Introdução
Se você tem um filho que se encontra
entre a pré-adolescência e/ou adolescência, é bem provável que já o tenha visto
com o rosto raspado. Mesmo não tendo pelo algum em sua face. Lembro-me muito
bem desta fase, pois eu ficava vendo meu pai fazer a sua barba. Na primeira
oportunidade, pegava o seu barbeador (que era usado com uma gillete) e o creme
de barbear e fazia a minha barba, mesmo não tendo nem um pelo no rosto, ele era
totalmente liso (hoje meu filho faz o mesmo,16 anos de idade).
No meu caso, houve uma situação que
veio me obrigar em fazer a barba diariamente, pois aos 18 anos de idade,
ingressei na carreira militar. No início, quando estávamos na Academia de
Polícia, era obrigatório barbear-se todos os dias, inclusive, na formatura
matinal, um dos monitores (sargento ou oficial), costumava pegar um pequeno
“chumaço” de algodão para passar em nosso rosto. Se ele agarrasse na pele, era
certo passar o final de semana sem ir para casa (LS - Licenciamento Sustado).
Estive 30 anos na carreira militar,
portanto, foram muitos anos sem poder deixar a barba crescer, a não ser quando saiamos
de férias. Talvez por isso, hoje venho preservando a barba crescida, pois minha
esposa e filhos gostaram e se acostumaram como o novo visual e, ao mesmo tempo,
descansa e suaviza a pele do rosto.
Um dos motivos para os adolescentes
adotarem esta atitude, prende-se ao fato de que a barba passa a impressão de
sermos adultos e responsáveis (mais velhos). Tem uma colocação do Pastor John
Weaver[1]
(2013), quando cita uma das falas da peça teatral de William Shakespeare – o Barulho por Nada, que se encaixa perfeitamente
nesta atitude do jovem adolescente, que diz assim: “aquele que tem barba é mais
do que um jovem; mas aquele que não tem barba é menor do que um homem”.
Na antiguidade, em geral, em quase todas as
civilizações da terra, a barba do homem representou, entre outras coisas, sinal
de amadurecimento, honra, responsabilidade e masculinidade (ou varonilidade).
Neste ano de 2018, estou completando
20 anos de caminhada e busca ao aprendizado da doutrina de nosso Mestre Jesus
Cristo. Durante este período que estou na presença do Senhor, passei pela
membresia de três igrejas cristãs, ambas da Assembleia de Deus. Observei nestas
e outras igrejas de mesma denominação, que
alguns de seus dirigentes (Pastores) tem certo receio ou preconceito quanto ao
obreiro fazer uso da barba.
Nesse sentido, despertou-me a curiosidade em pesquisar
sobre o assunto na Sagrada Escritura. E sempre vinha na mente dois textos Bíblicos
que registram narrativas acerca deste assunto. Um encontra-se no Livro de 2 Samuel 10:4,
que relata o momento em que o rei Hanum
manda raspar a metade da barba dos homens de Davi, o outro, é o Salmo 133:2,
que diz assim: “É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba
de Arão (ele era o Sumo Sacerdote), e que desce à orla das suas veste”.
Este artigo, tem como propósito apresentar o contexto histórico
e teológico acerca do uso da barba pelo homem e o seu significado. Vale lembrar
que quase todo o conteúdo deste artigo, foi extraído de um estudo aprofundado
do Pastor John Weaver, que ministrou este Sermão a aproximadamente 40 anos
atrás (cf. http//:www.espada.eti.br/barba.asp
- A Espada do Espírito). Se você interpreta bem o idioma inglês, pode ouvir
este sermão: http://.SermonAudio.com
No entanto, acrescentei algumas passagens Bíblicas e
acréscimos na interpretação de textos, para melhor aprendizado do leitor e do
irmão em Cristo.
Desenvolvimento
A narrativa de 2 Samuel 10:1-7, me deixava bastante intrigado, pois eu, na minha
ignorância, perguntava: porque Davi não mandou que seus homens retirassem o
restante da barba que ficou em seus rostos? Não, ele não fez isso, mas
mandou-os para a cidade de Jericó, ficando lá até que a barba nascesse
novamente.
