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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A VERDADEIRA ADORAÇÃO A DEUS

Introdução

            O propósito de preparar este estudo, deve-se ao fato de que algumas pessoas restringem ou fazem confusão acerca do que vem a ser uma verdadeira adoração a Deus.  O ato de adoração alcança uma amplitude e extensão enorme na esfera física, religioso e espiritual do ser humano.
Entretanto, há membros e frequentadores de igrejas evangélicas, que acham que a adoração esteja presente somente durante a ministração dos louvores. Para esses, este é o verdadeiro ápice do culto, onde erguem os braços, dançam e glorificam a Deus. Amém!
Outros crentes, acreditam que para ocorrer uma verdadeira adoração tem que ter  movimentos, barulhos e uma glorificação num tom vocal de grande amplitude. Dito com outras palavras, o publico presente tem que ter uma manifestação corporal bem perceptivel e atuante. Alguns saem do culto e costumam usar o seguinte jargão: “hoje o manto desceu em nosso meio”. Amém!
Outros não tem esta mesma percepção, acreditam que a verdadeira adoração reside somente no momento da ministração da Palavra de Deus. Com  isso, eles podem achar que as pessoas que entram, sentam e ficam quietos durante o culto, não adoraram a Deus, mas podem estar totalmente enganados.
Penso e acredito que cada pessoa tem sua forma particular de  apresentar a sua adoração a Deus. E isso deve ser respeitado por todos. Amém!

1.   Equívocos Acerca da Adoração:

1.1 – Somente Louvor: como dissemos anteriormente, tem muitas pessoas que vão aos cultos na igreja com certa assiduidade, mas que só estão interessadas no momento em que ocorre a ministração dos louvores. Nesse período, elas colocam  toda a sua emoção e, ás vezes, extravasam em seus comportamentos, para aproveitar ao máximo aquele momento. 

Salmo 30:11-12. Tornaste o meu pranto em folguedo, tiraste o meu cilício (cordão ou cinto) e me cingiste de alegria; para que a minha glória te cante louvores e  não se cale: Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre.

Vale lembrar para essas pessoas que o simples ato de louvar (o louvor em si mesmo),  não significa a verdadeira adoração a Deus. No entanto, o louvor também é uma das várias formas de se adorar o nosso Senhor.
Tenho por costume fazer uma comparação bem simples, acerca dos louvores na Igreja: Quando chegamos num restaurante, geralmente nos oferecem um prato de entrada. Dependendo deste prato, será criada em nós, uma grande expectativa quanto ao prato principal que será servido posteriormente.
Nos cultos da igreja, penso da mesma forma, isto é, os louvores que são entoados, representam o nosso prato de entrada, ou seja, uma forma de nos preparar e criar em nós, uma grande expectativa para o prato principal que será servido logo apos os louvores – a ministração da Palavra de Deus.
Assim eu penso e enchergo a ministração dos louvores, como sendo um ato de adoração a Deus, mas  como um “atrativo preparatório” para o ato de adoração maior que é a  pregação da Palavra de Deus, pois é ela e por meio dela,  que nos mantemos “firmes, constantes e de pé”.

1.2 – Isolamento Social: tem pessoas que entendem que é necessário haver um isolamento (se retirar)  de outras pessoas para que consiga apresentar a sua adoração ao Senhor. É bom frisar que nem sempre o isolamento ou a clausura, será a garantia de que a sua adoração chegará como “cheiro suave” ao Senhor.  Entretanto, o ato duma pessoa se colocar, de vez em quando, num local solitario para  buscar a presença de Deus; certanente, essa atitude também é uma das várias maneiras de se adorar o Senhor: 

Mateus 14:22-23. E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.

            O próprio Jesus Cristo, em diversas ocasiões procedeu assim, estando registrado em várias narrativas Bíblicas. Ele separou-se da multidão para estar num diálogo a sós com o Pai Celestial.  Cuidado sobre o fato de estar se dedicando muito e durante muito tempo a este tipo de comportamento (ir ao monte, cruzadas evangelísticas, vigílias etc.) e acabar achando que é mais espiritual do que as outras pessoas.

