Introdução
E o que é tradição? Pode-se definir esta palavra como sendo o
ensinamento que se passa de pai para filho. Ou, ainda, uma comunicação oral de
fatos, lendas, ritos, hábitos, crenças, usos e costumes, etc. que se passa de geração
para geração. São estas tradições que costuma nos definir como pessoas.
Poderia citar vários exemplos para nossa
meditação e reflexão, mas, quero me ater, principalmente, numa em que é muito
próxima da população capixaba (Estado do Espírito Santo), a Romaria[1]
dos homens e das mulheres. Falo isso com muita propriedade, pois antes de minha
conversão ao Cristianismo, participei de muitas delas.
No
entanto, quero enfatizar, que muitas pessoas que ainda participam desse evento,
continuam com o mesmo propósito original de sua criação, ou seja, demonstrar total
devoção e gratidão por algo que lhe foi concedido.
Entretanto,
como eu (no passado), muitos são os que participam sem qualquer vínculo ao
verdadeiro objetivo de sua realização. Preparam-se para irem ao evento,
comprando muita bebida alcoólica e cigarros para consumirem durante a
peregrinação (ou em parte dela). Outros vão, para “azarar[2]”
ou tentar “fisgar” um peixe, isto é, conseguir uma aventura amorosa.
Nosso
objetivo ao preparar esta Mensagem, não é de realçar tradições que foram
criadas e preservadas por meros homens mortais (falhos e imperfeitos). Mas,
apresentar uma das tradições do povo de Deus do passado (Hebreus ou
Israelitas), que se traduzia em se reunirem habitualmente, para juntos,
adorarem ao seu Senhor e Salvador, para cear (alimentar-se) ou celebrar alguma
vitória ou conquista.
Queremos
centralizar nesta abordagem o ato de que as famílias atuais, inclusive os evangélicos
(protestantes ou cristãos), quase não se reúnem mais à mesa para fazerem suas
refeições diárias. Parece que essa tradição, com o tempo, foi sendo deixada de
lado por muitas pessoas. A realização dessa reunião familiar pode trazer muitos
benefícios para seus componentes ou, em caso da não realização, muitos
problemas de ordens pessoais, sociais e espirituais.
Nesse
sentido, apresentaremos resultados de uma pesquisa e observações a respeito
desse ato tão simples, mas que pode apresentar resultados maravilhosos aos seus
praticantes.
O contrário também é verdadeiro, isto é, diversos problemas para às pessoas que não mais o valorizam e, muito menos, se reúnem familiarmente para conversarem sobre todo e qualquer tipo de assunto.
Desenvolvimento
Vale
lembrar que o alerta que será feita no transcorrer desta mensagem, alcança
também todos os pais de famílias e não somente os seguidores de Cristo. Foi
feita uma pesquisa recentemente na Inglaterra, sendo constatado que em 25%
(vinte e cinco por cento) das residências do País não existem mais mesa de
jantar. Foi constatado também, que no
Brasil 40% (quarenta por cento) das famílias não se sentam mais a mesa para
alimentar-se. Apresentou ainda a
pesquisa que, 70% (setenta por cento) da população brasileira alimentam-se em
frente do aparelho de televisão ou dum computador.
O Salmo 128 foi escolhido (Pr. Josué
Gonçalves) para nossa meditação, por abordar o assunto e nos trazer grande
aprendizado, advertindo-nos para que voltemos a realizar essa tradição que era
praticada no passado pelo povo Hebreu, no Antigo Testamento, e ordenada pelo
próprio Deus a Moisés.
Isto
era feito para lembrar-se do ato bondoso de Deus para com eles durante os
quarenta anos no deserto, sem habitação permanente. E neste Salmo, a ênfase a
ser dada por nós, embasado na Palavra de Deus, é sobre a convocação das
famílias para resgatarem o bom hábito (tradição) de sentar-se à mesa durante as
refeições diárias, com o propósito maior de propagarmos as bênçãos do Senhor
sobre nós e nossa família.
Gostaria de detalhar alguns trechos deste versículo, para que possamos ser edificados pelo Senhor, e crescermos mais no conhecimento da Palavra de Deus.
Entretanto,
nas narrativas Bíblicas, observamos que exerciam papel fundamental na
constituição familiar e no trabalho de implantação das igrejas, principalmente
porque hospedavam os primeiros Cristãos (missionários) e realizavam cultos em
suas casas. O profeta Eliseu ganhou até um quarto, com cama e uma mesa para
meditar na Palavra de Deus. Tudo isso, por iniciativa de uma mulher que viu
nele o Espírito Santo de Deus, e seu marido construiu a edificação. Além de suas obrigações conjugais, era ela
quem cuidava de todos os afazeres domésticos e administrativos da casa, como
também da instrução e educação dos filhos.
