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domingo, 14 de janeiro de 2018

Quinta Linguagem do Amor: O Toque Físico.

Introdução

            Esta é a última linguagem do amor descrita por Gary Chapman. Não é nenhuma novidade de que o toque físico é uma maneira de comunicar amor emocional. Diversos projetos de pesquisa na área de desenvolvimento infantil chegaram a seguinte conclusão: - os bebês que são segurados, abraçados e beijados desenvolvem uma vida emocional mais saudável que aqueles que são deixados longos períodos de tempo sem contato físico.
            O toque físico é, também, um poderoso veículo para comunicar amor conjugal. Portanto, andar de mãos dadas, beijar, abraçar e ter relações sexuais são formas de comunicar amor emocional a seu cônjuge. Ele é a linguagem do amor primária de algumas pessoas. E, para elas, se não houver o toque físico, elas não se sentem amadas. Com o toque, seu tanque emocional se enche e elas se sentem seguras do amor de seu cônjuge.
            Há muitas situações ou circunsntâncias, em que o cônjuge está tão necessitado desse toque (pode ser um abraço, deitar sua cabeça ao colo do outro e ficar sendo acariciado, etc.), que este momento representará muito para o preenchimento de seu tanque emocional do amor (acréscimo nosso).  

Desenvolvimento

            Dos cinco sentidos que possuímos, o tato se difere totamente dos outros quatro, pois ele não se limita a uma área localizada do organismo (por exemplo, o ouvido está fixo em nossa cabeça). Em várias partes de nosso corpo, existem pequenos receptores tácteis. Quando eles são tocados ou pressionados, os nervos transportam impulsos até o cérebro, que os interpreta, e então percebemos que o que nos tocou é quente ou frio, duro ou macio, causa dor ou prazer. É possível interpretá-los também como amoroso ou hostil.
            Precisamos entender que algumas partes de nosso corpo é mais sensível que outras. A diferença se deve ao fato de os pequenos receptores tácteis não estarem espalhados de forma uniforme, mas arranjados em agrupamentos. Assim, a ponta da língua é altamente sensível ao toque, enquanto a área atrás dos ombros é a menos sensível. Outra duas áreas extremamente sensíveis são a ponta do nariz e as pontas dos dedos.
            O toque pode trazer benefícios ou vir a prejudicar um relacionamento. Pode comunicar ódio ou amor. Para as pessoas cuja linguagem do amor primária é o toque físico, a mensagem soará muito mais alto que as palavras. Um abraço terno comunica amor a qualquer criança, mas ele é extremamente válido àquela cuja linguagem do amor é o toque físico.
            No casamento, o toque físico pode assumir diversas formas. O toque amoroso no cônjuge em praticamente qualquer parte do corpo pode expressar amor. O que não quer dizer que todos os toques são iguais, ou seja, que trarão o mesmo resultado. Alguns trarão mais prazer a seu cônjuge do que outros. Seu maior aferidor será o próprio cônjuge.
            Lembre-se: não insista em tocar o seu cônjuge do seu jeito e na hora em que você desejar. Aprenda a falar o dialeto de amor dele (a), pois ele (a) pode considerar alguns toques desconfortáveis ou irritantes. E se você insistir com esses toques vai comunicar uma mensagem oposta do amor. Importantíssimo: não cometa o erro de achar que o toque prazeroso para você, também dará prazer ao seu cônjuge.
            Existem os toques explícitos que exigem sua total atenção, como por exemplo, um carinho nas costas ou uma preliminar sexual, culminando no ato em si. Se uma massagem nas costas (toque físico) comunica amor em alto volume (é a sua linguagem do amor), então o tempo, o dinheiro e a energia gasta para aprender a massagear serão um bom investimento em seu casamento (acréscimo nosso).
Se a relação sexual é o dialeto primário de seu cônjuge, ler e discutir sobre a arte do amor sexual certamente aprimorará sua expressão de amor. 
Lembre-se: geralmente, a mulher quer fazer amor. E em alguns casos, ela precisa de uma preparação antecipada (uma ligação carinhosa durante o dia, um bilhete com palavras elogiosas, deixado sobre a mesa antes de sair para o trabalho ou um presente, etc.). Enquanto que o homem quer fazer sexo. E ele simplesmente precisa que sua esposa se insinue para ele, ou seja, tire a roupa e vá em sua direção (acréscimo nosso).   
Os toques amorosos implícitos exigim pouco tempo, porém maior concentração, principalmente se você foi criado numa família que não tinha este hábito diariamente, isto é, pessoas propensas ao toque físico. O simples fato de você sentar ao lado de seu cônjuge, enquanto ele assiste um filme ou seu programa de televisão favorito, não exigirá nenhum tempo adicional, mas poderá comunicar seu amor em alto e bom som.
Tocar no outro quando estiver saindo e novamente quando voltar, pode envolver apenas um beijo ou um abraço breve, mas significará muito para seu cônjuge, cuja linguagem do amor é o toque físico. Se você descobriu que a linguagem do amor de seu cônjuge é o toque físico, a sua imaginação será o único limite quanto as maneiras de expressar o seu amor por ele (a).
Portanto, inove e invente maneiras, tente novos toques em novos lugares e permita que seu cônjuge lhe diga se acha aquilo agradável ou não. Lembre-se: a sua esposa (ou marido) é quem tem a palavra final. Você está aprendendo a falar a linguagem de amor dela (e).
Em nossa sociedade, o aperto de mão é uma maneira de comunicar abertura e intimidade social à outra pessoa. Todas as sociedades e em qualquer parte do mundo, tem alguma forma de toque físico como meio de saudação social. Provavelmente, o americano típico, não se sinta muito à vontade com os abraços fortes e os beijos dos brasileiros. No entanto, no Brasil, esse cumprimento tem a mesma função do aperto de mão nos Estados Unidos.
Logicamente, existem maneiras próprias e impróprias de tocar pessoas do sexo oposto. No casamento, porém, o que é próprio ou impróprio é determinado pelo casal, dentro de certas orientações bem amplas. É evidente que o nosso corpo foi feito para ser tocado, mas não para o abuso. Estamos vivendo um tempo caracterizado pela abertura da liberdade sexual (os cônjuges estão livres para ter intimidade sexual com outros indivíduos). Entretanto, para os cristãos, esta prática está totalmente em desacordo com a Palavra de Deus.  