Nesta passagem Bíblica, para conhecimento do leitor, narra
a morte de um determinado rei, sendo que como era o costume à época, seu filho Hanum
assumiu o seu lugar. Este rei tinha sido benevolente com Davi, sendo assim,
Davi enviou alguns de seus homens para apresentar seu pesar pela morte de seu
pai e, também, para poder consolá-lo.
2 Samuel
10:1-7. E aconteceu depois disto que
morreu o rei dos filhos de Amom, e seu filho Hanum reinou em seu lugar. Então
disse Davi: Usarei de benevolência com Hanum, filho de Naás, como seu pai usou
de benevolência comigo. E enviou Davi os seus servos para consolá-lo acerca de
seu pai; e foram os servos de Davi à terra dos filhos de Amom. Então disseram
os príncipes dos filhos de Amom a seu senhor, Hanum: Porventura honra Davi a
teu pai aos teus olhos, porque te enviou consoladores? Não te enviou antes Davi
os seus servos para reconhecerem esta cidade, e para espiá-la, e para
transtorná-la? Então tomou Hanum os
servos de Davi, e lhes raspou metade da barba, e lhes cortou metade das vestes,
até às nádegas, e os despediu. Quando isso foi informado a Davi, enviou ele
mensageiros a encontrá-los, porque estavam aqueles homens sobremaneira
envergonhados. Mandou o rei dizer-lhes: Deixai-vos estar em Jericó, até que vos
torne a crescer a barba, e então voltai. Vendo, pois, os filhos de Amom que se
tinham feito abomináveis para com Davi, enviaram os filhos de Amom, e alugaram
dos sírios de Bete-Reobe e dos sírios de Zobá vinte mil homens de pé, e do rei
de Maaca mil homens e dos homens de Tobe doze mil homens. E ouvindo Davi,
enviou a Joabe e a todo o exército dos valentes (sublinhamos).
A narrativa não registra em nenhum
momento que estes homens ficaram envergonhados por causa de deixar transparecer
as suas nádegas, mas, quanto ao rasparem a metade de suas barbas, sim. Separei
esta passagem Bíblica e decidi buscar a sua explicação. Adotei o mesmo
comportamento dos Bereanos, cidadãos da cidade de Beréia, que distava
aproximadamente 80 quilometros de Tessalônica, indo buscar as respostas na
Palavra de Deus.
Paulo e Silas tinham chegado nesta cidade e começaram
a pregar nas sinagogas dos judeus acerca das “Boas Novas” de Cristo. Os
Bereanos não adotaram o mesmo comportamente de outras cidades, aos quais foram
muito hostis para com eles. Pelo contrário, ouviam com muita atenção o que
diziam, depois buscavam respaldo do que falavam nas Escrituras Sagradas: “A
glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em
descobri-las” (Provérbios 25:2).
Atos
17:10-12. E logo os irmãos enviaram
de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos
judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalónica,
porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas
coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas
da classe nobre, e não poucos homens.
Vale ressaltar que esta atitude dos
moradores da cidade de Beréia, vale como grande aprendizado para o nosso tempo,
pois podemos ouvir a palavra de qualquer individuo que se diz cristão, mas se
tivermos que tomar alguma decisão, devemos buscar na Palavra de Deus,
verificando se o que foi dito, concorda plenamente com as Escrituras Sagradas.
Quanto ao segundo texto, registrado
no Salmo 133:2: “É como o óleo precioso
sobre a cabeça, que desce sobre a barba de Arão (ele era o Sumo Sacerdote), e
que desce à orla das suas veste”. Este óleo que desce pela barba do Sumo
Sacerdote Arão, irmão de Moisés, significava que as bênçãos de Deus estava
sobre Ele e sobre o Seu povo.
Salmo 133:1-3. Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em
união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba
de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que
desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida
para sempre." (grifamos).
Muitos anos atrás, meu professor de Teologia – Pr.
Daniel, disse que tinha estado próximo ao Monte Hermom. Ele tem 2.814 metros de
altitude, e o seu pico está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao
redor queimam pelo sol de verão. Ele fica situado entre a fronteira entre o
Libano e a Siria.
Quando o Salmista faz a comparação entre o “óleo que
desce sobre a barba de Arão” e o “orvalho do monte Hermom”, isto se deve ao
fato de que, com o aquecimento climático, sua neve derrete e irriga toda a
região árida a sua volta, ou seja, traz grandes bênçãos aos moradores daquela
região.