1.3 – Praticar Boas Ações: muitas pessoas de posses,  empresas e instituições filantrópicas fazem excelentes ações sociais, para ajudar pessoas que estão em extrema miséria e pobreza. No entanto, essas ações centradas em si mesmas, não representam a verdadeira adoração ao Senhor. Embora saibamos que elas fazem parte das diversas maneiras de adorarmos a Deus.

Efésios 2:8-9. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.  

Se você acha que somente fazendo boas obras já está adorando a Deus, a ponto de estar na condição de salvo, está redondamente enganado. A Palavra de Deus é bem clara: ninguém será salvo pelas obras que faz, mas todo aquele que é salvo, faz boas obras (cf. Tiago 2:14-18).

2.   Conceitos:

Entre vários conceitos ou significados acerca da palavra adoração, encontramos alguns que muito nos agrada; entre eles, 1. amar extremamente alguém; 2. Tributar grande respeito a/por; 3. Venerar e 4. render-se à Divindade.
Um texto Bíblico muito citado por pregadores do Evangelho e, ao mesmo tempo, muito conhecido dos seguidores de Cristo, encontra-se em João 4:23-24:

João 4:23-24. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espirito e em verdade (grifamos).

            O que seria adorar a Cristo em espírito e em verdade?  Jesus Cristo nos ensina várias coisas acerca da adoração neste versículo.  Adorar em espírito significa a indicação de como está o nosso nível de adoração ao Senhor, ou seja, devemos estar no mais alto nível. E também nos ordena a comparecer perante Ele com total sinceridade de coração e com grande ânimo de espírito.
            A adoração a Cristo em verdade significa que ela deve ser prestada em conformidade com a verdade do Pai, que se revela na pessoa de seu Filho e que se recebe mediante a pessoa do Espírito Santo. Uma adoração verdadeira deve contemplar a Trindade Divina.
Verdade, do original grego – aletheia, é uma característica de Deus, encarnada em Cristo e intrínseca no Espírito Santo.

Salmo 31:5. Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade.
(...)
João 14:6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
(...)
João 15:26. Mas, quando vier o Consolador (Paracleto), que eu da parte de meu Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim.

Portanto, devemos adorar o nosso Deus com todo o nosso entendimento (pensamento), e de todo o nosso coração e de nosso sentimento.

2.1 -  O Significado Teológico de Adoração:

Em primeiro lugar, queremos apresentar o seu significado na esfera secular, tendo em vista que vivemos numa época de grande concorrência e competitividade. Adorar significa o ato de render-se a alguém ou a alguma coisa. Nessa esfera ou no senso comum, render-se a alguém apresenta um aspecto negativo, haja vista que ninguém gosta de que o vejam como sendo um perdedor ou derrotado. 
Na disputa pelo mercado de trabalho, o ato de rendição demonstra ou imprime a ideia desagradável de admitir a derrota numa batalha, perder uma competição ou desistir diante dum adversário considerado mais forte e melhor preparado.
Não podemos esquecer que desde pequeno somos estimulados e ensinados a nunca desistir. Sendo assim, render-se; jamais. Lembro-me bem, de quando meu filho (Carlos Eduardo) era pequeno, e quando não conseguia fazer alguma coisa, a primeira coisa que lhe dizia era: “nunca desista”. Durante um bom tempo, este foi o nosso lema.
Entretanto, quando a mesma palavra é usada no campo teológico ou religioso, a ela é  dada uma importância e significado totalmente diferente, pois a nossa rendição ao Senhor será imprescindível para obtermos um bom relacionamento com Ele.