Levítico 18:6-20. Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR.Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe: ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai. A nudez da tua irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe, nascida em casa, ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás. A nudez da filha do teu filho, ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás; porque é tua nudez. A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás. A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. A nudez de tua nora não descobrirás: ela é mulher de teu filho; não descobrirás a sua nudez. A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez; parentas são; maldade é. E não tomarás uma mulher juntamente com sua irmã, para fazê-la sua rival, descobrindo a sua nudez diante dela em sua vida. E não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir a sua nudez, Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te contaminares com ela.
(...)
Hebreus 13:4. Venerado seja entre todos o matrimónio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

            Poderiamos inserir outros textos das Escrituras Sagradas, para respaldar a proibição do ato de adultério, mas para ilustrar e rebater esta prática mundana, acreditamos ser o suficiente (inserção de textos Bíblicos em relevo e comentário nosso).  Quando um dos cônjuges é traído, pode ocorrer uma dor emocional profunda e ser gerado um trauma, principalmente para aquele cuja linguagem do amor é o toque físico. O objeto de seu anseio profundo – ser tocado fisicamente como forma de expressar o seu amor -  foi concedido a outra pessoa.
            Seu tanque de amor emocional foi totalmente esvaziado, como também despedaçado por uma grande explosão. Provavelmente, serão necessários inúmeros reparos (consultas psicológicas ou psicanalíticas) para suprir essas necessidades emocionais. Lembre-se: num momento de crise, o toque físico é um poderoso comunicador de amor. Nessas situações, mais do que qualquer coisa, precisamos nos sentir amados.
            No momento de crise, a coisa mais importante a fazer por seu cônjuge é amá-lo. Se sua linguagem de amor é o toque físico, nada melhor do que abraça-la (lo) enquanto chora. Não precisa dizer mais nada, somente a abrace. Nessas horas, as palavras não terão quase valor algum, mas o toque físico lhe dirá o quanto se importa com ela (e).  
            O autor faz menção dum casal – Pete e Patsy, que cresceram numa mesma vizinhança, frequentaram a mesma igreja e se formaram na mesma escola. Seus pais tinham estilos de vidas muito parecidos, sendo que Pete e Patsy tinham gostos semelhantes. Gostavam de velejar, jogar tênis, entre outras coisas em comum.
            Eles começaram a namorar no último ano do ensino médio. Cursaram universidades diferentes, mas se viam com frequência, vindo a se casarem três semanas após receberem sua diplomação: ela em Sociologia e ele em Administração. Poucos meses depois de casados, Pete recebeu uma boa proposta de emprego na Flórida, distante três mil quilômetros do parente mais próximo.
            Com a mudança, muitas coisas também começaram a mudar em seu relacionamento conjugal. Ele trabalhava até mais tarde; e quando chegava em casa, ia direto para o computador dar continuidade ao trabalho. Com isso, Patsy não recebia sua atenção. Tornou-se habitual para ela, sair para fazer compras com amigas, indo direto do seu trabalho, haja vista que Pete só chegava mais tarde.