Sendo assim, as bênçãos de Deus são
como o óleo da unção, o unguento precioso que escorria pela barba dos
sacerdotes e a neve que escorria do monte Hermom, umedecendo toda a terra.
Assim, uma barba bem crescida e bem cuidada indica as bênçãos de Deus sobre a
vida de um homem e sua dedicação ao serviço de Deus.
Portanto, hoje consigo entender perfeitamente,
o motivo do uso da barba longa e bem tratada pelos Hebreus (ou Judeus), além de
fazer parte da Lei, trazia grandes bênçãos e era uma desonra ou violação tê-la raspada.
Levítico
19:26-28. Não comereis coisa alguma
com o sangue; não agourareis nem adivinhareis. Não cortareis o cabelo,
arredondando os cantos da vossa cabeça, nem
danificareis as extremidades da tua barba. Pelos mortos não dareis golpes
na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR (grifamos).
Em relação a parte “b”, do versículo
26, que diz: “(...). Não arredondando os cantos da vossa cabeça”.
Segundo o historiador grego Heródoto, os adoradores das estrelas e dos planetas
cortavam seus cabelos igualmente em volta, aparando as extremidades. Costume
também adotado pelos povos árabes que raspavam o cabelo em volta da cabeça e
deixavam somente um cacho no alto, em honra ao deus Baco.
Levítico
21:5-6. Não farão calva na sua
cabeça, e não raparão as extremidades da
sua barba, nem darão golpes na sua carne. Santos serão a seu Deus, e não
profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR,
e o pão do seu Deus; portanto serão santos (grifamos).
A barba para o homem Hebreu era
muito mais do que o simples fato de ter pelos no rosto. Eles viam a barba como
sendo a “glória e o orgulho do homem”. Afirmavam que a “glória do rosto do
homem é a sua barba” (Colmet’s Dict. Of The
Bible, 1832). Esta importância e representatividade da barba me fez lembrar
de outra passagem Bíblica intrigante, que se encontra em 2 Samuel 20:9-10 – como os Hebreus tinham por costume e fazia parte
da Lei usar longas barbas, ao realizarem o cumprimento de um homem para com o
outro, pegava-se na barba e a beijava (e não no rosto como fazemos nos dias de
hoje).
2 Samuel 20:9-10. E disse Joabe a Amasa: Vai contigo bem, meu irmão? E
Joabe, com a mão direita, pegou a barba
de Amasa, para o beijar. E Amasa não se resguardou da espada que estava na
mão de Joabe, de sorte que este o feriu com ela na quinta costela e lhe derramou
por terra as entranhas; e não o feriu segunda vez, e morreu (grifamos).
Talvez, por ser costume este tipo de
cumprimento entre eles, Amasa não atentou para o fato de que Joabe poderia mata-lo.
Além disso, o uso da barba trazia distinção entre o homem e a mulher, conforme
ficou muito bem caracterizado no ato da criação humana, efetuado por nosso
Deus; pois Ele os criou macho e femea. Quem trouxe a distinção de fazer nascer
cabelos na face do homem (a barba), foi Deus. E de não nascer na mulher (rosto
liso), também foi Ele. Dito com outras
palavras, quem deu a barba aos homens foi Deus.
Gênesis 2:7,22-23. E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e
soprou em suas narinas o fólego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
(...). E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e
trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da
minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Segundo escreveu John Weaver (2013);
"O propósito imediato desta proibição (de rapar a barba) não era para
evitar a licenciosidade ou se opor às práticas idólatras (...), mas manter a
santidade da distinção entre os sexos (macho e femea), que foi estabelecida na
criação do homem e da mulher e deixar claro que em relação a isto, Israel não
deveria pecar. Qualquer violação ou remoção dessa distinção (da barba) era
antinatural e, portanto, uma abominação aos olhos de Deus" (acréscimo
nosso).
Alguém
disse que: “uma coisa é certa; um homem com barba e cabelos curtos nunca
será confundido com uma mulher; por outro lado, um homem sem barba e de cabelos
longos pode, em algumas circunstãncias, ser confundido com uma mulher, se seus
traços faciais forem suaves. No tempo antigo, o homem sem a barba, era
considerado efeminado (com aparência ou modos femininos).
