair calado. Se, por ventura, você der um “Aleluia” ou “Glória a Deus” em voz alta, todos olharão para você (já aconteceu comigo).  E este olhar é de reprovação.  Precisamos respeitar, pois estamos noutra Casa de Adoração, e que não é a na nossa!
Mas, simultaneamente, existem outras que adotam comportamentos totalmente opostos, em que a sua liderança orienta os seus membros para que, asssim que adentrar algum visitante, devem “incomodá-lo”. Isto no bom sentido, ou seja, se aproximarem e deixá-lo muito bem á vontade, para que possa apresentar sua adoração ao Senhor. E, ao término do culto, novamente devem se aproximar e, se possível, procurar saber o nome, local em que reside e se já é servo do Senhor. Convidando-o para voltar outras vezes!
Não se escandalize, procure saber antes, com quem te convidou, como é a liturgia do culto, assim você já vai preparado (ou nem vai). 
Lembre-se: Davi foi duramente criticado por sua própria esposa - Mical, filha do rei Saul, quando “dançou” com muito entusiasmo, demonstrando muita alegria, pela ação do Senhor em seu favor (cf. 2 Samuel 6:14-16).
A igreja (os seus membros) é o reflexo de sua liderança. Assim como os filhos são o reflexo de seus pais, os alunos de seus professores e os funcionários de seu chefe ou patrão. Portanto, não se assuste quando entrar numa igreja muito barulhenta ou, noutra, em que parece ser realizado um funeral (também visitei uma assim). Eu e minha esposa, só não fomos embora no meio da Liturgia, tendo em vista que seria deselegante de nossa parte, como também falta de educação e de reverência a Cabeça da Igreja - Cristo.
  
Conclusão:

       Queridos Amigos, leitores e possíveis Irmãos em Cristo, o Senhor nos deu a construção deste texto em três dias, enquanto eu buscava sintonizar o tempo todo a Sua voz em meus ouvidos, sussurrando as passagens Bíblicas. Elas me foram sendo dadas e, sem  pestanejar e com receio de esquecê-las, as inseriam no final da página (digitação), depois ia para a Bíblia Sagrada,  para confirmá-las. .
            Penso que trata-se de uma admoestação branda e amorosa da parte do senhor, para todos nós, independentemente se ocupamos ou não um cargo ou um Ministério (= á serviço do Senhor) na igreja ou congregação em que somos membros. Confesso que o estudo ficou um pouco extenso e, sei também, que muitos irão apenas visualizar ou curtir.
            Mas, o mais importante é que tenho a certeza de que, ao menos, uma pessoa irá ler do inicio ao fim. Digo mais, o individuo que “perder” o seu tempo lendo-o, será ricamente abençoado pelo Senhor, pois nada do que está escrito aqui veio do homem, mas sim d’Ele. E, ás vezes, no Cristianismo é assim, perdemos alguma coisa para ganhar uma melhor depois. Se isso acontecer, estarei por demais satisfeito. Sabe porquê? Quando nos propomos a meditar num estudo, qualquer que seja o assunto (estar focado), você já sai ganhando, pois adquirirá maior conhecimento acerca dele.
            De posse deste Manual de Excelência – a nossa Bússola ou nossa regra de Fé, escrito, a princípio, em duas Tábuas de Pedra, pelo dedo de Deus (cf. Êxodo 31:18) e entregue ao seu servo Moisés, devemos dar a maior importância e valor possível, principalmente, reservando um período diário de tempo, para nos debruçarmos sobre ele. Tudo com o divino propósito de “crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor” (cf. 2 Pedro 3:18). Amém”.


[1]    Bispos. Este Título ou termo é muito usual na maioria das Igrejas Católicas Apostólicas Romanas, Igrejas Ortodoxas e Igrejas Episcopais, inclusive na Igreja da Inglaterra (Anglicana). 2. Episcopado. É uma forma de organização hierárquica, com a autoridade máxima local exercida por um bispo (episcopos – grego, ou episcopus, em latim).
[2]    . Pedra grande, dura e circular, de altura pequena, com que se trituram os grãos nos moinhos, girando-a sobre outra pedra, ou se espreme a azeitona no lagar para extrair o azeite.