            O casamento começou a ficar monótono, pois ele chegava e ia para o computador. Ela, sentindo-se sozinha, pegava um livro e ia ler. As vezes, ela lia até a meia-noite. Quando ele ia para a cama, fazia observações sarcásticas: “Se você tivesse lido tanto assim na faculdade, teria tirado nota 10 em tudo”. Patsy respondia: “Não estou na faculdade, mas estou num casamento e, neste momento, ficaria satisfeita se tirasse nota 7”.
            O resultado foi que Patsy procurou o aconselhamento conjugal. Depois de três sessões, o conselheiro ligou para Pete e perguntou se ele estaria disposto a conversar sobre seu casamento. Ele concordou e o processo de cura teve início. Depois de seis meses de aconselhamento, eles saíram do consultório com um novo casamento.
            O Dr. Chapman, perguntou-lhes se poderiam resumir o que aconteceu para esta mudança? – Aprendemos a falar a linguagem do amor do outro. Então o perguntei: - Qual a sua linguagem do amor Pete? – Toque físico, disse logo sem hesitação.  E Patsy confirmou a sua resposta.
            - E qual a sua linguagem do amor Patsy? – Sem hesitar também, tempo de qualidade, Dr. Chapman. Eu desejava isso quando ele chegava em casa e ia direto para o computador. Ela está certa, disse Pete. E ele disse que durante o namoro, era quem sempre tomava a iniciativa de abraça-la, beijá-la, segurar em suas mãos, sendo que ela sendo correspondeu bem. Depois de casados, senti que ela não me achava mais atraente. Então, decidi que não tomaria mais a iniciativa,  pois tinha medo de ser rejeitado.
            Então Patsy disse: - Não fazia ideia do que ele estava sentido. Sabia que ele não estava me procurando. Não nos beijávamos, nem nos abraçávamos como antes, mas presumi apenas que, como estavamos casados, isso já não era tão importante para ele. Savia que ele estava sob pressão no trabalho. Eu preparava as refeições, limpava a casa, cuidava das roupas e tentava não atrapalha-lo. Eu não conseguia entender o seu afastamento ou sua falta de atenção comigo.
            Para mim, passar o tempo com ele, receber sua atenção, era o que me fazia sentir amada e apreciada. Não me importava se iria me beijar ou abraçar, contanto que me desse atenção, eu me sentia amada. Levamos um bom tempo para descobrirmos a raiz do problema. No entanto, assim que descobrimos, começamos a colocar em prática e buscar atender as necessidades emocionais amorosas um do outro.
            Tomei a iniciativa de lhe oferecer o toque físico, o que aconteceu foi muito maravilhoso. Sua personalidade e seu espírito mudaram drasticamente. Eu ganhei um novo marido. Quando ele se convenceu de que eu o amava, começou a se tornar mais responsivo às minhas necessidades.
            
Conclusão

            Percebemos que a tônica das cinco linguagens do amor, resume-se em que os cônjuges devem buscar descobrir qual a linguagem primaria do amor emocional de seu cônjuge. Em descobrindo, deve começar a colocar em prática o mais breve possível.
            Vimos aqui, na experiência de Pete e Patsy, que ao participarem de um seminário para casais, houve o despertamento sobre o problema que estavam enfrentando, haja vista que duma hora para outra, o seu relacionamento conjugal entrou num clima totalmente desconfortável. Quando ambos descobriram qual era a linguagem do amor primário deles, começaram a se dedicar em fazê-la um para o outro.
            Lembre-se: não basta descobrir a linguagem do amor primaria de seu cônjuge e não fazer mais nada. A partir dai, o próximo passo é mudar totalmente de atitude para demonstrar que a ama (o ama). Se preciso for, dialogue com ele (a) e diga carinhosamente o que mais lhe agrada que ele (a) faça para você e por você (acréscimo nosso).

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