Clemente de Alexandria – um dos
primeiros Padres da Igreja, chamava a barba de “adorno natural do homem”, e
acrescentava que “não era permissível raspá-la”. Ele fez uma analogia que
reputo como maravilhosa, comparando a mulher com o cavalo e o homem com o leão:
"Deus
planejou que a mulher tenha a pele suave e lisa, orgulhando-se nas mechas
naturais de seus cabelos, como um cavalo com sua crista". "Mas ao
homem, Ele adornou como o leão, com uma barba..." (The Fathers of the
Church, 214). Esta, então, é a marca do homem, a barba. Por ela, ele é
reconhecido como um homem. Ela é mais antiga do que Eva. É o símbolo da
natureza superior... Portanto, é uma atitude ímpia profanar o símbolo da
masculinidade, os pelos da face. — Clemente de Alexandria (vol 2, pág. 276).
No passado, somente era permitido raspar
a barba, caso o homem viesse a contrair uma doença conhecida por lepra, por luto
ou por calamidade. Portanto, quando um homem era acometido por esta
enfermidade, era-lhe permitido rapar a barba. A lepra na Bíblia representava
sinal de pecado, de morte e de julgamento de Deus.
Levítico
13:29-30,33. E, quando homem ou mulher
tiver chaga na cabeça ou na barba, e o sacerdote, examinando a chaga, e eis
que, se ela parece mais funda do que a pele, e pêlo amarelo fino há nela, o
sacerdote o declarará por imundo; é tinha, é
lepra da cabeça ou da barba. Então se rapará; mas não rapará a tinha; e o
sacerdote segunda vez encerrará o que tem a tinha por sete dias (grifamos).
(...)
Levítivo
14:9. E será que ao sétimo dia rapará
todo o seu pêlo, a sua cabeça, e a sua
barba, e as sobrancelhas; sim, rapará todo o pêlo, e lavará as suas vestes,
e lavará a sua carne com água, e será limpo (grifamos).
Lembre-se: Miriã, irmã de Arão (e de Moisés),
quando se revoltou contra Moises, ficou leprosa. Geazi, servo do profeta
Eliseu, quando mentiu para seu Senhor, inclusive enganou a Naamã, usando o nome
do profeta, ficou leproso.
Números
12:9-10. Assim a ira do SENHOR contra
eles se acendeu; e retirou-se. E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que
Miriã ficou leprosa como a neve;
(...)
2 Reis
5:20-21,25-27. Então Geazi, servo de
Eliseu, homem de Deus, disse: Eis que meu senhor poupou a este sírio Naamã, não
recebendo da sua mão alguma coisa do que trazia; porém, vive o SENHOR que hei
de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa. E foi Geazi a alcançar
Naamã; e Naamã, vendo que corria atrás dele, desceu do carro a encontrá-lo, e
disse-lhe: Vai tudo bem? (...). Então ele entrou, e pós-se diante de seu
senhor. E disse-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a
uma nem a outra parte. Porém ele lhe disse: Porventura não foi contigo o meu
coração, quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te? Era a ocasião
para receberes prata, e para tomares roupas, olivais e vinhas, ovelhas e bois,
servos e servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência
para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve.
Somente depois que um homem ficava
livre da lepra é que recebia a permissão de usar barba novamente, ou seja, a
barba representava a liberdade da servidão do pecado, da morte e do julgamento
de Deus. Um homem sem a barba ou com a face barbeada e lisa indicava que era um
escravo e que estava em submissão a outro homem. Dito de outra forma, estar
privado de uma barba era, e ainda é em alguns lugares no Oriente é, um
distintivo de servidão. (Weaver, 2013).
Assim, ter o rosto barbeado e liso
era marca de ser um escravo e servo de outro homem. Este foi o caso de José,
sendo vendido para Potifar como escravo por seus irmãos, demonstrou sua
submissão ao seu senhor direto e a faraó, raspando a sua barba. Segundo o
Pastor Weaver, Biblicamente falando, a barba indica que o homem está em
submissão a Deus.
2 Coríntios
10:4-5. Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das
fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de
Cristo;
Quando ouvirmos ou pensarmos acerca
de quaisquer assuntos, seja educação, política, governo, família, barba,
vestimenta, cabelos, etc., tudo deve ser levado cativo em obediência à Deus e à
Sua Palavra. Noutras palavras, a nossa mente (pensamento) deve se submeter à
Palavra de Deus: “Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há
tropeço” (Salmo 119:165).