2.1.1 – Render-se a Cristo: diferentemente do sendo comum, adorar a Cristo como sendo sinônimo de rendição, não é a mesma coisa que resignação passiva, ou seja, renunciar simplesmente e ficar de braços cruzados. A adoração que tem por significado rendição, nos coloca numa condição de sacrificar a nossa vida e sofrer por Cristo. Todo o sacrifício pauta-se no sentido de mudar o que precisa ser mudado em nós.
            Render-se a Cristo também não é suprimir nossa personalidade. Como Deus usou os profetas do Antigo e do Novo Testamento, sem exigir que eles mudassem em sua essência e cultura; Ele também quer nos usar da mesma maneira, aproveitando-se de nossas características singulares.
C.S.Lewis, escreveu alguma coisa neste sentido, quando disse a seguinte frase: “Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle de nossas vidas, mais autênticos nos tornamos, pois foi Ele quem nos fez (...)” 

Salmo 37:7,9. Descansa no Senhor e espera nele (...); mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra..
(...)
Romanos 12:1-2. Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mais transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

            Uma bela forma de apresentarmos uma adoração verdadeira a Deus, está transcrita nestes versículos, isto é, buscarmos ter uma vida em santidade, separando-nos do mundo (não se conformar com o que as pessoas fazem) e sermos aceitos por Ele.

3. Atitudes que Simbolizam a Verdadeira Adoração:

Quando olhamos e vemos que para prestar o verdadeiro culto de adoração a Deus, se faz necessário uma entrega total, ou seja, devemos nos render totalmente aos pés de Cristo. Pode parecer para muitas pessoas não ser uma boa atitude. Isto se deve pelo fato de que o “ato de render-se a alguém”, quase sempre imprime um significado de fraqueza, impotência ou de derrota (na esfera secular).

Lucas 5:5. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede.

Nesta narrativa, Pedro demonstra o verdadeiro ato de rendição. Eles passaram a noite inteira pescando, mas não pegaram nada. Eles deviam estar tremendamente cansados. No entanto, quando recebeu a ordem de Jesus para lançar a rede; ele simplesmente obedeceu.
Ele poderia apresentar muitas razões para não obedecer aquele mandamento, mas preferiu render-se a Ele.  Em contrapartida, Jesus efetuou um grande milagre, pois conseguiram pegar mais de cento e cinquenta grandes peixes.

3.1 - Confiança:

Muitas vezes, durante o transcorrer de nossos dias, somos obrigados a confiar no motorista do coletivo, no piloto do avião, no taxista ou em outras pessoas, dependendo da situação e circunstâncias do nosso cotidiano.
E, infelizmente nos esquecemos de depositar toda a nossa confiança Naquele que detém todo o controle em Suas mãos – Jesus Cristo. Não se esqueça: confiar em Deus, é um verdadeiro e sincero ato de adoração”.

Salmo 20:7. Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus.
(...)
Salmo 84:12. (...), bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.

Noé e vários outros personagens do Antigo Testamento, poderiam ser citados neste tópico acerca da confiança que depositaram em Deus. Quando Deus ordenou que construísse um grande barco de madeira, inclusive dizendo-o a sua dimensão e outros detalhes importantes, ele não questionou.
Ele poderia muito bem argumentar com o Senhor, de que nunca tinha visto alguma chuva, que morava muito distante do mar e do oceano e, também como convenceria os animais a entrarem naquele barco.  Em momento algum ele fez isso, simplesmente confiou no Senhor e fez tudo conforme lhe fora ordenado.

Gênesis 2:5. Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava, porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
(...).
Gênesis 6:14. Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.

Lembre-se: quando você deposita toda a sua confiança no Senhor, além de ser um verdadeiro ato de adoração, Ele muito se agrada. Podendo até dizer as mesmas palavras que disse acerca de Jesus Cristo: “(...): Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17).

3.2  – Obediência:

Nós, adultos, somos muito seletivos em relação aos nossos gostos e preferências. Sendo assim, muitas vezes escolhemos quais ordens e a quem obedecer. Costumamos listar quais as ordens que nos agradam e, assim, passamos a obedecer, enquanto deixamos de lado aquelas que consideramos absurdas ou que não gostamos. Não se esqueça: “uma obediência parcial é o mesmo que desobedecer”.
Muitas vezes colocamos o nosso foco e atenção em algumas atitudes que reputamos como a única forma de adoração. Talvez, este seja um de nossos grandes erros (inclusive Meu). Gostaríamos de fazer menção mais uma vez a pessoa do patriarca Noé, ao receber a ordem do Senhor, passou a fazer exatamente como Ele havia lhe falado, ou seja, sua obediência foi total.