Pelos
idos dos anos 60, a mulher começa a ingressar no mercado de trabalho, ou seja,
a concorrer com os homens por uma vaga de trabalho. Assim, passou a se ausentar
por longo período de tempo de sua casa e de seus filhos, deixando aquelas
tarefas para outras pessoas. Com isso, entre outras coisas, começou a surgir
alguns problemas de ordens familiares e conjugal: “Toda mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derriba-a com suas mãos”
(Provérbios 14:1).
Este arbusto sarmentoso e seu fruto, era largamente cultivado no Egito: “Então, contou o copeiro-mor o seu sonho a José e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face” (Gênesis 40:9).
José estava preso no cárcere quando interpretou este e, também, o sonho do padeiro-mor. Ambos os sonhos aconteceram conforme a interpretação dada por ele. Em linguagem figurada, toda a nação de Israel foi comparada a uma videira trazida do Egito (Salmo 80:8).
Atribui-se também a ela e seu marido, a vigilância e proteção de sua prole. Portanto, todos os componentes da família, devem participar e ajudar para que este ambiente seja harmonioso e se torne o melhor lugar do mundo.
O Psicanalista renomado – Sigmund Freud, ficou muito conhecido por seus estudos sobre a mente e o comportamento humano, principalmente quando afirmou que: “tudo que ensinarmos as nossas crianças na primeira infância (de 0 a 5 anos), elas irão levar até sua morte”.
Não sei se ele teve acesso as Escrituras Sagradas, pois Deus já havia inspirado homens ungidos (escritores), para afirmar muito tempo antes, a mesma coisa. Conforme descrito no texto do Livro de Provérbios acima.
Os
seus frutos são comestíveis e, também, deles se extraem o óleo que sempre teve
um papel importante na vida cotidiana de Israel. “Por quase 8.000 anos,
azeitonas têm sido um alimento básico do Mediterrâneo e o azeite tem sido usado
para cozinhar, para iluminar e como combustível”.
Essa também deve ser a nossa obrigação a passar aos nossos filhos, para que iluminem continuamente o ambiente em que estiverem e o caminho por onde andarem, como sendo um verdadeiro candeeiro, isto é, como Filhos da Luz (de Deus).
(...) à roda da tua mesa.
b) Maior senso de responsabilidade nos filhos: eles observam o comportamento de seus pais e tendem a reproduzi-los posteriormente.
c) Os filhos alimentam-se melhores: melhora em muito a satisfação alimentar, promovendo também, maior felicidade aos filhos.
d) Aumenta-se significativamente a comunhão familiar: por estar esse tempo juntos, promove maior aproximação e intimidade, surgindo assuntos de diversos temas durante as refeições.
Pelo significado e importância que representa esta reunião familiar diariamente. E, também, porque à Mesa é um lugar de:
b) Celebração: Podemos
ver bem isso, na narrativa sobre o Filho Pródigo. Seu pai, ao avistá-lo, correu
ao seu encontro e o beijou. E logo em seguida, deu ordem aos seus servos para
que preparassem uma Festa (celebração).
c) Oração: Nesse momento de reunião familiar, pode ser realizado o Culto Doméstico. E, antes de nos alimentarmos, podemos apresentar nossa gratidão a Deus pelo envio dos alimentos diários.
Mateus 14: 14,19. E, Jesus saindo, viu uma grande multidão e, possuído de intima compaixão (...), curou os seus enfermos. (...). E ele disse: Trazei-mos aqui. Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão.
Os discípulos queriam que Jesus mandasse as pessoas embora, mas Ele, movido de íntima compaixão, pediu para os reunirem, pois queria estar com eles. O texto acima retrata um dos milagres realizados por Jesus: a primeira multiplicação dos pães e peixes, alimentando aproximadamente cinco mil pessoas.
Meus amigos e amados irmãos em Cristo, precisamos voltar e resgatar esta tradição amplamente propagada por nosso Mestre, pois vemos nas Escrituras que o único momento em que Ele gostava de estar sozinho, era quando queria ter seu momento em particular com o Pai Celestial – para Orar. É necessário profetizarmos igualmente o Salmista afirmou no Salmo 112:2: “A sua descendência (a minha família e a sua) será poderosa na terra, a geração dos justos (a nossa geração) será abençoada”. Amém!
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