Além da autorização de ser retirada a
barba em razão da lepra, também poderia ser arrancada, raspada ou deixada sem
cuidados durante um tempo de grande tristeza, luto ou calamidade. Portanto,
raspar a barba ou deixá-la sem cuidados significava a perda das bênçãos de
Deus:
2 Samuel
19:24. Também Mefibosete, filho de
Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não tinha lavado os pés, nem tinha
feito a barba, nem tinha lavado as suas vestes desde o dia em que o rei
tinha saído até ao dia em que voltou em paz (sublinhamos).
Mefibosete, era o filho de Jonatas,
o amigo amado do rei Davi e neto do rei Saul. Quando tinha 5 anos de idade,
sofreu um tombo que o deixou aleijado. Quando adulto, foi enganado por seu
servo - Ziba, isolando-se totalmente do convívio social, indo morar na cidade
de Lo-Debar, que em hebraico significa “sem pasto”, inclusive abandonou os
cuidados quanto ao trato do cabelo e da barba:
2 Samuel 4:4. E Jónatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado de
ambos os pés; era da idade de cinco anos quando as novas de Saul e Jónatas
vieram de Jizreel, e sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela
a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu nome era Mefibosete.
Depois de um tempo, o rei Davi
pergunta se vive ainda algum familiar de Saul: “(...): Há ainda alguém que
ficasse da casa de Saul, para que lhe faça bem por amor de Jônatas?” (2 Samuel 9:1). E ele é informado sobre
Mefibosete, filho de seu amigo querido Jonatas. Assim, manda busca-lo e
restitui as terras de seu Avô, o rei Saul e, ainda, coloca-o para sentar-se à
mesa todos os dias para comer pão com ele (2
Samuel 9:9-10).
Conclusão
Espero que possamos estar desejosos
de aprender cada dia mais acerca das coisas de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Nosso desejo é que o leitor e irmão em Cristo, passe a ler as
Escrituras diariamente, mas, se possível, com uma caneta e um papel ao lado,
para fazer suas anotações ou assinalar suas dúvidas, para posteriormente buscar
o esclarecimento daquela passagem, vindo a conhecer o contexto histórico e
cultural da época. Com esta prática, poderemos evitar de fazermos interpretações
e “julgamentos segundo a aparência” (João 7:24).
EDUARDO VERONESE DA SILVA
Evangelista e Membro da As. de Deus Nova Vida – Vila
Velha/ES
Professor de Educação Física
Bacharel em Direito
Pós-graduado em Direito Militar
[1] John
Weaver. Pastor a mais de 40 anos, prega normalmente na Geórgia e na
Flórida. Ele é pastor dos
ministérios Freedom Baptist em Fitzgerald,
na Geórgia
Um abraço Fraterno amado irmão em Cristo Veronese.
ResponderExcluirMuito Feliz pelo seu artigo.
Temos algumas afinidades.
Também sou oficial R2 do Exército, graduado em Administração e me graduando atualmente em Teologia ( UNIGRAN).
Recentemente fiz um voto à Deus ao qual fiquei 02 anos sem fazer a barba. Isto foi uma experiência espiritual e sobrenatural quando Deus me respondeu ao voto ( no tempo dele). Ao cumprir o voto e ter que tirar a Barba a fiz com um sentimento mesclado de alegria, mas também de tristeza por ter que rapar a barba, pois percebi que ela me deu uma identidade revelando todos os princípios e verdades escritas neste artigo. Que Deus continue abençoando sua visão e inspirando a escrever outros artigos.
Quanto a barba, está crescendo de novo com novos propósitos espirituais.
Att
Alexandro Quirino da Silva
Servo do Senhor Jesus
Membro da Aigreja
Vila Velha
Pr Winter Rocha e Pra Alessandra
Embora tenha demorado muito em ver o seu comentário, fiquei muito feliz ao fazê-lo, amigo e irmão Alexandro. Tenho pedido a Deus, que possa escrever sobre temas e assuntos que venham a trazer esclarecimentos e boas informações, para aqueles que virem a ler nossas produções. Que Deus continue te abençoando.
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