Salmo 119:33-34. Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim. Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei e observá-la-ei de todo o coração.

Noé obedeceu rigorosamente e de forma incondicional. Lembre-se: qualquer ato de obediência a Deus e a sua Palavra, é um verdadeiro ato de adoração”. A sua obediência imediata lhe ensinará mais sobre Deus, do que uma vida inteira de discussões meramente teológicas

3.3   – Gratidão:

Todos os dias recebemos bençãos e livramentos da parte de Deus, mas, ás vezes, nem percebemos e nem nos são revelados. Noutros casos, Deus faz questão que tenhamos conhecimento para que possamos testemunhar do Seu agir e operar a nosso favor. E quando isso acontece, penso que Deus espera que nos voltemos a Ele para agradecer-lhe, pois esta atitude muito lhe causa prazer.

Lucas 17:12-15. E, entrando numa certa aldeia, sairam-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz.

                Se lermos toda a narrativa, iremos constatar que somente um dos dez homens, voltou para agradecer a Jesus por tê-lo curado da lepra. O patriarca Noé, assim que passou o dilúvio e as aguas baixaram, sua primeira atitude foi de preparar um altar e apresentar um sacrificio ao Senhor como forma de gratidão.

Gênesis 8:15-16,20-21. Então, falou Deus a Noé, dizendo: Sai da arca tu, e tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de teus filhos contigo. (...). E edificou  Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos (sacrifício expiatório) sobre o altar. E o Senhor cheirou o suave cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz.

            Lembre-se:  o ato de apresentarmos a nossa gratidão a Deus, é uma forma da verdadeira adoração ao Senhor. Não se esqueça que ao ofecermos um Culto de Louvor e Gratidão a Deus, devemos fazê-lo pelo que Ele é, pelo que Representa e pelo que tem feito por nossas vidas: “Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação de graças” (cf. Salmo 69:30).

3.4  – Outras Formas da Verdadeira Adoração ao Senhor:

Quando você se compadece de alguém que está sofrendo ou pasando por grandes necessidades, indo em seu auxilio, com este gesto e atitude você está apresentando a Deus um verdadeiro ato de adoração.

Mateus 25.35-36,39-40. Porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era estrangeiro, e hospedaste-me; estava nu, e vestiste-me; adoeci, e visitaste-me; estive na prisão, e fostes ver-me. (...). E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim fizestes.
           
Caso venhamos a fazer qualquer uma das atitudes citadas na narrativa acima, principalmente com espírito voluntarioso, com compaixão e amor, estaremos apresentando uma verdadeira adoração ao Senhor.

3.4.1 – Interceder por outras pessoas: Epafras, amigo e companheiro do apóstolo Paulo, vivia fazendo súplicas a Deus por outras pessoas, além de pregar o Evangelho a tempo e fora de tempo: “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus” (Colossenses 4:12).

Hebreus 13:3. Lembrai-vos dos presos (andarilhos, dependentes quimicos, pobres etc.) como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.

Saiba de uma coisa muito importante: quando você ora e intercede pela vida de alguém, mesmo que esta pessoa não seja seu conhecido e amigo, você faz com que Deus se agrade. E o maravilhoso  desse ato, é que Ele provavelmente irá operar na vida dessa pessoa (talvez você não ficará sabendo), mas, ao mesmo tempo, a benção também virá para Ti.

3.4.2 – Evangelizar Pessoas: Fazemos referência ao mesmo personagem do ítem anterior, pois ele não perdia tempo e em toda a oportunidade falava das Boas Novos de Cristo: “Como aprendestes com Epafras, nosso amado conservo, que para nós é um fiel ministro de Cristo, o qual nos declarou também a vossa caridade no Espírito” (Colossenser 1:7:8).  
Não seja um Cristão salgado demais, isto é, que só sabe falar sobre religião e que todas as demais pessoas já estão condenadas ao inferno: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido (insosso, sem gosto), com que se há de salgar?” (Mateus 5:13).  Saiba usar a quantidade ideal de sal (falar de Jesus Cristo) para não salgar demais a comida (ofender as pessoas), dando-lhe o tempero certo (agradando-se de sua companhia).  
Também não seja um imenso refletor com uma potencia de iluminação extraordinária (excesso de Santidade): “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia (pequena lâmpada) e se coloca debaixo do alqueire (objeto para esconder a luz), mas no velador (um suporte), e dá luz a todos que estão em casa” (Mateus 5:14-15). 
            Quando adentrar em lugares escuros e em trevas (pessoas que não professam a mesma fé), saiba ser a luz que dará a luminosidade necessária para clarear aquele ambiente e os seus frequentadores ou ocupantes.

3.4.3 – Manter Boa Conduta Social: é muito fácil e comodo ser Cristão dentro de quatro paredes, isto é, quando se vai aos cultos ou dentro de nossas casas. O mais importante é darmos bons testemunhos de vida cristã na sociedade (fora da igreja), pois nossa procedencia pode atrair ou afastar as pessoas do Reino de Deus. 

2 Coríntios 6:1,3-5. E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão.(...); nao dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado (reprovado). Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido (...)

Você pode até pensar que não, mas existem muitas pessoas que nos observam diariamente, principalmente quando descobrem que somos Cristãos. Em muitos casos, a Bíblia que eles costumam ler diariamente é a “sua procedência cristã em meio a sociedade”.
Se ela for boa, existe a possibilidade de virem à Cristo, entretanto, se o seu testemunho for ruim,  dificilmente irão se aproximar do Evangelho e de Cristo. Certa vez um professor da Escola Bíblica Dominical (EBD) me disse assim: “A vida do cristão é a Bíblia do incrédulo”. A nossa responsabilidade é muito grande.

3.4.4 – Cuidar Bem da Família: outra forma de apresentar uma verdadeira adoração ao Senhor, prende-se ao fato de proteger, instruir e cuidar muito bem de nossa familia. Como também de nossos familiares, após o nosso casamento. 

1 Timóteo 3:2,4-5. Convém, pois, que o Bispo (Padre, Pastor, Evangelista, Marido etc.) seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar. (...); que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição (dependência, submissão), com toda modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?).

O homem casado, tem dentro de sua casa a sua primeira Igreja e seu primeiro Ministério. Em sendo aprovado ali, com certeza será aprovado também em qualquer outro lugar da sociedade. Lembre-se: o contrário também é verdadeiro.
Não tem como o seguidor de Cristo (homem e mulher) ser bipolar, ou seja, dentro da igreja é um santo e um profeta do Senhor, mas quando entra dentro de sua casa, transforma-se num demônio (carrasco, grosso, violento). Ou, quando está longe dos seus irmãos da Igreja e de seus Familiares, adota um comportamento social totalmente diferente – mundano e profano.       

Conclusão

Amigos e irmãos em Cristo, Deus quer muito mais de mim e de você, do que apenas um compromisso semanal. Ele quer fazer parte de todas as nossas atividades diárias, ou seja, quer estar presente em nossas conversas, em nossos pensamentos e até em todos os nossos problemas.
O  Senhor não quer apenas uma parte de nossas vidas. Ele nos deseja por inteiro: “(...) todo o nosso coração, toda a nossa alma, todo o nosso pensamento e toda a nossa força” (cf. Deuteronõmio 6:5).
           Se passarmos a adorar a Deus com um ato de completa e total rendição á Ele, muitos benefícios além daqueles que já recebemos, serão disponibilizados para nós. Entre eles, teremos a sua Paz (Ele é o príncipe da Paz – cf. Isaías 9:6); viveremos em perfeita Liberdade (Ele é a verdade que nos liberta – cf. João 8:32) e, também, experimentaremos o Poder de Deus em nossas vidas (Ele é o Todo-Poderoso, o Altíssimo – cf. Lucas 1:35).

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